Meu Ponto Fraco - Litor escrita por Gi, LihBC
Vitor se levanta, vai até ela e limpa as lágrimas, que não secavam. Aquilo só a fazia chorar mais. Então, sem nem pensar, ela “se atira” em cima dele, o abraçando forte.
Vitor: - Tá tudo bem linda, calma.
Lia: - Não, não tá. Tá tudo errado, Vitor.
Ele não responde, apenas abraça ela mais forte ainda.
Lia: - Me desculpa, por tudo. Eu fiz você vir pra cá comigo e ainda terminei contigo depois, eu não sei o que tinha na cabeça quando achei que ainda gostava del...
Fatinha entra no quarto e logo faz uma careta, indicando que sabia que atrapalhou. Vitor e Lia se soltaram.
Fatinha: - Gente, foi mal. Eu tava vindo beber água e ouvi um barulho, aí resolvi...
Vitor: - Tudo bem.
Fatinha: - Tá gente, eu vou sair de fininho e aí vocês só fingem que eu nunca entrei, ok? (risos)
Ela sai do quarto.
Lia: - Bom, continuando. Olha eu sei que...
Vitor: - Lia, vai dormir.
Lia: - Mas...
Vitor: - Deixa isso de lado.
Lia: - Eu não vou sair daqui enquanto você não me escutar.
Vitor(deitando em sua cama): - Então você vai falar sozinha, porque eu vou dormir.
Lia: - Eu não acredito, sério. Você só pode tá brincando com a minha cara.
Ele não responde.
Lia: - Vitor, não me ignora!
Nada.
Lia(fazendo manha): - VITORR!
Silêncio.
Lia: - Tá bom então, você que pediu.
Lia sai do quarto e quando Vitor acha que ela desistiu e voltou para sua cama, ela chega com um travesseiro na mão.
Lia: - Não vai falar comigo, mesmo?
Ele não responde.
Então ela vai até ele e começa a bater com o travesseiro em todo o seu corpo.
Vitor: - Ai, Lia. - Travesseirada – Para!
Ela não para e ele acaba rindo da situação, o que a faz rir também.
Vitor: - É assim, é?
Ela continua e então ele também pega seu travesseiro, começando a retribuir as travesseiradas. Logo, os dois estão rindo alto feito retardados em meio à “guerra” que se iniciou.
Em algum momento da briga, Lia tropeça no pé da cama, caindo em cima de Vitor. É quando Lorenzo entra no quarto ainda com cara de sono e se espanta.
Lorenzo: - Lia!! O QUE SIGNIFICA ISSO?
Paulina acorda com os gritos e vai até o quarto de Vitor também.
Paulina: - O que está acontecendo aqui?
Lia: - A gente tava só...brincando...
Lorenzo: - Brincando de ficar um em cima do outro? Filha, você vai me desculpar, mas na MINHA CASA eu não vou permitir esse tipo de coisa!
Lia: - Mas...
Lorenzo: - Nada de “mas” Lia! Volta pro quarto, agora.
Lia: - Você nem deixou eu me...
Lorenzo: - Lia, vai pro quarto! - Ele aponta Vitor – E você mocinho, eu nem sei quem você é, mas vou deixar um recado: Se você faz esse tipo de coisa na casa de outras ficantes suas, o problema é delas. Eu não vou permitir isso com a minha filha, entendeu?!
Vitor: - Entendi, senhor...
Vitor e Lia seguravam o riso.
Lorenzo: - Agora vamos, todo mundo pro quarto!
Lorenzo volta para seu quarto e Paulina e Lia voltam para o delas.
Se passam 10 minutos e Lia verifica se Paulina já estava dormindo. Então ela levanta de sua cama e se dirige novamente ao quarto de Vitor, de fininho.
Ela entra no quarto e ele logo percebe e começa a rir, olhando para ela com uma cara de “Sua doida, o que você tá fazendo?”. Quando ele se prepara para dizer algo, ela leva o dedo indicador aos lábios, indicando que era pra ele ficar quieto.
Ela se dirige até a cama dele.
Lia(sussurrando): - Se meu pai me pega aqui eu tô ferrada.
Vitor ri e a puxa pelo braço, fazendo com que ela se deitasse ao lado dele. Ele coloca suas mãos na cintura dela, abraçando-a.
É quando Lorenzo gira a maçaneta da porta e Vitor imediatamente cobre a cabeça de Lia com o edredom.
Ele olha o quarto.
Vitor: - Algum problema, senhor?
Lia levava uma mão à boca, segurando ao máximo para não rir, debaixo da coberta.
Lorenzo: - Nada não, garoto.
Ele sai do quarto.
Vitor(tirando o cobertor de cima dela): - Essa foi por pouco.
Lia ri.
Ele a abraça de novo e até tenta descer sua mão até a coxa dela, mas Lia dá um tapa em sua mão e ele a sobe novamente até sua cintura.
Era incrível a facilidade dele de fazer com que ela se derretesse toda. O simples toque dele já arrepiava, aquele toque firme, protetor. Mas ela não queria se entregar assim, tão rápido, tão fácil. E ele não queria forçar a barra.
Vitor ainda se perguntava o que ela fazia ali depois de terminar com ele, depois de ficar com o seu melhor amigo, na sua frente. Lia também se perguntava a mesma coisa, o que estaria ela fazendo ali?
No fundo, nenhum dos dois se preocupava com a resposta. O importante é que eles estavam ali, abraçados, sem se preocupar com o que vai acontecer depois...entre eles era sempre assim mesmo, né? Se importavam com o agora e o “depois”, bem...eles davam um jeito no "depois". Ou não.
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