O Preço Da Traição - Dramione escrita por Annie Malfoy, Maria Fe Rodrigues


Capítulo 8
Capítulo VI - A última festa


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Quanto tempo, não? Nesse exato momento estou usando meu escudo contra Avadas. Sério, eu disse ano passado que iria voltar apostar regularmente, mas por culpa de imprevistos, isso não aconteceu. Agooooora sim vou poder postar regularmente, duas ou uma vez por semana. Novamente, perdão por atrasar o capítulo!

Bem, aqui vão algumas anotações:

O segundo vestido da Hermione:
http://1.bp.blogspot.com/-k52-ACwwHrE/Tw74JfvXTPI/AAAAAAAACXk/j2Clsl39Ib8/s1600/Formatura3.jpg

O segundo vestido da Gina: http://anamlopes93.files.wordpress.com/2012/09/tumblr_m7ezj2vjct1qholtqo1_500.png?w=529



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" Ela não era a mais bem vestida, nem era a mais magra nem a mais alta do salão, mas parecia brilhar um pouco mais que os outros. E ela sabia disso.”

POV Hermione Granger

Comecei a caminhar, ainda segurando as malas. Fitei Gina por alguns segundos. Ela não é a mesma desde a festa. Harry não é mais o mesmo... Ronald também não. Nesse ultimo ano, após a guerra, tudo mudou, todos mudaram. Todos nós estamos diferentes. De certa forma, alguns cresceram e outros decresceram. Bufei, cabisbaixa.

Que assunto deprimente.

Fui parada por algo que agarrava meu pulso. Virei para trás.

Era Malfoy.

– O que você quer? - Perguntei revirando os olhos.

– Hoje você vai ir à festa comigo. Tente ficar pelo menos um pouco arrumada, hidrate o cabelo... Você tem bastante tempo, sabe? Pode tentar ficar bonitinha. – Falou cruzando os braços, sorrindo de lado.

– Uma festa? De Sonserinos? Nem morta.

– Não é para Sonserinos, todos irão.

– Posso levar a Gi?

– Argh... – Falou jogando a cabeça para trás. – Pode, pode... – Resmungou. – Mas só com uma condição. – Voltou a erguer a cabeça para frente, sorrindo maroto.

– E... Qual seria essa condição? – Prendi a respiração por um segundo, apertando o braço.

Nunca o vi sorrindo desse jeito.

– Vocês terão que vestir o que eu mandar para vocês usarem. – Prendi a respiração novamente, arregalando os olhos. - Ah, e eu não sou idiota ao ponto de mandar apenas uma calcinha e um sutiã, você está fingindo ser minha namorada, não uma prostituta. – Suspirei com certo alivio, pelo o que parece ele tem um pouco de sanidade mental.

– Pelo visto você tem um pouco de sanidade mental. – Repeti meus pensamentos, sorrindo irônica.

– E pelo visto você tem um péssimo senso de humor. – Devolveu o sorriso.

– Touché. – Encarei-o seriamente. Não gosto quando não tenho uma tréplica. Isso é frustrante.

Ele apenas sorriu.

– Traga logo essas roupas. Eu e Gina vamos para a comunal. – Sem esperar a resposta, virei novamente em direção a comunal, seguindo para lá.

****

Eu e Gina estávamos sentadas no chão gélido do dormitório, encarando uma a outra quando bateram na porta. Levantei-me seguindo até lá, abrindo. Quatro moças altas e idênticas entraram sem falar nada, com várias caixas, deixaram uma no colo de Gina e outra em minhas mãos.

– Perdão, mas quem são vocês? – Perguntei, erguendo as sobrancelhas.

– Somos as irmãs Xing, prazer. – Uma delas falou sorrindo. – Senhor Malfoy contratou-nos para arrumar vocês... Até que vocês não são tão ruins quanto ele disse.

Eu e Gina abrimos as duas caixas juntas, enquanto as mulheres arrumavam as coisas. Eu ainda estava incrédula. No que o Malfoy estava pensando?!

Quando abri minha caixa, olhei para um papelzinho e comecei a ler.

“Granger,

Eu parei para pensar, e já que é o seu ultimo ano, acho que você merece uma noite de... Princesa? É assim que se fala? Bem, tanto faz. O que eu quero dizer é que você deve ficar bonitinha pelo menos uma vez na vida, né? Por isso contratei as irmãs Xing. Ótimas cabeleireiras e maquiadoras. Ah, diga para a doninha Weasley ler o bilhete que escrevi para ela, pois sei que assim que ela ver o papel, irá jogar fora sem ler (consideração, né?).

Enfim, lhe pego às 11:00 PM.”

– Gina, a doninha albina pediu para você ler o bilhete... Que pelo visto você já amassou. – Falei olhando para sua mão esquerda, que esmagava o papel cinzento. Revirei os olhos, pegando de sua mão, começando a ler.

“Ruiva Weasley,

Percebi que desde o incidente da festa (em relação ao testa rachada e a Cho Quenga), você está muito calada e triste... Bem, creio que Hermione não fará um bom trabalho de fake girlfriend se você continuar assim, então, eu escolhi pessoalmente um vestido que favorecerá você esta noite e deixará o Potter arrependido de ter lhe traído. E também você não tem um rosto ruim, sabe? As irmãs Xing podem lhe deixar muito bonita e... De certa forma, atrativa. Faça o seu melhor, você consegue. É uma garota bonita, sabe disso. Essa noite é a sua única chance de fazer Potter se arrepender, então, arrume essa cara e dê um sorriso. Agora, pare de ler essa droga de carta e vá se arrumar, doninha ruiva. Eu posso estar sendo legal, mas essa é a primeira e ultima vez.

Sua grande imbecil.”

– Isso até que foi gentil vindo dele. – Eu confessei, séria.

– É, até que foi. Deu-me um pouco de energia positiva... – Gina sorriu pela primeira vez hoje, retirando o vestido da caixa.

Deixei escapar um leve sorriso sofre a face.

– Então, podemos começar o nosso trabalho? – As meninas perguntaram. Afirmamos com a cabeça, partindo para a “transformação”.

****

– Acabamos o nosso trabalho. – As irmãs falaram em uníssono, sorrindo de ponta a ponta do rosto.

Eu e Gina seguimos para frente do espelho grande, observando o visual. Nós estávamos com saltos escuros, batom vermelho e com vestidos pretos que pareciam um top de tão colado. Ok, eu quase surtei quando notei isso. O vestido parecia maior! Droga. As irmãs Xing prenderam as máscaras em nossos rostos, para não precisarmos segurá-las. Estávamos lindas... E ia ser um baile de mascaras? Merlin.

– Oh, já são dez e cinquenta e nove. Podemos descer? Não devem se atrasar, senhor Malfoy é muito rígido com horários. – Outra das irmãs disse, já arrastando-nos escada abaixo.

****

– Um minuto atrasa... – Malfoy começou a resmungar, levantando a cabeça. Corou por alguns segundos, logo retomando a pose. – Até que não estão tão ruins. Obrigado, irmãs Xing.

– Nademone, Malfoy-Sama. – Falaram em coro, fazendo uma pequena reverencia e logo desaparecendo pelo corredor.

– Ginevra, hoje o seu parceiro é o meu grande companheiro. – Sorriu. – O Theo. Ele te ajudará com o assunto testa rachada.

O menino apareceu, sorrindo.

– Olá... Espera um minuto! – Gritou, arregalando os olhos. – Essa é a Weasley?! – Apontou para Ginevra. – E essa é a Granger? – Mirou o dedo para mim, incrédulo.

– Pois. As irmãs Xing fazem milagres. – Comentou sarcástico.

Nós apenas reviramos os olhos.

– Senhorita Weasley, será um prazer lhe acompanhar essa noite. – Nott se curvou, estendendo a mão. Ginevra fitou-me, corando violentamente. Eu apenas sorri e ela pousou seu palmo graciosamente sobre a do menino. Ele levou-a até os lábios, estalando um leve beijo. – Sua mão cheira bem.

Sério? Entre tantas coisas para comentar e ele fala isso?!

– Vamos, Gran... Hermione? – Malfoy ofereceu seu braço e eu aceitei.

Começamos a caminhar pelos corredores de Hogwarts. Esse vestido curto já estava me incomodando. Ele é todo rendado, não faz o meu estilo. Suspirei, abaixando a cabeça.

– Aconteceu algo? – A doninha perguntou baixo.

– Nada... É que esse vestido só não faz o meu estilo. Ele é curto, porém pesado. – Mordi os lábios, incomodada.

– Granger, eu sei que não gosta disso, mas estou fazendo isso porque hoje você terá sua vingança. Ronald nunca se esquecerá desse dia, e você também não. – Sorriu de lado. O que ele estava planejando? – Não importa o que aconteça, só faça o que eu mandar.

Apenas concordei com a cabeça.

****

Quando chegamos à sala precisa, Draco e Theodore ergueram os pulsos até o centro da parede, que se transformou em uma passagem. Adentramos o salão, todos os olhares caíram sobre nós, a musica parou. Os homens usavam ternos negros e mascaras já as mulheres vestiam vestidos na grande maioria pretos, e também usavam mascaras. Senti meu rosto queimar, apertei por um leve segundo o braço da doninha, logo soltando.

– Uma salva de palmas para o fundador da The Last Party, Draco Malfoy! E também para a sua namorada Hermione Granger! – Uma voz soou pelo microfone, creio que era o DJ.

Draco sorriu e acenou para os convidados, descendo a escada junto a mim.

– E agora, o nosso organizador do ano... Theodore Nott e sua acompanhante Ginevra Weasley! – A voz do microfone gritou, fazendo todos aplaudirem novamente.

Nott apenas repetiu os gestos de Draco e desceu a escadaria com Gina, encontrando-se conosco. A musica voltou a tocar animadamente e todos dançavam, enquanto nós quatro caminhávamos para o bar. Vai ser uma noite interessante. Ao chegarmos lá, recebi um drink e comecei a beber, junto aos outros.

Gina de certa forma estava mais... Feliz. Nott até que é engraçado, e nessas horas é uma boa companhia para ela. Peguei outro drink, e três, quatro, cinco... Perdi as contas. Estava tudo borrado, Draco me olhava de uma forma estranha, mexendo os lábios e se afastando. Eu senti vontade de rir. Dois garotos se aproximaram de mim, rindo.

– Olá. – Falaram eles em uníssono, até lembraram-me os gêmeos Weasleys’s.

– Oi, oi. – Gaguejei, tentando dar o meu melhor sorriso. Cambaleei para o lado, tentando me equilibrar.

– Belo vestido. – O menino de cabelos escuros comentou, olhando-me de cima para baixo. – Você não quer passear conosco?

– Ah, claro... Por que não? Haha. – Eu apenas sentia vontade de rir, tudo parecia feliz e engraçado.

Quando comecei a acompanhar os garotos para longe, alguém me puxou, fazendo-me tropeçar. A tempo, essa pessoa me segurou, apoiando-me em seu peitoral. Joguei a cabeça para cima, vi a doninha me fitando com aquela expressão de “Temos que conversar”. Eu ri, apenas ri. Equilibrei-me novamente no chão, rindo abobada.

– Hermione, coloque isso. – Falou estendendo-me seu paletó. – Nós vamos ter uma conversinha, pessoas. – Sorriu, puxando as gravatas dos meninos, se afastando novamente.

Que cara estranho. Ele pensa que eu sou o que? Um bicho de estimação que ninguém pode tocar ou conversar?! Aqueles meninos pareciam tão legais, só queriam conversar... Eu acho.

Depois de alguns minutos ele voltou, limpando em sua calça um liquido avermelhado que estava na sua mão. Acho que ele tomou suco.

– Beba isso, Granger. – Praticamente jogou em minhas mãos pote com liquido marrom. Fitei-o por um segundo. Eu estava confusa. Desviou o olhar, voltando a falar. – Beba logo. Não me olhe desse jeito, você parece um cachorro sarnento. – Era impressão minha ou ele estava vermelho? Tanto faz, a visão borrada não me deixava enxergar direito.

Bebi o liquido de uma vez. As coisas pareciam mais nítidas, eu já não estava tonta ou cambaleava... Eu estava normal, e não me lembrava de nada.

– O que você me deu? – Perguntei, olhando para o frasco.

– Uma poção que eu criei... Para deixar as pessoas sóbrias.

– Ah... Espera ai... EU ESTAVA BEBADA?! – Praticamente gritei, assustada. – Eu não me lembro de nada... Aconteceu algo?

– Não muita coisa... Só apareceram dois caras que provavelmente iriam te estuprar em algum momento, sabe? Nada importante.

– Sua ironia me comove, Malfoy. – Revirei os olhos.

– É, eu sei.

– Pessoas, pessoas! Estamos aqui reunidos nessa noite, a The Last Party! – Gritou um homem no microfone. Todos aplaudiram e gritaram. – Então né pessoal, hoje temos aqui uma dupla incrível, Theodore Nott e Draco Malfoy, os organizadores dessa festa incrível que estamos hoje! Mas vamos parar de bajula-los um pouco, né? Agora está na hora da primeira musica lenta! Olha que coisa gay, só podia ser ideia da Pansy. Malfoy e Granger, Nott e Weasley. Fariam essa honra para nós? Serão os primeiros, logo depois, todos poderão começar a dançar. Ah, é dança LENTA, só para avisar você, Neville. Por favor, não pise nos pés da Anna, eu ficaria agradecido de não ouvir os gritos estridentes dela esse ano.

Sem dizer nada, Draco puxou bruscamente meu pulso, guiando-me até o centro do salão. Nott fez a mesma coisa com Gina, porém foi delicado e calmo.

Isso seria uma pontada de inveja? Tanto faz.

Posicionamo-nos, a musica começou a ecoar pelo salão, eu tentava ser o mais delicada possível a cada passo. A melodia era lenta, calma e agradável, diferente de Malfoy.

– Lembre-se do que eu disse antes de chegarmos aqui... – Sussurrou em meu ouvido. – Faça exatamente o que eu mandar.

Confirmei discretamente com a cabeça.

– Está quase na hora de girar, não se assuste. Você provavelmente é esperta o suficiente para saber que eu e Nott estamos levando vocês para locais diferentes do salão. As pessoas estão se afastando conforme estamos indo... Isso é porque na hora do giro, vocês duas terão que girar até o centro novamente, ficando de costas uma para a outra. Não vou lhe dizer o que vai acontecer, mas eu e Theo iremos nos aproximar novamente, e a dança continuará a mesma, entendido? Ótimo, está na sua hora.

Eu tentei entender tudo, mas era tão confuso. Apenas segui as ordens, girando. Enquanto eu girava, notava o peso do vestido caindo, como labaredas de fogo, transformando-se em tecido preto, combinando com o vestido. Oi? Isso é possível? Ai Merlin, o que está acontecendo? Fitei Malfoy por um segundo, que sorria. Seguimos com a dança, fitei Gina, que ao invés de usar seu vestido colado, também usava um longo... E vermelho? Que história é essa?!

– Ok, você me deve explicações. – Sussurrei no ouvido da doninha albina, confusa com tudo.

– Sempre achei que na hora da dança, a Cinderella usasse um vestido longo.

– É, mas eu não sou a Cinderella.

– Eu não disse que você era. Mas ela é, a Weasley. Mas eu não podia deixar ela com vestido longo e você com um curto. – Ele falou, fitando-a. Senti uma pontada... Argh. – Estou tentando ajuda-la, a superar o testa rachada Potter. Nott gostou dela, sabia? Mas ele ainda não sabe disso. Eu gosto de juntar os outros... E vou fazer de tudo para juntá-los.

– Isso é informação demais para meu cérebro.

– Tsc. Eu tenho medo de me arrepender... Sabe, de juntá-los.

– Por quê?

– Porque eu talvez possa estar começando a gostar da ruiva. – Falou indiferentemente. Isso meio que... Doeu.

– Hm.

Só consegui responder isso.

– O que foi?

– Nada. Apenas acho que... Você não deveria falar isso na frente da sua namorada.

– Namorada? Você por acaso se esqueceu de que isso tudo é apenas um contrato? Eu sou como aquele bilionário e você como aquela prostituta chamada Vivian, do filme Uma Linda Mulher. A diferença é que um romance entre nós é uma ideia totalmente descartável. – Sorriu irônico ao falar. – Ou você acha que seria possível?

– Eu? Achar possível? Nunca. Tenho nojo de você, Malfoy. Não existe um ser mais insignificante do que você. E desde quando você assiste filmes trouxas?!

– Hahaha. – Gargalhou, com gosto. – Você é tão engraçada, Granger. Você me diverte com esse seu humor tão... Ácido.

– É o que eu diga.

– Tsc.

Continuamos a dançar até o final, sem falar mais nada. Hoje ele estava tão... Fofo? Mas de uma hora para a outra, mudou subitamente. A ideia que realmente foi descartada é a dele ser uma pessoa boa, no final das contas. Quem diz aquilo para uma mulher?

Soltei-me bruscamente de sua mão, que me segurava. Fui novamente até o bar, sendo seguida por eles. Gina parecia feliz, conversando alegremente com Nott. Malfoy estava na dele, bebendo algo. Pansy caminhava até nós, sorrindo.

– A festa está maravilhosa, vocês dançam muito bem! – Disse entusiasmada, batendo palminhas. Logo virou o olhar para mim. – Granger, podemos conversar lá fora um minuto? Por favor.

– Claro. – Estranhei o pedido dela, mas...

Ela puxou meu punho com delicadeza para fora do salão, onde tinha uma varanda. Soltou-me, dando um sorriso fraco.

– Sei que sempre fui uma péssima pessoa contigo, eu sempre te tratei daquela forma, pois... Gostava do Draco. Ainda gosto, mas quero a felicidade dele. E se a felicidade dele está em você, não posso tirar isso. Vejo o modo que ele lhe olha. Isso de certa forma me machuca, mas eu gostaria que nós fossemos amigas. Por favor. – Ela deu um sorriso sincero, estendendo a mão. Sorri de volta, apertando seu palmo. – Vamos voltar?

– Claro.

– Pessoal, agora que a primeira dança acabou... Podemos ir para a parte mais esperada da noite! – O homem berrou no microfone. – A ultima premiação!

Eu não sabia o que era aquilo.

– Para quem não sabe. – Parecia que ele estava olhando para mim. Aquele menino sabe ler mentes? – A ultima premiação não é nada menos do que uma premiação onde todos ganham um prêmio! Seja lá a categoria. Todos votaram hoje, aqui! Então, vamos prosseguir.

Ah... Malfoy explicou sobre isso no trem.

– O prêmio de maior pegador vai para... DRACO MALFOY! – Gritou. A doninha subiu ao palco, sorrindo e acenando, pegando uma taça de ouro.

– Bem... Não sei se aceito isso como uma coisa boa... Nem sei o que falar em um momento como esse,sabe? Então esse prêmio vai para todas as garotas com quem já tive relações! – Estendeu o premio no ar. Todos ficaram sem falar nada, fitando-o. – Foi uma piada, pessoal. Acho que vou usar essa taça para tomar bebida... Não sou bom com piadas quando estou sóbrio. – Algumas pessoas gargalharam. Ele sorriu, acenou novamente e saiu do palco.

– Ok né... O prêmio de mais popular vai para... Malfoy, você modificou os votos, né? – O garoto do microfone revirou os olhos.

– Na verdade, não. – Gritou Malfoy, da plateia.

– Okay... Quem votou no Malfoy? – Praticamente todos levantaram as mãos. – Poxa gente, era uma categoria por pessoa! Vem logo pegar seu premio, Malfoy. – Disse emburrado.

E assim a premiação continuou, todos foram chamados ao palco, menos eu. Malfoy subiu lá mais de sete vezes, creio. E realmente, tinha uma categoria para tudo, mais trapaceiro, orgulhoso, festeiro, ignorante, chato, idiota, retardado, musico, poeta, escritor... TUDO. Tinha até categoria para mais gay da festa, cujo Harry ganhou o prêmio. E também tinha o de mais feio, cujo Ronald ganhou.

– E por fim, mas não menos importante... O premio de pessoa mais estudiosa em anos vai para... Ok, todos sabem para quem. Hermione Granger, pessoal! – Bradou o menino, até me assustei.

Subi discretamente a escada que levava ao palco, corando violentamente. Peguei a taça de ouro onde embaixo em uma plataforma de madeira liam-se claramente minhas iniciais. Sorri por alguns segundos para o moço, saindo do palco. Não falei nada.

Eu estava me sentindo estranha, de certa forma. Eu deveria me senti feliz, não? As palavras de Malfoy certamente me machucaram... Como ele ousa me comparar a uma prostituta?! Argh. Caminhei pelo salão, cabisbaixa. Como ele ousa? Ele me tira do sério!

Esbarrei a cabeça em alguém.

– Ah, desculp... – Levantei a cabeça, pedindo desculpas. – Ah, é você. – Revirei os olhos.

– O que houve? Aconteceu algo?

– Você não se toca, né? Seu idiota. Você não passa de um grande idiota.

– Já me falaram isso muitas vezes, tanto que já até considero um elogio. – Revirou os olhos ao dizer. – Mas enfim, o que eu te fiz dessa vez?

– As coisas que você disse... Doeram.

– Como assim? Que eu me recorde, não falei nada politicamente ofensivo, ou mentiras.

– Você me comparou com a prostituta de um filme trouxa. Isso não é ofensivo?

– Não. É a verdade.

– Seu imbecil. – Dei as costas para ele, começando a andar. Minha mão foi agarrada bruscamente, a doninha aproximou seu rosto de meu ouvido, falando:

– Pense em todas as coisas que eu disse nessa noite. Algumas são verdades e outras são mentiras. Gosto de brincar com você, suas reações são divertidas. Se você souber me responder quais são as mentiras e as verdades, você ganha um sorvete de baunilha. Que tal assim? – E soltou a minha mão, desaparecendo entre as pessoas.

Esse garoto é tão idiota.

****

Depois da conversa com a doninha albina, eu fui caminhar pelo salão. Eu precisava pensar sobre tudo. O que era mentira e o que era verdade? Droga... É tudo tão difícil. Ouvi um choro ecoar do banheiro, segui até lá. O que eu vi? Lilá Brown sentada no chão com a maquiagem borrada, aos berros. Por alguns segundos admito que senti vontade de rir, mas fiquei com pena.

– Tsc. – Revirei os olhos, indo até a pia.

– Pode rir o quanto quiser. – Resmungou, cruzando os braços.

– Eu até senti vontade, depois de tudo o que você me fez. – Sorri. – Mas diferente de outros, tenho consciência.

– Sabe por que eu fiquei com Ronald? – Perguntou. Apenas encarei-a. Não queria ouvir aquele nome. – Porque ele disse que vocês tinham terminado. Ele me enganou, e agora está se enroscando com a Cho Chang. Deixou-me de lado.

– Isso não é tão ruim, você saiu ganhando. Ele não presta, você não precisa dele.

– Sabe, estaria tudo bem para mim... Se eu não estivesse grávida.

– Ah, normal, quem nunca esteve... Espera... O que?! – Levantei a voz, assustada.

– O imbecil me enganou, disse que usou proteção. Mentiu de novo.

– Eu... Sinto muito.

– Não minta. Sei que estás rindo por dentro.

– Na verdade não. Eu pensei que tinha feito tudo àquilo por diversão, mas... Ele lhe enganou. Não tenho motivos para rir.

– Eu não sei o que fazer... Darei um jeito de abortar.

– Nem pense nisso! Matar uma criança inocente que não tem culpa de nada?!

– Quando eu disse a Ronald que talvez estivesse grávida... Ele disse para darmos um tempo. E que queria saber o resultado. Não sei como contar para ele.

– Conte hoje.

– Como?

– Eu te ajudo. Peça para conversar a sós, eu seguirei vocês.

– Obrigada, Granger. – Disse levantando-se.

Isso doía em mim, mas era o certo a se fazer. Seria difícil encarar Ronald conversando com Lilá... Suspirei fundo.

Acompanhei a menina até Ronald, que se agarrava com Cho Chang. Harry estava com uma menina da Lufa-Lufa, que eu não recordava o nome. Não os deixei me ver, fiquei escondida entre as pessoas.

– Ron, preciso falar com você.

– O que você quer, Lilá? – Provavelmente ele estava bêbado.

– É sério. Juro que não lhe incomodo mais.

– Tá, tá. Vamos para a varanda. – O Weasley levantou-se cambaleando, agarrou bruscamente o pulso de Lilá, guiando-a para a varanda. Acompanhei e escondi-me entre as cortinas, escutando a conversa. – O que você quer?

– É que... Eu estou grávida.

– Ah, sério? Legal.

– Eu estou falando sério, Ron.

– Hm... Você quer ser mãe? – Perguntou sorrindo, encostando a menina no batente.

– Não.

– E eu não quero ser pai. Que tal um aborto?

– Não tenho coragem... De fazer isso a uma criança inocente, Rony.

– Ótimo, mas eu tenho. – A única coisa que eu vi antes gritar e sair de meu esconderijo, foi ele levando o punho contra o peitoral de Lilá, jogando-a para fora da varanda. – Ah, temos plateia. – Sorriu debochado, fitando-me de cima para baixo.


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Notas finais do capítulo

Oieee pessoas queridas do meu coração!

Por favor, comentem o que acharam do capítulo, o que acham que vai acontecer no próximo, deem ideias ou algo do tipo! Reclamações? Pode falar! Se não gostou do capítulo, também comente. Se gostou do nosso trabalho, recomende! Agradeço desde já,

Annie.