Quatro Elementos: O Começo escrita por Amanda Ferreira


Capítulo 34
Pesadelos repetidos, Louco?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo meus amores!
Não briguem comigo por causa desse capítulo. Felipe ainda não esta apaixonado pela Bianca, ele sente alguma coisa sim, e como eu disse ele não é muito de romance ate por ter sofrido por isso no passado, mais ele só sentirá alguma coisa mais forte nos próximos capítulos, então não fiquem com raiva.
Obs: Mais um sonho da Bia, prestem atenção! Importante!
Boa leitura!



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Minha vida era resumida em estudar, trabalho, praticar meu elemento e depois ver o mesmo sonho se repetindo a cada noite. A dor, o medo, a falta dele. Era isso que se passava na minha mente.

Se eu estava enlouquecendo? Talvez, eu não tinha certeza e nem sabia se iria melhor.

A escuridão estava de volta, as árvores balançavam com o vento frio que batia, e ruídos saiam da floresta. O pavor me tomava e eu queria fugir porque sabia o que aconteceria dali para a frente.

A mulher com a capa preta surgiu de entre as árvores, eu não via seu rosto, só os cabelos compridos ondulados batendo na cintura e o medo que ela emanava. Ela entrou na floresta de novo e não entendia porque não falava comigo, então corri atrás dela pela floresta escura, o medo dominava o meu ser mas mesmo assim eu tinha que falar com ela, tinha que perguntar quem ela era e porque estava ali.

Ela corria muito rápido mas eu felizmente eu conseguia acompanhar, ate ela parar bem no meio da floresta negra.

Atrás dela se mantinha uma criança, parecia ter medo, mais de que ele tinha medo? Eu também não conseguia ver o seu rostinho mas algo eu via com nitidez, a pequena criança atrás dela estava coberta por algum tipo de líquido. Dei um passo e a mulher estendeu a mão como um alerta para que eu parasse.

- Precisa ir embora antes que seja tarde demais! - sua voz era sombria e assustadora.

- Quem é você? - perguntei confusa.

- Não se envolva, fuja em quanto é tempo, a conexão não pode acontecer! - ele ignorou minha pergunta.

- Do que você esta falando? Quem é você? - perguntei desesperada.

- Fuja! - ela ordenou e o medo me forçou a sair dali.

Comecei a correr pela floresta, minha visão estava nublada e eu não via muito bem o que estava ao meu redor mas uma coisa eu tinha certeza, estava sendo seguida. E isso foi confirmado quando meu corpo bateu com força numa árvore e a figura pálida estava por cima de mim. Os seus olhos brilhavam feito sangue e as presas estavam a mostra. Tentei empurra-la mas minha força tinha ido embora.

Me debati mas foi inútil e ela girou meu pescoço causando uma dor terrível para logo depois cravar seus dentes arrancando meu sangue que escorreu pelo meu cobrindo e tirando tudo de bom que havia sobrado.

Soltei um grito agudo junto com um pulo da cama. Eu estava arfando, com raiva pelo mesmo sonho de sempre, o que isso significava?

Ele correu se sentando para me olhar com preocupação.

- O que foi? - ele perguntou mas minha voz não saiu.

- Bianca o que foi? Me fala – sua voz era de ordem.

- Foi... só um sonho! - por fim minha maldita voz saiu.

- Você esta bem? - ele me fitava preocupado.

- Desculpa Felipe! - abaixei a cabeça tentando eliminar as imagens.

- Olha pra mim. - ele levantou meu rosto com as mãos me fazendo ver os seus olhos. - O que você sonhou?

- Deixa isso pra lá, foi só um pesadelo. - Eu não o tinha convencido, ele ainda matinha a preocupação ali.

- Sabe que pode me contar se quiser!

- Esta tudo bem, eu juro! - tentei transmitir confiança.

Ele tirou as mãos do meu rosto para me olhar e um vinco de preocupação estava ali.

- Lipe. - chamei puxando sua mão.

- O que? - ele falou com frieza.

- Não se preocupe, foi só um sonho. - ele apenas assentiu e se levantou pegando a mochila.

- Aonde vai? - perguntei confusa.

- Vou embora! - meus olhos se arregalaram, o que ele pensava que estava fazendo? Não podia me deixar sozinha.

- Embora? - olhei confusa vendo ele pegar as chaves da moto.

- Sim. Qualquer coisa me liga.

- Felipe você não pode sair uma hora dessas! - eu gritei enquanto ele fechava a porta.

- Tchau! - ele falou lá de fora.

Me levantei pegando um casaco e sai correndo atrás dele que já descia as escadas.

- Felipe! - gritei e ele se virou para logo voltar a andar em direção a saída.

- Espera! - tentei de novo mas ele fingiu não ouvir.

Corri mais rápido e sai sentindo o vento frio nas minhas pernas por causa do short fino e curto. Segurei seu braço e ele se virou com uma expressão de raiva.

- Aonde pensa que vai? - perguntei um tanto irritada.

- Já falei, vou embora! - ele respondeu com frieza.

- Não, você não vai!

- Presta atenção Bianca porque eu vou falar só uma vez: Eu vou embora sim e não vai ser você nem ninguém que vai me impedir. - senti uma certa pontada com suas palavras e olhei indignada.

- Por... Por que? - eu estava confusa.

- Já chega! Chega dessa palhaçada!

- Do que você esta falando? - ele ficou em silêncio olhando minha mão segurar seu braço.

- Do que você esta falando Felipe? - perguntei de novo ate ele me olhar.

- De toda essa idiotisse. - ele falou em voz baixa.

- O que? - eu não estava entendendo.

- Bianca já chega de fingir ser o pobre mutante que precisa de proteção, seja com toda essa bobagem, pra mim já deu! - ele puxou o braço.

- Eu não entendo. - qual era o problema dele?

- Melhor ainda! - ele se virou e seguiu com pressa em direção a sua moto. Andei atrás ate ele parar para me olhar com raiva.

- Acho melhor você entrar porque aqui esta frio! - ele apontou para minha roupa.

- Por que esta fazendo isso? - eu ignorei sua sugestão e ele suspirou.

- Por que o que você esta vendo, não são sonhos, são avisos, seja quais forem, mas são avisos para que eu me afaste.

- O que? Claro que não Felipe, isso não tem nada a ver com você esta bem? Tem a ver comigo e você não vai embora por causa disso! - eu estava irritada, não devia ter falado que era um pesadelo. - E se vai embora agora porque resolveu ficar então? - desde do acontecimento com o... Eu não queria me lembrar de nome dele, o Felipe tinha ficado conosco e estava sendo um ótimo amigo e me ajudando bastante, acho que já tinha feito um mês ou mais e agora ele deu na cabeça de ir embora.

- Por você. - sua voz saiu baixa e ele abaixou a cabeça como se tivesse vergonha.

- Eu? - ele tinha ficado aqui só por minha causa?

- Eu trouxe os vampiros ate você, e eu vou tirar, é uma promessa. - ele sussurrava.

- Lipe por deus! - eu me aproximei ficando nas pontas dos dedos para levantar seu rosto e faze-lo me olhar – Se quer mesmo me proteger, não vai ser indo embora que você vai conseguir.

- Acredite, vai sim. - ele tirou minhas mãos e subiu na moto acelerando e já não estava mais ali, ele era muito rápido quando queria fugir. Fiquei sozinha na rua vazia e não me restava mais nada a não ser voltar para casa e lamentar a ida do meu amigo.

***

Felipe

Talvez eu só estivesse esperando minha chance para fugir como o verdadeiro idiota que eu era. O medo estava me tomando e o pior de tudo... a verdade do que estava mesmo acontecendo comigo, de novo. Maldita hora em que eu fui aceitar ficar naquele lugar ainda mais perto dela.

Segui com o vento no rosto e os pingos finos que começavam a cair, minha mente girava em torno de uma só coisa: sair daquele lugar o mais rápido possível e outra: Eu precisava de ajuda para arrancar o coração de cada um dos malditos sanguessugas que me rodeavam.

Entrei na rua pequena e com poucas casas, ate me afastar e avistar a casa escura em meio as árvores. Desci da moto e tirei o capacete vendo a chuva aumentar. Subi os degraus e parei na porta que se abriu antes mesmo que batesse.

- Que devo a honra da visita? - a voz delicada me fez dar um sorriso.

- Queria conversar! - falei.

- Fique a vontade! - ela abriu caminho.

A decoração meio antiga era na verdade muito bonita, uma cristaleira cheia de garrafas de vinhos importados e um sofá no centro da sala.

- Por que é tão malvado com ela? - ela perguntou me estendendo um copo.

- Não sou. Só quero ajuda-lá.

- Não pode mentir pra mim Felipe! - eu as vezes me esquecia que a Kate tinha um dom.

- Kate, eu só quero que ela fique bem.

- Eu sei. Mais não vai ser fugindo que você irá ajudar anjo. - ela aproximou

- Ouvi isso a alguns minutos atrás!

Eu apenas suspirei e me sentei no sofá, ela me olhou e se sentou ao meu lado me observando, ou melhor dizendo, usando seu poder.

- Está preocupado... - ela refletiu.

- Preciso da sua ajuda! - enfim admiti.

- Felipe pedindo ajuda? Meu deus é momento histórico! - ela riu mostrando os dentes brancos e perfeitos.

- Pois é! - eu tinha me aproximado bastante da Kate desde o tempo em que estive morando no instituto.

- E para que exatamente precisa da minha ilustre ajuda? - ela me analisava com atenção.

- Bom...os vampiros estão atacando a cidade e isso tem piorado a cada dia, eu acho que está na hora de interferirmos e tentar parar com isso! - expliquei.

- Quer parar os vampiros... mais o que isso tem a ver com a Bia? - ela perguntou colocando mais vinho no seu copo.

- É uma longa história! - falei em desanimo estendendo meu copo para ela.

- Está é uma das boas coisas de ser um imortal, adoramos longas histórias! - ela sorriu.

- Tudo bem... - suspirei. - Um dos vampiros que estão atacando a cidade, não vieram aqui para matar todos e sim porque esta atrás de mim. Uma vampira louca do meu passado... - a maldita dor me veio só de lembrar.

- Acho que entendi! - ela falou analisando minha dor que estava pulsando.

- Isso que dá ter esse rostinho lindo! - ela riu.

- Antes fosse isso! Mais e ai esta dentro ou não? - perguntei.

- Deixa me ver e se eu entendi bem. Você quer que eu te ajude a ir atrás de quatro ou cinco vampiros jovens, que bebem sangue humano todos os dias e sei la quantas vezes para tentar mata-los?

- Basicamente! - dei um sorriso convincente.

- Não sou uma vampira tão poderosa a ponto de enfrentar tudo isso! E além do mais não sou tão forte quanto eles e facilmente seria morta. - ela deu de ombros.

- Katherine, você é poderosa com esse dom e é muito mais velha do que eles! E eu só não posso te dar minha veia... - sorri estendendo o braço.

- Obrigado pela parte que me toca! E não precisa se preocupar porque não quero seu sangue, você tem um cheiro doce demais! - eu ri e ela afastou meu braço.

- E então? - ela me olhou com atenção concerteza avaliando se eu falava a verdade ou não.

- O que eu não faço por vocês! - ela revirou os olhos.

- Por isso você é tão agradável!

- Já nasceu com isso? - ela perguntou enquanto passava a mão esquerda de leve no símbolo no meu braço.

- Acho que sim! - olhei vendo que tinha mudado um pouco, talvez maior.

- Interessante!

Dei um sorriso pegando mais vinho e colocando no meu copo. Eu gostava de conversar com a Kate e de um certo modo eu sempre arrumava amigos vampiros, por mais que sofresse pelo o que aconteceu com a Jennyfer os amigos vampiros eram as melhores.

- Mais me fala, o que tem feito para se divertir? - ela perguntou mexendo no cabelo loiro claro.

- Não tenho me divertido ultimamente! - fui sincero.

- Para falar a verdade nem eu. - ela suspirou.

- E o que vampiros fazem para se divertir? - perguntei com um sorriso de repente.

- Além de matar pessoas? Pular de penhascos, dançar, beber... - ela riu.

- Ler, perseguir animais indefesos é muito bom, a sei la. - levantei as sombrancelhas sugestivo.

- Sexo! - ela falou com um sorriso.

- E não saem quebrando tudo? - perguntei bebendo mais do vinho dela.

- Não! E é quase tão bom quanto beber sangue humano! - olhava para o copo cheio.

- Legal! - soltei um riso baixo e ela me olhou.

- E o que vocês fazem? - ela finalmente perguntou.

- Muitas coisas!

- Serio? Me fala Lipe! - ela se sentou mais perto de mim com curiosidade.

- Só nunca pulei de penhascos e nem bebi sangue humano, ou matei pessoas indefesas ao não ser que vampiros contem, mais o resto já fiz quase tudo.

- Radical você em! - ela riu.

- A gente tenta! - nos rimos e ela parou me olhando de uma maneira diferente.

- O que foi? - perguntei.

- Você gosta dela não é? - ela perguntava séria agora.

- Dela quem? - já ia começar com isso.

- Como quem Felipe! A Bianca, gosta dela não é?

- Claro que não! - falei rapidamente já me levantando e saindo em direção a porta.

Antes que eu pudesse pegar a fechadura ela estava a minha frente com um sorriso.

-Qual é? Vai fugir das minhas perguntas? - sua voz estava doce.

- Não, eu só preciso ir!

- Posso saber pra onde? - ela sorriu.

- É um interrogatório? - suspirei.

- Não, só quero confirmar o que vejo em você! Sabe Lipe você tem um escudo muito bom e consegue esconder seus sentimentos de mim mais não o bastante para deixar uma linha escapar.

- Por que acha isso? - eu precisava sair.

- Porque eu vejo que esta cada vez mais forte, por isso você foge dela.

- Fala sério! - me virei pegando a maçaneta e ela me impediu.

- Não vai sair nessa chuva!

- Não sou de açúcar! - dei um sorriso sínico.

- Não, mais ainda tem uma parte humana que pega gripe. - revirei os olhos.

- Esta me convidando para ficar? - dei um sorriso malicioso.

- Só estou falando para não sair na chuva! - ela sorriu também.

- Eu aceito seu convite, acho que preciso me divertir, se é que me entende! - andei pela a sala.

Ela se virou devagar para me olhar e um sorriso brotou no seu rosto. Não demorou muito para ela estar com a garrafa nas mãos e mandar um copo pra mim.

- Vamos nos embebedar! - ela riu.

- Eu não fico bêbedo, são anos de experiência.

- Não mais do que os meus!

- Tem razão! Não sou tão velho quanto você, ainda tenho 18 anos! - ela fez uma careta.

- Pra sua informação, eu tinha 17 quando me transformei! - ri avaliando que ela parecia mesmo ter uns 17 ou 18 anos.

- Finja que esta bêbado então! - ela estendeu o copo em brinde.

- Eu tenho uma idéia melhor! - girei na sala ate ficar de frente para ela que me olhou desconfiada. Deixei meu copo sobre a mesa e fui para mais perto. Eu precisava mesmo esquecer algumas coisas que estavam me incomodando.

- Que tal a gente brincar de outra coisa? - perguntei malicioso.

- Fala sério Felipe, sexo por diversão? - ela havia entendido.

- Por que não? - ela me olhou pensativa. Movi uma das mãos acariciando seu rosto de boneca.

- Porque você gosta da minha amiga! - revirei os olhos.

- Para com isso! Vamos esquecer todos os problemas, ta legal. Pelo menos por uma noite. - fiz um carinha de pidão e ela parecia pensar.

Aproximei mais encurralando ela na parede mais próxima e comecei a distribuir beijos pelo seu pescoço que por sinal tinha um cheiro maravilhoso. Subi ate chegar e ficar a centímetros da sua boca e dei um sorriso provocante.

- Por que não? - ela repetiu minha pergunta e logo em seguida nos movemos para outra parede mais com ela no controle. Eu não gostava muito de ser controlado mais abriria uma exceção.

Ela deu um sorriso malicioso e me beijou de leve, mais sinceramente eu não estava muito afim da gentileza dela, então sem pensar direito eu nos movi ficando no controle, como eu disse não gosto de ser controlado. Avancei com minha boca na dela sem cuidado. Esta ai uma das coisas boas de fazer sexo com um vampiro, voce não precisa de cuidados.

Escorreguei minhas mãos por baixo da sua blusa de malha fina arrancando um suspiro dela. Seu beijo era um tanto sem cuidado assim como o meu estava.

Não demorou muito para o beijo ficar intenso e as minhas mãos deslizavam pelo seu corpo levantando a blusa do mesmo modo que ela fazia comigo.

Ela girou de novo me colocando na parede e quando respirei de novo ela não estava mais ali, estava no alto da escada como se me chamasse para subir, e foi o que eu fiz.

Usei minha velocidade sobre-humana ate chegar onde ela me esperava sentada sem nenhuma preocupação em cima de uma cama grande com lençois brancos. Mais que depressa eu fiquei por cima dela na cama e comecei de onde havia parado: tirar a sua roupa.

Minha respiração já estava falhando quando ela passou as pernas no meu quadril e arranhava minhas costas. Tentei me concentrar e senti o chão tremer e a força me dominar.

- Felipe! - ela falava enquanto eu tentava colocar meus pensamentos em ordem. Provavelmente meus olhos deviam estar estranhos como sempre ficavam quando eu era dominado.

- Tudo bem! - consegui falar e voltar ao meu foco.

- Seus olhos estavam, sei la, como se trincavam.

- Desculpa, isso acontece as vezes quando perco o controle.

Então te faço perder o controle. - ela sorriu divertida.

- E como faz. - a beijei de novo sem medo.

Se eu me arrependeria? Não, eu não me arrependeria. Estava sim ficando com uma vampira loira e linda. Não morreria por isso, e seria bom.

Esquecer tudo que me dominava e me incomodava esses dias, esquecer ela que tanto me preocupava: Bianca.


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Notas finais do capítulo

Kate e Felipe?!
Hum o que acharam? Bianca ou a Kate é o par ideal pra ele?
espero que tenham gostado. Bjs



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