Meu Vampiro De Estimação escrita por Eica


Capítulo 4
A volta




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Eric não voltou à casa do falecido tio. Não foi ao casarão nem na segunda-feira e nem na terça.

- Vai deixá-lo lá? - indagou Caio.

Eric balançou a cabeça em negativa:

- Não sei... Mas eu não quero voltar. Não agora.

O rapaz só suportou o afastamento até quarta-feira, quando seu remorso atingiu o limite do suportável. Caio o acompanhou. Encontraram Sébastien deitado de bruços em sua cama. Estava mais pálido do que de costume. Parecia uma estátua de mármore. Derramou lágrimas quando abriu os olhos e viu os meninos.

- Eric! Não me maltrate mais. Por favor, meu menino lindo. Ajude-me. Estou cansado. Estou com fome.

- Promete não nos fazer mal? Tem que prometer de verdade. - disse, comovido com sua imagem.

- Eu prometo tudo o que quiser.

O mais velho olhou para Caio, que achou melhor consentir. Eric tirou as bolsas de sangue, que não trouxera ao vampiro, de dentro da mochila. Ajudou-o a deitar de costas e, sentando ao seu lado, deu-lhe o sangue. Sébastien bebeu o sangue de todas as bolsas, sem deixar uma única gota. Quando já se sentia melhor, pegou a mão esquerda de Eric e a beijou repetidas vezes.

- Irá embora de novo? Pretende me abandonar outra vez? - indagou, com olhar clemente.

- Não, se prometer se comportar.

- Me comportarei. Está prometido. Acredita em minha palavra, não acredita?

-... Acredito.

Após esta cena, os rapazes deixaram o vampiro. Com o dinheiro recebido pelas moedas, Eric pediu demissão do trabalho para se dedicar cem por cento aos seus projetos. Com a aprovação do irmão, iniciaram uma reforma no casarão. Os pedreiros vinham pela manhã e iam embora antes do anoitecer. Nestas ocasiões, Sébastien era obrigado a ficar no porão. Muitos dos móveis antigos foram vendidos ou doados. A transformação no interior da casa não foi tão drástica. Mudou-se o piso, trocou-se as janelas e portas, colocou-se fiação elétrica nos dois andares, passou-se gesso nas paredes e instalou-se iluminação mais moderna. Na decoração, as paredes de alguns cômodos ganharam cores suaves (em tons de verde e bege). Os banheiros do primeiro piso ganharam vasos sanitários, pias e chuveiros. Todos os quartos e aposentos do andar de cima ficaram vazios, a não ser o quarto de Sébastien, que ganhou uma cama box, cortinhas num tom de marrom bem clarinho, travesseiros macios, criados-mudos, uma cômoda e um guarda-roupa – além, é claro, de mais roupas novas das quais ele não gostava.

Pouca coisa da antiga decoração permaneceu no novo ambiente, que agora não cheirava guardado. Reforçaram a cor das paredes externas do casarão, cortaram a grama e plantaram arbustos para deixar a casa muito mais agradável aos olhos. Por fora a casa era antiga e elegante. Por dentro, moderna e atraente. Sébastien reclamou que a casa estava cheirando a tinta. Também falou mal dos móveis modernos, que não tinham nenhuma elegância.

Sobre o vampiro, este ficou mais comportado, mas via-se que, quando fazia alguma coisa, fazia a contragosto, praguejando. “Não mudou nada”, pensou Eric. Por conta disso, precisou dar muitas erguidas em Sébastien, para que ele fizesse o que lhe era mandado. O vampiro precisou esforçar-se muito para não responder de forma tempestuosa, afinal, queria ganhar a confiança dos irmãos, especialmente de Eric, aquele que lhe parecia ser o que tomava as decisões. Para Sébastien, agradá-lo era fundamental se quisesse sobreviver a este mundo maluco. A interação entre o irmão mais velho e o vampiro voltou ao que era no início, e a de Sébastien com o irmão menor parecia caminhar para uma mudança...

Certo dia, Eric e Caio voltaram à casa do vampiro para ensinar-lhe a usar um aspirador de pó. Nas palavras de Sébastien, o aspirador de pó não passava de uma caixa barulhenta e monstruosa.

- É por essa ponta na extremidade, chamado bocal, que o aspirador de pó suga a sujeira. Olha.

Eric fez uma demonstração. Em seguida, pediu a Sébastien que segurasse o tubo.

- Agora vou ligar outra vez. Lembra como liga? É neste botão.

Sébastien observou Eric ligar e desligar o aspirador de pó apertando um botão branco e grande.

- Não se esquece que o cabo tem quatro metros. Se desligar da tomada, ele pára de funcionar. Lembre-se que o aspirador de pó só funciona a...

- E...

- Isso. E...Le...

- Só sei que a palavra termina com “cidade”. - respondeu Sébastien, não querendo se esforçar para lembrar.

- Eletricidade.

- Sim, claro.

- Agora vai. Limpa o chão que eu quero ver.

Sébastien apertou o botão. Fez careta por conta do ruído do aparelho. De modo desajeitado, foi passando o bocal pelo chão. Os irmãos sorriram um para o outro, mas queriam mais é dar risada. Imaginem um homem de quase um metro e noventa de altura, ombros largos, cabelos compridos, porte elegante, vestindo roupa social, totalmente ignorante com relação à tecnologia, que segurava o tubo do aspirador de pó como se aquilo fosse uma criatura asquerosa. Como não querer rir de sua inocência? De seu medo de ter o dedo sugado pelo bocal se acabasse se enroscando nele?

- Está indo bem. - disse Eric, alto o suficiente para Sébastien ouvir.

O vampiro demorou muito para limpar toda a sala. Quando supôs que já tivesse terminado, desligou o aspirador e sentou no sofá. Sem querer perder o costume, reclamou do negócio barulhento e da eletricidade idiota que, nas palavras dele, era tão incompetente que precisava de um cabo para pegar. De súbito, ouviram uma música animada soar pela sala. Eric tirou rapidamente o celular do bolso. Por descuido, apertou o botão errado e deixou o celular no viva voz. Sébastien assustou-se quando percebeu que aquela caixinha preta estava falando.

- Há... É... - disse ele, escondendo-se atrás do sofá, querendo manter distância de Eric. - Há um homem aí dentro!

Eric apertou o botão certo desta vez, para que Sébastien não ficasse mais alterado.

- Como...? Como fez isso? Está mentindo outra vez? Você faz bruxarias! O que é isso?

Eric suspirou, enquanto Caio observava a tudo sentado no outro sofá.

- Não é bruxaria. É só um aparelho de celular. Depois eu explico.

Para não perder a ligação, Eric foi para a outra sala. Caio ouviu, pela conversa do irmão, que Renan voltara a ligar para ele (estava fazendo muito isso). Vendo que Sébastien continuava confuso e assustado, Caio levantou-se, tirou seu celular do bolso e estendeu-o ao vampiro.

- É meu celular.

O vampiro olhou do aparelho para o rapaz.

- Tem alguém preso aí também?

Caio engoliu a risada.

- Este aparelho serve para nos comunicarmos com as outras pessoas. Ninguém fica preso dentro dele. Pode pegar.

Sébastien pegou-o após muito deliberar. Afinal, não queria acabar preso numa caixinha tão pequena e estranha.

- É pesado.

- É, o meu é.

Sébastien olhou com desconfiança para o aparelho na palma de sua mão. Caio achou sua inocência muito graciosa. (Nestas ocasiões, ele não era tão ameaçador).

- É só você apertar esses botões com números. Cada pessoa tem um celular e o seu número. É pelo número que falamos com quem queremos.

- Vamos mostrar a ele. - disse Eric, ao regressar. - Liga pra mim, Caio.

- Olha. Veja como eu faço.

Depois que Eric se “escondeu” no hall, Caio discou seu número para que Sébastien visse como funcionava. Assim que o celular começou a chamar, o garoto passou o aparelho ao vampiro, ensinando-o como segurá-lo ao lado do ouvido.

- Atende. Fala com ele.

- Oi, Sébastieeeen!! - disse a voz alegre de Eric.

O vampiro afastou o aparelho imediatamente, perplexo.

- Ele está...

Para ter certeza, trouxe cautelosamente o aparelho para mais perto do ouvido.

- Fala alguma coisa pra mim.

- Dói ficar aí dentro?

Os irmãos gargalharam. Para acalmá-lo, Caio levou o vampiro até o hall, para que ele visse que Eric não estava preso em lugar algum. Voltando à sala, Sébastien sentou no sofá, com os dois aparelhos na mão, e tentou compreender como Eric conseguiu ficar em dois lugares ao mesmo tempo.

- Você não leu a respeito do telefone na enciclopédia? - indagou Eric.

- Telefone? Creio ter visto algo, mas não entendi.

Eric olhou para o irmão:

- Como pode ver, será mais difícil do que pensamos. Bom, o importante é ele entender o funcionamento de aparelhos básicos. Vamos comprar um celular pra ele. Caso ele precise falar com a gente.

- Melhor comprar um simples. Se comprar um celular que faz mil coisas, ele não vai entender.

- É. Vou ver o que posso arranjar.

No dia seguinte, Sébastien ganhou um celular novinho em folha, ou como ele quis denominar: uma caixinha preta com números e letras que emite luz e é barulhenta. O aparelho comprado era um dos mais simples, que fazia somente o necessário e não tinha tantas opções funcionais como outros celulares. Como o vampiro considerava a letra de Eric muito feia, Caio teve que escrever um manual de como usar o celular para ele. O rapaz também colocou o seu número e o número do irmão na lista de contatos do aparelho do vampiro.

Sozinho em casa, Sébastien demorou para tocar na sua caixinha preta, já que, para ele, aquela coisa pequena parecia instrumento de magia negra. Olhou muito para ela até tomar coragem. Leu o manual deixado por Caio. Apertou o botão tal, esperou a luzinha azul selecionar o nome de Eric e apertou o botão verde. Aproximou o aparelho do ouvido.

- Oi, Sébastien.

O vampiro riu. Vangloriando-se, disse:

- Prendi-o na caixinha.

Eric segurou uma gargalhada.

- Ah, é? Depois fala que o demônio sou eu.

- Acho que te deixarei aí dentro. Você tem sido muito mal comigo.

- Mal? Por quê?

- Não me quer mais. Não me procura... É um péssimo amante. Por isso vou deixá-lo aí até que se arrependa.

Satisfeito, Sébastien deixou o celular sobre o sofá e saiu do aposento para terminar de fazer suas tarefas. Voltou uma hora mais tarde para falar com Eric. Para sua surpresa, porém, o rapaz não lhe respondeu. Ligou para ele outra vez.

- Que foi agora?

- Estava dormindo ou me ignorando?

- Por que?

- Você não respondeu quando te chamei.

- O que quer?

- Quero saber como te tiro da caixinha.

- É só apertar o botão de cor vermelha.

Sébastien olhou para o aparelho e identificou o tal botão.

- Ah.

- E aí? Quando vai me libertar?

- Acho que já. Você não me é muito útil preso aí dentro.

Eric deu uma risada abafada.

- Obrigado.

Sébastien apertou o botão vermelho. Colocou o celular sobre a mesa de centro e observou.

- Hm. Acho que já saiu.

De súbito, seu rosto iluminou-se.

- Até que essa caixinha é útil... Posso prender todos que quiser.

Um dia depois, os irmãos voltaram para a casa de Sébastien trazendo uma pizza metade calabresa, metade quatro queijos. Comeram na cozinha – que foi reformada igual aos outros cômodos. Como passavam muito mais tempo no casarão, haviam trazido uma geladeira e um micro-ondas (Sébastien não chegava perto de nenhum deles). Também um jogo de copos, pratos e talheres. Sentaram-se à mesa e começaram a comer a pizza.

- Que aroma!

Abriram uma garrafa de refrigerante Guaraná Antarctica. Ofereceram a Sébastien. Este tomou um gole. Não achou a bebida ruim, apenas estranha. O vampiro os acompanhou no jantar, mas apenas observou, sentado na outra extremidade da mesa.

- Sébastien? Você... Como você se transformou em vampiro? Como aconteceu?

- Foi um amigo de minha família. Era um homem de muitas virtudes e conhecimentos. Parecia saber mais sobre o mundo do que o resto de nós. Eu confiava nele como confiava em minha família. Deu-me a opção de tornar-me imortal... E eu aceitei sem saber das consequências. Ele nunca mentiu para mim, apesar de tudo... E ensinou-me tudo o que eu precisava saber para sobreviver.

- Você nasceu em Paris?

- Sim, nasci.

- Como foi se transformar em vampiro?

- Foi como morrer... E nascer de novo.

- Você se arrepende do que fez?

Sébastien levantou os olhos para Eric.

- Todos os dias... Minha condição afastou-me de minha família, afastou-me de outras possibilidades. Nunca mais vi o sol e apesar de não parecer ser algo importante, você começa a sentir falta... Ele é a minha morte... Muitas vezes pensei em suicídio... Muitas vezes quis esperar que o nascer do sol me tirasse a vida, mas sempre tive medo... Da dor. Por que minha vida valia mais do que as vidas que eu tirava? Por que eu era mais importante que as pessoas que matava? Thibaut ensinou-me que era preciso. Era preciso matar. Às vezes eu sinto... Cada pessoa que matei dentro de mim. Não foram poucas. Foram muitas... Todas elas... Acho que minha mãe tinha razão... Eu mereci a urna. Eu mereci ser preso... Não sei se devo agradecê-la por não ter me matado quando teve a chance.

- Ela era sua mãe. - disse Eric. - Não faria isso.

Naquele momento, Sébastien saiu da cozinha em silêncio.

Outro dia, o vampirinho sentiu-se tão solitário que pediu aos irmãos que viessem morar com ele. Eric conversou com Caio e juntos decidiram passar uma semana apenas, para ver como seria. E, como um cãozinho que presencia a volta dos donos à casa, Sébastien recebeu os irmãos com um sorriso no rosto e muita empolgação. Eric e Caio trouxeram suas malas com suas roupas e objetos pessoais importantes. Antes de aparecerem para passar uns dias, porém, mobiliaram dois quartos do primeiro andar. Caio ficou com um, Eric com outro. As atividades de Eric resumiram-se a buscar a bolsa de sangue pela manhã e, à noite, levar e buscar o irmão da escola. O resto do tempo permanecia em casa, cuidando dos afazeres domésticos – com a ajuda de Sébastien – e ajudando-o em seus “estudos”.

Quando os dois irmãos estavam em casa, Sébastien alternava entre espiar um e espiar o outro. Para o vampiro, cada um deles lhe interessava por razões diferentes. Eric era o líder, a voz do grupo, o mais decidido e aquele com quem Sébastien mais discutia. Enfrentavam-se quase o tempo todo, e isso excitava o vampiro. Desejava que Eric usasse toda essa sua energia na cama. Tinha curiosidade em saber o que ele podia fazer quando muito provocado. Já Caio, era o retraído, o de trejeitos graciosos, sem dúvida alguma o oposto do irmão. Era um anjinho casto, que Sébastien tinha muita vontade de corromper.

Sébastien deixou claro aos dois que gostava muito de ter companhia em casa. Também deixou explícito – de uma maneira pouco convencional – que desejava aos dois como amantes. Os rapazes não tiveram dúvidas disso quando o vampiro começou os joguinhos de sedução. Onde um deles ia, Sébastien aparecia tentando levar o coitado a cometer o pecado da carne. Com Caio, Sébastien não conseguia avançar tanto quanto avançava em Eric. Beijava-lhe na nuca e apertava-lhe pelas costas. Dizia frases obscenas só para incitar sua imaginação. Já com o irmão menor, Sébastien só podia trocar palavras respeitosas para tentar diminuir o desconforto que o jovenzinho demonstrava sentir.

Um dia, entrou no quarto do rapaz quando ambos ficaram sozinhos na casa – isto acontecia quando Eric saía para pegar as bolsas de sangue. Sébastien parou em frente da porta de Caio e viu o garoto sentado na cama, com um aparelho estranho nas mãos (era um tablet).

- O que está fazendo? - indagou, entrando no aposento.

Felizmente, apesar das janelas abertas, a luz do sol estava longe de conseguir entrar no quarto.

- Nada importante.

- Estudando de novo?

- Não.

O vampiro sentou-se no pé da cama e não tirou os olhos do garoto.

- Sinto-me como um animal repugnante toda vez que ficamos juntos.

Caio olhou-o.

- Por que?

- É isto o que você demonstra. Eu posso ter-me transformado em vampiro, mas ainda tenho sentimentos. Eles não morreram quando eu morri. Você não chega perto de mim como seu irmão. Já lhe dei motivos para não ter medo de mim. Por que ainda se mantém tão longe? Não me magoe. Converse comigo. Já é tão difícil ser o que sou...

- Desculpe. - disse Caio, com sinceridade. - É só... Difícil.

- Difícil? Não é difícil.

Sébastien levantou-se e, para a surpresa de Caio, sentou ao seu lado.

- Olhe para mim.

Caio olhou.

- Sou diferente das outras pessoas que você conhece?

- Não.

- Eu estou sozinho neste mundo, Caio... Só tenho a você e ao seu irmão.

Se antes era difícil para o garoto olhar para o vampiro por ele ser um vampiro, agora, estando ele tão perto, era difícil olhar por ele ser tão atraente e maravilhoso. Somente agora, olhando-o desta curta distância, Caio reparou na beleza de seu rosto. Seu olhar era tão perigoso que Caio desviou-se dele e prometeu, ainda, ser um pouco mais sociável com ele.

Na sexta-feira, Eric pegou uma bolsa de sangue um pouco depois do almoço. Sébastien bebeu do sangue assim que lhe trouxeram. Antes das sete horas, Eric levou Caio para a escola. Quando a sós com Sébastien, ajudou-o em seus estudos. De noite, cada um foi para seu quarto descansar. Eric pegou no sono bem rápido. Acordou, entretanto, não sabe que horas, quando sentiu que sua bermuda e sua cueca lhe eram arrancadas devagarzinho. Virou o rosto para ver o que acontecia. Sébastien havia tirado o lençol de cima de seu corpo e agora tirava suas roupas. O rapaz tentou recuperar ao menos a cueca, entretanto, Sébastien virou-o de bruços e caiu sobre ele. Com o peso de seu corpo, Eric não teve chance alguma de escapar.

- Meu Deus... O Caio está no quarto em frente. - murmurou, nervoso.

- Eu estaria no quarto dele se nossa relação fosse melhor. Além do mais, ele tranca a porta. Você é o único descuidado.

Enquanto recebia um beijo no pescoço, Eric sentiu o vampiro abaixar a própria calça e esfregar o pênis rijo em seu bumbum. A ação foi como um estalo.

- É melhor você sair... - disse o jovem, quase gemendo.

- É melhor você deixar de dizer mentiras – replicou o vampiro, deixando seu pênis na posição certa para penetrá-lo. - e parar de ir contra seus desejos.

Sébastien abriu um pouco a passagem com os dedos e introduziu seu membro no rapaz.

- Você tem razão... - disse Eric, baixinho, já bastante alterado só em sentir o vampiro dentro dele. - Eu quero.

Sébastien sorriu:

- Foi difícil confessar?

Eric fitou o lençol, já que, na posição em que estava, era difícil olhar para outra coisa, enquanto o vampiro se movimentava sobre seu corpo, golpeando-o fundo, querendo ir maldosamente mais fundo. O rapaz precisou ficar quieto do começo ao fim por mais que as arremetidas de Sébastien fossem muito fortes e gostosas. Prestou atenção aos sons que o colchão fez, aos sons que Sébastien fez. Não queria que Caio ouvisse alguma coisa. Ia se sentir envergonhado se ele descobrisse...

O jovenzinho, no entanto, estava de fone de ouvido, ouvindo as músicas do seu Ipod enquanto organizava as roupas em sua mala. A semana já havia acabado e era hora de voltar para casa...


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