Meu Ponto Fraco - Litor escrita por Gi, LihBC


Capítulo 46
Capítulo 46 - Eu te amo.


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, Gi aqui dsfkjlsdfj não tenho muito o que dizer, ou talvez tenha. Eu e a Lih estamos escrevendo desde ontem de madrugada esse cap, talvez por isso seja grande, enfim.
Estão prontas para ler o último capítulo de "Meu Ponto Fraco?" (precisava dizer isso)
Eu não tô :c

Mas vamos lá, aqui vai o último. Vejo vocês nas notas finais.



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Seu coração batia forte como nunca havia batido antes. E se fosse ele? Não. Não podia ser. Mas ela precisava da certeza. Lágrimas ameaçavam escorrer pelos seus olhos. Merda! Por que ela não tinha ficado com ele até o fim daquela maldita corrida? Por que não insistiu que ele não corresse? E se fosse ele que havia sofrido o acidente? O que ela faria? Não conseguiria suportar a ideia.

Suas mãos começaram a suar, só de imaginar Vitor em uma cama de hospital. Não podia ser ele, não podia! E mais uma vez sua Lia interior gritou: Mas e se for?

Quando Raquel estava saindo, Lia correu para acompanhá-la ao hospital. Queria saber se era Vitor que havia se acidentado, precisava saber.

Como a médica não estava com cabeça e tempo para discutir acabou cedendo ao desejo da filha.

No caminho para o hospital, Lia sentiu as lágrimas começarem a rolar pelo seu rosto. Sua mãe não ousou falar uma coisa se quer. Ela nem ao menos sabia o que se passava na cabeça da filha.

– Alô? – Lia se ouviu dizer quando seu celular começou a tocar. Sua voz a denunciava, quem quer que fosse do outro lado da linha saberia que ela estava chorando.

– Amor? - Gabriel pergunta, do outro lado da linha.

Lia enxuga suas lágrimas e tenta ao máximo disfarçar a voz. Se ele soubesse que ela estava chorando, tudo só ficaria pior.

– Oi. - ela tenta parecer o mais natural possível.

– Está chorando? – ele indagou e Lia suspirou, nunca fora uma boa atriz. Pelo menos não na hora de disfarçar o choro.

– Não... – murmurou a roqueira e fechou os olhos com força, mais uma lágrima rolou por seu rosto. Lia não ligou para ela, e nem fez questão de limpá-la.

– Claro que tá. - ele fala e não recebe resposta alguma. - Por que você está chorando?

– Um cisco caiu no meu olho. - ela diz, sem esperança alguma de que ele fosse acreditar.

– Ah, ok. - ele diz, aliviado.

"Trouxa", ela pensa.

Lia ouviu Gabriel tagarelar por mais alguns minutos, ele nem mesmo percebia que ela não queria conversar. Depois de tensos minutos, em que a roqueira tentava falar sem soluçar, ao mesmo tempo que não falava mais do que monossílabas, Gabriel se despediu e isso a fez suspirar de alívio.

Gabriel podia ser um bom amigo. Mas não passava disso. E Lia se perguntava o por que de, por um momento, achar que ele seria um melhor namorado que Vitor. Talvez fosse justamente para fazer ciúme nele que tivesse começado esse namoro. E ela sabia que havia funcionado.

"Eu fui tão burra. É tudo minha culpa.", pensou, deixando escapar mais uma lágrima.

Quando a mãe estacionou no estacionamento do hospital que era reservado para os médicos, ela desceu rapidamente do carro. Viu Raquel correr para uma ala reservada, a deixando ali sozinha com seus pensamentos. Lia se sentou em um sofá e se permitiu chorar. Chorar por Vitor e por todas as burrices que ela tinha feito. A começar por aceitar o pedido de namoro de Gabriel.

– Lia? – chamou a voz de Raquel depois de longas horas. A filha abriu os olhos e encarou a mãe.

– Diz que não é o Vitor. – murmurou a garota e a médica a abraçou. Lia sentiu como se seu chão tivesse desaparecido. Não podia ser.

– Eu quero ver ele. - ela diz, decidida.

– Querida, ele está na sala de recuperação. – disse Raquel enquanto passava a mão pelos cabelos da filha.

– Eu não quero saber onde ele está. Eu quero ver ele. Eu preciso ver ele, mãe. – disse Lia em meio aos soluços.

Raquel deu um sorriso triste e abraçou a filha mais uma vez. A médica sabia da situação do rapaz, e não queria preocupar a filha, nem enche-la de esperanças, o motoqueiro poderia não voltar.

Lia soluçou enquanto a mãe começou a falar que Vitor fora encontrado desacordado, fora trazido as pressas para o hospital e teve que fazer uma cirurgia. Não se importou em saber aonde, só queria vê-lo.

– Você não pode ver ele filha. Ele está na sala de recuperação.

– Mas eu preciso ver ele! - ela berra, indignada. Estava entrando em desespero.

– Lia, sinto muito. – murmurou Raquel e se levantou. – Vou arranjar alguém para te levar para casa. – a médica se afastou deixando a filha sozinha mais uma vez.

Lia tentou de todos os jeitos ficar no hospital, mas Raquel não deixou.

No entanto, a roqueira fez com que a mãe prometesse que buscaria ela logo quando amanhecesse o dia seguinte e a levaria ao hospital.

Um enfermeiro que Lia nem ao menos sabia o nome, e também não fez questão de descobrir, a levou para casa.


Ela não dormiu durante toda a noite e na única vez que conseguiu pregar o olho teve um pesadelo horrível que a deixou acordada pelo resto da madrugada.





Foi então que ela se lembrou de Fatinha. A amiga devia estar pirando. Será que alguém havia avisado sobre o acidente de Vitor? Será que ela pensava que ele e Lia estavam mortos? Ou nem ligava para o sumiço deles?







Ao amanhecer, sua mãe cumpre o prometido e a leva ao hospital.





– Filha... - a mãe começa, enquanto elas entravam na UTI.


– Por que a gente tá aqui, mãe? Me diz que ele não tá na UTI, por favor.

– O quadro dele piorou durante a noite, Lia. Ele está em coma e pode acordar a qualquer momento... - disse a mãe, e preferiu não falar da gravidade do problema. Lia já estava abalada demais. Saber que, haviam grandes chances de Vitor não acordar, não ajudariam em nada agora.

Elas passam em silêncio pelo corredor.

A visão daquilo aterrorizava Lia. Via pessoas chorando à todo momento - provavelmente por causa de seus parentes - e não conseguia controlar suas lágrimas, que rolavam cada vez mais por seu rosto.

Olhou mais a frente e viu uma garota saindo do quarto de Vitor. Quando a piriguete levantou a cabeça, Lia pode ver uma Fatinha com olhos vermelhos e inchados, haviam olheiras debaixo de seus olhos.

Ela corre até a amiga e a abraça, com o coração na mão. Por uma espécie de "quadrado de vidro" na porta, conseguiu ver por dentro da sala, avistando Vitor.

Isso só fez com que ela desabasse. Então, fechou os olhos.

– Ah Lia, me ligaram do hospital. – soluçou Fatinha ainda abraçada a roqueira.

Lia ouviu o barulho de uma porta se abrindo, e abriu os olhos, para então ver uma mulher saindo do quarto de Vitor. Ela estava aos prantos.

Quem seria aquela?

Foi aí que Fatinha se afastou da roqueira, limpou as lágrimas - em vão, pois ao limpá-las, escorreram mais lágrimas ainda por seu rosto - e apresentou sua mãe à Lia.

– Lia, essa é minha mãe...Vilma. - ela disse em meio a lágrimas.

– Prazer, dona Vilma. - Lia se sentiu egoísta quando conheceu a mãe de Vitor. Foi aquela mulher que gerou o motoqueiro, que o colocou no mundo, ensinou as primeiras palavras, o levou na escola. E ali estava ela, mais firme que a roqueira, que foi apenas um poço de problemas para Vitor. Ela iria dizer algo a mais, mas foi impedida pela dor e por suas lágrimas.

– Ah. Não chore, meu bem - Vilma se aproxima de Lia e a abraça.

– Me desculpa. - ela murmura para a mãe de Vitor. - Eu amo tanto seu filho.

Vilma não disse uma palavra se quer, apenas abraçou a garota que caiu aos prantos.

– Ele vai sair dessa, amiga. Ele sempre arruma confusão mesmo...mas aquele safado sempre se livra, não é? - disse Fatinha soltando uma leve risada, antes de cair no choro novamente.

Lia se afastou das duas e entrou no quarto em que Vitor estava. Ele parecia estar dormindo, num sono profundo. Era assim que a roqueira queria ver a situação. Mas ela sabia muito bem que não era só isso.

Observa os machucados por todo o seu rosto, dentre cortes profundos e arranhões.


A roqueira sentiu como se a vida tivesse se esvaindo de seu corpo. Não havia mais tristeza, lembranças, raiva, nada. Tudo sumiu quando ela viu o motoqueiro deitado na cama de hospital. Lia não queria mais viver, podia ver uma luz. Aquela luz no fim do túnel, talvez. Tudo começou a ficar preto e ela não sentiu mais seu corpo.





Ao ver a filha desmaiar, Raquel entra no quarto rapidamente e a socorre. Foram esses os últimos momentos antes da roqueira entrar em um estado depressivo.







Lia ia para a escola todos os dias, e depois da aula corria para o hospital, e ficava ali o máximo de tempo possível, nas outras horas do dia ficava apenas trancada em seu quarto, não tocava guitarra, não conversava, e quase não comia, apenas o necessário.





Os dias pareciam se arrastar para ela, até que em uma tarde de visitas ela se surpreendeu ao encontrar uma garota desconhecida no quarto de Vitor.


"Será que é uma enfermeira?" pensou, observando de longe, mas viu que a jovem não vestia roupas adequadas para a profissão.

O que a intrigou, não foi o fato da garota estar ali, segurando a mão do motoqueiro, mas sim o fato de que ela sabia que a conhecia, só não se lembrava de onde, e quem era aquela garota.

Entrou no quarto.

A menina deve ter escutado seus passos, pois imediatamente virou-se. O que chama atenção de Lia, é que, parecia surpresa em vê-la. Com certeza já tinham se visto antes.

Oi. - a garota disse, amigavelmente.

– Quem é você? – indagou Lia estreitando os olhos, a garota era tão familiar, mas não um familiar bom, era um familiar que a roqueira não gostava, definitivamente.

– Você não me conhece. - a garota cortou desesperadamente a ligação de seus olhos com os dela. Não queria ser reconhecida.

– Sim, conheço. – retrucou Lia e puxou o braço da outra, fazendo-a olhar em seus olhos irritados.

– Me solta, garota. Já falei que não te conheço. - ela disse, soltando seu braço - Não quero discutir, muito menos aqui.

– Não quero discutir, só quero saber... Quem é você? – Lia tornou a perguntar e isso fez a garota a sua frente suspirar pesadamente.

– Eu não sei quem você é, ok? - disse a garota, irritada. Em seguida, chegou mais perto do motoqueiro, ficando do lado da cama. Só então, Lia a reconheceu.

– Você é... - ela suspirou, indignada. Sentiu todas as recordações daquele dia voltarem - a garota da foto!

A garota não tentou negar ou lutar contra o que Lia dizia.

Puxou ela pela mão, arrastando-a para fora da sala.

Lia olhou para a garota, esperando que esta começasse a falar. Ela por sua vez tinha os braços cruzados e olhava para o chão, tentando achar as palavras certas para se dizer, mas parecia não encontrá-las. Então, Lia começou.

– Ele me traiu. Com você.

– Eu sei... – murmurou a garota constrangida.

– Eu odeio ele até hoje por causa disso. – disse Lia irritada.

– Você não deveria. – retrucou a outra e a roqueira a olhou sem entender.

– Não deveria? Você tem ideia de como doeu ver vocês naquel... - ela falava, quando é interrompida.

– Foi culpa minha.

Mais uma vez, recebe um olhar desentendido de Lia.

– Eu fui procurar o Vitor, quando você estava em São Paulo, e nós bebemos. – disse a garota. – Na verdade, eu dei bebida para ele.

– Como assim? Por quê?

– Eu e o Vitor namorávamos. Tem 2 anos que a gente terminou, e eu continuei gostando dele. Eu moro em Brasília, mas depois de um tempo vim visitar ele aqui no Rio, só pra saber como estava mesmo, eu sei lá... mas quando eu cheguei, ele estava triste, por não poder ficar mais perto de você. Ele sempre foi louco por você, Lia. E bem, eu queria ele de volta. E vi que ele nunca iria te trair, e a única maneira de eu ficar com ele foi a bebida.

Lia começou a entender, a garota a sua frente havia embebedado Vitor. Mas por que ele mentiu? Inventando histórias ridículas?

– Eu não entendo. Por que ele não me explicou?

– Você acreditaria? - disse, fazendo Lia pensar.

– Não. – murmurou a roqueira e a outra lhe lançou um sorriso debochado.

– Por isso, Lia. Só pioraria as coisas, não é verdade?

A garota entrou novamente no quarto e beijou o rosto do motoqueiro, para logo depois sair do hospital, terminando sua visita.


Lia começou a pensar, seu coração estava mais apertado do que nunca. Vitor nunca havia a traído de verdade, ele estava bêbado! Ele nunca teria a traído se não fosse aquela garota. E agora ele estava ali, deitado uma cama de hospital, e talvez nunca mais acordasse.





Ela precisava falar com ele novamente. Mesmo que fosse pela última vez.







Sentia que não poderia viver em paz antes de fazer isso. Precisava dizer à ele que ele era perfeito para ela, do seu modo. Precisava dizer que o perdoava.





Entrou na sala, juntando forças o suficientes para não desmaiar novamente.


Havia se acostumado em vê-lo ali, deitado. Mas da mesma forma, doía muito.

– Olha eu aqui de novo. – murmurou ela, soltando uma leve risada, que fez seu coração arder.

– Sabe, eu te perdôo. – exclamou Lia depois de minutos em silencio. – Encontrei com a sua ex, e ela bem... Me explicou a história. Por que não me contou a verdade, seu idiota? Eu sei que eu não acreditaria, mas... Seria a verdade, né? – a roqueira sentiu uma lágrima rolar pelo seu rosto. – Não sei se está me ouvindo, mas sabe, eu sinto sua falta. Todos sentem, Fatinha, sua mãe, o pessoal da escola, até a minha mãe. Por que você não acorda? Você tem mais o que fazer, seu preguiçoso. Tipo, estudar para se formar.

Começou a brincar com seus dedos, sempre olhando para o seu rosto. Quando sentiu a marca em seu dedo anelar.

Isso atraiu a atenção dela para os dedos dele e ao olhar, descobre que é a marca da aliança que os dois usavam. Provavelmente ele tinha usado-a recentemente...talvez até estivesse com ela no acidente. Não sabia, não prestava atenção nesses detalhes.

Passou os dedos carinhosamente pela marca. "Ai Vitor, por que você é tão idiota?", ela se perguntava.

Tocou o coração dele com sua mão. Quando, subitamente, ouve repetidos barulhos agudos que estalavam em seus ouvidos.

Seus olhos se arregalaram ao constatar que os barulhos vinham do aparelho que controlava os batimentos cardíacos do motoqueiro, que estavam cada vez mais rápidos, e ela não sabia o que fazer.

"Tá tudo bem, é só o amor da minha vida que tá aí...morrendo." pensa.

Começa a chacoalhar a cabeça negativamente, evitando esses pensamentos. Em meio a lágrimas, tudo que a roqueira consegue dizer é um:

– Eu te amo.

Seu pânico cresceu quando os batimentos se aceleraram ainda mais.

Lia olhava para o aparelho e sentia sua tensão aumentar a cada lágrima. Seu coração ardia e a tristeza parecia dominar sua mente, quando ouve uma voz.

– Ei. - ele susurrou, fazendo ela se virar e se deparar com a imensidão azul em seus olhos...


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Notas finais do capítulo

Caramba...o que eu posso dizer pra vocês? MUUUUUUUUUUUUUITO OBRIGADA por terem lido, de verdade.
E espero que tenham gostado do final. Não somos escritoras, gente dslkjflsdf fizemos o melhor.

Ainda estou meio insegura sobre a segunda temporada, mas se sair, deve sair em breve e será um pouco diferente. O que eu posso liberar: Todos estarão na faculdade (Lia, Vitor, Bruno, Fatinha, Gabriel, Dinho, Ju e Gil) e todos estarão morando juntos. Sim, esses oito numa casa só DFLKJLFJLD. O que acham?
Queria deixar pra vocês também o link da minha nova história: > http://fanfiction.com.br/historia/397186/Complicated_-_Guilice/ < é uma fic guilice, gente...porque eu estava com muita vontade de fazer mesmo e espero que vocês acompanhem.
Enfim, adorei estar com vocês nesses 46 capítulos de "Meu Ponto Fraco" e até a próxima, né?
Nós amamos vocês ♥
Beijo
—Gi