O Preço Da Traição - Dramione escrita por Annie Malfoy, Maria Fe Rodrigues


Capítulo 9
Capítulo VII - I hate everything about you


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE*

Olá docinhos! Primeiramente, perdão por tooodo esse tempo sem postar. Vamos esclarecer os meus motivos? 1° Meu notbook queimou 2° Perdi TODOS os sete capítulos que estavam prontos 3° Estou no ultimo ano do médio, então... Bem, preciso me esforçar 4° Eu estou estudando em tempo integral para me mudar para os EUA! Enfim, é isso. Juro juradinho que postarei mais... Sério. Agora entrarei de férias, levarei meu notbook para a praia... Hm... Sinto cheiro de capítulos ótimos e cheios de mistério e comédia! E para quem gosta de resenhas, aqui está o link do blog da amiga da minha irmã, que é mais madura que eu (mesmo tendo pouca idade) e escreve MUITO bem! http://universosdetintaepapel.blogspot.com.br/



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"I hate everything about you... Why do I love you?"

POV Draco Malfoy

Engasguei-me com a bebida ao ouvir um grito feminino vir de fora do salão, que estava calado escutando o discurso de Pansy, que parou brutamente ao ouvir o som. Todos se viraram em direção à sacada. Hermione. Larguei meus prêmios no chão, sai correndo para fora. Ronald estava lá, com uma expressão assustada no rosto, enquanto a castanha se acabava em lágrimas.

– O que aconteceu?! – Gritei, já assustado.

– Ela... Hermione é um monstro! – Ronald gritou, passando as mãos pelos cabelos ruivos, transtornado. – Pessoal, socorro, Granger é um monstro! Ela não pode ver ninguém feliz... Merlin. Ela jogou Lilá da sacada! Ajudem a minha namorada, por favor! – Gritou novamente, apontando para a grama, lá embaixo.

Todos ficaram petrificados, algumas pessoas saíram rapidamente do salão, seguindo para os jardins, no fim de achar a menina.

– É mentira!- Gritou Granger, soluçando.

– É verdade! Todos sabem que você odeia Lilá. Você a jogou daqui após saber que ela estava grávida! – Ele gritou. Não só a minha boca, mas a de todos se abriram em um perfeito “o”.

O salão se explodiu imediatamente em sussurros, todos olhando para Hermione.

– Seu... Grande mentiroso! Weasley, você é o pior! – Ela gritou, praticamente avançando para cima dele.

– Se acalmem, pessoal. Temos um jeito de resolver isso por aqui. – Falei, com a maior calma possível, segurando-a pelo braço. A poção da verdade. Só assim saberemos quem está mentindo e quem está falando a verdade. – Por hora, a festa está acabada. Nott, vá lá embaixo e cuide de Lilá junto aos outros, ela ainda pode estar viva. Ruiva Weasley, fique de olho no idiota de seu irmão. E Granger, você vem comigo. – Sem esperar, puxei-a com força, levando-a para fora do salão.

O que estava acontecendo? Como eu podia estar tão calmo? Lilá pode estar morta... Granger pode ser uma assassina. Ela ainda pode gostar de Ronald... Bem, pode estar obsecada. Parei bruscamente no corredor, encurralando-a na parede. Fitei-a por um instante, voltando a andar apressado.

– O que você fez, Hermione? – Sussurrei, fitando-a discretamente. Seus olhos estavam inchados e vermelhos. Não consigo acreditar que ela fez isso.

– Eu não fiz nada... Eu ajudei Lilá... Levei-a para dizer que estava grávida... Mas Ronald deu uma de louco e jogou-a sacada a baixo. – Afundou o rosto em meu paletó enquanto andávamos, chorando ainda mais.

– Por que ele faria isso? – Continuei a questionar, duvidoso.

– Ele não quer ser pai... E já que Lilá não teve a coragem de abortar... Bem, ele disse que daria um jeito.

– Entendi. Mas será que eu posso realmente acreditar? Porque você realmente odiava Lilá, e faria de tudo para acabar com ela se possível.

– Malfoy, eu posso ser qualquer coisa... Uma sabe-tudo irritante, uma sangue-ruim... Mas eu não sou uma mentirosa, nem uma assassina. – Seus olhos se encontravam com os meus. Era uma mistura estranha, algo como medo, amargura, ódio, raiva e doçura... Meu estomago até embrulhou.

– Eu acredito em você, era só para ter certeza. – Desviei o olhar, encolhendo a face. Senti meu rosto queimando. AH NÃO, eu estava corando?! Pelas cuecas de Merlin.

Sério, eu não consigo acreditar! Eu, Draco Malfoy corando? Inacreditável. E o pior, perto de uma garota! Essa é a coisa mais vergonhosa que já pôde acontecer comigo. Já fiquei perto de tantas garotas, já até me agarrei, transei com várias, mas nunca corei ou algo do tipo, credo. E se tudo que...

– Malfoy?! – Ouvi Granger chamando por meu nome. Coloquei minha palma sobre a minha bochecha, estava doendo.

– GRANGER, VOCÊ ME DEU UM TAPA? É ISSO MESMO?! – Minha boca se abriu em um perfeito “O”, eu estava incrédulo. Quem ela pensa que é para fazer isso comigo?!

– Ué, você parou de andar do nada e não estava respondendo... O que eu podia fazer? E eu ainda avisei que ia te dar um tapa. E você está todo vermelho, será que...

– COF, É ALERGIA. – Dou praticamente um grito, interrompendo-a.

– Ok né. Vamos continuar? – Ela revirou os olhos enquanto falava, já andando em direção à sala de Minerva.

Chegamos à frente da gárgula que guardava a escadaria para a sala da diretora, já murmurando a senha “Sapos de chocolate”. A gárgula se abriu em uma escada espiral. Descemos por ela rapidamente, já batendo na porta amadeirada. A mesma se abriu, revelando o gabinete rústico.

– O que desejam a essa hora da noite, senhor Malfoy... E senhorita Granger?! – A velha (muito velha mesmo) senhora colocou seus óculos, franzindo a testa. Parecia curiosa.

– Bem... Temos muito que explicar a senhora, diretora Mcgonagall.

E assim começou a discussão mais chata da história. Como a voz dessa velha consegue ser tão aguda? Pufft. Ela e Granger não conseguem parar de falar por um segundo sequer, por Merlin. Mulher é tão tagarela assim? Minha mãe nunca falou muito.

– Senhor Malfoy?! – Exclamou uma voz. Balancei rapidamente a cabeça para os lados, olhando para a direção da voz. Deparei-me com Mcgonagall bem na minha frente, fuzilando-me com o olhar. – Moleque distraído, por Merlin!

– Perdão, o que disse? – Tentei parecer o mais calmo possível.

VELHA IRRITANTE, IMBECIL!

– Bem... Agora que a senhorita Granger me explicou tudo... Vamos direto para a sala precisa, seus desordeiros! – E puxando-nos pelas orelhas, guiou-nos até a sala precisa. – Eu NUNCA esperei isso de você, senhorita Granger. Isso é tudo culpa de suas novas companhias! Esses Sonserinos, o senhor Malfoy...

– Eu ainda estou aqui! – Exclamei, já com raiva.

– Eu sei.

Velha rabugenta, pufft.

Chegamos à sala precisa depois do que pareceu uma looooonga viagem. É claro, essa velha além de andar mais devagar do que uma lesma ou tartaruga, só sabe reclamar sem parar! Entramos na sala, todos olhavam para nós.

– Eu pensei que fosse uma festa, senhor Malfoy! Isso é um grupo de estudos?! Cadê o senhor Wealsey? E as bebidas de que me falaram?! – Perguntou levemente confusa.

Agora que parei para pensar, o feitiço de Nott funcionou muito bem.

– Perdão, senhora. – Saquei minha varinha, murmurando um simples finite.

Juro que se você visse Minerva nesse exato momento, você iria rir. Ela ficou tão branca quanto Pirraça, seus olhos ficaram tão arregalados quanto os de hamsters.

– No primeiro dia em Hogwarts após a guerra... Depois de tantas perdas e tantos acontecimentos desastrosos... É isso que vocês fazem? Uma festa? – Gritou a velha diretora com a sua voz estridente e aguda. Seu rosto passou em segundos de um branco incrível para um vermelho tomate. Bateu os pés no chão e andou até Weasley, ainda levando-nos pelas orelhas. – Malfoy. – Disse enquanto largava minha orelha. – Quero o relatório completo de quem esteve nessa festa. AGORA. E senhorita Granger... Vamos ver quem mente e quem diz a verdade. – A diretora soltou a orelha de Hermione, fitando-a seriamente.

Segui até Theodore, apoiando minha mão sobre seu ombro direito.

– Me entregue a lista de quem esteve aqui hoje o mais rápido possível.

– Sim senhor, capitão. – Falou animado, dando as costas e correndo para sei lá onde.

Voltei até Minerva e Hermione, com o semblante sério.

– Terá a lista de convidados amanhã em sua mesa, diretora.

– Bom mesmo. Agora devo pedir... Senhor Weasley, beba isso. – A diretora retirou um frasco com liquido transparente de seu bolso, estendendo-o para Ronald.

– O que é isso? – O ruivo questionou.

– Veritaserum, o que mais seria?! – A diretora revirou os olhos.

– Pufft. – Weasley agarrou o frasco com receio. – Aaah... Ahhh... Atchu! – Fingiu dar um espirro, jogando o frasco no chão. – Ops... – Sorriu irônico, como se tivesse vencido uma batalha.

Sério, esse foi o espirro mais FALSO QUE EU JÁ VI NA VIDA.

– Oh céus... Senhor Weasley, que tentativa lamentável. – Minerva balançou a cabeça, deslizando sua palma destra até seu bolso. – Seria uma pena se eu tivesse outro. E é bom que tome. Ou quer que eu lhe dê na boca, como fazemos com bebês? – Mcgonagall sorriu irônica, estendendo outro frasco da mesma poção. Isso é o que chamo de jogar no mesmo galeão, velha foda!

– Argh... – Revirando os olhos, o ruivo agarrou o frasco de uma vez, retirou a rolha e levou-a a boca. Fez uma rápida expressão de desgosto, fitando a diretora.

– O senhor jogou a senhorita Brown da sacada? – A diretora perguntou séria.

– Sim, senhora. – Weasley abaixou a cabeça, não conseguindo fita-a nos olhos. O salão se explodiu novamente em sussurros altos, todos olhando para Ronald.

– SILENCIO! – Gritou e o salão inteiro se calou em menos de um segundo. - Já que é isso... Acompanhe-me. Vamos tratar de sua expulsão. – E pegando o menino pela orelha, puxou-o consigo. – E todos para seus dormitórios, amanhã trataremos de seus castigos! A senhorita Brown já está na ala hospitalar, não se preocupem. Malfoy e Granger, vocês devem ir lá com ela. Agora. – E assim saiu do salão, ainda agarrando a orelha de Weasley.

É impressão minha ou a velha McGonagall tem um fetiche por orelhas? Pufft.

Hermione afogou sua cabeça em meu paletó, provavelmente chorando. Dei um suspiro fundo, passando a mão sobre seus cabelos, relutante. Como se acalma e consola alguém? Merlin que me ajude.

As pessoas iam saindo, e nós seguíamos para a ala. Chegamos lá após uma longa caminhada, Granger já estava com os olhos inchados de tanto choro, mas as lágrimas não saiam mais de seus olhos. Largou meu paletó e seguiu para o lado da maca de Lilá, ajoelhando-se.

– Me desculpe Lilá, é tudo minha culpa! – Exclamou, voltando a chorar.

Ok, eu retiro o que disse sobre as lágrimas.

A menina estava desacordada, pálida e com vários arranhões pelo corpo. Madame Pomfrey se juntou a nós, suspirando.

– É uma noite difícil para ela... Principalmente com a perda do bebê... Lamentável. Foi incrível não ter ficado paralitica, ou pior, morrido. – A velha enfermeira balançava a cabeça para os lados, esboçando um sorriso triste. – Tive que dar muitas poções, fazer pontos... Abrir a barriga para retirar o feto. Isso são coisas que nem as melhores poções e feitiços consegue, minhas crianças. Ela ainda não está a salvo.

Até eu, Draco Malfoy QUASE soei pelos olhos. Era triste, sabe? Uma garota tão jovem como Lilá, que ia ser mãe... De uma hora para outra numa maca, pálida como um vampiro, cheia de arranhões... Decreto de sangue pelos lados... E todo esse sofrimento que não vai passar tão cedo.

– Ela poderá voltar às aulas quando mais ou menos, madame Pomfrey? – Perguntei, já que Hermione estava emocionalmente incapacitada para falar algo.

– Provavelmente em um ou dois meses. Ainda temos um longo trajeto pela frente, meu jovem. Terei que transferi-la para o St. Mungus... Só tive como ajuda-la a ficar viva até agora. Ela não está completamente salva. Você entende, meu filho?

Respondi apenas com um aceno de cabeça.

– Vamos, Hermione. Você tem que descansar. – E quando virei minha cabeça para olha-la, lá estava ela, adormecida.

Ela é tão bonita... Não. Não, não, não. Eu não disse isso. Ela é feia, uma sangue-ruim sabe-tudo irritante.

Bufei, seguindo para seu lado. Ergui-a rapidamente, pousando graciosamente meus braços sobre suas costas e pernas, carregando-a. Caminhei para fora da ala, dando um aceno de boa noite para a enfermeira.

Granger é pesada, muito pesada. Dieta que é bom nada, hein? Isso que dá ficar comendo doces e pudins na hora das refeições... Está andando muito com a Lovegood, pufft.

De agora em diante, dividamos o mesmo dormitório. Não o mesmo dormitório, a mesma comunal. A dos monitores chefes. Metade Sonserina e metade Grifinória. Atravessei o quadro, murmurando “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, que além de ser o lema da revolução francesa, é também a senha para atravessar o portal.

Adentrei a espécie de comunal. Era como todas as outras, um local de descanso com lareira, sofás e mesas e as escadas para os dormitórios. Só que no caso tinham apenas dois, e eram aproximadamente cinco vezes maiores que o resto.

Ajoelhei-me frente ao sofá, pousei a menina sobre o estofado, já que não podia entrar em sua parte do dormitório. Eu seria automaticamente jogando para longe. Resumindo, não cola.

Assim como seu rosto e olhos, seus lábios estavam vermelhos. Isso chega a ser tentador, sabe?

Merlin... Que diabos estou dizendo?! Como se uma sangue-ruim tivesse certa atração, nunca!

Levantei-me, seguindo para a escadaria de meu dormitório. Parei frente á porta de madeira, segurando a maçaneta.

Não Draco, não faz isso... Por favor, Draco, não faz isso... Droga, Draco!

Desci as escadarias rapidamente, seguindo até a menina. Ajoelhei-me novamente frente ao estofado, fitei-a nervoso. Sem pensar duas vezes, encostei meus lábios aos dela. Afastei-me brutamente, assustado com minha própria ação. Levantei-me, correndo para o dormitório. Quando estava novamente segurando a maçaneta...

– Draco Malfoy! – Gritou Granger, levantando-se do sofá. – O QUE FOI ISSO? – Gritou ainda mais alto. Virei para ela, fitei-a. Seus olhos estavam soltando fogo. Eu não conseguia falar nada. Ela estava acordada? Como isso? Argh... Aposto que é preguiçosa a ponto de não querer nem andar.

Uma palavra para definir o que eu tinha acabado de fazer? Arrependimento. Arrependimento total.

Com vergonha, medo e todas as emoções possíveis, sem tirar o fato de que nenhuma palavra saia de minha boca, abri a porta do dormitório, correndo para dentro. Bati a porta com força, jogando-me no chão gélido e apoiando a cabeça na madeira da porta.

Merlin... O que eu fiz?

Eu estou doente?

Só posso estar doente... Tsc.

Não, não... Impossível eu estar... Argh. Só posso estar doente!


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Notas finais do capítulo

Então... Gostaram?! Se vocês gostaram, comentem e recomendem, isso ajudaria muito o meu trabalho! Amo muito vocês, não me abandonem por causa da demora, please :/ E por favor, compartilhem a fic com os amigos! Ah, e leiam os primeiros avisos.

Beijos de chocolate,

Annie