Cale a Boca! escrita por Machyri


Capítulo 13
Mães e filhas


Notas iniciais do capítulo

Realmente me desculpem por essa demora, mas enfim o capítulo saiu o//
Esse capítulo é dedicado a Ju_chan ( foi aniversário dela a 3 semanas atrás e agora sai o capítulo u.u ... Eu sempre digo que tenho problemas com prazoa xD )
Boa Leitura.



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Estava escuro, sim eu não conseguia ver nada, tentei me mexer inutilmente no escuro, mas meu corpo não me obedecia eu nem se quer o sentia, pisquei diversas vezes, porém nada além da escuridão profunda, relaxei minha mente e pensei que talvez isso fosse a morte, não era tão ruim assim, nem tão triste quanto eu imaginara, talvez tenha sido melhor assim, morar naquela casa seria um inferno e pelo menos não sentindo meu corpo eu não enjoava também, é engraçado como nada da certo na minha vida, ou melhor, nada mais certo, antes de conhecer aquele maluco eu era feliz, eu era realmente feliz não era? Eu tinha uma casa, tinha dois pais, dinheiro no banco, roupas e sapatos caros, eu podia ir e vir, eu podia brigar com os outros, pois eu possuía moral para isso, só que depois dele tudo isso se foi e o pior, eu perdi minha moral.

 

Meus sentidos foram voltando aos poucos, e eu achando que tinha morrido e que teria todo o tempo do mundo para pensar, Deus gosta de brincar comigo, primeiro eu senti a ponta de meus dedos e depois algo gelado e metálico no meu peito, eu sentia um cheiro de lavanda e uma luz cândida começara a sobrepor as minhas pálpebras, focalizei o quarto e nele havia dois rostos conhecidos: Sasuke e Itachi, e uma mulher alta, loira, olhos mel e peitos enormes, me mexi um pouco e todos reagiram como se eu fosse um bebê prestes a cair de berço.

 

-Você está se sentindo bem? – Itachi perguntou como quem diz “Bom dia”

 

-Como você pensa que eu estou?

 

-Mal.

 

-Obrigada, ajudou muito.

 

-Você que perguntou. Mas você está bem?

 

-Se você acha que ter um ser vivo dentro de você e a cada segundo sua pele elastecer cada vez mais de uma maneira que no final você estará cheia de estrias é estar bem, então sim, eu estou bem.

 

-Porque você fala assim do seu próprio filho?

 

-Não se meta nisso Sasuke esse filho não é seu!

 

-Ah! Então o filho é do Itachi? – perguntou a mulher sentada ao meu lado.

 

-Provavelmente vovó.

 

-Vovó a sua mãe!... Mas como provavelmente?

 

-Ela não é minha namorada.

 

-Mas vocês ficaram né?

 

-Ficar não engravida não é vovó?

 

-Você entendeu o que eu quis dizer.

 

-Ahhh! Sim, sim, nós “ficamos”

 

-Então porque provavelmente?

 

-Porque não foi só eu que fiquei com ela.

 

-Não me diga que ela é garota de programa! Tão linda...

 

-Não, não é nada disso, é uma longa história.

 

-Certo, estou sem paciência para longas histórias.

 

-Sakura esta será a sua nova médica.

 

-Por que nova? Eu já tenho a minha médica.

 

-Porque ela é a médica da família, ela é sigilosa...

 

-Me diz uma coisa: o que vai adiantar o sigilo dela quando eu virar uma bola?

 

-Você nem vai engordar tanto assim...

 

-Ela vai engordar...

 

-Não está ajudando vovó!

 

-Certo eu já me conformei quanto á isso, mas depois que essa criança nascer eu vou embora!

 

-Tudo bem, mas o bebê fica.

 

-Eu nunca disse que ia leva-lo.

 

-Você não é o tipo de mãe que o Fugaku gostaria para mãe do neto dele.

 

-E ele não é o tipo de sogro que eu pensei para mim.

 

-Isso já é um bom passo, afinal ele não gosta de quem gosta dele, não é Sasuke?

 

-Não gostei da indireta vovó.

 

-Ah você está aí seu infeliz. Tinha me esquecido da sua existência.

 

-Obrigado pela parte que me toca.

 

-Não, nenhuma parte te toca.

 

-É o amor no ar...

 

-Não tem amor nenhum Itachi, pare com isso

 

-Você devia tratar bem ao menos seu cunhado Sakura-san.

 

-Eu trato bem quem merece que eu trate bem e não me venha dar lições porque você não é minha mãe!

 

-Calma! Isso faz mal ao bebê!

 

-Não se preocupe com o filho dos outros!

 

-Sim... Qual a minha situação?

 

-Bem, você está um tanto grave e durante a gravidez é muito provável que você tenha pressão alta devido ao estresse, ao pensei que foi devido ao susto, mas você tem o pavio curto e não está disposta a mudar por essa criança, então vamos ter que medicar e mudar a sua dieta, com certeza você vai engordar, mas vou fazer com que você engorde somente o necessário.

 

-Ótimo. Agora eu posso ir.

 

-Que ir?

 

-Ir embora talvez.

 

-Você não vai a lugar nenhum.

 

-É mesmo, papai me deixou de castigo aqui para pagar pelos meus crimes, mas ao menos eu posso ir ao banheiro?

 

-Claro, afinal se ele descobri que nós te tratamos mal ele vai nos matar.

 

-Correção: ele vai TE matar. Sasuke, eu não tenho nada a ver com isso.

 

-Como não? O filho não é seu?

 

-Eu disse que era uma longa história vovó.

 

-Sim, eu vou ao banheiro.

 

Levantei e me dirigir a porta do banheiro, entrei e fiquei escutando o que eles falavam na minha ausência, coisas fúteis de avós e netos, a história de como eu acabei grávida e finalmente algo que me interessasse.

 

‘-Eu sempre soube que você acabaria casando Sasuke.

 

-Vovó você me deixa depressivo assim, dessa maneira parece que é horrível. – idiota!

 

-Para mim seria o fim casar com alguém que não tivesse sido o Jiraya, imagino que você sinta a mesma coisa, mas no final você se vendeu. Eu sempre esperei mais de você.

 

-Eu esperava que você tivesse sido como eu, afinal nós fomos criados iguais, não sei o que deu errado com você.

 

-Desculpe por não ser você, afinal eu cresci com você, mas eu não sou você, eu não pude dizer ao papai que eu amava outra e que não podia me casar com a Karin.

 

-Eu sempre soube que você gostava de outra, você não a beija de verdade – eca!

 

-No final você se vendeu por uma banda e por uma faculdade, ele só queria alguém para assumir, não importava o preço que ele pagasse e você cobrou tão pouco.

 

-Ele tentou de te comprar?

 

-E não? De todas as maneiras, das mais sórdidas e vis até as mais nobres, como a paz mundial. Mas eu sempre soube que ele não faria nada a mim, era uma escolha minha e só minha, ele não poderia interferir mais na minha vida, eu já era um homem e o que mais queria era buscar novas experiências.

 

-Mas sempre foi meu sonho a banda e ele nunca permitiu, foi de mais ele me dar tudo que eu sempre quis por tão pouco.

 

-Pouco? Você acha pouco perder a mulher que ama, seja lá quem ela seja? Você jovens não sabem o que é o amor.

 

-Não, mas...

 

-Você será culpado eternamente pela desgraça dela, você sabe disso, e não deixa de ser mentira. O estado que ela se encontra hoje é sua culpa. – Itachi tomou um tom sombrio

 

-Eu sei, eu sei que ela vai me odiar para sempre, e eu para sempre continuarei a amando, se ela quiser nós podemos viver juntos, só depende dela.

 

-Você quer dizer como uma amante?

 

-É a única maneira.

 

-Seu desgraçado vigarista! – coisas caíram no chão, havia fúria na voz de Itachi

 

-Eu não posso fazer mais nada além de ama-la a distância então.

 

-É muito bom que seja a distância mesmo.’

 

Abri a porta, eu me sentia doente, o sangue não passava pelo meu rosto, eu sabia que estava pálida, ele me trocará por uma banda, mesmo dizendo que me ama ele me trocou por uma banda maldita! Mimado desgraçado, era uma pena que eu só conseguisse externar lágrimas.

 

-Sakura? – todos se viraram assustados.

 

-Você estava ouvindo?

 

Eu não disse uma palavra, me movi na direção de Itachi que segurava Sasuke pela gola da camisa e toquei seu braço, ele o soltou, cheguei perto o suficiente para ver toda a covardia que havia em seus olhos levantei a mão e dei o tapa mais desgostoso da minha vida, eu preferia ter sido ferida a ferir aquela pele de porcelana. As lágrimas rolaram.

 

-Você me trocou por uma banda – sussurrei.

 

-Me perdoe.

 

-Você me trocou por uma bateria, duas guitarras, uma baixo e uma microfone... Eu valho tão pouco assim?

 

-Não isso não é verdade.

 

-A verdade é que eu terei um filho e ele será um pedaço de mim para toda a minha vida, eu não sei quem o pai dele, eu não sei mais quem é o meu pai, eu fui expulsa de casa, o amor da minha vida vai casar com outra e quer me fazer de sua amante. Essa que é a verdade. – eu queria gritar, mas só tinha forças para sussurrar baixinha, para que apenas ele ouvisse o que eu dizia.

 

-Me perdoe.

 

-É só isso que você tem a dizer?

 

-Nós ainda podemos ser felizes, eu, você e o bebê.

 

-E em que parte desse plano a Karin fica?

 

-Ela será a minha esposa, mas não tem problema, você sabe que eu só amo você.

 

-Mas não é isso que as pessoas vão dizer, não é isso que vai estar nos jornais, você quer que eu seja sua amante para sempre? Você quer que eu viva esse tipo de vida para sempre?

 

-Eu não tenho direito de pedir nada.

 

-Ainda bem que você sabe.

 

-Me perdoe.

 

-Pare de dizer isso, me irrita... Eu vou embora.

 

Me afastei dele lentamente, olhei para Itachi e me dirigi para a porta, eu realmente nunca fora nada para ninguém, no final eu também nunca vou ser porque ninguém me ensinou a amar direito, ou de verdade.

 

-Aonde você vai?

 

-Embora.

 

-Você não pode! Você está pálida!

 

-Eu estou bem, não se preocupe.

 

-Eu não vou deixar você sair. – ele ficou entre eu e a porta.

 

-Vai me manter prisioneira aqui? Isso da cadeia sabia? Ainda mais no meu estado.

 

-Seja sensata uma vez na vida, pense um pouquinho em você.

 

-Sensatez? Se eu nunca tive isso e vivi até hoje, viver mais um pouquinho sem não vai fazer diferença não é?

 

-E o seu filho?

 

-Agora ele é meu? – olhei com desprezo para ele – Já que é meu eu decido, agora saia da minha frente.

 

-Não, você não pode ir embora.

 

-Já que não vai ser por bem, eu vou sair por mal.

 

-Você não está pensando em me empurrar não é?

 

-Eu? Jamais, nem tenho força para isso, mas isso – dei uma joelhada nele – eu ainda posso fazer.

 

-Estou estéreo... – ele choramingou

 

-Adios.

 

-Sakura volta aqui! Sasuke faça alguma coisa!

 

-Eu não posso – sussurrou

 

-SASUKE-KUUUUNN!! – Karin passou voando ao meu lado na escada

 

-Era só o que me faltava.

 

-Sakura! – Itachi falou se apoiando na porta do quarto enquanto massageava suas “preciosidades”

 

-Sakura-san? – Karin voltou ao meu encontro – Está tão branca que eu a reconheci.

 

-Você podia fingir que não me viu mais uma vez?

 

-Hã?

 

-Ela nem é loira e está desse jeito... Pobre criatura.

 

-Está me chamando de burra?

 

-Se a carapuça serviu.

 

-Ora sua... – ela levantou a mão para mim, mas Sasuke a segurou – Sasuke-kun? Você vai deixar ela falar assim comigo?... A propósito: o que você está fazendo aqui?

 

-Não é da sua conta.

 

-Claro que é!

 

-Essa casa não é sua.

 

-Mas é do meu noivo!

 

-E do dela também. – Sasuke acrescentou deixando Karin incrédula, ela ficou tão chocada que ele soltou seu braço.

 

-Você está noiva de quem?

 

-Do Sasuke.

 

-Como?

 

-Do Itachi sua burra!

 

-Ah tá, entendi.

 

-Jesus perdoe os ignorantes, eles não sabem o que falam.

 

-Ei Sasuke! Não vá me colocando cabrestos! Ninguém aqui está noivo!

 

-Se ela não está noiva dele o que ela está fazendo aqui?

 

-Cuidando do jardim, você não sabia? Virei jardineira agora.

 

-Não estou entendendo mais nada.

 

-Eu vou embora antes que a doença da burrice me pegue.

 

-Sakura volta aqui!

 

-Sasuke-kun?

 

-Sim.

 

-Por que o Itachi está com as mãos entre as pernas?

 

-Longa história.

 

-Eu adoro histórias!

 

-Eu já tinha dito antes? – já estava na porta e Itachi vinha mancando ao meu encontro – Vocês se merecem, a burra e o covarde, belo casal... – fiquei mais pálida ainda e eles perceberam, estava enjoada, corri para o banheiro mais próximo e eles atrás de mim.

 

Era horrível a sensação de que nada era bom o bastante para o meu corpo, tudo que eu engolia era rejeitado, eu acabaria morrendo desse jeito, Itachi segurava meu cabelo e passava a mão pela minha testa, eu suava frio, e meu corpo fraco se contorcia a cada ânsia, eu sempre fui magra, mas eu nunca me vira daquela forma, muitas mulheres gostariam de emagrecer como eu em três ou quatro dias, pois bem, eu encontrei o método perfeito! Engravide.

 

-Sakura? – eu encostei-me à parede fria do banheiro enquanto Itachi limpava minha boca com um lenço – Tudo bem?

 

-Por que vocês sempre fazem as mesmas perguntas?

 

-Sakura você está grávida? – Karin me olhava pasma

 

-Pelo menos é o que todos dizem.

 

-Ai meu Deus! Não me diga que é do Itachi! – olhei furtivamente para Sasuke que apenas desviou o olhar

 

-É, meu filho sim, e a partir de hoje a Sakura vai morar aqui.

 

-Nós vamos ser concunhados!! – ela veio na minha direção, certamente ia me abraçar.

 

-Não me toque!

 

-Você não era assim Sakura... Sempre foi meio chatinha comigo, mas nuca foi tão rude, o que eu te fiz? – sorri com desdém nos lábios, olhei para Itachi e pousei o olhar em Sasuke que como uma criança travessa arrependida tremia e se encolhia, como quem diz: “Eu sinto muito mãe, foi sem querer...”, eu lamento Sasuke, mas esse “sem querer” não me comove.

 

-Você não fez nada Karin, a culpa não foi sua no final das contas. – me levantei, lavei meu rosto magro e sorri – Você não fez nada para merecer isso, mas eu não posso deixar de ser desgostosa com as pessoas, não é apenas com você.

 

-Mas...

 

-Então, por favor, não me refira a palavras, finja que não me vê passar, trate-me como um fantasma, eu ficarei bem assim, e não te ofenderei também. Ignore-me.

 

-Vamos Karin. – Sasuke pôs a mão no ombro de Karin e a manobrou para a sala

 

-Você não devia tratar as pessoas assim.

 

-Como eu trato as pessoas é problema meu.

 

-Eu não vou discutir com uma mulher grávida, você consegue andar? Está tão fraca.

 

-Eu não vou ser mais uma das suas bonecas, então desista de me tratar como uma. – dei alguns passos e acabei me desequilibrando.

 

-Você pode não ser uma das minhas bonecas, aliás, quem é chegado nas bonecas é o Kankuro, então não me compare aquele colecionador de Barbie tá legal? E mesmo que você não seja uma boneca está precisando de ajuda pelo menos para andar.

 

-Eu não preciso da sua ajuda.

 

-Então deixe eu ajudar o meu filho.

 

-Como essa palavra soa suja vindo da sua boca, acredite, você não é o tipo de pessoa que eu queria para chamar algo que está dentro de mim de “meu filho”.

 

-Pode até ser que você não queira ouvir isso, mas pelo menos durante nove longos e prazerosos meses eu serei o pai dessa criança.

 

-Quando eu encontrar o Kakashi ele vai ver só!

 

-Não culpe os outros pelos seus erros, – ele me pôs no colo – não foi ele que lhe levou a festa aquele dia, nem foi ele que fez você dormir com o Sasuke, tudo foi e é sua culpa, no final você ainda é imatura de mais, talvez não mais que o meu irmãzinho, mas com certeza ainda é muito imatura.

 

-Eu não quero ter um filho! Eu não pedi nada disso! Eu só queria ter um namorado legal e fofo que me ajudasse com o que eu precisasse, eu queria ficar bem com o meu pai e com o Kakashi, eu queria cursar moda ser uma grande estilista, mas agora nada disso é possível e a culpa é toda dele!!

 

-A culpa é dele por você estar grávida ou por ele não estar com você?

 

-Eu não quero mais ele.

 

-Engraçado você dizer isso, eu pensei que você ficou muito abalada quando soube que ele te trocou por uma banda.

 

-Eu só pensei que pelo menos para alguém eu valia mais que isso, eu valia um pouquinho mais que alguns montes de dinheiro, ou talvez que eu não tivesse preço, mas no final eu sou como uma exclusiva Prada, poucos podem ter, poucos tem, mas os que tem não dão nenhum valor, pois tem capacidade o suficiente para conseguir outras.

 

-Metáfora interessante... Você só pensa em dinheiro?

 

-Engraçado ele já me perguntou isso, mas hoje eu sei responder muito bem, eu preciso dinheiro, muito mais do que para sobreviver, eu preciso para me sentir alguém já que eu como ser humano não valho nada.

 

-Até que no final das contas você pensa alguma coisa, mas se você quer saber você pode não valer nada mais que duas guitarras, um baixo, uma bateria, um microfone e caixas de som para ele, e pode ser que você não valha nada para o resto do mundo, mas esse pequeno ser que está crescendo dentro de você vai te amar como nenhuma outra coisa no mundo se você o amar de volta e você será a coisa mais importante do mundo para ele, por mais que vocês briguem e se separem ele vai pensar em você todo dia antes do dormir e vai rezar para que você seja feliz e que perdoe todos os seus erros, mas só se você quiser amar essa pessoa assim.

 

-Ainda assim eu não quero isso.

 

Ele me levou lá para cima e me colocou no meu quarto, fechou a porta, eu queria que ele tivesse fechado a minha mente, quem sabe a minha vida, eu iria adorar, mas as pessoas não tem esses tipos de poderes, seria bom de mais se alguém conseguisse isso, mas enquanto não se consegue isso as minhas culpas continuam a me atormentar, se no final fosse minha culpa meu pai não merecia ouvir tudo que eu disse, não merecia ter uma filha como eu, Kakashi não merecia um filha tão problemática, nem Sasuke merecia uma namorada tão egoísta e o filho, que mesmo que eu não saiba quem é o pai, está dentro de mim esperando, com toda a razão, todo o amor de quem o carrega, mal ele sabe que essa pessoa está seca e oca por dentro e que seu coração nada mais é que um pequeno pedaço de diamante, duro e inflexível, mas ao mesmo tempo brilhante e atraente para todos que veem, essa criança, coitada, assim como os outros já está seduzida, e vai descobrir de uma maneira talvez mais triste que a dos outros que não se arranha diamante, não se derrete, nem se quebra, assim como todos se aproximaram ele iria sentir a dureza e a dor de um coração vazio.

 

Alguém, por favor, salve essa criança, eu não quero ser como o meu pai, mamãe desculpe, mas eu não posso ser como você, de onde você estiver pense que a sua filha não é uma incompetente, apenas ninguém me ensinou a fazer nada, sorria, se possível e diga que sempre e sempre eu vou ser a sua filhinha, a pequena Sakura.


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Notas finais do capítulo

Eu sou muito melodramática! OMG!
uasusuaushusauahsuuahsuysuashu'
Tadinha da Sakura, ela sempre se ferra na minha mão.
( inner : Você gosta de fazer os personagens sofrer para no final ficar tudo lindo e feliz, aí que enjoô! x.x )
Calí a boquí! ò.ó
—-'
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