PDV Annabeth

Férias em Malibu com mamãe e Poseidon. Eles paparicavam Lilly quase o dia todo, o que dava tempo para eu organizar meu casamento, que seria realizado na praia, em Malibu. Eram quase quatro horas da tarde de uma quinta-feira. Alguém bateu na porta e fui atender, deparando-me com um par de olhos cor de chocolate.

— Oi. - Ela falou. - Preparada para organizar um casamento?

— Nossa, por que tem tantas revistas de festas de casamento? - Perguntei, ao ver que a sacola que ela carregava estava repleta de revistas.

— Não tenho, acabei de comprar. - Falou sorrindo, enquanto entrava.

Fomos para meu quarto e nos jogamos em minha cama, espalhando as revistas ao nosso redor. Então, enquanto via as fotos achei uma de um vestido verde bem clarinho, que iria ficar perfeito em Calipso.

— Olha esse. Ficaria perfeito em você.

—Foi exatamente o que eu escolhi.

—Viu só? Annabeth Chase, a mulher que lê mentes.

Voltamos a olhar os vestidos em silêncio.

— Sabe, eu vou fazer seu casamento dos sonhos. - Ela falou sorrindo. -Mas nem pense em deixar o Percy fazer tudo azul!

— É claro que não. - Concordei, imaginando como ficaria uma igreja toda decorada em azul.

Ouvimos uma batida na porta e de repente Percy estava ali com a gente. Ele deu um beijo no topo da cabeça de Calipso e me puxou para um selinho.

—Oi, meninas. Finalmente começaram a pensar no vestido, é? Falta só um mês para a data.

— Eu tive uma ideia incrível. Aqui. - Calipso disse, passando uma das revistas. - Está vendo esses arranjos de flor, estava pensando em colocar uma foto de vocês na entrada e colocar as flores em volta como moldura, mas para isso precisamos de uma foto.

—É, seria uma boa termos um fotógrafo no casamento, e acho que conheço o cara certo pra isso. -Percy disse.

— Aproveitando que vocês dois estão aqui, podiam decidir as cores da decoração né?

— Não sei... Branco? -Arrisquei, pensativa.

— Apenas branco? Vai ficar muito neutro, precisa de uma cor.

— Alguma recomendação?

—Que tal branco, azul e vermelho? -Percy sugeriu.

Calipso pegou uma das revistas e mostrou a ele uma foto, depois virou para que eu pudesse ver. Ficamos ali conversando sobre o casamento e percebi que enquanto falávamos sobre isso, Calipso tinha um brilho sonhador no olhar.

— Bom, eu tenho que ir. - Ela falou, por volta das cinco e meia da tarde.

— Já? - Perguntei.

— Tenho um encontro com um amigo.

Ajudei-a a guardar as revistas e Percy ofereceu-lhe uma carona até em casa, que ela aceitou. Continuei rabiscando ideias em um caderno, concentrada. Eu queria que meu casamento fosse perfeito.

Dias depois

PDV Annabeth

—Annie, acorde! Temos horário na gráfica pra escolher os convites! -Percy chamou, do lado de fora do quarto. Prendi o cabelo e sai.

—Estou pronta. Bom dia, Cabeça de Alga.

Tomamos café da manhã e depois saímos. Ao chegarmos a gráfica logo fomos atendidos e a funcionária muito atenciosa nos mostrou todos os tipos, perguntando qual era meu estilo para trazer mais amostras.

— Queria algo mais simples. Sem muitos detalhes. - Pedi.

— Bom, por que não ficamos com esse? Achei tão legal.

— Calipso nos mata!

— Aqui. - A funcionária me mostrou. - Podemos fazer o convite padrão e o envelope branco ou preto, com um laço pequeno para fechar.

— Dá para fazer algo personalizado? - Percy perguntou.

— Claro, podemos fechar ele com um carimbo das iniciais de seus nomes... Enfim, o que escolherem.

— Confia em mim, Annabeth?

—Vou te dar um voto de confiança.

Ele mostrou algo no celular à funcionária, que assentiu.

—Espere e verá. Vai ficar incrível. -Garantiu. Voltamos para casa mais de duas da tarde, já que fomos almoçar em um restaurante.

—Parece que tudo está sendo tão rápido- Falei, sentando-me no sofá. Percy sentou ao meu lado, passando-me para seu colo.

—Se quiser, podemos desacelerar tudo.

—Vai acontecer de qualquer forma, então vamos começar a viver nossa vida juntos o quanto antes.

—É assim que se fala, Sabidinha

No dia seguinte

Acordei e em minutos tomei um banho, vestindo uma roupa qualquer. Sai de meu quarto e fui até a mesa do café, colocando um pouco de chá em uma xícara.

—-Bom dia, gente! -Eu disse, enquanto dava um selinho em Pers.

—Dia, Annie. É hoje o dia da escolha do vestido, né? -Minha mãe perguntou.

—Sim. A senhora vai junto?

Ela assentiu e eu quase dei um suspiro de alívio. Um pouco depois, fomos buscar Calipso.

— Bom dia. - Ela disse, ao entrar no carro.

— Bom dia. - Respondemos. Eu e ela começamos a falar sobre a lista de convidados.

—Qual é a sua flor favorita, Annie? -Ela perguntou.

—Gosto de rosas vermelhas, mas não posso dizer que são minhas favoritas.

Calipso deu um meio sorriso, virando seu celular para mim para que eu pudesse ver o arranjo de rosas que ela projetara.

—Que tal?

—Perfeito, Cal. Aliás, como tudo até agora. Você daria uma organizadora de eventos incrível.

Chegamos a uma boutique de vestidos e entramos juntas. Minha mãe e Calipso conversavam sobre vestidos. De repente, eu comecei a ter uma espécie de mal-estar, vendo tudo girar e ficar borrado. Calipso me segurou quando eu perdi o equilíbrio.

—Tudo bem, Annie? -Ela perguntou, preocupada. Eu me recuperei rapidamente e fiquei de pé.

—Estou ótima, Cal. Foi só um mal estar.

Voltamos a olhar os vestidos. Eu bati o olho em um e me aproximei para vê-lo.

— Nossa, que lindo!

Calipso se aproximou para ver qual vestido me interessava.

—Achamos uma joia perdida. Esse vestido vai ficar perfeito em você. - Disse.

Entrei em um dos provadores. Coloquei o vestido, fechando o zíper nas costas com um pouco de dificuldade. Depois, olhei-me no grande espelho de corpo inteiro. Calipso estava certa, aquele vestido era simplesmente perfeito! Saí do provador, dando um pequeno giro para que minhas acompanhantes me vissem direito.

— E então? - Minha mãe perguntou, avaliando-me.

— É o vestido dos meus sonhos!

Depois de tirar o vestido e separar o que eu iria ficar, decidimos que iríamos dar uma volta. Minha mãe nos levou ao shopping e decidimos ir ao cinema. Quando saímos, era quase meio dia, e fomos almoçar. Enquanto comíamos, conversávamos sobre o casamento. Minha mãe era a voz prática da questão, a que sabia como tudo deveria ser feito.

—E a lua de mel, Annie, como vai ser? -Perguntou, maliciosa. Dei de ombros.

—Não sei. Percy insistiu em fazer surpresa. Mas, conhecendo ele, tem a ver com mar. -Respondi, e rimos juntas. Eu estava feliz naquele dia. Muito feliz.