Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 3
Obrigado, eu acho.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *-*



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A manhã estava com um sol forte, a cortina do quarto de Thom estava pra lavar, e foi a claridade a responsável pelo seu sono interrompido. O garoto levantou da cama e coçou os olhos. Olhou no relógio a hora e já passava de 12h. Bem, daqui a pouco estariam chegando os seus amigos para o almoço, ele já podia sentir o cheiro da comida do pai e o falatório na cozinha, dele e de sua mãe. Foi até lá, precisava comer alguma coisa, com certeza o almoço ainda ia demorar.

- Bom dia. - Ele disse, sorrindo. Deu um tapinha nas costas do pai, que reclamou baixinho, já que estava mexendo alguma coisa na panela e deu um beijo na cabeça da mãe. 

- Bom dia, querido. - Dona Anna respondeu, sorrindo abertamente para o filho sem deixar de fazer o que fazia, que era cortar cebola. Ela tinha tanta experiência com esse tipo de coisa que nem ao menos chorava. Thomas, de longe, já começava a sentir seus olhos arderem.

- O que teremos hoje, meu velho? - Ele perguntou, se referindo ao pai. Abriu a geladeira e pegou uma maçã, depois fechou e se apoiou no balcão de mármore, olhando os pais trabalharem. Louis o olhou e ergueu uma sobrancelha. 

- Como você é folgado, Thomas. - Ele disse, voltando o olhar a panela. Ouviu uma gargalhada do filho e sorriu. - Lasanha a bolonhesa e de quatro queijos. - Ele respondeu. - Acabei de colocar no forno.

- Então eu vou logo tomar banho, e antes que chegue todo mundo vou passar na mansão. - Thomas falou. Anna o olhou e franziu a testa. 

- Ora Thom, eu já agradeci a menina, não precisa ir até lá só pra isso. - Ela disse.

- Na verdade eu não preciso mãe, mas eu quero. - Ele disse, deixando escapar um pequeno sorriso. O garoto foi tomar banho e alguns minutos depois já estava dizendo "já volto" para os pais, saindo da casa e indo até a mansão. Indo até Sophie, a garota rica genorosa do sorriso e olhos lindos.

Thomas optou por ir a pé, dispensando seu inseparável skate. Sabia que não precisava fazer isso, mas queria. Talvez por agora ter uma desculpa pra falar com a menina da janela. Talvez por estar realmente agradecido pela generosidade da garota. Demorou um pouco para que chegasse, mas quando chegou viu aquela cena que no dia anterior havia se decepcionado por não ter visto. A menina estava na janela novamente, sentada. Ele a olhou, e percebeu que ela o olhava também. Fez um gesto com as mãos, para que ela descesse, a princípio ela apertou os olhos, não tinha certeza se tinha entendido. Thomas repetiu o movimento, e a garota fez uma cara de interrogação, erguendo as sobrancelhas. Um tempo depois, um segurança chegou perto dele.

- Ei, o que está fazendo? - O homem perguntou, com o olhar mau encarado. 

- Ah, nada. Eu só queria falar com a Sophie. - Thomas falou, colocando as mãos nos bolsos. Ele sabia o nome dela, quem naquele bairro não sabia, afinal? O cara olhou Thom de cima a baixo, e o mandou entrar, mas que esperasse no jardim porque a menina desceria. É claro que não deixaram o menino sozinho, o mesmo segurança ficou ali, e no que parecia um alto falante, anunciou a presença do rapaz. Ele ficou encarando Thomas, um tanto sério.

- Tudo bem, cara? - Ele perguntou, tentando quebrar o gelo, o homem nada disse, e continuou o olhando sério, com as sobrancelhas erguidas. - Sabe, deve ser cansativo pra você... ficar aqui o tempo todo. - Ele disse, sorrindo. O segurança fez um barulho e ainda sério, nada disse. - Você é sempre tão sério assim? - O homem bufou e olhou para a frente da casa, balançando a cabeça negativamente. 

Thomas olhava para a casa por fora, era maravilhosa. Nunca havia sido mudada, lembrava sempre da mansão do mesmo jeito. A porta da frente se abriu, saiu de lá a menina da jenela. Thomas a olhou. Meu Deus, ela era mais linda ainda de perto. Nossa. Parecia estar sonhando, aquela menina era real, e era linda, maravilhosa, aquilo era de verdade, ela chegava perto dele, cada vez mais perto e cada vez mais linda. Ela usava um sobretudo fechado e um scarpin mais ou menos alto, e ele tinha certeza: eram roupas da alta costura, de marca. Só não sabia qual. Não parecia aquela menina inocente da janela, parecia uma mulher poderosa, fatal. E não pôde deixar de ficar um pouco... decepcionado, talvez.

- Você é...? - A voz dela era ainda mais linda do que sua aparência. Qualquer decepção que apareceu em algum momento, agora não existia mais. Ah, como se isso fosse possível. Thomas estava com os olhos caídos, surpreendido e assustado com tanta beleza na garota. De perto... ela era ainda melhor. 

- Thomas Löhnhoff. - Ele conseguiu responder, e estendeu a mão para que ela apertasse. A menina olhou para a mão estendida dele e depois o olhou, com apenas uma sobrancelha levantada. Thomas abaixou as mãos, entendendo que ela não apertaria.

- Thomas Löhnhoff. - Ela repetiu baixo, fazendo pouco caso e dando de ombros. - E o que você quer? - Essa era a mesma garota que lhe sorriu e que lhe deu seus livros? Ela parecia um tanto... esnobe. 

- Ah, é que eu sou filho da dona Anna, ela veio fazer sua unha ontem. - A menina parecia desinteressada, apenas afirmou com a cabeça sem dar muita importância. Ela murmurou um "e aí". - Ah, você deu uns livros pra que ela me desse, para faculdade. - A garota concordou, mas ainda assim não se interessou pelo assunto. - Eu queria agradecer, sabe? Esses livros são todos que eu preciso por pelo menos 3 anos, e são caríssimos. Pode deixar que quando eu terminar de usar eu devolvo, não precisa se preocupar com isso. - A morena apenas deu uma risada e, de maneira sensual, puxou seus cabelos castanhos, longos e lisos para trás. Sensual, de acordo com Thomas.

- Por favor, não precisa me devolver. Aqueles livros não valem nem o preço de um louboutin. - Ela disse revirando os olhos, de um jeito, que para Thomas, exalava futilidade. - Na verdade estava tendo que olhar pra aquilo todos os dias em meu closet e irritava um pouco. - Ela falou. - Então, na verdade, você está fazendo um favor pra mim, fazendo aqueles livros inúteis serem úteis de alguma forma.. e longe do meu closet. - Ela sorriu pra ele. Tudo bem, a garota poderia ser um tanto fútil, mas talvez ela estivesse tentando ser gentil, do jeito dela. Thomas sorriu também. 

- Obrigada, eu acho. - Sophie deu de ombros, e voltou a falar.

- Sabe... Se vier aqui outra vez... Venha com uma roupa melhor, David pensou que você fosse algum marginal ou algo assim. - Ela falou, depois riu sozinha. - Essa blusa é suicídio, sabe? - Ela disse o olhando de cima a baixo, depois fez um gesto negativo com a cabeça e saiu dali, fechando a porta da casa novamente. O menino olhou pra sua blusa, o que tinha de errado com ela, afinal? Os pensamentos se afastaram, pensava em uma coisa quando o segurança o colocou para fora da mansão: Aquela garota era perfeita. 


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Notas finais do capítulo

Comentem, eu gostoo kkkk