Nico

            Jade estava sofrendo e eu não sabia o que fazer. Estela começou a usar seu poder da cura em Jade, e ela parou de gritar, mais eu sabia que aquilo era só para não nos preocupar tanto assim, eu simplesmente estava sentindo o seu esforço.

- Estela ela...

- Ela precisa ir para o seu quarto... - Estela me disse, e Jade se encolheu em meus braços, apertou suas mãos em torno de minha blusa, tão forte que os nos dos seus dedos ficaram brancos. Peguei-a nos meus braços e a levei.

            Quando coloquei ela na cama ouvi um resmungo de dor, sua testa estava toda suada provavelmente ela estava precisando de um pano molhado. Tirei os seus sapatos e ia atrás de um pano só que antes de sair olhei para ela, e me deu um nó na garganta, a última vez que isso aconteceu foi quando a Bianca minha irmã tinha falecido, e em pensar na morte de Jade...

- Ei... - Uma voz bem fraca me tirou dos meus pensamentos. Olhei pra ela e vi aqueles lindos olhos verdes mar a me encerrar, sorri e fui em sua direção me ajoelhando ao seu lado da cama.

- Oi... como está se sentindo?

            Ela tentou sorrir mais seu sorriso saiu em dor. - Sinceramente? – Ela nem esperou eu responde. - Nada bem.

- Calma eu vou chamar....

- Nico... - Chamou ela. - Não vá. - Pediu. - Por favor não me deixe sozinha.

            Por favor? Sério agora as coisas estão piores do que imaginei. - Eu fico. - Beijei sua testa e vi que isso a tranquilizou. - Jade... - Ela olhou para mim. - Só descanse agora, Estela já vai chegar e cuidar de você.

- Eu acho que nem ela pode me curar... - Ela fez cara de dor. - Eu... agora, eu posso sentir e ver o que aquele monstro sentia e fazia. É horrível Nico, suas lembranças... ele... ele... - Vi uma lagrima descer em seu rosto, limpei e fiz carinho na tua bochecha.

- Shhh... Não faz esforço... Descanse.

-Nico eu não quero fechar meus olhos, tenho medo de não poder acordar!

- Não fale essa besteira! Você vai ficar bem...

- Me ajude então... - Pediu ela como uma suplica de uma criança pedindo ajuda para ajudar a reconstruir o seu castelinho de areia que foi levado pela onda do mar.

- Como eu posso te ajudar?

- Não sabe não ameba! - Sorriu ela pela sua própria brincadeira, eu gostei disso, acho que foi a primeira vez, que eu tenha gostado de vela me chamando assim.

- Jade você não tem jeito mesmo.

- Você pensa que vou deixar a peteca cair, não morri ainda!

- E nem vai... - Informei. - Como posso te ajudar?

- Como você me ajudou? - Perguntou ela colocando suas mãos na testa.

- Não entendi!

- Obvio! - Jade revirou os olhos. - O que esperar de um ameba como você.

- Jade fala logo! - Bufei me lembrando de como a Jade é irritante quando quer ser.

- Calma!

- Eu estou calmo!

- Não é o qu... - ela parou do nada, olhei para ela, e em seus olhos pude ver uma coisa que pensei nunca ver na Jade medo, fiquei no modo gelo igual a ela e só voltei a realidade quando ela gritou.

- Jade! – A chamei. – Jade o que eu faço? – Ela se contorcia de dor, e eu me sentia impotente, queria ir chamar a Estela e isso que eu ia fazer mais fui parado pela mão da Jade na minha blusa.

- Não... – Ela disse com dificuldade. – Não me deixe aqui sozinha.

- Você precisa de ajuda! Eu...

- Só faça o que você fez para me ajudar com o acontecimento de Erinea.

- Mais...

            Jade o cortou de novo. – Eu sei que foi você que fez algo. – Ela gritou de dor. – Nico eu vou ficar louca, faz o que eu estou de pedindo!

- E você sabe o que você está me pedindo? – Pergunte cético. – Não... isso pode até...

- FAÇA!!!! – Ela gritou e eu nem pensei duas vezes. Não sabia ao certo o que fazer, só me lembrei que pra trazer Jade de volta eu tive que beijar Erinea, mais tinha ser o beijo do amor verdadeiro. Será que é isso que Jade quer que eu faça? Mais ela acordou como o Esperado e... Ahhh pare Nico assim você vai ficar louco, você não é filho de Atena para ficar tentando achar resposta pra tudo.

            Entrelacei a minha mão direita na mão direita dela e toquei o seu rosto com a minha mão desocupada e a beijei. No começo senti que ela tinha ficado surpresa pelo meu ato, mais depois ela retribuiu o meu beijo como nunca tinha feito antes, das  minhas últimas tentativas de beijá-la. Ela apertou nossa mão entrelaçada e a droga do meu pulmão precisava de ar, e eu tive que me separar dela.

- Nico... – Ela disse com os olhos brilhando, e eu selei nossos lábios com um selinho. Sorri e para o melhor ou pior eu não sei, tudo estava rodando ela retribuiu o sorriso com outro. – Você gosta de mitomagia?

            Estranhei essa pergunta, não sabia como ela tinha descoberto isso. – Como?

Ela riu da minha cara, com certeza deve estar engraçada. – Eu vi Nico, não adianta mentir não.

-Viu? Viu o que? – Ainda não entendia, ela riu. – Jade largue de ser chata e responda logo.

- Chato, é a sua burrice. – Revirei os meus olhos. – Mais fazer o que... nem tudo é perfeito mesmo. – lanchei um olhar fatal para ela, e ela riu mais.

- Agora está melhor? – Perguntei com ironia.

- Me sinto ótima!

- Obrigado Nico. – Tentei imitar a voz dela.

- Obrigado pelo que ameba?

- Por eu te ajudar a ficar boa... sabe se não fosse pelo o meu beijo...

- Nem tanto...

- Como assim “Nem tanto”? – Tava começando a ficar irritado.

- Para um garoto que gosta de mitomagia você está muito chato. – Respondeu ela.

- Jade como você sabe disso? – Tentei me levantar, só que tinha me esquecido da mão entrelaçadas da Jade na minha, e só nesse ato a Jade me puxou de novo, mais dessa vez eu cai em cima dela na cama.

- Sei disso, e sei de muito mais... – Ela sussurrou. – Você amava a sua irmã Bianca tanto, e a perda dela te atingiu em feio. Hazel é importante para você porque você assim não se sente sozinho, e ela é uma boa irmã, o seu pai queria um filho perfeito, e espera que sua irmã fosse, só que ela morreu e ficou você se punindo por isso, Nico se seu pai vê-se como eu posso te ver agora, ele teria orgulho! Você é um garoto que luta pelo que quer, e que não abandona os seus amigos, mesmo se for em dias ruins, você está com eles, é um amigo realmente de todas as horas, e principalmente se for pra entrar em uma enrascada, você entra, para salvar as pessoas que você ama. É preciso mais? – Jade respirou fundo, e Nico não estava acreditando no que escutava. - Foi você que me salvou da Erinea completamente, me deu o beijo do amor verdadeiro, você me trouxe de volta e não pediu nada em troca, mesmo... eu não lembrando, você não esqueceu e... – Agora a fixa caiu, as nossas mãos, contado físico. Jade agora podia sentir e ver o que eu fiz, e sentia. – A única pergunta que eu tenho é Por quê?

Por quê? Era essa pergunta que ela tinha? – Por quê? – Toquei meu nariz com o seu. – Porque eu Te Amo Jade. E não adianta esse amor não sai de dentro de mim, só cresce. – Ela sorriu.

- Sabe na hora em que eu entrei no tártaro, eu jurei pra mim mesma que se eu sai-se de lá eu ira confessar uma coisa que eu pensei que nunca iria dizer a ninguém... mais como eu estou vendo você e seus pensamentos, eu acho susto você saber dos meus... e principalmente porque vejo o que você está falando é pura verdade...Eu pensei que nunca iria dizer isso..

- Fala logo Jade assim você me deixa nervoso! – disse tocando sua cintura, e a balançando.

            Ela respirou fundo. – Eu te amo. – Nico não podia acreditar no que podia estar ouvindo. – Amo o seu jeito chato de ser, amo a sua teimosia, amo quando você me ajuda a ver o que eu não posso ver,  Amo... amo... tudo em você... Pronto falei. – Ela tirou a sua mão que estava com Nico, e as colocou em seu rosto escondendo-se dele. Nico riu do gesto que ele nunca tinha visto em Jace, vergonha? Constrangimento? Se ele imaginasse que ela iria dizer tudo que disse só em tocar em suas mãos, ele tinha lhes dado há muito tempo!

- Jade olhe pra mim? – Ela negou coma cabeça. – Por favor... – Pedi, e ela cedeu abrindo bem devagar as mãos em seu rosto, que estava super vermelho. – Nossa... isso sim que é novidade para mim. Uma Jade toda vermelhinha....

- Ahhh cala a boca! Eu me declaro e você faz isso? É um ameba mesm.... – A calei com um beijo. – Bom... assim está melhor... – Nós dois rimos e assim, ficamos nos beijando até que eu notei uma coisa.

- Jade e agora?

- Agora o que? – Ela me perguntou meio brava, eu acho que ela não gostou de eu parar o beijo.

- A missão... como que fica?

- Ahhhh por favor né!? – Ela reclamou. – Você para o nosso beijo para me perguntar sobre isso?

- Então o que você achava que eu iria perguntar? – Franzi as sobrancelhas.

- Humm... sei lá... – ela olhou para o teto. – Um tipo... quernamorarcomigo?

- O que? – Ri. – Jade você falou muito rápido.

- Ahhh deixa quieto! – Ela deu de ombros, e me puxou para um beijo, isso tava realmente bom.

- Bom... você está melhor?

- Sim... e ficaria melhor você me beijando...

Ri... – Jade eu não sabia desse seu lado safada não. – Ela deu um tapa em meu ombro que ardeu.

- Ameba isso tudo é sua culpa!

- Por quê? – Falei sem entender.

- Por ser tão irresistível! – Nós dois rimos, cara isso estava ficando muito BOZO e meloso, eu estava contente e nem se fale na Jade, e o meloso... bom minha vida tava um puro limão mesmo... Estava precisando de mel.

- Bom... você agora é minha...

- Quem disse?

- Como assim dona Jade? – Perguntei meio que querendo morder ela.

- Eu não ouvi nenhum pedido... – Ela deu de ombros e eu sorri, sabia muito bem o que ela tinha situado.

            A beijei de novo e terminei nosso beijo com selinho. – Quer namorar comigo?

- Só se você me vencer na mitomagia! – Ela afirmou rindo. – Me separei dela, não acreditando no que acabava de ouvir.

- Você gosta do jogo mitomagia?

- É obvio né?! Ameba! Eu tenho TODAS as cartas.

- Eu também tenho. – Informei ela, e ela me mostrou a língua, e eu tive que aproveitar isso, e rapidamente fui em sua direção e a mordi, Jade resmungou um “idiota” mais... isso acabou virando um beijo. – Fechado!

- E se você perder...

- Eu não vou perder! – Afirmei me levantando para pegar o baralho.

- Para de ser convencido Ameba! – Ela retrucou.

- Eu não sou convencido... eu só digo a verdade! – Peguei ela no colo, e ela gritou.

- Me largue! Eu posso andar sabia? – Ironizou ela.

- Hoje é o seu dia de princesa... – Ironizei junto com ela, e ela bufou.

- E essa princesinha aqui. – Ela apontou pra ela. – Vai dar lavada em um certo Ameba, sabe...

            Ri e ela sorriu. – Vamos ver! – Disse a levando ao meu quarto.

(...)

            Como eu disse, venci! Nem uma deusa menor pode me vencer...

- Venciii... - Gritei não acreditando nisso. - Venci de uma deusa menor! Eu sou foda mesmo...

- Ahh nem é pra tanto... - Jade deu de ombros. - Eu deixei você vencer porque seria um lucro...

- Aham Jace... - disse desconfiado. - Isso tem um nome... e se chama recalque! - Putz falei de mais. - Jade...

- O que é recalque!? - Ela perguntou para mim como uma criancinha de cinco anos querendo algo.

- É... - E agora? Se eu falar o significado ela vai pirar. - Bom ter o meu premio!

- Esse é o significado? - Jade perguntou desconfiada.

- Não... - Respondi rápido, e ela fez cara de duvida. Joguei para o chão as cartas que estavam em cima da cama atrapalhando o meu caminho até ela, e a joguei no travesseiro, subi em cima dela, e quando olhei para ela... Tinha um bico em seus lábios, que eu ri e o mordi fazendo ela ri junto comigo. - E o meu premio?

- Está aqui ameba!

            Fingi que não entendi só para ela ficar com raiva. - Como? Onde? - Olhei para o quarto, e ela puxou meu rosto para sua direção, e bufou, revirou os olhos, e atacou minha boca.

- Lento como você não existe! - Ela afirmou, eu ia falar algo e ela me calou com um dedo em meus lábios. - Cala boca e me beija, Namorameba. - Ri com meu novo apelido, e não pensei duas vezes em fazer o que ela me pediu.

            Jade parou o beijo e pediu bem sério. - Mais isso ainda fica entre nós... pode ser? - Eu não sabia o porque de tudo aquilo, mais resolvi aceitar.

- Tudo bem... - Respondi lhe tanto um selinho, ela passou a mão pelo meu cabelo e fechei os meus olhos e sorri amando o cafuné que Jade fazia em mim.

- Então temos que levantar... - Ela sussurrou.

- Ahhh... não! - Neguei com a cabeça e ela riu me empurrando para cima.

- Vamos Nico... Assim eles podem entrar e ver essa cena, e o que eles vão pensar?

- Que Te Amo! - Afirmei me deitando de novo, como eu estava antes, ela riu.

- Namorameba... - Brincou ela. - Eu sei que você me ama... mais agora eles não precisam saber!

- Por quê? - Agora sim questionei.

- Porque muita coisa está acontecendo, cumprimos a nossa missão de tirar o Percy e Annabeth do tártaro, e agora vamos ter que enfrentar um monte de romanos furiosos querendo a pele de TODOS que estão nesse navio, TODOS os gregos que estão no acampamento... Entende? Não é por que...

- Sim... - Respondi a cortando. - Você tem razão é muita coisa. Vamos namorar por enquanto escondido, e depois que as coisas abaixarem...

- Vai ser um prazer gritar para todos que você é o meu NAMORAMEBA!

- Namorameba? - Perguntei achando aquilo estranho.

- Sim... Por quê? Algum problema? - Ela me desafiou.

- Não... Chicletesnamo...

- Ridículo! - Jade afirmou.

- Eu sei... - Concordei com ela e começamos a ir. - Vamos?  

            Jade se levantou comigo e antes de saímos. - Perdão! - Ela disse.

- Pelo que? - Estava totalmente boiando.

- Pelas ofensas hora! Vou te tratar como sempre. - Nossas mãos estavam juntas e ela se soltou da minha e saiu pisando pesado, como ela fazia antigamente quando nós nos encontrávamos pelo caminho, ela já estava no corredor, e eu sai do quarto e gritei: - Igualmente Rainha do Chicletes.