Cale a Boca! escrita por Machyri


Capítulo 12
Um monstro dentro de mim


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas postei xD
Esse capítulo é dedicado a Ju_chan que imprimiu o meu trabalho de português né amiga? ;]

Por favor, tenham cuidado ao falar dos personagens nos review ( a não ser da VAkarin, ela vc pode xingar toda u.u ), mas os outros coitados não tem nada a ver e ainda levam um monte de desaforos. T.T

Boa leitura o//



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Eu acordei atordoada, olhei ao redor, já não estava na boate, levantei e pus as mãos na cabeça para ter certeza que ela não cairia no chão devido ao peso que eu sentia, me deparei com um espelho e para o meu espanto a mulher refletida nele tinha cabelos negros e estava nua, o rosto parecia abatido e de ressaca, talvez ela tenha ido a uma festa e tanto na noite anterior, mas aqueles olhos verdes eram meus, calma, aquela era eu? Impossível! Por que eu estaria nua?! E meu cabelo é rosa... Ai meu Deus! Os flashbacks iam e vinham na minha frente, imagens poucos nítidas, eu lembrava de pouca coisa depois do copo de Itachi.

A primeira coisa que fiz foi procurar algo para me cobrir e enquanto adentrava aquele local estranho via pessoas caídas de maneiras muito constrangedoras, fui voltando para o lugar de qual eu tinha saído e me vi de frente para uma cama onde não havia apenas homens, mas também mulheres, entre os lençóis e as pessoas estranhas deitadas ali reconheci alguns rostos dos quais eu não lembrava os nomes, Naruto estava caído no chão segurando um pedaço do lençol e Itachi, bem, é melhor não comentar como ele estava, Sasuke estava com os braços caídos em cima de um pedaço vazio no canto da cama de onde eu nitidamente tinha saído.

Daria muito trabalho encontrar as minhas coisas em meio a tudo aquilo, então peguei as primeiras peças que pensei que me serviam e vesti, sai de fininho com cuidado para não acordar ninguém, peguei a minha bolsa que estava caída na entrada da casa, olhei para ver se estava tudo ali e realmente estava, isso foi um alívio, pois eu poderia ligar para alguém ir me buscar, tirei a peruca e a joguei num canto qualquer, percebi que estava sem sapatos, mas quem se importa? Bati a porta com cuidado e peguei o celular, mas antes de ligar para qualquer pessoa teria que explicar porque eu estava ali e isso não seria bom, por medidas de seguranças andei alguns metros a frente e peguei um taxi.

Entrei em casa pela porta dos fundos para que ninguém percebesse a minha “saidinha”, subi as escadas na ponta dos pés e entrei no meu quarto, sucesso total! Ninguém me viu! Entrei no banheiro, tomei uma ducha, vesti o pijama e dei um fim aquelas roupas imundas que eu estava usando, me deitei na cama e dormi para ver se curava a ressaca.

Quando eu acordei o Sol já estava se pondo e sinceramente eu queria dormir mais, mas o chato do Kakashi estava no meu pé achando que eu tinha morrido, mais fácil eu ter entrado em coma alcoólico... Mas ele não sabia disso, ou seja, era segredo.

-Sakura você não come nada desde ontem, está se sentindo bem?

-Minha cabeça está doendo! Fale baixo!

-Será que você está com gripe? – colocou a mão na minha testa – Não está quente, mas mesmo assim vamos ao médico.

-Não precisa, estou bem, só um pouco cansada, agora me traga um café daqueles que só você sabe fazer.

-Isso é abuso de autoridade sabia?

-Você não poderia fazer isso pela sua querida filhinha acamada?

-Ah! Não me olhe desse jeito! Meus filhos serão uma decepção para o mundo!

-E eu não conto como filha?

-Não, afinal eu não dormi com sua mãe...

-Seu pervertido! Não respeita nem os mortos!

-A suja falando do mal lavado.

-Certo, eu vou perdoar o que você falou da minha santa mãezinha se você me trouxer o café.

-Que bela filha! Usando a honra da mãe numa troca por café, você é uma decepção...

-VAI LOGO E VÊ SE NÃO ME EXTRESSA!

-Calma! Respire.

-Kakashi você me dá nos nervos! Vai logo buscar essa porra!

-Certo, já estou indo, mas me responda uma pergunta, onde você conseguiu aquelas roupas que estão para lavar?

-Bem, eu, eu, eu estava a fim de variar um pouco no visual sabe?

-Então por que você rasgou as roupas?

-Porque ficaram horríveis em mim, eu usei e todos riram, me senti uma estúpida...

-Não minta para mim minha flor. Eu sei que você não dormiu em casa.

-Imagina! São coisas da sua cabeça...

-Aquela máscara de Veneza onde esta?

-Eu dei para a Ino levar.

-Você não é esse tipo de mulher... – ele acariciou minhas bochechas – Você não sabe mentir, ainda mais para mim, o que aconteceu?

-Eu fui para a festa. – sussurrei

-Que festa?

-A despedida do Sasuke.

-E?

-Eu fiquei bêbada e acordei nua numa cama desconhecida num lugar desconhecido com pessoas estranhas do meu lado.

-Ai meu Deus! Não me diga que...

-Eu não lembro de mais nada depois de ter bebido um copo de Vodca pura, nada.

-Por que você faz essas coisas? – ele me abraçou – Você não precisa chegar nesse nível, eu não quero te ver nesse nível.

-Mas eu precisava ver ele naquele estado deplorável, eu precisava. – comecei a choramingar

-Agora está tudo bem, eu vou trazer o seu café e mantenha isso em segredo de todos certo? Apenas eu e você sabemos disso e ninguém mais deve saber.

-Certo.

Kakashi deixou o quarto com um ar de alívio no ar, eu tenho certeza de que eu tenho o pai errado, eu nasci do pai errado, mãe você gostaria de ter conhecido o Kakashi, ele é uma boa pessoa apesar de fraco para mulheres e bebidas, ele é gentil e sempre sabe o que dizer, ele nunca gritaria com uma mulher, nem que seja para seu próprio bem, ele nunca magoaria uma pessoa que ele gostar, mãe por que você não está aqui para ver ele, para me ver, se você estivesse aqui talvez o papai não fosse tão triste, mamãe desculpe por nascer, eu não queria que você se fosse assim, por uma criatura como eu, você merece uma filha melhor né? Alguém que desse orgulho a você, ao papai, e ao Kakashi, desculpe por não ser assim.

Depois do café sublime que o Kakashi fez eu sai para dar uma esticada nas pernas, na verdade era para ver se a ressaca passava mais rápido, mas o meu corpo estava extremamente pesado e dolorido, mas minha cabeça não era a única coisa que parecia que ia explodir, meus seios, minhas coxas, meus pés, eu estava inchada. Durante a caminhada eu passei por um parque cheio de crianças, pareciam tão felizes, tão despreocupadas, há quanto tempo eu não sei o que é isso? Quando foi que eu deixei de ser criança? Eu tenho apenas 16 anos e o mundo parece que resolveu montar nas minhas costas, isso parece muito estranho para mim, existem tantas meninas da minha idade que estão por aí curtindo tudo que podem e tudo que não podem, mas que não se preocupam em morrer, pois tudo que tinha que ser feito foi feito ontem e que se talvez elas não acordarem para o hoje não tem problemas, nada ficou incompleto aqui. Onde eu deixei essa vontade de viver o hoje?

Eu devia estar com uma cara horrível, pois as crianças se afastaram de mim quando eu passei, suspirei de desanimo, olhei para trás e pensei como estava longe de casa, me deu preguiça de voltar e eu estava morrendo de fome então resolvi passar na casa da Hina-chan que estava perto e aproveitar para fazer um lanchinho.

-Sakura? Você aqui?

-Pois é amiga, vim te visitar já que não tem nada lá em casa para fazer eu resolvi vir passar um tempo com você.

-Que bom, está realmente muito parado aqui... – tentei entrar, mas ela se opunha contra a porta.

-Você está pensando em ficar em pé aqui fora comigo?

-Não é que o ar está tão fresco aqui fora... – ela foi ficando rubra, se eu era ruim com mentiras Hinata sempre foi pior, sua timidez a entrega.

-Hinata está acontecendo alguma coisa? – estiquei o pescoço para ver dentro da casa, mas ela entrou na minha frente.

-Não, não é nada, vamos dar uma volta? – ela puxou a porta, mas eu coloquei o pé impedindo que ela fechasse.

-Hinata é a última vez que eu pergunto: o que está acontecendo?

-Sakura não é nada, acredite em mim... – lágrimas começaram a se formar nos olhos dela e eu entrei com tudo na casa, ela apenas se encolheu atrás da porta.

A casa dos Hyuuga fora projetada para o sigilo, pois ninguém conseguiria ver nada se o anfitrião não quisesse, sai vasculhando a casa até finalmente chegar na sala principal, gritei de espanto e Hinata veio correndo fechando a porta com um baque.

-Sakura, por favor, se acalme.

-O que, o que, o que esse infeliz está fazendo nesse sofá? Ou melhor, o que vocês estavam fazendo?

-Sakura eu, eu, eu... – ela não conseguiria concluir mais nenhuma frase devido ao choro

-Saia daqui seu infeliz, sai agora!

-Que eu me lembre Sakura-chan essa casa não é sua, é da Hina-chan, né Hina-chan? – ele veio para o lado dela e a abraçou.

-Seu, seu aproveitador de mulheres carentes! Some da frente se não eu te mato!

-Mas eu só vim fazer uma visita a Hina-chan.

-SOME DA MINHA FRENTE NARUTO! – fui na direção dele com tudo, mas meus membros foram ficando moles e tudo começou a escurecer, eu só ouvia ao longe a voz da Hinata me chamando.

-Sakura? – eu pisquei os olhos para me acostumar à claridade – Tudo bem com você?

-Estou sim Hinata, o que houve? Eu só me lembro de ter ido bater no Naruto e... Cadê aquele infeliz?!

-Ele já foi, se acalme, você desmaiou de repente, eu fiquei assustada!

-É que eu não dormi direito.

-Agora você dormiu direito, pois você está dormindo desde ontem, mas vá ao médico ver isso direitinho.

-Eu vou sim, não se preocupe.

-Agora vamos lanchar que você deve estar morrendo de fome.

-Ah Hina ninguém me conhece como você!

-Que a Ino não escute isso.

-Com certeza.

Fizemos um lanchinho, jogamos conversa fora, e ela me explicou que não conseguiu resistir com aquele loiro parado na porta dela, se ele não fosse tão idiota eu não seria contra eles dois, mas que ele é gostoso isso eu não posso negar, claro que eu ainda prefiro os magrinhos, mas aquele corpo não é de se jogar fora, depois de uma sessão de autoajuda com a Hinata eu voltei para casa meio encucada com o meu desmaio, eu nunca havia desmaiado antes, eu realmente devia ir ao médico, mas só amanhã, pois hoje eu não estava me sentindo muito bem, voltei para casa e fiquei naufragada na cama o resto do dia, parecia que a cada segundo eu ficava mais inchada, e minha boca estava azeda, o cheiro do meu perfume estava me dando dor de cabeça, me enjoando, fui tomar banho para ver se o enjoo passava, mas foi pior, acabei vomitando, tomei meu banho e voltei para a cama, era tudo questão de tempo, assim que minha menstruação descesse eu ficaria bem de novo... Ai meu Deus! Corri para o celular e olhei o calendário, ela estava atrasada, sai correndo, peguei minha bolsa e fui a primeira farmácia que achei no caminho e comprei um teste para gravidez, voltei na mesma rapidez para casa para fazer o teste, foram os 40 segundos mais longos da minha vida até aquela bolinha ficar colorida, peguei outro teste e a mesma coisa, de novo e de novo, o que eu vou fazer agora?! Como eu vou explicar que eu estou grávida e pior! Quem é o pai?

Guardei os testes na bolsa e chamei o Kakashi para ir comigo ao ginecologista, ele achou muito estranho eu levar ele ao ginecologista, mas não pestanejou, entramos na sala e a média fez todos os exames, Kakashi não entendia nada do que estava acontecendo, me vesti e voltei para a mesa.

-Meus parabéns! – falou ela lendo o relatório dos exames – Você vão ser pais! – Kakashi quase desmaiou na cadeira.

-Como? É alguma pegadinha não é? Você está me dizendo que ela está grávida? Sakura quando isso...

-Eu não sei! – comecei a chorar apertando a bolsa no meu colo.

-Quem é o pai?

-Você não é o pai? – perguntou a médica assustada com a cena

-Não, eu não sou o namorado dela, sou uma espécie de “pai” eu diria.

-Querida, - a médica passou a mão pelos meus cabelos – não precisa chorar, é uma vida que está crescendo em você...

-EU NÃO QUERO! Isso é uma coisa suja! Algo nojento que está crescendo dentro de mim, eu não quero ter esse filho!

-Como você pode falar assim do seu filho?

-Eu não sei quem é o pai!

-Como você não sabe quem é o pai?

-Eu não me lembro, pode ser qualquer um daqueles que estava lá.

-Eu não compreendo, qualquer um?

-Eu fui a uma festa e fiquei bêbada, depois disso eu não lembro de mais nada além de ter acordado num lugar cheio de gente estranha.

-O que eu posso lhe dizer agora é para você procurar saber quem pode ser o pai dessa criança e falar com ele, de qualquer modo assim que essa criança nascer nós vamos fazer um exame de DNA.

-Doutora, essa criança não vai nascer. – Kakashi e a médica me olharam incrédulos.

-Sakura você sabe o que você está falando?! Isso é quase um assassinato!

-Kakashi não é você que está grávido, então não se meta, eu não quero, não vou e não posso ter esse filho, seria uma vergonha para meu pai, eu teria que sair da escola, eu teria que me casar, aí adeus faculdade, adeus tudo!

-Não bem assim minha querida...

-E é como? Por acaso tem como eu ficar grávida e não perder o meu corpo? Alguém vai engordar no meu lugar? Isso é impossível para mim, eu sei que você é médica e tudo, mas eu vou abortar, que dia, marque qualquer dia que eu venho aqui e se você não aceitar eu arranjo outro médico que faça isso para mim.

-Se é assim que você quer, eu vou te dar um tempo para pensar, volte daqui a duas semanas para fazer novos exames e se até lá você ainda quiser abortar eu faço o aborto para você.

-Obrigada. Vamos Kakashi.

Entramos no carro e ele não deu um pio até chegarmos em casa, fui para o meu quarto pensar no que eu iria fazer, era muito sério para eu resolver assim do nada, eu estava ocupada  pensando nisso até a porta se abrir.

-Sakura você devia contar ao Sasuke.

-O quê?

-Isso mesmo que você ouviu.

-Por que ele tem que saber disso?

-Porque ele é um dos que provavelmente é o pai dessa criança.

-Eu não quero falar com ele!

-Isso é opção sua, assim como ter ou não ter esse filho, eu só espero que você faça a melhor escolha para você.

-Você não vai contar ao meu pai não é?

-Você sabe que eu nunca ia fazer nada para te prejudicar, ele só vai saber se você quiser que ele saiba.

-Obrigada.

-Você não precisa me agradecer.

Vesti uma roupa mais adequada que um pijama para sair e fui a casa do Sasuke, eu detestava a ideia de ter que vê-lo, mas Kakashi tinha razão ele tinha que saber, e depois disso eu saberia o que fazer quanto o que estava crescendo dentro de mim, bati impacientemente na porta, a casa estava toda escura, ele devia estar dormindo, pois veio praguejando até a porta, me olhou com cara de poucos amigos e logo em seguida fez uma cara de espanto ao sentir meus braços envolvendo seu corpo, ele ficou estático, e eu sabia que não devia fazer aquilo, mas era de mais para mim ver aquele cabelo bagunçado, aquela carinha de sono, aquele corpo dentro daquele pijama velho, eu sabia que se eu o abraçasse ele seria meu porto seguro, um lugar sempre quentinho e aconchegante para eu voltar, mas ainda sim estava errado e eu comecei a encharcar a camisa dele com as minhas lágrimas.

-O que foi? – ele se permitiu colocar a mão na minha cabeça

-Eu, eu, – apertei minhas mãos nas costas dele – eu estou grávida.

-Como? – de repente ele ficou pálido – Você está querendo dizer que você vai ter um filho meu?

-Eu não sei.

-Não entendi.

-Sabe quem era aquela morena de olhos verdes que estava com Itachi na festa?

-Você não...

-Era eu.

-Por que você não me disse?! Eu deixei, – ele engoliu com raiva – eu deixei que todos aqueles idiotas te tocassem, eu...

-Não é culpa sua, mas eu não sei quem é o pai dessa criança.

-E o que você pretende fazer?

-Abortar.

-Você não pode fazer isso!

-Eu não vou ser mãe solteira! Quem vai assumir o meu filho? Você ao menos sabe com quantos eu dormi na festa?!

-Eu não sei, mas eu...

-Você? Não me faça rir. Você o quê? Você vai assumir esse filho? Então me explica duas coisas, o que você vai fazer com a sua noiva? E se essa criança nascer loirinha dos olhos azuis o que você vai fazer?

-O que você está tentando dizer?

-Que o Naruto também pode ser o pai, qualquer um dos que estavam lá.

-Não, não pode ser qualquer um, só podem ser podem ser 7 pessoas.

-Quem?

-Eu, Itachi, Naruto, Gaara, Sai, Shino e Kiba, ninguém de fora daquela mesa encostou em você.

-Isso me ajudou muito realmente, agora eu só tenho que esperar nove meses, fazer um teste de DNA com cada um e depois casar, simples assim não é?

-Não, porque nenhum deles iria assumir um filho, você está sozinha nessa, como você mesma disse.

-Obrigada por tudo, – me afastei dele – eu já sabia que no final o mais certo era abortar, eu não vou esperar duas semanas como a médica disse, amanhã mesmo eu vou tirar isso de mim.

-E se esse filho for meu? Eu não quero você chamando ele de “isso”.

-Se for seu é pior, não é isso e sim coisa, monstro, aberração. – ele me olhou chocado – Feliz?

Cheguei em casa e joguei minha bolsa em cima da escrivaninha do meu quarto, não me importava se eu estava de roupa e de sapatos, eu queria apenas dormi, quem sabe assim eu fugia um pouco desse pesadelo, mas realmente eu devo ter cometidos muitos pecados na outra vida, pois eu fui acordada violentamente pelo meu pai.

-O que foi papai? Por que toda essa violência?

-O QUÊ?! VOCÊ AINDA ME PERGUNTA POR QUÊ?! – olhei assustada para sua mão, ele estava segurando o meu teste.

-Pai pare de gritar! Você vai acordar a todos!

-QUE ACORDEM! EU QUERO É QUE ELES OUÇAM!

-Pai pelo amor de Deus...

-Não me chame de pai! Eu não tenho nenhum filho. – ele jogou o teste no chão e pisou – Você nem é casada, não tem namorado, você nunca soube o valor de nada, você é igualzinha a sua mãe, egoísta e inconsequente.

-O quê?

-Você quer saber a verdade sobre a sua mãezinha? Quer? Sua mãe não podia ter filhos, ela sabia disso, ela sempre tivera o corpo fraco, se ele tivesse um filho era morte certa, mas o que ela fez? Engravidou  de você, eu tentei de todos os modos faze-la abortar, mas ela dizia que não adiantaria viver muitos anos e não deixar a sequência de sua linhagem aqui, ela te amou mais do que a mim, ela te amou tanto a ponto de escolher a sua vida a dela, ela sabia que eu não conseguiria cuidar de você com todo meu coração, porque você é o monstro que a tirou de mim, por isso ela mandou que um moleque como o Kakashi tomasse conta de você.

-O Kakashi...

-Ele conheceu a sua mãe, foi por isso que ele entrou na empresa, ela me conhecia bem o suficiente para saber que eu o colocaria para cuidar de você, ela escolheu o melhor pai para a filha dela, ela sabia que eu nunca poderia nutrir algo sincero por você, então por que ela teve você? Você não merece ser filha dela! Você não devia nem ter nascido.

-NÃO FALE ASSIM DA MINHA MÃE! – até para um grito fora muito alto, e todos os empregados subiram para ver o que estava acontecendo. – ELA NÃO TEM CULPA POR VOCÊ SER DESSE JEITO! NÃO SUJE O NOME DA MINHA MÃE!

-Foi você quem atirou o nome dela na lama, com esse pequeno monstrinho que está no seu ventre, você manchou o nome da sua querida mãe, eu não posso dizer que ainda a amo, na verdade todo aquele amor de transformou em ódio, eu odeio vocês duas, você pode ter manchado o nome dela, mas o meu você não vai manchar!

-Você a chama de egoísta, você me chama de egoísta, mas o egoísta de verdade aqui é você, você foi mal amado, você não tem coração, eu nunca pedi para ser sua filha, mas fique sabendo que pai eu só tenho um, e esse não é você.

-Claro que não, o seu pai é aquele que ela escolheu, Kakashi venha até aqui. – ele adentrou o quarto me olhando com pena nos olhos – Eu quero que você a deserde, tire-a do meu testamento e retire-a daqui imediatamente.

-Senhor...

-Faça o que estou mandando!

-Se ela sair dessa casa eu me demito!

-Não Kakashi! Não faça isso por mim! Eu não mereço!

-Eu que não mereço ter uma filha como você querida, você merece alguém muito melhor, amanhã eu passo para assinar a minha demissão.

-Se assim deseja.

Ele me pós no colo e desceu as escadas, havia lágrimas em meus olhos, mas ele enxugava todas com a maior paciência “Eu vou te adotar Sakura-chan” era o que ele dizia, “...agora nós vamos ser pai e filha de verdade...” como eu queria acreditar nisso.

-Kakashi, – nós já estávamos dentro do carro – eu não posso morar na sua casa, eu só vou te atrapalhar.

-Que é isso, agora você é minha filha.

-Kakashi, por favor, me leve até a casa do Sasuke.

-Por quê?

-Você vai ver quando chegarmos lá.

Bati na porta e ele rapidamente atendeu, viu meu estado e ficou confuso, isso era visível no rosto dele.

-Eu vim te agradecer por mais uma coisinha.

-O que acontecer Sakura? Você está muito nervosa! Isso não faz bem para o bebê.

-Que bebê? – Itachi surgiu na escada com cara de sono.

-Nada que seja da sua conta! Vamos, entre Sakura.

-Eu não quero entrar no mesmo lugar que aquela coisinha entrou. Eu só vim aqui dizer que graças a suas brincadeiras levianas eu fui expulsa de casa, deserdada, e a única coisa que eu tenho agora é a roupa do corpo, sabe onde eu vou morar agora? Na casa do único homem nesse planeta que merece o meu respeito, Kakashi, era só isso que eu tinha a dizer.

-Não entendi nada irmãozinho, por que você foi posta para fora de casa?

-Porque eu estou grávida.

-GRÁVIDA?!! DO SASUKE?!

-Eu não sei, provavelmente. Mas o seu irmãozinho já está comprometido né? Aliás, esse filho pode ser seu também Itachi, você está na lista.

-Sasuke esse filho é seu, meu não é!

-Vocês homens são todos iguais...

-Sasuke nós não podemos deixar um Uchiha viver dessa forma!

-E o que você quer que eu faça?! Eu não posso assumir esse filho! Papai me mata!

-Seu bebê chorão! Eu assumo.

-O quê?! Você o quê o meu filho?

-Eu vou assumir essa criança.

-Não tem necessidade eu vou abortar, agora que eu penso em ter um filho de um de vocês dois me dá nojo.

-Eu não vou deixar você encostar um dedo num Uchiha, afinal ele é sangue do meu sangue, não pode ser tratado assim, e eu não quero ver minha boneca mais linda nesse estado deplorável.

-E como você vai fazer isso Itachi? Vai dor o nome ao filho dela e pronto?

-Isso mesmo irmãozinho, ao contrário de você eu não vou colocar algemas. A partir de hoje você mora aqui, assim seus cartões não serão cancelados, você continuará na escola sem mais problemas, e eu disse que vou assumir seu filho e não que vou ter algo com você, por favor, não me entenda errado.

-Eu não posso...

-Sakura eu acho que você deve ficar aí, eu não vou poder te dar todos os cuidados que uma grávida precisa.

-Kakashi?

-Eu não desisti de ti adotar, mas eu não posso cuidar direito de você.

-Mas eu...

-É o melhor a ser feito, seu filho vai ter um pai e você alguém que cuide de você. – comecei a chorar como uma criança. – Amanhã eu trago suas coisas para cá, não se preocupe.

Ele foi embora me deixando sozinha com aqueles dois na mesma casa Sasuke me olhava desolado e Itachi agia como se fosse uma coisa na trabalhosa cuidar de uma criança, eu me senti perdendo os sentidos de novo e tudo ficou escuro, quem dera que fosse a morte.


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Notas finais do capítulo

teeeeeeeeeeeeeeeeenso :/
Eu vou dar uns tapas no pai da Sakura-chan u.ú
Sasuke seu insensível!! Larga a VAkarin e fica com a Sakura logo!
Itachi apesar de você não ter noção do que fez eu te adimiro //

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