Absence escrita por Thalita Moraes


Capítulo 42
Flashback 04


Notas iniciais do capítulo

Olá! o/
Demorei um pouco mas cá estou. ^^

Tenho algumas coisas para falar para vocês e vou utilizar esse espacinho aqui. Se você costuma pular, por favor, não. Leia o que eu tenho a dizer.
Primeiro: Por mais que eu demore um pouco para postar (suspenses enigmáticos de mais de 24 horas), eu jamais, JAMAIS, vou parar de escrever essa fic. Ok? JAMAIS! Eu protelo muito, admito, mas eu não deixo de escrever. Nem que seja na última hora, no último segundo, eu escrevo. (Como esse cap, escrevi desesperada em 1h).

Segundo: Cadê minhas lindas, Liza-chan, Mine-chan e Anna-chan? Sem, é claro, desfazer dos meus leitores que comentam a cada novo capítulo, mas passar aqui de vez em quando só para dizer que está viva e que parou de ler por um tempo, tá ocupada, não tá gostando mais, vale também, tá? Eu aceito, contanto que seja sincero. Xp

Agora, voltando ao que realmente interessa...
o/



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"Yoshiaki… Um nome interessante." Ela pensou. "Será que ele brilha tanto quanto seu nome diz?"

Antes mesmo de perceber, Lucy voltava para a vila pensando no nome dele. Já estava escurecendo — repararam que ela não perguntou o que realmente queria perguntar? — e as luzes das pequenas casinhas começavam a acender. Algo que chamou sua atenção enquanto tentava escapar da escuridão da floresta. Estava cansada. Ansiava por um banho quentinho e relaxante e poder cair na cama para começar outro dia.

E assim fez. Entrou na casa de Spetto-san e, quando não a encontrou se virou como pôde. Procurou por uma toalha e preparou seu banho. Algo que sempre fazia em sua própria casa, não via porque não seria diferente ali.

No entanto, diferentemente de sua casa, não havia banheira e o chuveiro não queria esquentar a água. Depois de girar minuciosamente com precisão de quem tenta abrir um cofre, passou pela água quente três vezes, para então desistir e tomar banho na água gelada. Ela não estava acostumada, mas lavou-se do mesmo jeito. Sentia-se imunda por ter andado tanto naquela floresta, pra lá e para cá, apenas procurando pela vila novamente.

Algo passa pelo canto de seu olho, parecia com um vulto na janela. Mas não era a primeira vez que ela via essa mesma mancha preta no canto de seus olhos naquele dia, então simplesmente ignorou. Depois de cogitar tanto estar sendo perseguida, deixou a ideia de lado por achar ser muito estupida — quem iria querer sequestrá-la? — e acreditou não ser nada. Era apenas fruto de sua imaginação, sua visão estava lhe pregando peças.

Saíra do banho e enrolara-se na toalha, secando-se imediatamente. Lutando contra sua rotina de sair enrolada na toalha, indo para o quarto onde deixara suas roupas. Razão e bom senso passaram na sua mente mais cedo e levara consigo a muda de roupa para o banheiro para evitar esbarro constrangedor pelos corredores.

Quando saiu do banheiro, encontrou Spetto-san na sala, ajoelhada em frente à um altarzinho. Lucy não queria esgueirar-se por trás de Spetto-san, não era algo muito educado de se fazer, mas ficou em silêncio até que Spetto-san percebesse sua presença.

— Meu irmão. — Spetto-san disse, abrindo os olhos, respondendo à pergunta na mente de Lucy. — Quando voltei para cá, descobri que ele tinha morrido há algum tempo. Nunca saíra daqui, esperando que eu voltasse. Desde então, eu acendo uma vela para ele, toda tarde, só para mostrar para ele que vou sempre estar aqui.

Lucy não conseguiu pensar em nada para dizer. Então, Spetto-san retirou o sorriso triste do rosto e levantou-se em direção para a cozinha.

— Então. Jantar?

***

O dia seguinte começou de mal jeito para Lucy. Acordara com uma bombinha sendo solta na janela do seu quarto, um rojão lhe acordou e risadas seguidas por passos pesados correndo dali atropelaram seu sono, fazendo-a esquecer-se de qualquer que tenha sido seu sonho. Alguma coisa com um guri de cabelos rosados, dos quais vem tentando desviar os pensamentos há algum tempo já e não tinha problema nenhum em esquecer.

Nem tivera tempo de sair correndo atrás das crianças, Spetto-san já estava na porta para a chamar para o desjejum.

Então, saiu novamente para ir atrás daquelas criaturas.

Ela correu atrás de rojões e explosões o dia inteiro, até que, quando finalmente encontrou os três e correu atrás deles, eles a levaram em direção à floresta. Lá, eles se separaram e Lucy se perdeu novamente.

Impossível conhecer aquela área da maneira como eles conheciam. As árvores eram todas iguais, praticamente idênticas, exceto por um galho aqui e lá. Para os olhos de Lucy, eram todas as mesmas árvores.

È claro que, nesse tipo de pensamento, não seria surpresa vê-la perdida de novo.

E nesse anda para lá, anda para cá, Lucy encontra o mesmo rosto do dia anterior. Yoshiaki estava escorado numa árvore, os braços atrás da cabeça, numa "preocupação intensa" em manter o ritmo de sua respiração.

E pelo barulho dos passos e Lucy nas folhas barulhentas, ele já tinha percebido que ela estava ali.

— Olha só. — Ele disse, abrindo os olhos. Os olhos pretos dele encaram intensamente os olhos castanhos de Lucy. — Se não é Lucy Heartphilia! Veio aceitar minha proposta de ontem? — O tom de gozação, como se ele já soubesse que Lucy estivesse perdida, era óbvio.

Lucy suspira profundamente antes de dizer qualquer coisa.

— Na verdade, — Lucy começou, um pouco embaraçada ao admitir — eu estou perdida.

— Perdida? — Yoshiaki disse, com o mesmo tom de antes, dessa vez ainda mais óbvio.

— Eu nem sei mais para que lado que eu tenho que ir… — Ela começou, então Yoshiaki levantou-se de seu encosto, ficando de pé em frente à Lucy, tocando a bochecha rosada de Lucy com sua mão esquerda. Demorou um segundo até que Lucy tomou consciência do que estava acontecendo e finalmente empurrá-lo dizendo: — O que está fazendo?

— O vilarejo é para aquele lado. — Disse Yoshiaki, ignorando a pergunta de Lucy, apontando para o lado de onde Lucy viera.

— O que você fez? — Lucy repetiu a pergunta e parece que, só então, ele ouviu a pergunta.

— É uma magia que me faz ter acesso às memórias recentes de seu cérebro. — Yoshiaki revela.

— Com só um toque? — Lucy pergunta, um pouco perturbada. Como ele pôde ter feito aquilo, sem nem mesmo permissão? O que será que ele viu?

— Com um dedo. — Yoshiaki então diminuiu um pouco o sorriso, achando que estivesse, talvez, se gabando demais. — Com um dedo eu consigo ver as memórias mais recentes, mas com o outro… — ele disse mostrando dois dedos para Lucy. Então os abaixou e chegou mais perto e perguntou: — Quem é essa Lisanna?

Lucy desviou dos olhos intensos de Yoshiaki. Concentrou-se em olhar para o chão um pouco, seus olhos entristeceram de uma maneira mais forte do que quando deixara -a escapar por engano. E Yoshiaki viu essa tristeza.

— Uma amiga de infância.

— Oras, não se engane. — Yoshiaki disse numa voz hipnótica, num tom parecido com o grilo da consciência. — Você sabe que ela é muito mais que somente uma amiga de infância.

— Eu não quero falar sobre isso. — Lucy enfureceu-se e cerrou os punhos. Como ele se atrevia a falar o nome daquela megera?

— Você sabe exatamente porque está aqui. Você está fugindo. — Os olhos de Yoshiaki ficam cada vez mais intensos, mas Lucy não percebe porque não está mais olhando nos olhos dele. — Está fugindo da própria família. Pela segunda vez.

— Para, por favor. — Lucy pede, as lágrimas começando a surgir no canto de seus olhos. Ela sabia disso. Sabia que estava fugindo. Era uma reação instintiva.

Você não foi notada. Você não foi esquecida. — Yoshiaki continuou. Ele mesmo tinha entrado em transe, não fazia ideia do que estava realmente falando, dizendo apenas coisas que Lucy já sabia. Coisas que ela dizia para si mesma, mas tentava enterrar. — Você se fez esquecer.

Você foi se distanciando, cada vez mais e mais.

Tudo porque você apenas não conseguia suportar ver aquele que você ama com outra.

E aqui está você.

Fugindo.

Numa missão.

Esperando que ele vá perceber sua ausência e vir te buscar.

Lucy não aguentou mais e surtou.

Quando ambos se deram por conta, Yoshiaki tinha acordado do transe com uma marca vermelha de cinco dedos em sua bochecha e Lucy estava com os olhos marejados, numa expressão de raiva. Ela tinha acabado de dar um tapa nele. Ela simplesmente virou as costas e foi embora, não se dando ao luxo de chorar na frente de um completo desconhecido, mas que, por causa de uma magia desnecessária, sabia de toda sua vida e, pior ainda, de seus sofrimentos. De seu coração quebrado que jurava ainda estar inteiro.


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Notas finais do capítulo

Quem tá gostando, levanta a mão o/
Quem tá esperando o Gajeel aparecer, levanta a mão o/

Próximo capítulo sai na madrugada do dia 15.