Fire On Ice - Hiatus escrita por tbagmari


Capítulo 2
02


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por quem comentou e começou a ler a história.
Bom, os capítulo - não todos - terão fotos pra representar algo do capítulo ou até fornecer spoiler.
A foto do capítulo é de Megan Breukelman. Caso não abra, aqui ela: http://www.dennylang.com/wp-content/uploads/megan_breukelman_03.jpg
É isso, boa leitura.



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No dia seguinte acordei na esperança de encontrar a resposta para minha pergunta. Mas nada. Bufei e fui me arrumar para o colégio. Coloquei uma calça jeans escura e uma regata larga preta, acompanhados de um coturno também preto. Passei os braços pela alça da mochila e fui para a cozinha. Peguei uma maça na geladeira e segui em direção ao colégio, comendo-a.

Assim que cheguei no colégio fui em direção a parte de trás do refeitório, onde há uma grama bem cortada e algumas árvores. Sempre ficava lá até um pouco antes do sinal bater indicando o inicio da primeira aula. Sentei-me em uma das mesas de cimento e comecei a ler um livro que havia pegado a pouco tempo na biblioteca.


– Bom dia! - ouço uma voz masculina e levanto o olhar. O mesmo garoto de ontem estava se sentando em minha frente. - Desculpe não me apresentar ontem, sou Travis McGuire – sorriu de canto pra mim e eu apenas voltei meu olhar pro livro. - Você é tão amigável quanto parece – ele disse e eu ri fraco. - Um riso! Afinal não sou um idiota completo.


– O que você está fazendo aqui? - perguntei finalmente o encarando.


– Eu quero que você me dê aulas de biologia – respondeu firme.


– Eu já disse que não – revirei os olhos.


– Eu faço o que você quiser! Até pago se quiser – ele disse e se eu estivesse em um desenho animado, uma luz estaria acesa no alto de minha cabeça.


– Vou pensar – respondi após alguns minutos pensando. Isso pode ser fácil. Quer dizer, eu irei apenas ensinar ele um pouco de biologia e receber dinheiro com isso. Fácil demais. Porém não iria responder no momento sim, vai que durante as aulas alguma ideia mais razoável venha em mente.


– Sério? Eu não acredito! Pensei que teria de te encher por pelo menos uns três dias – ele disse sorrindo.


– Eu já estava no meu limite – comentei e olhei o horário em meu celular. Era melhor ir para a sala, pra não pegar muita gente no corredor.


– Resistente você, hein – comentou irônico e eu apenas revirei os olhos me levantando. - Já vai pra aula?


– Sim.


– Aula de que?


– Matemática. E pare com o interrogatório – respondi irritada. Pra que tantas perguntas.


– Tenho educação física agora – disse franzindo o cenho. - E você é bem estressadinha, né? - apenas revirei os olhos e comecei a me distanciar da mesa, mas logo ouvi a voz de Travis me chamar. - Mellery! - me virei lentamente. - Você tem um tique? - franzi a testa pra sua pergunta estranha, ele compreendeu minha confusão e completou. - É que você fica revirando os olhos pra tudo que eu falo – lancei um último olhar de tédio pra ele e me virei pra ir para a sala.



Após duas aulas seguidas de matemática ouço o sinal bater para a terceira aula, que era de química. Sai da sala 11 e fui em direção à 5, que ocorriam as aulas de química. Sentei em meu costumeiro local no fundo da sala e coloquei a mochila em cima da cadeira ao meu lado, já que as mesas da sala de química eram de dupla.

Enquanto os alunos entravam na sala fiquei observando as folhas voarem por causa do vento do lado de fora da sala.


– Posso me sentar aqui? - ouço a voz de Travis e me virei pra ele, que já retirava minha mochila da cadeira e a colocava ao lado de minha cadeira, no chão.


– Muito educado você, pergunta já fazendo a ação – resmunguei bufando.


– Falou a pessoa mais educada do mundo – ele retrucou-me. - Mas então, já pensou?


– Penso a todo momento – disse de forma retórica.


– Eu me referia as aulas para mim – ele disse e eu poderia apostar que ele estava revirando os olhos, mesmo sem o olhar. Nesse momento o professor entrou na sala e as conversas começaram a ficar mais baixas na sala.


– Hm – pensei um pouco. Duranta duas horas nenhuma ideia veio em mente, então era sim a resposta. O que poderia acontecer de ruim? - Ok, eu te ajudo.


– Eu sabia que podia contar com você! - ele disse vindo de braços abertos em minha direção. Me afastei o máximo que pude dele.


– Não encoste em mim – sibilei.


– Uau! Isso sim é ser antissocial – ele disse surpreso com minha reação.


– Isso é ser precavida – o corrigi.


– Quando podemos começar? - perguntou.


– Decida você – dei de ombros. - E eu vou querer 250 dólares.


– Fechado. Hoje na minha casa após a aula, o que acha? - perguntou e eu mordi o lábio, desconfiada.


– Esse negócio de te ajudar é sério mesmo, ou você está querendo me levar pra sua casa, especificamente, sua cama? - o encarei.


– Não ache isso só por causa de minha reputação – disse se sentindo ofendido.


– Eu nem sabia de sua existência até ontem, então não sei de sua reputação – disse e percebi que ele parecia meio ofendido.


– Se você quiser pode ser na sua casa – Travis disse sorrindo de lado.


– Sr. McGuire e Srta. Hayes, querem se retirar da sala pra poderem conversar sem ser incomodados? - ouço a voz do professor de química e voltei o olhar pra frente.


– Quem disse que estamos incomodados? Estamos muito confortáveis aqui – disse indiferente.


– Verdade, mas se sentir incomodado professor, pode se retirar da sala – Travis disse sorrindo para o professor, que inflou as narinas de raiva.


– Se não se calarem agora irei lhes apresentar o nosso querido diretor – o professor sorriu de forma debochada.


– Me apresenta pra ele Adam, ele é muito gatinho – disse sorrindo.


– É gatinho mesmo. Já peguei ele – Travis deu uma piscada pro professor.


– Já basta. Os dois saiam de minha sala. Fiquem em qualquer lugar, menos aqui. E Srta. Hayes, não me chame de Adam – o professor gritou.


– Ok – disse e peguei minha mochila, saindo acompanhada por Travis da sala. - Tchau Abraham Lincol – disse para o professor. O mesmo fechou a porta com força. Feito isso, Travis começou a rir escandalosamente e eu apenas sorri fraco.


– Isso foi demais, devíamos ter mais aulas juntos pra fazer isso – ele disse enquanto íamos em direção ao refeitório, já que era um dos únicos lugares que haviam bancos.


– Não se empolgue muito não, eu geralmente vou pra detenção sozinha – disse me sentando em uma das mesas.


– Agora você tem uma companhia – ele sorriu gentilmente.


– Não gosto de companhias, prefiro ficar sozinha – disse tirando meu livro de dentro da bolsa.


– Isso é uma indireta?


– Sim.


– Ok, vou deixá-la só – ouço ele se levantar da mesa. - Me espere no final da aula no estacionamento.


– Tudo bem – disse já começando a ler.

Ouvi-o se distanciando e parei de ler. Esse garoto gosta muito de conversar. Pelo menos ele me deixou sozinha aqui. Pelo menos isso. Droga, tenho a leve impressão de que conseguir esses 250 dólares não vai ser tão fácil assim.




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Notas finais do capítulo

Comentem, não vão morrer por causa disso.
xx'



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