Meu Ponto Fraco - Litor escrita por Gi, LihBC


Capítulo 45
Capítulo 45 - Por quê?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui é a LihBC com mais um cap.
Tenho uma novidade! Duas, na verdade. Enfim, falo isso nas notas finais, okay?
Como a Gi disse "preparem o lenço" para esse cap, vejo vocês no final.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367129/chapter/45

– Lia? - berrou a voz rouca de Gabriel do outro lado da linha e isso fez a roqueira suspirar aliviada.

– É...Oi. - diz Lia, sem graça.

Ela se achava a pessoa mais cara de pau do mundo por ligar para ele e pedir o que iria lhe pedir depois de ter dado o maior fora nele.

– Lia! - dizia Gabriel. - Onde você está? Meu Deus! Estava tão preocupado.

– Gabriel, eu estou bem. - falou ela. - Pode vir me buscar?

– Claro que posso! Me diz o lugar que eu vou para aí agora!

– Então, eu não sei. - murmurou Lia envergonhada. - Estamos perdidos no meio da mata.

– Estamos? Quem está ai com você, Lia?

– Alguns drogados e umas putas, mas nada demais.

– Lia! - exclamou Gabriel e a garota bufou.

– Estou perdida no meio da mata, com uns loucos correndo de carro. - resmungou ela ficando vermelha. Lia agradeceu mentalmente por ele não estar vendo sua cara, que estava mais vermelha que um tomate. - Espera um pouco.

Ela tira o celular da orelha e pergunta se alguém sabe o nome do lugar.

"Óbvio que não, sua trouxa" ela pensava, mas para a sua surpresa, um garoto - provavelmente o mais sóbrio dali - diz o "nome" da estrada.Lia coloca o celular novamente na orelha e fala rapidamente o nome da estrada, e desliga, afirmando que o sinal estava ruim.

Lia não sabia ao certo o motivo da ligação para Gabriel. Foi tudo muito rápido. Mas ela sabia que precisava sair dali, não queria ver Vitor correndo - e perdendo - para aquele cara e, de qualquer forma, sabia que Gabriel era o tipo de amigo que sempre estaria por lá quando ela precisasse. Ele já era maior de idade, estudava e provavelmente teria um futuro longe das drogas.

Perdida em seus pensamentos, nem percebe o carro que parou ao seu lado.

– Ei. - diz Gabriel, abrindo o vidro.

Ao ver a cara assustada de Lia, ele sabe que precisa dar uma explicação.

– Eu tava por perto. - ele ri.

A garota olha na direção em que Vitor estava e vê ele concentrado na conversa com o homem do carro azul. Isso a faz correr até o outro lado do carro de Gabriel e entrar rapidamente.

O menino dá uma olhada no lugar, quando vê Vitor.

– Pera, aquele ali é o... - dizia ele, quando Vitor se vira e o nota, como se estivesse escutando a conversa à todo o tempo.

Os dois observam o motoqueiro travando o maxilar, irritado ao ver o que viu.

– Sim, é o Vitor. E se eu fosse você, eu pisava no acelerador, tipo, AGORA! - ela diz, observando o motoqueiro fechar o punho, provavelmente "pronto para a briga"

Sem pensar duas vezes, ele acelera.

– Por que vocês est... - ele é interrompido.

– Eu não quero falar nisso, tá? Eu não quero falar nele.

– Se você diz.

– E é verdade!

– Ok.

Ao olhar Gabriel dirigindo tão prudentemente, com as duas mãos no volante, pensou no quanto Vitor era errado. No quanto ele era impulsivo, no quanto ele e Gabriel eram totalmente opostos. No quanto ele o odiava. Pensou também em como nunca tinha visto ele se meter em confusão, no quanto ele nunca tinha demonstrado sentimento algum pelo motoqueiro, muito menos ódio.

– Gabriel? - chamou Lia timidamente e ele se voltou para ela.

– Que foi?

– Lembra quando você me pediu em namoro? - indagou ela enquanto encarava as próprias mãos.

– Lembro. - respondeu ele secamente. - Por quê?

– O pedido ainda tá de pé?

– O que quer dizer?

– Que eu aceito ser sua namorada... Estou muito atrasada? - ela forçou um sorriso.

– Não... - a risada dele mostrava o quão surpreso estava.

Quando percebeu. Já estava tudo feito.

"Parabéns, Lia." pensa. "Agora você só tem que esquecer o errado e se acostumar com o certinho..." ela pensa novamente. "Apesar de você amar tanto aquele "errado".



Vitor pisava no acelerador do carro laranja como se sua vida dependesse disso.





– Por que você não sai da minha mente? - ele diz, ao pensar em Lia, e em seguida pisa mais ainda no acelerador.



– Por quê? Por que, Lia? - exclamou ele ao pensar nela com o idiota do Gabriel.

– Chega de pensar nisso. Você precisa ganhar essa corrida. - disse à si mesmo.

Estava ganhando do garoto do carro azul apenas por alguns metros, e não demora muito até ele ultrapassá-lo em uma curva.

Ele pisou novamente no acelerador. A adrenalina percorria todo seu corpo numa força inexplicável.

Na curva seguinte - que era um tanto quanto fechada - Vitor não pensou duas vezes na hora de fazer todas as manobras possíveis para ultrapassar o garoto, que fazia a curva mais aberta possível por questão de segurança. A mesma segurança que Vitor não se importou em ter.

Fez a curva fechada, passando o carro azul.

O que o motoqueiro não esperava é que o garoto fosse reagir tão rápido, batendo na parte lateral traseira do carro laranja e, consequentemente, fazendo-o "rodar" várias vezes pela pista e ultrapassar a cerca, descendo por uma montanha que parecia não ter fim.


O resto do caminho para Gabriel e Lia tinha sido silencioso. Lia estava perdida em seus pensamentos e Gabriel prestava atenção demais no trânsito.



Deixou a roqueira na porta do prédio dela e se despediu com um selinho, fazendo-a sentir falta dos longos e intensos beijos de despedida de Vitor.


Subiu pelo elevador, torcendo para que não houvesse ninguém em casa, para evitar a bronca que provavelmente levaria.

Lia sentiu seus músculos relaxarem quando tocou a campainha de casa. Ela podia ficar de castigo por alguns meses, anos, séculos...mas pelo menos estava em casa.

É atendida por Paulina, que parece chocada ao ver a garota.

– Guria! Onde você se meteu? - ela disse indignada e puxou Lia para dentro do apartamento - Nós já estávamos quase colocando anúncios no jornal.

– Quanto drama vó, eu tô aqui agor... - Ela dizia, quando vê Raquel saindo da cozinha. A expressão no rosto da mãe não era nada boa, parecia que iria explodir a qualquer momento quando desligou o telefone ao ver a filha.

– Ih, lá vem bronca. - exclamou a garota e foi surpreendida por um abraço apertado vindo da médica.

– Graças a Deus você está viva! - disse Raquel.

– Ok mãe, já pode começar o sermão. - ela disse.

– Pelo ao contrário mocinha, dessa vez você foi salva. Pelo menos por enquanto. - ela disse, surpreendendo a roqueira. Depois, pega sua bolsa no sofá e passa por ela. - Preciso ir agora.

– Han? - questiona Lia, sem entender coisa alguma.

– Ligaram do hospital. Um menino sofreu um acidente de carro... - disse, com tanta pressa que nem percebeu o rosto da filha franzir. - Parece que despencou de uma montanha durante uma corrida ou algo do tipo. O "airbag" do carro não ajudou muito e ele está perdendo muito sangue. Eu preciso ir agora. - disse, fechando a porta rapidamente.

O coração de Lia se apertou e ela só pensou em uma pessoa: Vitor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"- Então a Srta. James está de volta.
- Oi, fessora.
- Fessora? Vejo que não mudou nada. Está sem o material? Certo! Levante-se. Não quero você e a Srta. White conversando.
- O que vai me fazer assistir a aula em pé?
- Cinco anos, James, cinco anos, e você continua a mesma. Sente-se com o Joseph."
Esse é um trecho de uma nova fanfic que eu e a Gi estamos escrevendo? A fic é original e não é muito diferente de Meu Ponto Fraco, (é cheia de tretas!) vocês acompanhariam? Bem, essa é uma das novidades, uma nova fic minha e da Gi.
A outra novidade é que 2ª temporada de Meu Ponto Fraco ganhou, mas a ideia de uma fanfic Guilice ainda está de pé, okay?
Mas voltando a essa fanfic, o que acharam do cap? E o Vitor? Será que ele ficará bem? Gostaram da Lia ter aceitado namorar com o Gabriel?
Tchau, tchau, galera.
bjoos,
LihBC