Meu Ponto Fraco - Litor escrita por Gi, LihBC


Capítulo 23
Capítulo 23 - Por pouco.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367129/chapter/23

Vitor se levanta, vai até ela e limpa as lágrimas, que não secavam. Aquilo só a fazia chorar mais. Então, sem nem pensar, ela “se atira” em cima dele, o abraçando forte.

Vitor: - Tá tudo bem linda, calma.

Lia: - Não, não tá. Tá tudo errado, Vitor.

Ele não responde, apenas abraça ela mais forte ainda.

Lia: - Me desculpa, por tudo. Eu fiz você vir pra cá comigo e ainda terminei contigo depois, eu não sei o que tinha na cabeça quando achei que ainda gostava del...

Fatinha entra no quarto e logo faz uma careta, indicando que sabia que atrapalhou. Vitor e Lia se soltaram.

Fatinha: - Gente, foi mal. Eu tava vindo beber água e ouvi um barulho, aí resolvi...

Vitor: - Tudo bem.

Fatinha: - Tá gente, eu vou sair de fininho e aí vocês só fingem que eu nunca entrei, ok? (risos)

Ela sai do quarto.

Lia: - Bom, continuando. Olha eu sei que...

Vitor: - Lia, vai dormir.

Lia: - Mas...

Vitor: - Deixa isso de lado.

Lia: - Eu não vou sair daqui enquanto você não me escutar.

Vitor(deitando em sua cama): - Então você vai falar sozinha, porque eu vou dormir.

Lia: - Eu não acredito, sério. Você só pode tá brincando com a minha cara.

Ele não responde.

Lia: - Vitor, não me ignora!

Nada.

Lia(fazendo manha): - VITORR!

Silêncio.

Lia: - Tá bom então, você que pediu.

Lia sai do quarto e quando Vitor acha que ela desistiu e voltou para sua cama, ela chega com um travesseiro na mão.

Lia: - Não vai falar comigo, mesmo?

Ele não responde.

Então ela vai até ele e começa a bater com o travesseiro em todo o seu corpo.

Vitor: - Ai, Lia. - Travesseirada – Para!

Ela não para e ele acaba rindo da situação, o que a faz rir também.

Vitor: - É assim, é?

Ela continua e então ele também pega seu travesseiro, começando a retribuir as travesseiradas. Logo, os dois estão rindo alto feito retardados em meio à “guerra” que se iniciou.

Em algum momento da briga, Lia tropeça no pé da cama, caindo em cima de Vitor. É quando Lorenzo entra no quarto ainda com cara de sono e se espanta.

Lorenzo: - Lia!! O QUE SIGNIFICA ISSO?

Paulina acorda com os gritos e vai até o quarto de Vitor também.

Paulina: - O que está acontecendo aqui?

Lia: - A gente tava só...brincando...

Lorenzo: - Brincando de ficar um em cima do outro? Filha, você vai me desculpar, mas na MINHA CASA eu não vou permitir esse tipo de coisa!

Lia: - Mas...

Lorenzo: - Nada de “mas” Lia! Volta pro quarto, agora.

Lia: - Você nem deixou eu me...

Lorenzo: - Lia, vai pro quarto! - Ele aponta Vitor – E você mocinho, eu nem sei quem você é, mas vou deixar um recado: Se você faz esse tipo de coisa na casa de outras ficantes suas, o problema é delas. Eu não vou permitir isso com a minha filha, entendeu?!

Vitor: - Entendi, senhor...

Vitor e Lia seguravam o riso.

Lorenzo: - Agora vamos, todo mundo pro quarto!

Lorenzo volta para seu quarto e Paulina e Lia voltam para o delas.

Se passam 10 minutos e Lia verifica se Paulina já estava dormindo. Então ela levanta de sua cama e se dirige novamente ao quarto de Vitor, de fininho.

Ela entra no quarto e ele logo percebe e começa a rir, olhando para ela com uma cara de “Sua doida, o que você tá fazendo?”. Quando ele se prepara para dizer algo, ela leva o dedo indicador aos lábios, indicando que era pra ele ficar quieto.

Ela se dirige até a cama dele.

Lia(sussurrando): - Se meu pai me pega aqui eu tô ferrada.

Vitor ri e a puxa pelo braço, fazendo com que ela se deitasse ao lado dele. Ele coloca suas mãos na cintura dela, abraçando-a.

É quando Lorenzo gira a maçaneta da porta e Vitor imediatamente cobre a cabeça de Lia com o edredom.

Ele olha o quarto.

Vitor: - Algum problema, senhor?

Lia levava uma mão à boca, segurando ao máximo para não rir, debaixo da coberta.

Lorenzo: - Nada não, garoto.

Ele sai do quarto.

Vitor(tirando o cobertor de cima dela): - Essa foi por pouco.

Lia ri.

Ele a abraça de novo e até tenta descer sua mão até a coxa dela, mas Lia dá um tapa em sua mão e ele a sobe novamente até sua cintura.

Era incrível a facilidade dele de fazer com que ela se derretesse toda. O simples toque dele já arrepiava, aquele toque firme, protetor. Mas ela não queria se entregar assim, tão rápido, tão fácil. E ele não queria forçar a barra.

Vitor ainda se perguntava o que ela fazia ali depois de terminar com ele, depois de ficar com o seu melhor amigo, na sua frente. Lia também se perguntava a mesma coisa, o que estaria ela fazendo ali?

No fundo, nenhum dos dois se preocupava com a resposta. O importante é que eles estavam ali, abraçados, sem se preocupar com o que vai acontecer depois...entre eles era sempre assim mesmo, né? Se importavam com o agora e o “depois”, bem...eles davam um jeito no "depois". Ou não.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!