Céu De Inverno escrita por Hey Evy
Quando eu entrei no elevador o meu celular tocou.
–Alô? – Eu disse segurando o celular ao lado da minha orelha.
–Olá minha querida e perfeita Yukki Scarllet, como vai? Sabe, eu estive pensando... Estou com muita pena de você, e como estou de bom humor hoje estive pensando em te ajudar um pouco – Uma voz distorcida disse, mas já não desconhecida, eu já sabia que era Albert.
O Bruno já o convenceu assim tão rápido?
–Eu estou ouvindo, Albert – Eu disse calmamente.
–Ótimo, tudo o mais deseja nesse momento é seu irmão livre, não é mesmo? – Ele perguntou com puro divertimento em sua voz.
–É claro, não seja idiota – Eu disse irritada.
Ele soltou um pequeno riso.
–E tudo o que eu quero é ver você sofrendo até não aguentar mais, então o que eu te proponho é uma troca, você pelo seu irmão, simples e fácil – Albert disse seriamente.
O Bruno é demais...
–Fracamente, você que eu sou idiota, Albert? Você fala como se fosse deixar meu irmão livre assim que eu chegar aí – Eu disse saindo do elevador que acabara de abrir.
–Oh, minha querida, não desconfie de minha palavra, não foi eu que menti descaradamente para você no passado, não é? - Ele perguntou com um toque de diversão na sua voz.
Será que é realmente necessário lembrar disso?
–Para com suas ironias, então tudo o que você está propondo e meu irmão por mim? Como é que eu vou saber que você não já o matou? – Eu perguntei desconfiada.
Ele riu com divertimento.
–Eu já disse, você não tem porque desconfiar de mim, mas já que insiste... – Albert disse antes do telefone ficar mudo.
–Albert seu desgraçado, se você desligou na minha cara eu juro que eu vou...
Eu fui interrompida por uma voz extremamente familiar.
–Yukki... E-eu es-estou bem, não... Não se preocupe... – A voz soou fraca e cansada.
–Nick... Nick, por favor aguente mais um pouco, eu juro que eu vou te tirar daí de uma maneira ou de outra, mas por favor, por favor, aguente só mais um pouco – Eu disse tentando segurar as lágrimas.
–Yukki... Eu est...
Nick parou de falar e eu ouvi um gemido de dor vindo dele.
–Agora você sabe que ele está vivo, não tão bem como ele te falou... Mas está vivo – Albert disse com puro divertimento.
–Seu... Tudo bem, se você me quer você vai me ter, mas não encosta um dedo dele, você ouviu? – Eu disse totalmente seria.
–Oh, mas que mulher inteligente, como estou de bom humor eu te dou três dias para dar adeus a sua família e seus amigos, porque depois disso, bem... Você nunca mais irá vê-los novamente... Ah, quase ia me esquecendo... Você terá uma surpresa quando ver a pessoa que irá te buscar – Albert disse com satisfação antes de desligar o telefone.
Eu soltei um longo suspiro e coloquei-o de volta no bolso.
Eu sabia que tudo iria acabar bem, afinal o delegado tinha todo um plano e L estava nós ajudando, mas mesmo assim eu sentia algo ruim dentro de mim, medo. Eu tinha medo de que alguma coisa pudesse acontecer com o Nick, ele parecia tão frágil, tão diferente dele, mas mesmo assim ele tentou ser forte falando que estava tudo bem.
–Se acalma, Yukki... Vamos... Pense... L! Fala o que aconteceu para L... – Eu murmurei para mim mesma.
Eu entrei no elevador novamente e fui ao quarto de L, eu bati na porta impaciente até que ela foi aberta por L.
–Yukki-chan? – L perguntou um pouco confuso e surpreso.
–Ryuuzaki... Eu preciso falar com você - Eu disse seriamente.
Ryuuzaki me lançou um olhar confuso, mas me deixou entrar.
–Sente-se – Ele disse se sentando na poltrona.
Eu me sentei no sofá á sua frente.
–Tudo bem, pode começar – L disse me observando curiosamente.
Eu soltei um longo suspiro e conte-lhe sobre a ligação de Albert.
–Entendo... – L disse pressionado o polegar sobre a boca.
–Bem, vá para seu quarto descansar um pouco, eu aviso isso para o Marqueses – L disse calmamente.
–Ryuuzaki... Eu... Eu estou com medo... E se ele fizer alguma coisa para o Nick?... E se ele o matar?... Eu não iria aguentar... – Eu sussurrei lutando contra minhas lágrimas.
L se levantou da poltrona e caminhou até minha frente.
–Não diga isso, eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para que isso não aconteça, no final a justiça sempre prevalece – L disse suavemente colocando uma mão no meu ombro.
Eu olhei nos seus olhos negros sempre sem emoções, mas desta vez eu pude confirmar que ele não mentia e que ele quis dizer aquilo de verdade.
–Obrigado Ryuuzaki, obrigado pelo o que você está fazendo por mim... Eu não sei como te agradecer – Eu sussurrei abraçando fortemente L enquanto minhas lágrimas escoriando pelo meu rosto.
L segurou meu rosto delicadamente.
–Não chore, eu estou me esforçando para não ver você chorar – Ele sussurrou olhando diretamente para meus olhos.
O que ele quis dizer com isso...?
L ia dizendo mais alguma coisa, mas uma tosse o interrompeu.
L soltou um longo suspiro e soltou meu rosto.
–O que você quer? E quem mandou você sair do quarto? – L perguntou irritado.
–Primeiro, eu já disse, eu estou com fome, então trata logo de arrumar alguma coisa pra eu comer, e segundo, você mesmo deixou a porcaria da porta aberta, então não venha me culpa por seus descuidos – Beyond disse extremamente irritado.
Beyond... Eu não sei como te encarar depois daquilo...
–Eu já te disse, o hotel não tem geleia de morango – L respondeu um pouco mais calmo.
–Eu não estou nem aí, se vira... Já sei, você vai comprar e a Yukki-chan fica aqui de olho em mim, ou o contrário, eu posso cuidar da nossa querida Yukki-chan, o que você acha disso, L? – Beyond o retrucou com um sorriso arrogante nos lábios.
–Não, eu não quero te acostumar mal – L disse ainda irritado.
–Yukki-chan, você poderia voltar outra hora, por favor – L me pediu calmamente.
–Cl- claro, até mais - Eu disse nervosamente.
–Até mais, querida, pense bastante em mim – Eu ouvi Beyond dizer alegremente, antes de eu fechar a porta.
Eu soltei um longo suspiro e entrei no meu quarto.
–Isso não pode ficar pior... – Eu murmurei para mim mesma.
Três dias depois.
Depois da ligação de Albert, L e o delegado tiraram o plano a limpo.
Agora Bruno e eu estávamos em um carro em direção à mansão de Albert.
–Tudo bem, vamos repassar o plano... Tudo o que você precisa fazer é fingir que me odeia e aguentar o Albert até que o delegado invada a mansão, se ele passar dos limites com você, eu vou atirar nele - Bruno disse seriamente.
Eu olhei um pouco assustada para ele.
–E-eu exagerei um pouco, eu acho que eu não vou precisar atirar nele, afinal o Oliver colocou escutas em nós dois – Ele disse rindo nervosamente.
Depois de alguns minutos chegamos á uma enorme mansão branca.
Bruno dirigiu até o portão, e um homem de terno preto se aproximou do carro.
–Abre logo esse portão, o Albert não vai ficar esperando essa mulher por muito tempo, você não acha? – Bruno perguntou com um pequeno sorriso.
O homem rapidamente abriu portão, Bruno entrou na luxuosa mansão.
–Ok, vamos começar o show – Ele murmurou antes de sair do carro e me puxar junto com ele.
Bruno começou a andar para a porta da frente me puxando fortemente pelo braço, até que a voz de um homem o vez olhar para trás.
–Então essa é a mulher, Yukki Scarllet – Um homem loiro que usava um terno idêntico ao do porteiro, disse com diversão em sua voz.
–É ela é a Yukki, agora eu tenho que entregar ela pro seu chefinho, então com licença, Logan – Bruno disse com um sorriso arrogante.
–Ora, pra que a pressa? Ele nem sabe que ela chegou, deixa eu dar uma olhada de perto, eu quero ver a mulher que despertou tal ira no meu chefe – Logan disse com um sorriso.
–Não mesmo, não encosta um dedo dela, eu preciso dela intacta – Bruno disse irritado.
–Você não está tentando proteger ela, não é, cachorro traíra do governo? – Logan perguntou com puro divertimento.
–Eu não preciso de proteção de homens como esse desgraçado – Eu disse com raiva.
Logan riu do meu comentário.
–Você é bem rancorosa, não é? Sabe por que eu o chamo assim? Cachorro traíra do governo... Ele só é um cachorro do governo, fazendo tudo o que o governo diz, um cãozinho adestrado, mas um dia o cãozinho se cansou e resolveu trair outros da sua espécie e até mesmo o próprio dono o governo e tudo por alguns trocados, isso é uma vergonha, não é? – Albert disse se divertindo completamente.
–Já chega, vamos logo – Bruno disse com pura raiva entrando na mansão.
A mansão era realmente um sonho, uma enorme escada de mármore e corredores com inúmeras portas.
Bruno puxou meu braço me fazendo subir as escadas.
–Eu odeio aquele cara, o nome dele é Logan Maddox, ele é o homem em que o Albert mais confia, parece que eles se conhecem desde a infância ou coisa do tipo... – Bruno sussurrou irritado.
Depois de subir as escadas paramos em frente a uma porta de madeira branca.
Eu engoli o seco em minha garganta, e Bruno percebendo o meu nervosismo me deu um pequeno sorriso.
Bruno abriu a porta e me puxou para dentro.
Na sala havia estantes com vários livros e uma mesa no centro com uma poltrona e um homem sentado nela, quando percebeu minha presença o homem rapidamente abriu um sorriso.
–Como é bom te ver de novo, Yukki Scarllet – Albert disse olhando diretamente para mim.
Fim do capitulo 24!!!!
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