Just A Dream escrita por WaalPomps


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, bom, vamos ao seguinte:
As duas pessoas que mandaram review (yep, duas), meio que se rebelaram contra a morte de Sirius e Lene. Vei, a J.K. que matou eles, eu apenas incorporei isso aqui. Alguns personagens não morrerão, outros sim. Tive que ir decidindo com base no que eu queria que acontecesse na fic, e a morte deles acabou sendo necessária para o amadurecimento do Harry, de determinado modo.
Enfim, espero que continuem acompanhando a fic ~mesmo que em silêncio~



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Suspirou cansado, sentando-se no sofá e virando o copo de uísque que Dobby lhe entregara. Sentiu uma pressão no sofá e viu que Rony estava ao seu lado. Observou as ataduras, agora limpas e bem feitas, que cobriam seus braços inteiros e lembrou-se do horror que fora vê-lo sem elas.

_ Como você está? – perguntou Harry e o ruivo deu de ombros.

_ Ainda com medo de pregar o olho. Mas Mione disse que vai ficar acordada comigo, até que eu consiga dormir. E se eu não conseguir, vai passar a noite acordada comigo. – Rony sorriu de lado – Acho que essa noite, já vamos para o apartamento, se você não se importar.

_ Você sabe que não quero vocês longe, mas eu concordo e aceito. – Harry se levantou – Aproveitem que a Gina já dormiu e não vai ter um surto. Mas voltem amanhã pela manhã, pelo menos para se despedir.

O ruivo concordou e se levantou, subindo para o quarto. Harry ficou quieto, encarando seu copo vazio e pensando nos acontecimentos daquela tarde. Não havia estado presente no velório dos pais, mas acreditava que havia sido como o que se passara mais cedo.

_ Harry, estamos indo. – Hermione apareceu com uma bolsa grande de roupa. Rony não carregava nada, para não forçar os braços – Voltamos amanhã para levar o resto.

_ Sejam muito felizes, vocês merecem. – desejou o moreno, beijando a testa da amiga. Abraçou Rony e os dois saíram com os aurores que lhes haviam sido designados.

Foi até a janela, vendo o carro saindo com um dos aurores dirigindo. Hermione tinha a cabeça no ombro de Rony, acariciando o braço dele com carinho. Suspirou novamente, deixando o copo na mesa de centro e subindo. Entrou no quarto, encontrando Gina dormindo com uma careta.

Trocou de roupa e deitou-se na cama, puxando a esposa para si. Ela logo se acomodou a ele, o usando de travesseiro. Ele desceu a mão até a barriga dela, acariciando o filho e sentindo os olhos encherem de lágrimas, por saber que James não conheceria jamais aqueles que lhe haviam dado o nome.

Começou a lembrar da narração de Rony, feita ainda no hospital no dia anterior, sobre o que havia acontecido. De acordo com o ruivo, após duas semanas de buscar inúteis, tiveram uma pista de uma casa nos arredores da cidade. Ele e os dois aurores foram até lá, mas era uma emboscada. Os parceiros de Rony foram mortos na hora, mas mantiveram o ruivo. Ele desconfiava que tivessem esperanças que Harry ou alguém importante fossem em busca de Rony.

Mas eles não apenas mantiveram Rony em cativeiro...

_ Havia uma mulher lá, seu nome era Bellatrix Lestrange. Ela costumava falar muito sobre técnicas de tortura que havia aprendido no Brasil. Não sei se isso é verdade, mas em todo caso, ela realmente era boa no que fazia. Ela pegava tiras de couro aquecidas e envolvia nos meus braços, bem apertado. Era quente, queimava muito. – ele mostrou os braços sem as ataduras e Harry sentiu o estômago revirar. As marcas em carne viva, como se tentáculos em chamas tivessem envolvido os braços do amigo. Hermione abraçou o noivo, beijando sua cabeça com carinho.

_ Ela fez algo mais? – perguntou Gina. Harry não queria que ela estivesse ali, mas não houve como convencê-la a ficar em casa.

_ Alguns açoites com as tiras de couro, nas costas e pernas. Mas nada o suficiente para machucar tanto quanto nos braços. Ela teria feito mais, porém a intervenção foi antes. Mas eu tenho para mim que era apenas um teste, um treino, para algo mais. – afirmou Rony – Só não sei por que tenho essa sensação.

_ E o que aconteceu durante a intervenção? – perguntou Lupin, seu aspecto bem abatido.

_ Eu estava com os braços sendo queimados quando ouvimos barulhos do lado de fora. Eles pegaram as armas e saíram, me deixando no chão. Eu ouvi muitas trocas de tiros e logo Monteith apareceu e soltou meus braços. Ele me carregou para fora e me colocou em um carro, onde um médico começou a limpar meus braços e enfaixá-los. O carro saiu rapidamente, em direção ao aeroporto. Eu os ouvi falando no celular, falavam com Sirius e Lene. Monteith dizia para eles irem para o aeroporto o mais rápido possível, porque não era seguro ficar lá.

“Quando chegamos ao aeroporto, o jatinho estava em chamas. O carro saiu em disparada e em determinado ponto, trocamos de veiculo num beco escuro. Fomos para um pequeno hotel, mas eu estava delirante de febre para me lembrar de algo. O médico me tratava, enquanto Monteith e Salling ligavam para diversos agentes. Eles estavam preocupados com a demora de Sirius e Lene, que deveriam ter se encontrado com Rivera e Agron.”

“Quando liberaram o helicóptero, me colocaram de volta no carro, eu já estava melhor. Perguntei por Sirius e Lene, mas não sabiam dizer nada. Chegamos ao aeroporto e já me colocaram no helicóptero com Kingsley. Foi então que vimos o carro de Sirius e Lene aparecer. Ele dirigia e segurava a mão dela, ela parecia estar com medo. Ele sorriu e disse alguma coisa para ela, antes de beijar sua mão. E em seguida, tudo era uma bola de chamas. Fecharam a porta do helicóptero e ele subiu no ar, e eu ainda estava muito chocado para entender. Foi então que Kingsley disse a frase que me trouxe a realidade.”

_ O que ele disse? – perguntou Harry e Rony encarou o amigo.

_ Ele disse “igual a James e Lily”. – o sussurro foi rouco e embargado, enquanto os olhos de Harry se enchiam de água – Eu sinto muito cara, de verdade.

_ Eu to bem, de verdade. – mentiu ele, segurando as lágrimas – Estou preocupado é com Dimitri, Alexa e Edward.

_ Tonks os levou para casa. – disse Lupin, coçando os olhos, sonolentos e inchados pelo choro – Dimitri já é maior de idade, mas Alexa e Edward ainda ficarão na nossa responsabilidade por alguns anos.

_ Vocês são padrinhos deles? – perguntou Harry e o homem concordou.

_ Dos três. – explicou – Assim como Sirius é dos gêmeos.

_ E eu sou do Teddy. – sussurrou Harry – Vocês confiariam em mim para ser pai do Teddy se algo acontecesse a vocês?

_ Claro que sim Harry. Por isso o escolhemos como padrinho dele. – garantiu Lupin, sorrindo um pouco. Harry também sorriu, enquanto Gina o abraçava mais apertado – Mas agora, é hora de ser o pai substituto deles e cuidar deles nessa hora difícil.

_ Você acha que seria ruim se eu fosse junto? – perguntou o moreno e Lupin concordou.

_ Nesse momento, eles não querem ver ninguém, nem Tonks e as crianças estão conseguindo falar com eles. – contou Lupin – Eu vou tentar, mas não sei se conseguirei. Em todo caso, nos veremos amanhã, no velório. Ainda não sei o que será feito, mas do que conheço de Sirius, ele gostaria de algo bem intimo, assim como seus pais.

E realmente, foi o que aconteceu. Apenas os Weasley, os Lupin, Harry e os filhos de Sirius estavam na cerimônia, além, é claro, dos aurores. Como os corpos haviam sido destruídos,  queimaram alguns objetos de valor sentimental para os falecidos. Harry enraiveceu-se ao descobrir, após perguntar por que não havia ninguém da família de ambos, que Bellatrix Lestrange e Narcisa Malfoy eram as únicas parentes vivas de Sirius. A mãe de Tonks, Andromeda, havia morrido quando Teddy era bebê.

Durante a cerimônia houve muito choro e os três filhos do casal não se largaram um só instante. Harry se aproximou deles ao fim da cerimônia e recebeu um forte abraço dos três.

_ Se precisarem de qualquer coisa, sabem que podem contar comigo, não é? – perguntou Harry e eles concordaram – Vocês são meus irmãos, eu os amo assim, e cuidarei de vocês assim, está bem?

_ Obrigada Harry, muito obrigada. – agradeceu Alexa, abraçando o rapaz – Saiba que o papai te amava muito.

_ Eu sei que sim Alexa, mas não tanto quanto ele amava vocês. – garantiu o moreno, abraçando Edward e depois se virando para Dimitri – Se precisar de qualquer coisa, sabe onde me encontrar, não é? Eu vou estar sempre lá para o que você precisar.

_ Valeu cara. – agradeceu o mais novo, abraçando o amigo – Obrigado por tudo. Se você não se importar, gostaria que viesse conosco amanhã, jogar as cinzas do topo da Peverell.

_ Eu adoraria. – agradeceu Harry – Mas agora preciso levar Gina para casa... Ela já teve muitas emoções para tão pouco tempo. Estou preocupado que isso afete o Jay.

_ Claro, claro. – concordou Dimitri – Não quero nada ruim acontecendo com ele...

Chegando em casa, após comerem um jantar silencioso, Harry deu um calmante a Gina, que mesmo a contragosto, aceitou, pelo bem de James. Ela dormiu logo depois e em seguida, Rony e Hermione se foram. Agora, o rapaz estava ali, segurando tudo que importava em seus braços, sua mulher e seu filho, e não conseguia se livrar do arrepio que o dominava. A cada segundo que olhava pela janela, tinha medo de quando apareceria o próximo lírio branco manchado de sangue. 


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Notas finais do capítulo

Beijos, queijos e caranguejos e espero ter mais reviews :s