Just A Dream escrita por WaalPomps


Capítulo 28
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Cara, nem vou comentar porque né... Vai rolar assassinato de minha pessoa por aqui UHAUUAHUAHUAHUA



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Cada badalada do relógio parecia fazer parar uma batida o coração de todos naquela sala. Quando conseguiram falar com Sirius e Lene, eles já estavam no jatinho da Peverell, a caminho do “Caribe”. Depois disso, Kingsley mandou buscar todos os Weasley e os Lupin.

Já havia passado quase seis horas desde então. Domi e Rox dormiam no colo de suas mães, enquanto Teddy, Vicky e Molly ressonavam com uma derrotada Gina, no maior sofá da sala. Sam, Roger e Edward lutavam bravamente contra o sono, mas estavam quase perdendo.

_ Já era para o avião dos meus pais ter pousado, não era? – perguntou Dimitri ansioso. A namorada estava ao lado dele, assim como o namorado de Alexa – Não é possível que ainda não tenham encontrado um lugar para pousar.

_ Kingsley... – chamou Harry e o homem se virou. Sua pele negra estava profundamente vincada de preocupação, dando a seu rosto um aspecto quase idoso – Conte. Por favor.

O homem suspirou, parecendo cansado e assentiu.

_ Weasley, Erickson e Mosby estão desaparecidos há alguns dias. – admitiu ele, e todos os Weasley arfaram em desespero. Hermione cobriu o rosto com as mãos e seus ombros começaram a tremer, sendo logo acudida por Jorge e Carlinhos – Sirius veio até mim ontem, pedindo que eu enviasse aurores para Godric’s Hollow em busca dos três. E ele e Lene foram junto, ele disse que queria estar perto. O avião pousou há horas, mas foi a última notícia que tivemos.

Arthur, Remo e Dimitri começaram a gritar, protestar em voz alta. Gina acordou assustada e logo gritava com Kingsley, profundamente revoltada e irritada, para em seguida cair aos prantos nos braços do marido. Harry por sua vez apenas apertou Gina contra si, tentando passar a ela a proteção que ela precisava, e buscar no calor do corpo dela, o alivio que precisava.

_ Chega. – pediu Molly Weasley, se levantando séria – Dobby, Winkie, levem as crianças para cima, por favor. Todas, até Edward, Sam e Roger. Subam e durmam, vocês estão exaustos.

_ Eu não quero dormir, quero saber dos meus pais. – protestou Edward. A irmã o abraçou forte.

_ Vai dormir Ed, por favor. Você está cansado e não sabemos o quanto pode demorar. Assim que tivermos uma notícia, boa ou má, eu vou até lá e te acordo. Está bem? – propôs ela e ele concordou, a abraçando mais. Dimitri foi até os irmãos, os abraçando e beijando a cabeça dos dois.

Logo depois, Edward subiu com os primos, deixando apenas os adultos na sala. Kingsley apanhou o celular e começou a discar, saindo em direção à cozinha para falar mais tranquilamente.

Todos ficaram ali, sentados, parados, sem saber o que falar ou fazer. Molly começou a rezar um terço que tinha no bolso e logo todos a acompanhavam, presos a fé de que tudo daria certo.

O dia amanheceu, as crianças acordaram, Tonks e Fleur as levaram passear, mas não conseguiram levar Edward. O almoço chegou, pouco comeram. Gina começou a se sentir mal e chamaram Madame Pomfrey, que lhe deu um calmante, fazendo-a adormecer. Tonks e Fleur voltaram, quando finalmente algo aconteceu.

Kingsley recebeu uma ligação e saiu apressado de casa. Antes que pudessem alcança-lo, já havia entrado em seu carro e partido apressado pelo portão da mansão. Harry quis segui-lo, mas os aurores o impediram.

_ Espere Sr. Potter, por favor. – pediu Stinson, um dos aurores – Seja lá o que for, logo Kingsley nos avisará.

Harry concordou, voltando para o interior da casa. Gina havia acordado e correu ao seu encontro, o abraçando apertado. Sentaram-se no sofá e ele abraçou Hermione, que tremia e chorava. E novamente, se puseram a esperar.

O relógio continuou a badalar lentamente, mais lentamente a cada segundo na opinião de Harry. Desistiu de tentar ligar para Kingsley depois da 30ª vez. Suspirou cansado, jogando o aparelho longe e beijou a testa das duas mulheres em seu peito, que agora ressonavam cansadas e derrotadas, com os olhos marcados de lágrimas.

Não queria aceitar, não queria pensar, mas era como se tudo lhe dissesse que havia acabado de perder Rony. Sabia que Sirius devia estar em segurança, mas não queria lhe dizer que Rony havia partido. O lírio aparecera assim que Sirius havia saído, não deveria ser sobre ele.

Apertou Hermione contra si, encostando o rosto sobre o topo da cabeça dela. Havia destruído a vida da amiga, sido o responsável pela morte do grande amor da vida dela, logo antes do casamento que ambos tanto sonhavam.

Encarou todos os Weasley e sentiu o coração afundar, sabendo que eles pranteariam a perda de mais um filho, e por sua culpa. Eles, que o haviam acolhido com tanto amor e carinho, teriam que enterrar seu caçula graças a um maldito maluco que... Afinal, o que Riddle queria?

A empresa nunca iria para as mãos de Riddle, ele era perseguido pela policia, seria preso assim que fosse encontrado, sem chances de liberdade jamais. Então porque ele ainda tentava ferir aqueles que Harry amava? Ferir o próprio Harry? Seria vingança? Desejo de ver tudo destruído?

Enquanto pensava nisso, viu que os aurores estavam inquietos. Um deles falava no celular, lançando olhares furtivos aos presentes na sala. Lupin também percebeu e, com cuidado, soltou Tonks e Teddy no sofá, enquanto Harry fazia o mesmo com as duas mulheres.

_ Alguma notícia? – perguntou Remo e o auror confirmou.

_ Kingsley está voltando. Está vindo de helicóptero. Vai pousar no jardim de trás. – explicou Stinson, e Harry e Lupin correram para o jardim, vendo que o helicóptero aparecia no céu, fazendo um barulho ensurdecedor.

Sentiu duas mãos em seu braço e viu cabelos ruivos revoando. Apertou Gina contra si, começando uma prece silenciosa para que seja lá o que houvesse naquele helicóptero, não fosse a notícia que estava temendo.

O helicóptero parou no chão, esperaram que ele desligasse. A porta se abriu e Kingsley desceu, a expressão dura e séria, a roupa suja de sangue. Harry engoliu em seco, apertando mais Gina.

Kingsley virou-se para o helicóptero, de onde outro agente descia. Juntos, colocaram metade do corpo para dentro, dando apoio para alguém. Harry não podia descrever seu alívio ao ver os cabelos ruivos.

Antes que pudesse ver Rony inteiro, Hermione já havia saído correndo, mais rápido do que Harry jamais vira. Rony ergueu os olhos dos pés e viu a mulher correndo em sua direção. O sorriso que ele abriu foi o maior e mais brilhante que Harry já vira na vida. O ruivo abriu os braços, onde a noiva se jogou. Ele bambeou, sendo apoiado pelos colegas, e apertou Hermione contra si. Seus braços estavam cobertos por ataduras sujas de sangue, mas ele os apertava firmemente ao redor de Hermione, enquanto as lágrimas marcavam os rostos de ambos.

_ Eu te amo, eu te amo, eu te amo. – ele sussurrou no ouvido dela, antes de beijar longamente seus lábios – Eu rezei tanto para conseguir voltar para você.

_ Eu rezei tanto para você voltar. Tanto. – a voz dela saia entrecortada pelo choro desesperado – Se algum dia você sonhar em sair novamente, eu te mato. E me mato depois.

_ Nenhum de nós vai morrer Mione, não agora. Vamos nos casar em algumas semanas, ter nossos filhos e morar em nosso apartamento até ficarmos velhos e morrermos um nos braços do outro. – prometeu ele, beijando-a a novamente.

Ela a apoiou nos ombros, ajudando-o a caminhar em direção à família. Gina soltou o marido, correndo o máximo que a barriga permitia. Rony abriu o braço e envolveu a irmã ali, ambos chorando.

_ Nunca mais me deixe duvidar da sua intuição Gina. – pediu ele e ela chorou mais ainda. Logo, Vicky e Molly estavam agarradas as pernas do tio, que acariciou suas cabeças.

Os pais foram os próximos a alcança-lo, o abraçando em meio às lágrimas. Apesar disso, em momento algum ele soltou a cintura de Hermione de seus braços.

Quando o ruivo parou em frente a Harry, os dois se encararam por um tempo, antes dele soltar a cintura da noiva e abraçar o cunhado apertado. Não disseram nada, não era preciso. Apenas se encararam com um aperto nos ombros.

_ Cadê meu pai? – a voz de Edward tirou todos do torpor que se encontravam. Naquele momento, Harry olhou nos olhos de Rony e entendeu que não havia mais ninguém no helicóptero e não haveria em nenhum outro. Engoliu o choro. Era mais uma vez órfão.


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Notas finais do capítulo

~fugindo das maldições fantasmas~
Bom gente, se alguém quiser, siga-me no twitter e etc.
@WaalPompeo
Beeeeeijos



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