- Não faz isso. - diz ela, fazendo com que ele parasse.

 - Droga. - resmunga ele.

E eu tô falando sério mesmo, se você voltar de moto eu nunca NUNCA mais vou falar contigo. - ela diz, apontando para o rosto dele e o ameaçando.

 - Tá me proibindo de andar de moto, é? - ele insinua, rindo.

- Não, eu sei que você não vai parar. Mas pelo menos hoje, larga de ser teimoso. - retruca ela.

 - Tá bom, tá bom. - concorda ele.

Lia beija o rosto de Vitor e eles sorriem um pro outro.

Raquel volta para a sala com o dinheiro.

 - Doutora...eu tava pensando...tem como a senhora me levar lá no hostel? - propõe Vitor.

 - Se você preferir. - fala Raquel.

 - Acho que eu prefiro sim.

 - Ok então, vamos. Lia, você vem? - A mãe da garota pergunta, olhando para ela.

 - Acho que sim...tô querendo mesmo falar com a Fatinha. - responde Lia

Vitor foi andando até o carro, apoiado em Lia e Raquel.

Chegando no hostel.

Lia e Raquel levaram Vitor, que ainda estava machucado, até seu quarto.

 - Ai minha Nossa Senhora de Fatima que que esse menino arrumou agora? - diz Fatinha desesperada ao abrir a porta e encontrar seu irmão naquele estado.

 - Ele caiu, não sei muito bem da história. Mas ele jajá vai ficar bem, só sofreu alguns arranhões, nada de grave. Mas ele precisa ficar deitado, repousando. E nada de ir pra aula amanhã, ok? - responde Raquel.

Fatinha e Lia ajudam Vitor a entrar.

Raquel foi pra casa, e Lia acabou dormindo no hostel junto com Vitor e Fatinha.

Fatinha colocou um colchão no chão para Lia do lado do colchão onde Vitor estava dormindo.

- Não dá nem pra andar mais nesse quarto de tanto colchão - fala Fatinha rindo e observando o quarto lotado.

- Gente, sério. Se eu tiver atrapalhando, eu pego um ônibus e volto pra cas... - falava Lia, quando Vitor a interrompe.

 - Não, fica. Tá tranquilo. 

 - Tá né... - diz Lia, ainda meio desconfortável.

Eles deitaram, Vitor não conseguia dormir, por causa dos machucados que ainda doíam. Já Fatinha pegou no sono cedo.

Vitor desistiu de tentar dormir e se virou, olhando para Lia que estava deitada do seu lado, só que virada para o outro lado. Quando percebeu que ele estava te olhando Lia se virou, olhando para ele também.

 - Não vai dormir? - Lia susurra. 

 - Não consigo, tá doendo tudo - ele susurra de volta e depois ri.

- Larga de ser dramático. - ela ri.

 - Fala isso porque não é com você. - retruca ele.

- Não sei nem porque tô falando contigo, vou tentar dormir que é melhor pra mim. - fala Lia.

 - Tá bom, dorme aí.

Lia fechou os olhos e depois de 5 minutos com eles fechados, percebeu que Vitor ainda olhava para ela.

 - Para de me olhar - ela manda, abrindo seus olhos e dando uma leve risada.

 - Não ia dormir? - ele pergunta, sorrindo.

 - Tô tentando, mas você fica me olhando aí e é estranho.

 - Ô caramba, eu não sei se vocês sabem mas já são 3 da manhã e tem gente tentando dormir, vamo calar a boca por favor? - fala Fatinha, acendendo a luz.

Lia e Vitor riram.

- Ih, estressou é? - provoca o irmão.

 - Você vai ver o que sou eu estressada daqui a pouco se não calar essa boca e dormir. - responde ela, com raiva.

 - TPM? - ele continua, rindo.

Fatinha virou e jogou um travesseiro nas costas de Vitor, que reclamou com dor.

 - Isso não vale, eu não tenho nem como me defender. - ele diz, rindo.

 - Então fica quieto e dorme, que merda. - ela responde.

- Ui, estressada. - Lia começa a provocar também.

 - Lia, e você também não me provoca - diz Fatinha, rindo.

- Foi mal, foi mal. 

 - Chega, se quiserem se pegar aí fiquem a vontade, só que façam isso em silêncio fazendo um GRANDE favor. - diz Fatinha, apagando a luz.

Fatinha virou para o canto e dormiu.

 - Vamo dormir logo se não ela vai acabar matando a gente. - diz Lia, virando-se.

 - Se eu conseguisse. - responde ele, baixinho.

 - Fica quieto que uma hora você dorme. - ela fala.

Vitor começou a chegar seu corpo mais perto do de Lia, até o momento em que ele praticamente não estava mais em seu colchão, e sim no dela. Então ele passou um de seus braços em volta do corpo de Lia, que percebeu, mas resolveu não dizer nada pra não ter que discutir com ele.

Depois de um tempo, os dois acabaram dormindo.