Just A Dream escrita por WaalPomps


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

OIE, TUDO BEM?
Então, tá aqui o capítulo, meio atrasado, mas né...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/363904/chapter/25

A manhã de sexta-feira começou fresca. O outono vinha se aproximando rapidamente, trazendo dias preguiçosos para a cidade de Londres. Porém, naquela manhã, a mansão Potter estava anormalmente agitada.

_ Harry, anda, nós vamos nos atrasar. – gritava Gina, comendo apressada.

_ Gina, não são nem 8h da manhã. O exame é as 10h. Se acalme. – Rony ria do desespero da irmã, que apenas o fuzilou.

_ Ronald, não é você quem vai ouvir o coração do seu filho pela primeira vez, então fique quieto. – rosnou a ruiva, fazendo o irmão, a cunhada e o marido rirem.

_ Se acalme meu amor, nós vamos passar no apartamento de Rony e Hermione primeiro. – lembrou Harry e ela revirou os olhos – Gina.

_ Eu ainda acho que a casa é grande o bastante para nós quatro. Cinco, no caso. – resmungou a ruiva, acariciando a barriga. Os três apenas rolaram os olhos, enquanto Rony esticava o braço e acariciava a barriga da irmã. A ruiva segurou a mão do irmão, o encarando com olhos pidões – E se eu tiver medo do escuro?

_ Harry vai estar aqui para te abraçar e acender a luz, pra te proteger dos monstros de debaixo da cama. – o sussurro era apenas para Gina, e Harry e Hermione desviaram os olhos, se sentindo intrusos – Vai dar tudo certo Gina, prometo.

Ela assentiu levemente, antes de voltar a comer. O ruivo fez o mesmo e logo, todos entravam nos dois carros para sair.

No caminho, Gina não falou quase nada, apenas encarou a janela. Harry permaneceu em silêncio, deixando que Gina pensasse no que quer que estivesse acontecendo. Depois conversaria com Rony para entender o que havia acontecido.

Já no apartamento, Hermione logo puxou Gina para os quartos, mostrando como andavam as pequenas reformas que estavam fazendo por lá antes da mudança. Harry e Rony ficaram na sala, olhando pela janela, o centro de Londres.

_ Quando a Gina nasceu, eu tinha pouco mais de um ano. Ela foi um “acidente”, então nossa diferença de idade é pequena, comparada a dos nossos irmãos. Fred e Jorge eram muito bagunceiros, e Percy, Carlinhos e Gui já eram maiores, então já passavam o dia todo na escola. Mamãe nunca quis ter babás, então passava muito tempo evitando que os gêmeos se machucassem ou destruíssem alguma coisa.

“Desde que ela era bem pequenininha, eu cuidava dela. Cantava para ela dormir, ensinava a brincar, tanto de boneca quanto de carrinho. As vezes, durante a noite, eu ia ao quarto dela e ficávamos nos encarando, para ela não acordar meus pais. A primeira palavra dela foi Rony.”

Harry ouviu tudo em silêncio, interessado nessa parte da história de Gina que não sabia. Contavam bastante coisa um para o outro, porém ela nunca entrou em muitos detalhes sobre sua infância, talvez por não querer que Harry se sentisse mal por ter tido uma infância tão horrível.

_ Conforme fomos ficando maiores, mamãe acabou passando para mim os cuidados com Gina. Havia um parque perto de casa, e nós sempre íamos lá brincar. Quando tínhamos seis e cinco anos, eu a levei até lá, só nós dois. Haviam alguns meninos maiores lá, e eles começaram a mexer com ela. Roubaram a boneca dela, desfizeram as tranças dela e um deles quis beijar ela a força. Eu quebrei um balanço nas costas deles. Eles eram três e era um balanço comprido e pesado. Não sei ao certo como eu consegui levantá-lo, mas eu consegui. Os três saíram correndo e eu levei Gina para casa.

“Meus pais ficaram furiosos quando souberam o que havia acontecido, porém não comigo. Meu pai, Gui e Carlinhos bateram de porta em porta e encontraram os três garotos. Os três tinham doze anos, o dobro da minha idade. A policia foi envolvida, claro, porém não deu em nada. Naquela noite, na hora de dormir, Gina veio até o meu quarto. Ela se deitou do meu lado e chorou até dormir. Meu pai apareceu um pouco mais tarde, e levou ela para a própria cama. Ela fez isso por quase um mês, dizendo que haviam monstros embaixo da cama querendo pegá-la e que só eu conseguia protegê-la do escuro que os monstros gostavam. Em determinado momento, ela voltou a conseguir dormir em seu próprio quarto, mas em épocas que estava frágil emocionalmente, ela sempre fugia para o meu quarto e ficava ali até adormecer, quando eu a levava até a própria cama. Na semana em que vocês se casaram, ela foi para meu quarto seis vezes. E umas dez nessas semanas, desde que vocês voltaram”.

Lembrou-se de como ela sumia alguns dias durante a noite, e como ela ficara bravo quando ele tentara segui-la.

_ Você sabia que ela estava grávida, antes do nosso casamento? – perguntou Harry e o ruivo concordou, desconfortável.

_ Eu soube no dia que ela descobriu. Ela me ligou chorando a tarde e a noite eu encontrei com ela no meu quarto. Ela já tinha ido algumas vezes, nas semanas anteriores e quando descobriu, ela dormiu chorando de medo. Ela estava assustada, com medo de tentarem algo contra o bebê ou você.

_ Sua irmã tem sorte de ter você. – Harry disse com a voz embargada e Rony sorriu, apertando o ombro do amigo.

_ Agora ela tem você. – os dois trocaram um olhar cúmplice – E a Mione tem a mim. Cuida da Gina como eu vou cuidar da Mione.

_ Eu vou cuidar, pode ter certeza disso. – prometeu Harry, porém o assunto morreu ali. Hermione e Gina vieram conversando sobre a cor da parede de um dos quartos. Elas pararam no meio da sala, e demoraram um pouco para perceber que os homens as encaravam.

_ O que foi? – Hermione perguntou. Harry observou que ela corava diante do olhar carinhoso de Rony e se sentiu em paz.

_ Nada, só observando as mulheres lindas que temos. – Gina revirou os olhos diante da fala do marido e caminhou até ele, o abraçando e escondendo a cabeça na curva do pescoço do moreno. Rony foi até Hermione, a abraçando enquanto admiravam o apartamento.

_ Gina, agora precisamos realmente ir ou nos atrasaremos. – Harry lembrou após alguns instantes. A ruiva concordou e o casal se despediu dos amigos, que ficariam mais um tempo vendo alguns detalhes do apartamento.

_ Rony te contou? – perguntou Gina já no carro – Sobre o incidente do parque?

_ Contou. – concordou Harry – E que ele sabia da gravidez antes de nos casarmos.

_ Desculpe não te contar.

_ Não se preocupa meu amor. Você tem seus segredos com seu irmão, é aceitável e compreensível. – Harry entrelaçou os dedos com os de Gina – Eu e Mione também temos nossas histórias Gina, e você e Rony as de vocês. É coisa de irmão.

A ruiva concordou, apertando mais a mão do marido. Chegaram ao consultório em cima do horário e logo que entraram, já foram encaminhados para a sala da médica. Seu nome era Madame Pomfrey e ela era a médica da família Potter há quase cinquenta anos.

_ Prontos para ouvir o coração do seu filho? – perguntou a senhora que, apesar de já bem idosa, ainda era uma das melhores médicas da cidade.

_ Contando os segundos para isso. – garantiu Gina.

_ De quanto tempo a senhora está? – perguntou a médica.

_ No hospital, quando fiz o exame de sangue, estimaram que eu estava com dois meses. Agora já devo estar com quase quatro.

_ Bom, acho que dá pra fazer um ultrassom normal. – concordou a médica – Porém, em uma gravidez futura, não é recomendado que se espere tanto para uma ultrassonografia. Alguns problemas que podem ser detectados ainda no útero, podem ser detectados no principio e tratados com mais eficácia.

O casal concordou preocupado, ainda mais ansioso pelo exame. Gina se trocou, colocando o avental branco e deitando na maca. Expôs a barriga arredondada e Harry sorriu orgulhoso, enquanto a médica espalhava o gel pela pele da ruiva.

Até que ouvissem o coração do filho, nem Harry, nem Gina, falaram algo. Quando o forte Tum-tum-tum preencheu o ambiente, ambos suspiraram aliviados e deixaram as lágrimas de alivio escorrer. Harry beijou longamente a mão da esposa, que tinha os olhos fechados e um sorriso enorme no rosto.

_ Dois braços, duas pernas. Dez dedos nas mãos e nos pés. Como você está na 16ª semana, o tamanho e peso também estão adequados. 11,5 cm e quase cem gramas, um pouco acima do indicado, mas por ser menino, é esperado.

_ Pera... Você disse, menino? – perguntou Harry, o sorriso se alargando mais ainda.

_ Sim Sr. Potter... Estão vendo isso. – ela apontou algo na tela granulada e o casal assentiu, apesar de não ver nada muito ao certo – Esse é o pipi do seu filho.

_ Um menino. – sussurrou Gina, apertando a mão de Harry e rindo entre as lágrimas – Nós vamos ter um garotinho meu amor.

_ Nosso James. – sussurrou Harry e a esposa concordou, lhe dando um selinho. A médica sorriu e começou a limpar a barriga da ruiva.

_ Se ele ainda não mexeu, não se preocupem. Pelos próximos dias ele deve começar a mexer e, bom, ele está fazendo bastante caretas, o que mostra que o sistema nervoso dele está bem desenvolvido. – o casal apenas assentia, maravilhado com tudo que a médica dizia – Se troque sra. Potter e vá até minha sala, para lhe passar a relação de vitaminas pré-natais.

A médica saiu, deixando o casal sozinho. Harry colocou as duas mãos sobre a barriga da esposa, beijando a mesma logo em seguida.

_ Oi James, é o papai aqui. – sussurrou ele, enquanto Gina acariciava seus cabelos – Estou muito ansioso para que você chegue, está bem? Mas fique quietinho ai dentro, enquanto a mamãe prepara você para nascer. E quando isso acontecer, eu estarei bem aqui, te esperando e te amando muito.

Ele ergueu os olhos na direção de Gina, que sorria e chorava ao mesmo tempo. Ele a beijou longamente, antes de sair para que ela se trocasse. Lá fora, pegou o celular do bolso e ligou para a primeira pessoa que pensou.

_ Alô? – a voz de Sirius do outro lado o arrepiou e ele fungou, antes de falar.

_ Pai... Eu vou ter um filho. É menino. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Cara, vocês (que comentam) vão querer me matar nos próximos capítulos, só avisando. Vou ser trucidada viva, pqp HUAUHAHUAHUAHU
Beeeijos