Jade

" É preciso!" isso que estava na minha cabeça, eu precisava fazer uma escolha... Entrar ou Não? Como a Tati me disse, eu preciso fazê-la. Vi as minhas opções, e as opções das pessoas a minha volta, e tudo estava indo conforme o combinado. As ações do Nico estão acabando comigo, e eu odeio isso. Queria parar de sentir o que sentia.

– Não temos escolha! - Disse. - Precisamos fechar as portas.

– Sim fechamos e você fecha aqui com agente! - Nico apertou mais o meu braço e continuou falando. - E nem me vem com o querer de se sacrificar.

– E não vou. - Olhei em seus olhos, que mostrava uma coisa que só via nos olhos da Bah, real preocupação. - Só que seria egoísta de sua parte não pensar nos teus amigos que estão lá. Eu vou trazê-los de volta.

– Eu penso! Você não faz idéia. - Ele disse entre os dentes. - Só que isso não garante que você vai voltar, garante? - Não respondi, afirmando a teoria dele. - Isso é loucura...

– Então o que quer que eu faça? Assistir o mundo cair nas mãos de Gaia? - Gritei me largando dele. - Se não percebeu... Eles são uns dos sete, Precisamos deles. - Todos ficaram em silencio vendo eu e Nico discutido.

– Tem que haver outro Jeito... - Ele disse quase implorando.

– Não tem, e você sabe disso. As chances deles são essas... A nossa chance é essa.

Nico ficou me olhando, e eu sabia que ele queria falar comigo,e ate temia se fosse o que eu estiver pensando. Mais ele me passou uma coisa que eu não sentia faz tempo... "a segurança de fazer a coisa certa", e isso estava crescendo dentro de mim, que o que eu fiz a seguir até eu não acreditei mais fiz.

Eu o abracei forte,fazendo todos que estavam presente se surpreenderem. - Eu sei que é perigoso. - Eu o apertei mais contra mim, e ele agora que deu uma de vida nele e ele passou as mãos nas minhas costas. - Mas é uma escolha, a escolha que eu faço. Não tenho tempo de te contar tudo mais... Uma amiga me disse que era preciso eu fazer isso. Pois precisamos de todos nós unidos para vencer a Gaia. - Senti que ele engoliu em seco, e me apertou em seus braços.

– A poção? - Ele sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar toda.

– Sim. - Concordei, me afastando, ou melhor, querendo pois quando fui afastar ele não deixou e me puxou dizendo.

– Me prometa Jade... Prometa-me que vai voltar?

– Eu nem fui ainda...

– Me prometa.... - Agora ele falou serio.

– Eu não sei Nico...

– Pelo menos me diz que você vai tentar... - Cara isso esta ficando muito meloso, eu sei que a burra de abraçar aqui foi minha... Só que foi no calor do momento. “TÁ EU TAMBÉM PRECISAVA E QUERIA”, pronto falei. Só que eu nunca iria dizer isso, nem na base de tortura. E o pior é que com essa proximidade sinto todos os sentimentos dele, e queria ficar assim por muito tempo, mais... - Sim, irei tentar. Mais agora me solta! Quero respirar um pouco ameba. - Ele me soltou meio que relutante, mais soltou.

*---------*

Depois que comemos e conversamos, eu repassei com eles o plano, vou entrar, ficar lá cinco minutos, dei um relógio de duas caras, assim que é chamado na feitiçaria. Ele é tipo de despertador, e assim que vocês chamam aqui não é? Então o despertador já esta marcado para bater em três minutos, pois nesse três minutos tenho que encontrar eles, e de quatro adiante fechar a porta e sair de lá.

– Entendido? - Perguntei. - Vai tocar e vocês fecham! Uma parte do relógio fica comigo e outra com vocês. - Respirei fundo e olhei para porta que eu iria entrar e depois para Estela que considerava minha amiga, e ela veio e me abraçou. - Não se preocupe Estela.

– Como não vou? - Ela me perguntou segurando o choro.

– Volte por favor Jade.

– Concerteza, eu sei que sua vida vai ser um tédio sem mim. - Ela me deu um tapa no meu ombro e nos duas rimos.

Olhei para o pessoal que estavam com olhares preocupados, e eu revirei os meus olhos e disse. - Ahhh parem!!!!!! Voltarei pra tacar o terror de novo. - E eles deram um sorrisinho e eu tomei a poção, e olhei para o Nico e a ultima coisa que eu disse foi: - Me aguarde Ameba, você não se livra tão cedo assim de mim.

E com isso fechei os meus olhos e respirei fundo e senti a mágica vindo forte em cima de mim, para realizar os feitos. Tati me deu uma receita de fortalecimento,e estou vendo que deu certo. Recitei o feitiço e senti que estava funcionando, então pensei em Perseu Jackson e Annabeth Chase, e assim me telesportei para lá dentro, e o relógio começa a contar agora.

Quando cheguei no tártaro senti um enjôo muito forte,então respirei bem fundo 3 vezes e isso me acalmou um pouco. Abri os meus olhos e eles estavam meio que.... embasados... Ai nem sei a palavra pra isso, pisquei meus olhos e engoli saliva, porque até meu ouvido estava pifado com aquele maldito barulho, sabe quando você vai num show de rock roll, ai você fica bem perto da caixa, e se seu tímpanos não explodiram, mais em compensação eles ficam com aquele maldito barulho quando você sai do show? Bom, era esse estado do meu ouvido.

E pior que quando as funções do meu corpo voltou ao normal vi um monstro virar pó, bem na minha frente. E quando olhei para o adversário do monstro ele tava vindo pra cima de mim, com arma e tudo.

– Ei... seu louco. - Disse me desviado dele. - Quer que eu perca a cabeça?

– Essa é a questão. - Ele começou a lutar comigo, então tive que convocar a minha arma para me defender, e assim foi lutamos um pouco, e até que ele não era ruim. Olhando bem pra ele percebi que ele tinhas os olhos do meu pai, cabelos negros e moreno. Sim concerteza ele é o Percy, Depois vi uma menina meio que se apoiando em uma pedra porque seu pé estava enfaixado. - Morra monstra. - Quis rir, segurei muito, dei uma rasteira nele e bloqueei a sua espada a jogando longe, e coloquei a minha espada bem na sua garganta.

– Obrigada, mais esse elogio já foi inventado. – Ei... sei não estou facilitando. -Que pena queria mesmo continuar... Mais...

– Um movimento eu te mato. - Droga, esqueci da loirinha, que mesmo aleijada veio ao socorro dele.

– Mais que droga! - Eu gritei. - Já perdemos um minuto com essa idiotice! - Bufei de raiva. - Por acaso eu tenho cara de monstro? - Perguntei tirando minha espada do pescoço de Percy. E eles ficaram me reparando, revirei meus olhos. - Olha meu nome é Jade, estou na missão para salvar o mundo das mãos de Gaia, seus amigos Nico, Hazel, Frank, Leo, Jason, Piper e os raios que partam estão na outra porta para ser fechada daqui... - Olhei para o meu relógio. - Um minuto, não temos tempo... preciso ajudar vocês a fechar e sair daqui.

– Mentirosa. - Gritou Percy avançando em mim.

– Espera. - A Annabeth o parou.

– Annie pode ser...

– Verdade Percy. Como ela saberia de tudo o que disse, e ainda por cima... como ela chegou aqui?

– Vai se lá saber... - Ele retrucou.

– Ela esta falando a verdade. - Ela guardou sua adaga, e sorriu pra mim, e eu disse brincando:

– Eu acho melhor você escutar a sua namorada, cabeça de algas. - Ele me olhou assustado e se levantou do chão, eu acho que ele iria dizer alguma coisa mais não deixei. - Precisamos fechar as portas daqui... - Olhei para o relógio 30 segundos, fui apresada e indo para as portas.

– Ainda não confio nela. - Disse Percy e eu ri pensando que ele tem o mesmo um gênio de filho de Poseidon.

– Não quero, e nem preciso da sua confiança. - Ele me olhou com raiva e eu lancei o mesmo olhar. - Agora só fecha essa maldita porta! - Falei friamente, e parece que ele entendeu o recado, eu fiquei no lado de uma porta e ele e a Annabeth ficaram na outra. Agora é só espera o despertador tocar. - Quando uma musica tocar comecem a fechar a porta. - Olhei para eles e eles concordaram.

Não demorou muito e a musica tocou,e assim começamos a fechar as portas. Fiquei tão aliviada por ter fechado. Agora era 1x0 para Gaia, e isso era realmente que agente precisava. Andei na direção deles, e eles também estavam contentes, e eu sentia a forca daquele lugar vindo em minha direção, e me lembrei que tínhamos mais dois minutos. Mais queria sair o mais rápido dali.

– Segurem em minha blusa. - Ofereci um lado para cada um.

– Eu não. - Percy vez bico igual uma criança de cinco anos, diferente de Annabeth que compreendeu e segurou em minha blusa. - Pare de ser um... - Ia xingar ele,mais invés disso olhei para ela e perguntei : - Pelos deuses... como você agüenta?

– É o amor...

– Bem que dizem... O amor é cego! Mais não toupeira amiga. -Disse com ironia. E ela riu.

Do nada sinto uma mão tocando na minha, um ato totalmente proibido. Como aquele idiota ouça me tocar ai? Eu ia gritar com ele, mais me paralisei quando reparei que não era ele, pois todos os pensamentos... lembranças malignas e sujas veio em minha mente, as pessoas que matou não se importava se fosse inocente,matava pelo prazer de ver elas sofrendo. Gritei de horror, pois era um monstro do tártaro segurando a minha mão, e Percy vendo o meu estado matou a criatura. Eu nem precisei olhar para o monstro pra saber de tudo isso, eu só senti o fim da vida dele se esvaziando de seu corpo, e nas minhas mãos.

E nessa hora agarrei a blusa de Percy e fiz o feitiço para nos tirar da li. E por sorte, o feitiço de teleportação deu certo. Nem esperei muito, só sei que quando cheguei nas portas de Hades, vi o pessoal e fiz um globo protetor e teleportei todos de novo, mais agora para o Argo II.

– Até que fim vocês chegaram! - Ouvi a voz do treinador, ai sim eu percebi que tínhamos voltado de verdade. Mais isso tudo estava em segundo plano, na verdade eu queria morrer.

Senti que me ajoelhei no chão, e fiquei em posição vegetal, e os gritos e tudo de ruim do demônio invadiu o meu ser. Isso sempre acontece quando eu entro em contado com alguém pelas mãos... entro em contado com a vida dela. E se for uma pessoa boa não e tão difícil de aturar, agora quando é mal..... A minha vida se torna um pesadelo.

E era isso que eu sentia, o dor estava me consumindo e eu não conseguia gritar, só chorar, eu chorava em silencio e em colida, enquanto os outros estavam se alegrando com a vitoria, e felizes pela volta dos antigos amigos. E eu como sempre, sofria... e dessa vez nem conseguia falar, pelo choque que estava.

Tudo entrou na ilusão do meu pesadelo ficando nas trevas, até que uma voz me chamou me trazendo uma fecha de luz naquela escuridão, era ele desesperadamente chamando o meu nome. Eu queria responder, pois era ele que estava me mantendo ali acordada, mesmo tento as lembranças horríveis do mostro.

Ele me colocou em seu colo, e me perguntava o que aconteceu, e o que esta sentindo, o que ele poderia fazer. Sim, um monte de perguntas que eu nem conseguia piscar para responder. Ele secou as minhas lagrimas e beijou a minha testa, me trazendo uma sensação boa no meio do alvoroço todo,seu toque,sim aquilo me acalmava... eu precisava dele agora mais do que nunca... e com muito esforço sussurrei em meios dos meus soluços.

– Me ajuda...