Amor E Caos... escrita por Bel Russeal


Capítulo 11
Fascinante chuva.


Notas iniciais do capítulo

Gente finalmente o Nyah voltou!!!
Nossa estava com saudade de postar pra vocês e de ler algumas fics que acompanho!
Espero que gostem do novo cap !!
ATé as notas finais...
Ahh coloquei uma música no capitulo para dar mais realidade a cena que vai esta compatível.



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Tive que lutar com cada célula minha para parar com aquele beijo, mas aquilo não era certo, eu não podia beijar Antenor Grayson, ele era o idiota odiado pela Gabe e por metade da escola, até parte de mim o odiava, mas não com tanta intensidade que eu o desejava. Desejo era a única explicação para aquele beijo, porque eu não podia gostar de Toni.

_ Ah, meu Deus! – Exclamei me afastando de Antenor.

Ele não dizia nada, apenas tinha uma face abobalhada me olhando. Por que ele não dizia nada? Será que agora era parte que ele me zombaria de mim?

Saí de cima de Antenor e por fim ele se sentou no asfalto, enquanto eu levantava;

_Isso... – Dizemos juntos, mas logo calamos.

_Pode falar.. – Dizemos outra vez juntos e ele riu.

_ Eu não sei explicar o que aconteceu, mas foi um erro... – Finalmente, disse só e ele levantou do meio da rua, que ainda estava deserta, só ouvia o balançado das folhas das arvores e pouco se enxergava com a ajuda dos faróis do carro ligado.

_Um erro? – Ele perguntou como se não tivesse entendido o que eu acabara de falar claramente, aquele beijo era um erro.

_ Sim, um erro. – Repeti firme e ele apenas arqueou as sombracelhas e com as mãos no bolso e com a cabeça baixa entrou no carro.

_Então, não vem? Ou prefere ir andando? – Ele perguntou de maneira ríspida dentro do carro.

Entrei no carro e coloquei o cinto, mas com os olhos pousados em cada movimento de Antenor.

_Ah, você mandou lembrá-la de nunca pegar carona comigo. – Ele disse sarcástico ao ligar o carro e o bom e velho sarcástico Antenor ali estava de volta.

_ E eu tenho escolha?

_ Se quiser pode ir andando. – Ele disse dando uma risada e deu partida.

O percurso todo até a minha casa que era do lado da casa de Antenor, foi em silêncio, nenhum comentário irônico e nenhuma ofensa, apenas o silencio.

_Chegamos! – Anunciou quando o carro parou e então retirei o cinto.

_Espera! Por que me beijou?– Ele disse me impedindo de sair do carro.

_ De novo com esse papo, eu disse pra esquecer esse beijo.

_ Esse? E os outros?

_ Todos.

_ Você não pode negar que existe algo entre a gente, mais do que as nossas diferenças. Algo intenso como aquele beijo.

_ Eu não gosto de você e você não gosta de mim, então não crie esperança que...

_Eu não tenho nenhuma esperança em relação a você, garota. Eu nunca me interessaria por uma garota como você. – Ele disse ríspido mais uma vez.

_ Ótimo, porque eu também nunca me interessaria por um garoto como você. – Disse batendo a porta do carro quando saí, mas ele também fez o mesmo e em vez de caminhar para sua casa, caminhou até mim na calçada.

_ Tenta se convencer disso, mas é louca por mim. – Ele disse com um sorriso satisfatório.

_ Não se iluda, tolinho. – Disse dando leves batidinhas no ombro de Antenor e ri, e antes mesmo que pudesse dar o contorno para entrar em casa ele me puxou pelo braço e me encostou na grade do portão e a falta de ar e o arrepio novamente, droga, eu não conseguia controlar o meu corpo.

_ Isso é um fato, tolinha. – Ele disse dando leves batidinhas em minhas bochechas.

_Se afasta de mim! – O empurrei com força o desequilibrando.

_Opa! – Antenor ria enquanto recuperava o equilíbrio – Você é mesmo uma desequilibrada.

_ Cala boca!

_ Uma louca! – Ele colocou as mãos paralelas e próximas a boca e gritou e depois dava gargalhadas.

_Vai embora, Antenor.

_Garota você é tão chata, tão chata que chega a me dar fobia, sabia?

_E você é o garoto mais idiota do mundo.

_ Ah é ? – Ele disse se aproximando mais com o sorriso sádico de sempre.

_ É. – Confirmei e nossos lábios estavam tão próximos outra vez..

_ Que gritaria é essa? – Cezar abriu a porta e apareceu na varanda e empurrei Antenor imediatamente para longe.

_ Não acredito, vocês dois brigando outra vez. – Cezar levou a mão ao rosto.

_ É porque o nosso vizinho é um tosco, Cezar. – Disse abrindo o portão e entrando, me aproximei de Cezar que ainda olhava para Antenor que ria com meu comentário.

_ É porque sua filha é uma desequilibrada e maloqueira. Acho que devia interná-la em algum sanatório, Senhor. – Antenor disse sádico.

_ Vocês são mais parecidos do que pensam, deviam tentar serem amigos. – Cezar propôs.

_ Acho que está delirando, papai. – Disse irônica, Antenor deu sua leve risada e colocou seu sorriso de lado no rosto e eu não podia negar o quanto charmoso ele ficava fazendo aquilo.

Ele ligou o alarme do seu carro, colocou as duas mãos nos bolsos da jaqueta e caminhou até a sua casa e eu observei cada movimento. Toni era o bad boy mais irritante e charmoso que eu já vira.

_ Eu não entendo o porquê de se odiarem tanto. – Cezar comentou.

_ Nem tenta entender. Risco de seus neurônios queimarem. – Disse abrindo a porta de casa e Cezar me acompanhava.

_ Já vi que ele te deixa pior de humor do que você já é.

_ Por que não me deixa em paz, Cezar. – Disse subindo as escadas.

_ Por que tem quer sempre tão grossa, Samantha ? Talvez seja por isso não se dê bem com Toni, talvez esse seja o problema.

_ Eu sou o problema é isso? – Parei e virei frente a frente com Cezar.

_A sua grosseria seja o problema, foi isso que eu disse.

_ Podemos conversar somente o necessário quando eu estiver aqui, Cezar?

_Não, sua mãe a deixou aqui na minha responsabilidade e eu sou seu pai e vamos conversar sobre o que ta se passando com você. Desde quando se tornou uma menina tão rebelde e fria? Você era doce, simpática e tão delicada, Sam.

_ Desde quando você abandonou sua esposa e seus dois filhos por mais de 6 anos e agora é tarde demais para recuperar o tempo perdido.

_ Olha aqui mocinha, eu não quero me redimir sobre o passado porque acho pouco provavel, mas o presente é que você esta morando sobre o meu teto, é menor de idade e vai me respeitar e acatar as minhas ordens.

_ Sim senhor, General. – Me coloquei em posição de sentido e não fiquei mais naquela sala para ouvir nem se quer uma palavra do que o meu pai me dizia;

A minha vida naquela cidade era definitivamente um caos, pensar na idéia de Cezar e eu pudéssemos conviver em harmonia era uma utopia. E por mais maluca que era minha mãe eu tinha saudade dela.

_Alô, mamãe? – Ela atendeu no quinto toque, mas atendeu e era isso que importava.

_ Samantha, querida. Esta tudo bem ?

_ Desculpe não ter retornado suas ligações, eu estava com raiva.

_ Eu entendo, meu anjo. Sei que errei em ter te deixado de lado, mas o inicio da viagem estava uma loucura e sei que deve ter ficado magoada.

_ Sim, mas você atendeu agora é isso que importa.

_ Que voz é essa em? Aconteceu algo?

_Esta tudo bem, Dona Lucia. Minha voz está normal.

_ Não está não, me conte tudo.

_ Quando você volta, mãe? Estou com saudades e eu não consigo conviver com Cezar, nós nunca nos daremos bem.

_ Querida, você não acha que está na hora de conversarem e você perdoar ele.

_ Ele nos abandonou, mamãe.

_ Tudo tem uma explicação, Samantha. Por que não tenta ouvi-lo?

_ Talvez esteja certa, mas eu preciso de mais um tempo.

_ Billy ainda esta em turnê com os seus jogos e eu tenho vários países para apresentar o programa, ainda vai demorar alguns meses, mas você pode nos acompanhar nas suas férias de verão, provavelmente estaremos no Japão nessa época.

_ Eu adoro o Japão.

_ Então combinado. Fica bem, meu anjinho.

_ Eu te amo, mãe.

_ Eu também te amo, Sam.

...

Antes que o despertador tocasse ouvi a voz de Cezar ecoar pelo quarto “ Vai chegar atrasada, Samantha” E reuni todas as forças para levantar da minha preciosa cama e me arrumar para o colégio, sem mais paciência do que o de costume, vesti um short, uma camiseta, tênis e fiz um rabo de cavalo no cabelo tudo a tempo do Cezar a se dispor de me dar uma carona.

Ao chegar ao campus da escola fui ao meu devido lugar de sempre e encostei-me à árvore grande que tinha na área externa do colégio, eu adorava sentar debaixo da sombra que arvore formava, era até raro de se encontrar uma árvore grande e espessa como aquela dentro da cidade, mas era ao menos estranho eu gostar tanto de esta ali perto e não saber nada dela.

Tirei o celular do bolso, a fotografei e joguei a imagem no Google, nada que ele não poderia me contar sobre ela. Era uma imbuia, ela era mais rara do que pensava nessa cidade, já que é mais comum no estado do Paraná. Acho que o diretor devia ter permitido aquela arvore no campus por esse motivo, ela representava muito mais que poderiam ver e muito mais que uma boa sombra.

_ Sabia que ia te encontrar aqui. – Gabe se sentou ao meu lado com o bom humor de sempre.

_ Eu estava lendo um livro.

_ Como sempre. – Ela cantalorou. – Sidney Sheldon , adoro esse autor. – Ela espiava a capa do meu livro enquanto empurrava um sanduíche pela boca.

_Seu bom de humor pela manhã me dar uma vontade de vomitar. – Gabe revirou os olhos com o meu comentário e riu em seguida.

_ E o seu mau humor pela manha, me faz querer te encher de abraços e beijos. – Ela disse pulando em cima de mim.

_ Ah meu Deus, você está me babando, Gabriele.

_ Vi seu pai te deixando na escola, ele é um coroa muito gato.

_ Definitivamente, irei vomitar. – Disse e Gabe ficou vermelha de tanto rir. – Ele nem é tão velho, minha mãe e ele se casaram quando estavam no último ano do colégio.

_ Se casaram tão cedo.

_Digamos que o fato da minha mãe esta grávida foi o motivo de força maior.

_Jovens e inconseqüentes, e por que será que nossos pais não nos entendem hoje ?

...

Na companhia de Gabe, entrei na sala de aula atrasada, sentamos nas duas ultimas cadeiras da primeira fila, o senhor Withaker já estava sentado em sua mesa, com óculos suspensos na ponta do nariz os seus olhos nos acompanhava em cada movimento desde quando eu e Gabriele entramos na sala.

_ Estão atrasadas senhorita Lorenzzi e senhorita Rosner.

_ Desculpa, professor. – falamos uníssono.

_ Espero que isso não aconteça novamente. E como dizia anteriormente, antes das duas excelentíssimas interromperem a minha aula; o trabalho que irei passar valerá a metade da nota final. – Nosso professor de filosofia não manerava quando se tratava de ser irônico com os alunos que interrompiam suas aulas.

_ Esse trabalho vai ser em duplas, escolhidas por mim. – O professor anunciou e todos da sala reclamavam e protestavam.

_ Silencio! Não adianta vocês implorarem, eu já escolhi as duplas. O critério foi para beneficiar quem esta com notas ruins, então coloquei um aluno com nota boa e um com nota ruim para balancear a dupla e ter como resultado um ótimo trabalho.

_ Ainda temos chances de fazermos dupla, já que você tem nota boa e eu ruim. – Gabe sussurrou para mim e não evitei rir.

_As duplas são: Adriano Garcia e Melanie Sammer , Stiven Green e Peter Jhonsson, Caroline Dick e Gabriele Rosner...

_ Ah vai, Caroline nem é tão ruim. – Disse para Gabriele que relutava em relação a sua dupla.

_Tudo bem, me conformo, pior seria se ficasse com Peter. – Gabe disse olhando para Stiven que estava notavelmente decepcionada e com um pouco de medo devido à escolha de sua dupla.

_Caio Macedo e Gabriel Diniz; - O professor continuava a listar as duplas e ai que o destino resolveu me sacanear, ou melhor, o professor Withaker resolveu me castigar – Samantha Lorenzzi e Antenor Grayson.

_ O quê? – Levantei imediatamente e posicionei minhas mãos sobre a carteira. – Não, impossível. Eu não farei dupla com Antenor.

_ Então, os dois ficarão sem nota, resolvam-se. Turma o trabalho é para próxima aula e tenham um bom dia. – O professor saiu da sala e logo em seguida o sinal tocou e para o meu desespero teria que aturar Antenor, não tinha outra escolha.

...

No refeitório, Caio tentava me consolar com a minha dupla. Gabriele repetia mil vezes “ Eu não queria está no seu lugar”. Pode até parecer drama demais quando se trata apenas um trabalho de filosofia e talvez seja, era só um trabalho da escola, eu iria conseguir lhe dar com isso, era só nos reunir uma vez, focar no trabalho e terminar em um dia. Eu iria conseguir.

Respirei bem fundo e caminhei até a mesa de Antenor Grayson e seus amigos, era uma bagunça em cima dela, várias embalagens jogada no chão ao seu redor, o time de futebol era nojento.

_ Stiven vai fazer o trabalho todo para mim, estou tranqüilo. – Peter ria satisfeito, então pensei em como Stiven Green estava em uma situação pior que a minha, já que Peter era repugnante.

_ O que ta revirando os olhos em pequena Lorenzzi ?

_ Você é repugnante, Peter. – Disse e os garotos em volta soltaram risadas.

_ Eu devia te fazer engoli essas palavras,Samanta; - Peter levantou da mesa furioso.

_ Em cara, pega leve. Acho que ela não veio falar com você, ela é minha dupla lembra? – Antenor fez com que Peter sentasse de volta.

_Podemos conversar no corredor ? – Disse e Toni pegou sua mochila e me acompanhou.

_ Suponho que queira falar sobre o trabalho de filosofia. – Antenor encostou-se a um dos armários no corredor , cruzou os braços e pousou seus olhos em mim.

_ Exatamente. – suspirei

_ Eu também achei isso uma droga.

_ Sim, uma droga. Mas temos que fazer esse trabalho, principalmente você, já que é o aluno da nota ruim. – Ele riu, mas não disse nada.

_ Na minha casa, as 14:00 em ponto. E saiba que eu odeio atrasos.

_E eu adoro atrasos.

_ Vai detestar se chegar atrasado. – O ameacei e retornei para o refeitório.

...

14 hrs em ponto, Antenor Grayson ainda não havia chegado é claro. O ponteiro vermelho do relógio fez mais uma volta completa e 14h01min a campainha tocou, Antenor havia chegado. Abri a porta e ele olhava para o relógio em seu pulso.

_ Estava esperando passar das 14:00 para tocar a campainha? – Perguntei.

_ É claro que não. – Ele abaixou o braço rapidamente e colocou as mãos no bolso da calça.

_ Entra, fica a vontade.

_ Então, por onde começamos. – Ele disse se sentando no sofá e colocou os pés sobre a mesinha do centro.

_ Não tão à vontade, tira já seu pé daí. – Ele revirou os olhos, mas obedeceu.

_ Vamos subir para o meu quarto.

_ Ei, vai com calma, mal cheguei e já quer me arrastar para o seu quarto. – Ele disse dando risada.

_ Idiota, o meu computador fica no quarto.

...

_ Dá pra ser menos espaçoso? – Antenor se jogou na minha cama, tinha seu tênis sujo sobre a colcha e empurrava todos os travesseiros para o chão.

_ Pra que tanto travesseiros? Você só tem uma cabeça.

_ Eu gosto de travesseiros, ta legal?! – Recolhia todos de volta do chão enquanto Antenor tagarelava.

_ Já foi a California ? Ta de brincadeira. – Ele disse se levantando e olhando meu mural de fotos perto do computador.

_Férias do ano passado.

_ Maneiro. Paris, Veneza,Londres, Estados Unidos.. Nossa você já foi a muitos lugares.

_Poderia ter ido a mais se não tivesse que ficar nessa cidade.

_ E o que te impede de ir?

_ Vamos nos concentrar no trabalho.

_ O nosso tema é o Islamismo.

_ Ótimo, você devia procurar algo nos livros enquanto eu fico com a internet.

...

­­ Ao contrario do que pensava, aquele trabalho seria impossível de terminamos em um dia, já estava anoitecendo e ainda não estávamos na metade dos requisitos exigidos pelo professor.

_Samantha, já esta em casa? - A voz de Cezar vindo do primeiro andar ecoou.

_ Estou aqui em cima.

_Estava pensando em jantarmos na Christina , o que acha? – Cezar vinha tagarelando enquanto subia as escadas.

_Estou vendo Antenor de verdade em seu quarto, ou estou delirando? – Cezar parou boquiaberto na porta do quarto.

_Trabalho de filosofia, Senhor Withaker fez questão de formar duplas.

_ Então deixarei vocês se concentrarem. – Cezar saiu rindo da situação.

_ Chega, Samantha. Estou cansado, não vamos terminar isso hoje. – Antenor disse fechando os livros.

_ Precisamos.

_ Não precisamos,o trabalho é pra outra semana. – Ele disse levantando e agora revirando meus CDs na prateleira.

_ Um violão? Você toca violão? – Ele disse puxando o objeto escondido no ultimo andar da prateleira.

_ Não é meu.

_ Era do seu irmão? – Adivinhou ele.

_ Sim, ele tinha uma banda.

Antenor sorriu e olhava o violão bastante encantado.

_ Ta brincando isto ta assinado pelo Humberto Gessinger.

_ Ele era fã de Engenheiros do Hawaii, quando teve a oportunidade de encontrar o Gessinger não desperdiçou e conseguiu essa assinatura.

_ Isso é fantástico. – Antenor disse tocando algumas notas e me surpreendi.

_ Você toca?

_ Claro que sim, tive aulas com meu pai quando era menor.

_ Senhor Grayson com um violão coisa difícil de imaginar. – Disse rindo.

_ Meu pai era bem mais divertido, acredite. – Antenor disse guardando o violão.

_ Você pode tocar uma música para mim? Tenho saudade de ouvir notas desse violão.

_ Tem algum pedido especial? – Antenor posicionou o violão sobre a sua perna.

_Me surpreenda.

(https://www.youtube.com/watch?v=jGIwP5dOSI8 )

Ele começou a tocar as primeiras notas e logo reconheci a música, eu a adorava. E Antenor tinha realmente talento com violão, mas ele realmente surpreendeu quando também começou a cantar, me sentei junto dele na cama, algo em seus olhos brilhava e não conseguia parar de olhá-los. Ouvir aquele violão tocar depois de tanto tempo me fazia bem, aquilo realmente me fazia bem.

A música terminou e estava tudo silencioso no quarto, Antenor pousou o violão no chão e depois se sentou na cama novamente.

_ Você canta tão bem. Não sabia que tinha esse talento além do futebol.

_Eu nunca havia cantado pra ninguém, na verdade, eu não sei como consegui fazer isso na sua frente.

_ O grande Antenor não consegue cantar em publico? – Eu não consegui evitar rir, então eu gargalhei muito.

_ Pode zombar, mas eu não consigo. É algo que eu faço só pra mim, que me acalma e não divido com as outras pessoas.

_Então porque dividiu isso comigo?

_ Eu não sei. – Ele disse se aproximando. – Eu não sei como eu consegui fazer isso justo pra você e isso ta pirando a minha cabeça.

_ Então não pensa nisso e canta.

_ Eu acho que posso fazer isso de novo.

Acordei com um barulho de chuva lá fora, a muito tempo não chovia na cidade, sentia falta do barulho de chuva batendo pelo vidro da janela. Olhei para o lado e Antenor dormia com os braços abraçados ao violão. Acabei adormecendo enquanto ele cantava, mas não sabia explicar como ele havia dormido ali. O relógio marcava 23 horas, levantei e olhei a chuva escorrer pela janela e o carro de Cezar ainda não estava na garagem, ele havia saído para jantar no restaurante de Christina.

Passei a mão no vidro e as marcas de meus dedos ficaram, eu adorava a chuva. Era um descarrego do céu, o barulho de milhares de gotas triscando no chão era fascinante, o cheiro era bom e o leve frio aconchegante comparado ao calor da cidade.

_ Admirando a chuva? – A voz de timbre forte de Antenor sussurrou atrás de mim e quando virei um pouco espantada lá estava ele em pé me encarando.

_ Chuva é legal, não acha? – Perguntei e ele deu um leve sorriso.

_ Não sei, elas são muito molhadas não ? – Ele disse me fazendo gargalhar.

_Obviamente elas são molhadas.

_Percebeu que estamos a exatamente 9 horas sem nenhuma briga e troca de ofensas.

_É , você não ta tão idiota hoje.

_ E você não esta tão desequilibrada hoje.

_ Terminamos o trabalho amanhã?

_ Esta me mandando embora nessa chuva? – Ele disse rindo.

_ Não, não é isso.. é que... que esta tarde.

_ Eu já estava de saída.

Ele caminhou até a porta do quarto e parou antes mesmo de abri-la.

_ Algum problema ? – Perguntei.

_ Sim. – Ele se aproximou de mim novamente e me beijou.

Ele me puxou pela cintura tão decidido e nos desequilibramos até a cama e continuávamos a nos beijar intensamente, sua mão em minha nuca e outra na minha cintura, seus lábios nos meu lábios, seu corpo em cima do meu corpo, eu não estava entendendo mais nada. E em um intervalo de seus lábios nos meus, eu consegui a respiração de volta para ele voltar a roubá-la novamente com mais beijos.

_ Antenor. – segurei o seu rosto a uma distancia segura do meu.

_ O que a gente.. não..isso.. eu não sei. – Disse confusa.

Ele me olhou e se levantou rapidamente um pouco desconcentrado.

_ Me.. desculpe, eu também não sei.. é .. – Ele caminhou para perto da janela e depois ate a cama e depois percorreu o caminho ate a porta meio que atrapalhado e finalmente disse antes de sair :

– Boa noite, Samanta.


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Notas finais do capítulo

Adoro esse cover que o garoto faz na musica em que coloquei no capitulo.
Postarei o outro em breve!!
Deixem comentários,por favor.
Beijos!



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