Amor E Caos... escrita por Bel Russeal


Capítulo 18
Fim de jogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que não fiquem muito confusos com esse capitulo, dividi ele em tres narrações. Espero que gostem!
Boa leitura.



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Hoje o sol nasceu forte e reluzente como todo domingo normal da cidade, mas o que seria um dia normal depois que comecei a namorar meu arqui-inimigo Antenor Grayson? Entretanto meu novo namorado e antigo inimigo estava ocupado em algo com o avô e logo depois teria treino de futsal já que teria um importante jogo amanhã, e eu teria o meu dia normal.

Desci as escadas, pulando dois ou três degraus, peguei minha bolsa e acenei para Cezar no sofá que tentou balbuciar algumas palavras antes de eu passar pela porta de casa, tarde demais para ouvi-las. Coloquei meus fones de ouvidos, caminhava pelo centro da cidade, movimentado até demais para um domingo. Comprei um capuchino em uma lanchonete, onde tinha uma garçonete mal humorada, e caminhei até a biblioteca da cidade.

Quem é a pessoa que vai a bibliotecas em um domingo ensolarado? Eu. Sim, os livros sempre estão ao meu lado quando preciso de uma fuga da realidade e domingo não é nem de longe meu dia preferido, então porque não vim à biblioteca aos domingos?

Passei pela porta giratória, poucas pessoas como sempre no local, Davina, a recepcionista, limpando o balcão sempre limpo e alguns universitários atolados em seus livros de grande espessura, nada mais fora do comum, do que encontrar Gabriele.

_ Você também vem à biblioteca aos domingos? – perguntei surpresa.

_ Na verdade não, vim devolver o livro da peça. – Ela disse calma.

_ Parabéns, foi um sucesso. E surpreendente já que Mel decorou as falas. – Disse me lembrando da apresentação do dia anterior.

_ Na verdade, ela é boa com improviso, as falas finais não têm nada ver com o Fantasma da Ópera. – Ela disse rindo.

_ Sabe, todo mundo da escola ta na praia, você não quer ir comigo? – perguntei a Gabriele, desviando dos meus planos de sempre do domingo.

_ Não, eu prefiro ficar em casa. – Ela disse escondendo o sorriso de antes. – Até mais ver, Samantha! – Ela disse indo embora e estragando a minha vontade de ficar na biblioteca e voltei para casa.

***

Estava em uma vídeo chamada com minha mãe, era bom vê-la mesmo sendo pela tela do notebook, ela estava linda como sempre, seus cabelos loiros tão brilhantes que sempre desejei ter herdado, estavam mais cumpridos passando do ombro, ela estava sozinha no Hawaii, Billy teve que ir a um jogo em New York e ela gravava seu programa.

_ E como vai tudo, mamãe? - perguntei novamente.

_ Samantha, sei que está repetindo essa pergunta porque acha que briguei com o Billy, mas querida só estamos em lugares diferentes por causa do trabalho, eu juro.

_ Ótimo, não sei se suportaria outro divorcio seu. – Eu disse aliviada.

Eu continuava concentrada no vídeo chamada, até Antenor me abraçar de surpresa me fazendo ter um mini ataque do coração.

_ Te assustei? – Ele disse rindo e beijando meu rosto, e eu o empurrei para fora da imagem da webcam imediatamente e ele me olhava confuso.

_Eii! – minha mãe gritou- Nem adianta me esconder, Samantha Lorenzzi, me mostre já esse gatinho novamente. – Ela disse histérica como sempre e Antenor riu quando percebeu o que acontecia.

Antenor me empurrou para o canto e sentou ao meu lado e enfiou a cara ao alcance da câmera:

_ Oi, sou Antenor. – Ele disse simpático.

_ Olá, como você é lindo! – Lucia dizia animada e eu corava de vergonha- Querida, abaixa mais a câmera preciso ver o físico do rapaz. – Ela disse animada.

_ Nem pensar! – Disse puxando o notebook apenas para mim e escondendo Antenor novamente que ria.

_ É seu namorado? Querida, que fantástico. – Ela dizia orgulhosa e eu revirava os olhos.

_ Obrigado! – Antenor colocou a cara em frente à câmera novamente do seu jeito mais galanteador que tinha e eu puxei seu cabelo com força tirando seu rosto de frente a câmera e ele exclamou um “Aaah” , mas ignorei.

_ Me conte tudo.. – Lucia Lorenzzi ainda dizia animada.

_ Mãe eu tenho que desligar. – Disse me despedindo rapidamente.

_Não, espere. Vocês estão usando camisinha? - Fechei imediatamente o notebook, encerrando aquela chamada, e eu estava corada de vergonha e Antenor gargalhava.

_ Por que desligou? Temos que responder sobre a camisinha. – Ele disse rindo e eu dei um sorriso falso a ele.

_ Pode responder pra mim se quiser, rapaz. – Cezar disse aparecendo na porta dando um nó na gravata e Antenor deu um pulo para longe de mim constrangido e eu segurava o riso.

_ Eu estava brincando, é claro – Antenor dizia nervoso – Por..por..que, obviamente, que nem usamos camisinhas. – Antenor disse gaguejando.

_ O QUÊ? – Cezar disse largando a gravata e olhando sério para Antenor.

_ Porque não precisamos dela, porque .. porque não tivemos oportunidade de usá-las.. Porque... Porque além da mais essa oportunidade está tão distante de acontecer. – Antenor disse mais nervoso ainda e eu não agüentei, gargalhava da situação.

_ Eu vou fingir que não escutei tantos porquês e vou para a reunião de seu pai, juízo os dois. – Cezar saiu balançando a cabeça de forma negativa e Antenor levantou os braços e puxou os cabelos para trás e suspirou aliviado;

_ Nossa, você quase se borrou nas calças por causa de Cezar. – Eu disse revirando os olhos.

_ Qual é, eu não quero levar uma surra do pai da minha namorada. – Antenor disse sério, sem seu ar sarcástico de sempre.

_Cezar não bate nem em uma mosca.

_ Até parece, o meu pai sempre falava dos caras que ele derrotava nos ringues. – Antenor disse levantando.

_ ringues ? – perguntei confusa.

_ É sim, porque a surpresa? – Antenor disse de forma descontraída.

_ Meu pai era lutador?

_ Sim, no tempo da escola, meu pai estudava com ele , sempre me disse que ele era um dos melhores, não tentou carreira profissional porque não quis.

_ Eu não sabia disso. – Disse desconfiada.

_ Talvez porque era só um passa tempo, então. Afinal, se ele gostasse realmente disso, não trabalharia na empresa para o meu pai.

Tentei deixar pra lá o que Toni havia me contado, mas aquilo me intrigava e de alguma forma eu queria saber por que Cezar escondia esse seu passado.

_Enfim... – Antenor disse me puxando para ele e nossos corpos ficaram encaixados – Já que estamos sozinhos. – Ele se insinuava com beijos molhados pelo meu pescoço.

_Ah eu não sei, você disse que essa oportunidade estava tão distante.. – Disse ficando de costa e fugindo de sua boca.

_ Eu sou um grande mentiroso. – Ele sussurrou no meu ouvido e em seguida me empurrou na parede e me colocou em sua frente encontrando os meus lábios.

Suas mãos passavam por todo o meu corpo, ele mordia minhas bochechas e eu deixava escapar baixos gemidos, segurei sua nuca e fui me entregando ao seu jogo, até esquecendo que estávamos na varanda da minha casa...

_ Ah, me desculpe! – Gabriele disse envergonhada e corada, empurrei Antenor para longe que caiu sentando no banco ofegante.

_ Ah meu Deus, Gabe o que faz aqui? – Disse surpresa e morta de vergonha.

_ Eu vim conversar com você. – Ela disse ainda constrangida.

Olhei para Antenor e sinalizei que ele saísse, mas a anta não entendia e ainda ficava parado ali olhando para Gabriele. Me aproximei dele e dei um tapão em sua cabeça de forma discreta e disse:

_ Pode ir amorzinho. – Disse irônica e ele riu.

_ Até mais coração. – Ele disse saindo, acenou para Gabriele e enviou um beijo no ar para mim de um jeito sarcástico, é claro, e pude ler em seus lábios “ Depois continuamos” e não pude deixar de rir.

...

Narração Dinho :

A escola dia domingo estava completamente vazia, exceto pelo time que usava o ginásio para treinar. O treinador fazia anotações em uma caderneta, ansioso pelo jogo de amanhã esperava todos chegarem, alguns já estavam espalhados pela quadra calçando suas chuteiras ou conversando.

_ Opa, treinador desculpa o atraso! – Toni chegou ofegante e logo depois se sentou calçando a sua chuteira.

Mesmo eu substituindo Antenor como capitão, ele ainda tinha chances de ser escolhido pelo Crawford, mas eu não poderia deixar isso simplesmente acontecer. Caminhei até o outro lado da quadra e me encontrei com Vinicius que estava distraído com o celular.

_ Ei- Disse empurrando seu ombro de forma brusca, chamando sua atenção – Quero que faça algo pra mim.

_O quê ? Pode falar. – Vini disse atencioso.

_ Quero que quebre a perna de Antenor hoje no treino.

_ Que isso? – Vini disse levantando assustado – Não, eu vou ser expulso do time e o jogo é amanhã.

_ Não vai, você é goleiro reserva tanto faz e além do mais tudo não vai passar de um pequeno acidente.

_ Cara, eu não sei não! – Vini disse cauteloso colocando suas luvas de forma preocupada;

_ Olha, não precisa quebrar, quero pelo menos uma torção para tirá-lo do jogo. – Disse rindo.

_ Eu odeio Toni tanto quanto você , mas..

_ Vinicius, vamos fazer isso parecer um acidente, não vai se prejudicar. – Disse passando um bolinho de dinheiro para ele.

_ Agora você me convenceu. – Ele disse rindo.

...

_ Então, vamos dividir o time em titulares contra reserva. – O treinador disse, olhei para Vinicius com um olhar cúmplice e ele me parecia mais confiante.

O jogo começou, começamos com um gol de Antenor contra o time reserva, o jogo começou a ficar mais empolgante, recebi um toque de Caio e perto do gol vi a oportunidade perfeita de um goleiro tentar agarra a bola e machucar o jogador, toquei a bola para Antenor que avançou para área do goleiro e Vini entrou com tudo para cima de Antenor que caiu no chão e gritava de dor.

Todos estavam em volta de Antenor que se contorcia no chão, o treinador ligava para um médico e aquilo era um cena perfeita.

_ Então. O que achou ? – Vinicius se aproximou de mim.

_ Perfeito.

_ Acho que foi mais que uma torção, eu acertei em cheio na perna direita dele. – Vinicius disse de forma orgulhosa.

_ Agora, ele ta sem pai, sem o time de futebol e mais tarde ele ficará sem Samantha. – Falei.

_ Ele te sacaneou ao ficar com a Lorenzzi. – Vini ria.

_ Ela é minha, Antenor vai se arrepender...

_ Se arrepender do quê ? – Peter disse sentando ao nosso lado de forma tranquila e bebendo algo em um cantil.

_ Não te interessa, Peter. – Disse revirando os olhos.

_ Estava falando de Antenor... – Ele dizia, mas o interrompi.

_ O quê ? Não me digam que já viraram amiguinho de novo. – Disse rindo.

_ Ahh, ta querendo tirar Antenor da jogada e se o rei do colégio? – Peter disse sarcástico.

_ E você ta querendo passar para o lado bom da força ? – Disse rindo.

_ Não exatamente.

Narração de Antenor:

Sentia uma dor terrível na minha perna direita, não era como se estivesse quebrada, mas a dor era um pouco incomodante. A enfermaria da escola não estava funcionando já que era fim de semana, então fui direto para o hospital mais próximo da escola.

O médico me deu alguns analgésicos para dor e depois bateu um raio x da minha perna, enquanto aguardava o resultado acabei por dormi, acordando somente com o barulho da porta do quarto e era quem menos imaginava , meu pai.

_ Oi, como você está? – Ele disse sentando ao meu lado e colocando a sua pasta em um criado mudo ao lado.

_ Bem, eu acho. – Disse tentando me ajeitar na cama. – Quem lhe chamou ? – Perguntei desconfiado.

_Pensei que tinha sido você que tinha pedido para seu treinador me ligar. – Ele disse rindo – claro que não.

_ Na verdade, sabia que estava ocupado, então eu chamei... – Eu iria dizer, mas meu avô entrou no quarto e não precisei mais explicar.

_Seu avô, que grande surpresa. - Meu pai disse sarcástico.

_ Você aqui Sebastian ? – meu avô disse cumprimentando meu pai.

_ Não sei porque a surpresa, Carlos, ele é meu filho.

_ Pensei que tinha esquecido isso nesses últimos meses. – Meu avô alfinetou meu pai que já me parecia irritado.

_ Você que não estava aqui nos últimos anos, Carlos, não viu tudo o que seu neto aprontou por aqui.

_ Creio que nada de tão grave para por ele para fora de casa.

_ Vô, eu quis sair de casa, foi escolha minha. – Eu disse impaciente.

_ Mas por culpa dele. – Ele apontou para meu pai.

_ Vou lhe contar apenas algumas da artimanhas que seu netinho vem aprontando, você sabia que ele anda passando trotes nos colegas da escola. – Meu pai falou e meu avô me olhou sério e depois riu.

_ Você também faz isso? Eu adorava passar trotes nos meus colegas no meu tempo de colegial. – Meu avô disse e eu ri.

_Não é só isso, ele voltava para casa toda noite bêbado, conseguiu afundar o meu carro na piscina e além do mais a minha casa parecia maisum prostíbulo. – Meu avô me olhou mais sério dessa vez – E o seu neto foi preso algumas vezes e pra piorar achei maconha no seu quarto. – meu pai dizia irritado.

_ Antenor isso é serio, o que você tem na cabeça de utilizar drogas? – Meu avô disse preocupado.

_ foi só uma vez, curiosidade. – Tentava justificar e meu pai revirou os olhos.

_ Isso vicia! Estava louco ? – meu avô disse irritado.

_ Esta bom ou ainda quer mais da artimalhas de Antenor? Porque ainda posso contar do strip-tease que ele fez na festa da empresa e da briga que teve na festa de aniversário do meu casamento. – Meu pai continuaria a me dedurar, mas o médico entrou na sala e pude respirar aliviado.

_ E então ,doutor, está tudo bem com minha perna não é? – perguntei ansioso.

_ Na verdade, você teve uma lesão não muito grave, mas precisa ficar de repouso sem colocar muito esforço nela por uma semana.

_ O quê? Mas eu tenho um jogo amanhã. – Disse decepcionado.

_ É só um jogo, Antenor, no próximo você joga. – Meu pai disse despreocupado.

_ Não , é o jogo do Crawford. Eu preciso jogar. – Disse tentando levantar da cama, mas meu avô me empurrou de volta.

_ Nada disso, eu sinto muito, Toni. Mas precisa se recuperar. – Meu avô disse tão decepcionado quanto eu.

_ Mas.. era a chance da minha vida, eu iria conseguir algo por mim, pelo meu esforço ia ser a minha conquista. – disse deitando completamente decepcionado.

_Vai ter outras chances na vida, Antenor, não é um jogo de futebol que define seu futuro. – meu pai disse impaciente.

_ Podemos ir pra casa, vô? – Disse ignorando meu pai.

_ Claro, vou só assinar os papeis. – Ele disse.

_ Eu já assinei, sou o pai dele, meu dever.

_ Ótimo, esta na hora de reconhecer seus deveres. Vou pedir umas muletas para você, já volto. – Meu avô saiu com o médico e meu pai ainda continuou no quarto.

_ Sei, que esse momento não é o melhor, mas quero lhe contar que Ana esta grávida; - Meu pai disse contente.

_ Que bom para Ana, mais uma garantia da herança para ela, só não se esquece de fazer o teste de DNA , papai. – Disse sarcástico;

_ Você nunca vai mudar, Toni. – Ele disse saindo batendo a porta.


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Notas finais do capítulo

E o que acharam?
Gente vou tentar demorar menos pra postar é que estav asem inspiração esses ultimos dias, mas vou postar o proximo o mais breve.



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