Promisses From Another Life escrita por Fuinha, KillerPanda


Capítulo 10
Capítulo 10 — Como uma flor que desabrocha


Notas iniciais do capítulo

ALÔ ALÔ GENTE FINA!!!
Aqui é a Panda com o décimo capítulo de PFAL.....
Espero que esse capítulo seja suficiente para vocês me perdoarem pelo que fiz nas semanas anteriores em relação ao Gray e à Lucy...

Sem mais delongas, boa leitura.



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Capítulo 10 — Como uma flor que desabrocha


POV's Lucy

A sala inteira parou para acompanhar a cena que se desenrolava entre o meio-irmão de Gray, Lyon, e a garota dos cabelos azuis da cor do mar, Juvia Lockser.

Somente percebi o que estava acontecendo quando Lyon começou a berrar coisas sem o mínimo de cuidado com o que dizia. Ele havia chamado Juvia para o baile, porém esta não aceitara por estar apaixonada por outro alguém, que pelo que entendi era o moreno que me convidara para o mesmo. Na hora em que Natsu viera falar comigo eu não notara que o rosado pretendia me convidar para a festividade, somente entendi suas intenções depois que já havia aceitado ir com o moreno, e isso me deixara com um forte sentimento de culpa, que, ao ver a violência com que as palavras de Lyon acertavam Juvia, duplicou de tamanho. A insensibilidade do grisalho foi tanta, que este conseguiu fazer com que a garota de traços delicados chorasse e que, por fim, saísse correndo porta afora para provavelmente afogar suas mágoas no banheiro ou em algum lugar onde poderia ficar sozinha.

O que aconteceu em seguida me chocou um pouco. O garoto das sakuras, Natsu, assim que a vira sair correndo do recinto, foi o primeiro a se levantar a ir atrás dela. Sabia que o rosado era deveras popular e que algumas garotas matariam para ter um pouco de sua atenção, mas eu não imaginava que ele retribuísse qualquer um desses sentimentos... não... eu ESPERAVA que não retribuísse. Foi então que eu percebi algo importante. Uma fagulha havia surgido em algum lugar dentro de mim. Talvez fosse somente algo criado a partir de uma imaginação fértil e interpretações deturpadas que fiz, mas, por mais que fosse pequena, já estava aquecendo meu, antes frio, coração.

Não hesitei e sai atrás dos dois em passos largos. Primeiramente achei que perderia o rastro deles, o que não aconteceu, pois era possível ouvir os pés de Natsu batendo fortemente no chão em sua corrida desesperada para alcançar a garota em prantos. Quando virei o corredor, pude ver a porta do armário do zelador se fechar e tive certeza que era ali que estavam. Me aproximei e pude ouvir barulhos vindos lá de dentro. Quem passasse pelo corredor naquele momento com certeza acharia que dois alunos estavam tendo um momento “íntimo” dentro do armário e que eu era só mais uma pervertida querendo assistir a cena, mas eu tinha o nítido pressentimento de que o desastrado do rosado deveria estar esbarrando e derrubando tudo em seu caminho. Acho que não podia culpa-lo, afinal, aquele espaço era deveras pequeno.

Recostei-me na porta para que pudesse ouvir melhor o que diziam. “Juvia, eu sei que você ama o Gray e tudo”. O que??!! Então Gray é mesmo o cara... “Como a você está sem par e eu também...”. Ele ainda não tem par?? Yosh!! Eu vou falar pro Gray que eu não vou mais com ele e chamar o Natsu pra...” Pensei que pudéssemos ir ao baile”. Meu coração parou de bater nesse momento. Eu sou a única que vai com ele no baile...” como amigos, sabe?”. Ufa.

Então ela ignorou o convite do gostosão e o perguntou por que ele havia feito aquela tatuagem. Eu realmente não queria ouvir sobre isso. Eu tinha a impressão que era eu quem estava causando aquele sofrimento no garoto e eu realmente não queria ser relembrada disso. A culpa já estava bem pesada. Então Natsu começou com um papo sobre sete mil anos, magia, contos de fada, poderes e habilidades especiais, guildas, trabalhos, e uma tal de Fairy Tail. Ele dizia que todos nós fazíamos parte dessa guilda e que tínhamos poderes. Por mais que meu cérebro dissesse que o que ele estava falando era bobagem sem nexo, meu coração dizia que tudo aquilo era a verdade que eu estivera procurando desde que chegara aqui. Imaginava que cara a Lockser deveria estar fazendo, quando a ouvi dizer um curto e simples “A Juvia sabe”. Ahn????? Como assim??? Claro, eu já sabia que aquela garota tinha sérios assuntos a tratar com um especialista, mas eu não achei que o caso fosse tão sério. Voltei meu foco novamente para a conversa quando Natsu disse “V-Você... Lembra?”. Viu?? Nem ele mesmo acredita nessa baboseira. Depois de afirmar novamente “se lembrar”, Juvia afirmou “Por is-isso a Juvia ama o Gray-sama... O Gray-sama salvou a vida da Juvia...”. Do que ela estava falando? De quê Gray a havia salvado? Qual a relação entre eles? Mais e mais dúvidas surgiam em minha mente à medida que a conversa se desenrolava. Eles conversavam sobre coisas impossíveis como se fosse a coisa mais comum e normal do mundo. Realmente... por mais que queira, nunca entenderei esses dois.

Natsu, então, gritou: “Juvia Lockser, QUER IR AO BAILE COMIGO?”. Por estar entretida em meus pensamentos, levei um susto quando o rosado fez essa proposta repentina e extremamente alta. Como que por consequência, minha cabeça foi para trás automaticamente e eu a bati na velha porta de madeira. O barulho feito foi grande e eu gelei, pensando que eles sairiam para descobrir quem poderia ser o enxerido ouvindo conversa alheia, mas aparentemente não ouviram nada, ou ao menos não demonstraram, pois o diálogo continuou. “Q-Quero dizer... O Gray vai com a Lucy, e eu acho justo irmos como um par, sabe, para fazer ciúmes neles”. Então era verdade... eu era a garota que Natsu estava tentando conquistar, eu era a garota de quem ele gostava. Por mais que estivesse feliz por isso, não podia deixar de lado que estava triste por também ser a causa de seu sofrimento. Meu coração parecia que iria saltar pela minha boca e meu estômago se contraiu em uma súbita onda de nervosismo. Como era possível sentir todas essas coisas de uma vez só? Será que era por estar contente por ter alguém que quisesse meu bem, ou será que era a culpa e a ansiedade novamente me atormentando? A dúvida era tão arrebatadora que perdi uma fala que disseram, mas estava mais preocupada com a que veio em seguida: “Juvia aceita ir ao baile com o Natsu-san. SÓ para o Gray-sama notar a Juvia”. Não me importava se o motivo de Juvia era fazer com que seu amado a olhasse, o que me fazia querer soca-la até que meus punhos não pudessem mais atingir sua face era simplesmente que ela aceitara o convite do rosado. Eu sabia que não estava em posição para reclamar, visto que eu fora o motivo pelo qual Natsu convidara a azulada, mas mesmo assim queria que ele fosse comigo, afinal, esse era um dos motivos pelos quais eu o havia seguido.

Ouvi risadas de satisfação vindas de dentro do armário e sem mais me importar, soquei um armário ao lado, fazendo um barulho significativo. Soquei de novo e de novo e de novo. Sei que parece egoísmo de minha parte, mas estava tão inconformada, que socar uma inocente porta de armário de metal era a única coisa que se passava pela minha cabeça. Aqueles dois pareciam cumplices rindo de antecipação pela recompensa que receberiam depois de cometer um crime. Soquei o armário uma última vez, descontando toda a minha frustração em um só soco, então as risadas pararam e eu também. Parece que agora estavam suspeitando de algo. Fiquei quieta por um momento e eles se calaram. Ninguém se atrevia a fazer um pio.

Instantes depois, vi que a maçaneta da porta estava sendo pressionada e esta estava prestes a ser aberta, então eu, desesperadamente, me apertei no pequeno espaço existente entre a porta e o armário que socara há pouco e o rosado abriu a porta, parando-a na minha frente e me escondendo dos olhares de Natsu e Juvia.

— Será uma honra te acompanhar no baile, senhorita Lockser – o garoto disse, galante como sempre, sem ao menos notar minha presença ali

— Juvia diz o mesmo, senhor Dragneel. – não aguentei mais ficar ali e sem que nenhum dos dois sentisse, fechei a porta que me escondia somente o suficiente para que me esgueirasse para fora dali. Tudo que eu queria fazer naquele momento era desaparecer, apagar os rastros que algum dia eu tivesse passado por aquele corredor, por aquela porta, que algum dia eu tivesse ouvido quais quer que fossem as palavras trocadas pelo rosado e pela azulada. Porém, não era idiota ao ponto de acreditar que alguma dessas coisas fosse acontecer. Não merecia que acontecessem.

Eu ofegava enquanto corria em direção ao final do corredor e rezava para que ninguém percebesse minha repentina aparição. Naquele momento senti meus olhos ficarem marejados e logo incessantes lágrimas rolavam meu rosto abaixo. Tentava de todas as formas fazer com que parassem, sem obter êxito. Mas afinal de contas... porque estava chorando? AAARGG!!! COMO É FRUSTRANTE ISSO!!! EU QUERO ACABAR COM ESSE SENTIMENTO, MAS NÃO FAÇO NADA ALÉM DE POIRAR AINDA MAIS A SITUAÇÃO!!! EU QUERIA... EU QUERIA... eu queria poder negar essa emoção emergente dentro de mim, mas parece que esse era outro algo que uma inválida como eu não poderia realizar.

Passei as mãos sobre minha face para limpar as trilhas feitas pelas lágrimas. Elas se refizeram e eu novamente as apaguei. Parei de correr, não havia necessidade de fazê-lo mais. Eu já estava longe do alcance dos olhares e do alcance de todos. Simplesmente fiquei ali. Não sabia mais que horas eram, minha noção do tempo fora afetada por tudo que vira e ouvira naquele dia não que eu me importasse com algo tão banal nesse momento. Dei meia volta e me pus a andar. Deixei que meus pés me guiassem. Tudo à minha volta se transformara em borrões sem forma e logo me vi na frente daquele mesmo armário de antes. Podia ver materiais de limpeza esparramados pelo chão e vassouras fora de seu devido lugar. Olhei para os lados. O corredor estava desértico, então entrei naquele pequeno lugar e me sentei no chão, onde Juvia estivera antes. Queria ser a azulada, queria ir com ele no baile, queria ter comigo o conforto e segurança que ele transmitia, queria ser contagiada por aquela risada espalhafatosa que só ele sabia soltar, queria sentir o calor daquele corpo quente que ele tinha, queria tê-lo ao meu lado agora. Abracei meus joelhos, encostei minha cabeça neles e libertei todas as minhas mágoas, frustrações, dores e dilemas por meio de lágrimas em um misto de desespero e alívio por ninguém estar me vendo.

Eu tinha a falsa esperança de poder consertar toda essa burrada e ir ao baile com Natsu, mas por fim, presumo que não há nada a fazer quanto a isso. Ir com o moreno, Gray, era a opção mais óbvia e sensata a escolher. Deixarei que Natsu continue com seu “plano” ou o que quer que seja que esteja tramando com Juvia. Mal sabe ele que não precisa me conquistar, pois já me tem sobre suas rédeas firmes.

Seria isso, que me deixa insana e que toma conta do meu ser, aquela emoção tão famosa que me deixa intrigada, o tal de amor? Acho que mesmo que tentasse com todas as minhas forças não poderia negar. Pode ser que seja até mesmo estúpido dizer algo assim, sendo a situação em que me encontro deveras difícil, mas mentir para mim mesma é algo que não faço. O sentimento surgiu de repente, como uma flor que desabrocha inocentemente para deixar tudo à sua volta mais bonito. Eu me apaixonei pelo cara mais improvável, mais infantil e mais idiota que poderia encontrar. Eu me apaixonei por Natsu.


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Notas finais do capítulo

E ENTÃO GALERA????
GOSTARAM DO CAPÍTULO? NÃO GOSTARAM? AMARAM? ODIARAM? MERECEMOS COMENTÁRIOS??

O próximo capítulo está por conta da Fuinha.

Kissus da Panda



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