Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 27
Capítulo 27. Só Mais um Dia da Vida parte l


Notas iniciais do capítulo

EU AMO VOCÊS
Saudades, mil saudades.
Desculpem pela demora. Valeu a pena os estudos (menos em matemática, que fiquei em recuperação T-T )
Espero que gostem do cap.
EU AMO OS MEUS LEITORES.



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POV. Annabeth Chase

A porta estava trancada.

Coloquei os baldes com os esfregões, panos, produtos de limpeza e toalhas no chão e retirei o molho de chaves que estava no bolso da minha calça. Peguei a primeira chave e tentei girá-la na fechadura. Não consegui. Tive que fazer isso por mais seis vezes até que achei a chave certa. De seis vezes, para sete chaves. A última era a chave certa.

Abri a porta, e peguei os produtos e objetos para a limpeza, entrando na sala. Só quando fechei a porta, percebi o quão enganada eu estava.

" Vou demorar três séculos para limpar esse lugar. "

Na primeira vez que eu e Thals entramos na sala, ela estava repleta de alunos, e estava mal iluminada. Mas agora, se via uma sala ampla, grande, bem iluminada e bem equipada. Fechei a porta com o pé, mas percebi que pelo barulho, somente encostei a porta. " Não devo me preocupar com isso, tenho outras coisas para me preocupar. " pensei, deixando os baldes e os outros produtos da limpeza na minha frente. Contornei-os, observando ao meu redor.

Muita coisa parece ter mudado desde aquela noite chuvosa que entrei pela primeira vez na sala. O espaço que o professor Ares usou para as lutas e a brincadeira do barbante, antes limpo, agora estava com estantes móveis com fagas e adagas de diversos tamanhos, até facões e facas mais simples. Na parede, havia alvos do exato tamanho de um ser humano, com uma superfície vermelha com alvos de 30, há 10 órbitas marcadas, demonstrando os pontos, ao redor da cabeça, peito e no abdômen. Havia pelo menos 15 alvos pregados na parede.

Olhei ao redor. O quê me deixou intrigada, foi pensar que a sala estava dividida em “ilhas”. Havia, no final da sala, um tatame preto que ocupava quase metade da mesma. Era a área de lutas corpo á corpo, acredito. Caminhei até essa parte. Havia nas paredes, armas de corte de madeira. Diversos tipos. Desde adagas, á espadas de madeira como Katanas. E do outro lado do tatame, tinha as verdadeiras armas de corte. Uma parte de mim ficou impressionada com a variedade de armas que havia naquela parte. Me aproximei, caminhando sob o tatame preto, até as armas presas na parede. Pareciam não ser usadas fazia séculos. A poeira chegava a ser grossa, tendo camadas. Suspiro baixinho. “ Vou ter que limpar isso tudo... “só a ideia me deixava cansada, não como preguiça, mas por eu ter que fazer tudo isso sozinha.

Olho para a direita, e decido ir ver o resto da sala.

Depois dos alvos azuis presos na parede, havia mais um espaço grande de tatame, porém, sob eles, havia equipamentos de ginástica, e academia. “ Wow. Isso é sério? ” sorrio pelo lado de meus lábios. A Deadly tinha uma academia, mas era mais usada pelos caras que eram viciados por malhar. Algumas garotas usavam, e algumas delas era Thalia. Eu sempre ria quando ela vinha pro quarto tomar banho, xingando os caras tarados que a observavam malhar. E ela ficava mais puta da vida quando alguns dos amigos dela brincavam que acontecia uma orgia durante malhavam.

Enquanto passava pelos aparelhos de ginástica e de academia, vi, além de sua poeira, vi que as paredes eram brancas, e que a iluminação do lugar era muita. Quando olhei para cima, me assustei quando vi meu próprio reflexo no teto. Parei de caminhar, e fiquei olhando para cima. Além dos espelhos, havia cinco fileiras de dicróicas quadradas, de aproximadamente 6 de área. Isso, distribuido uniformemente pela sala.

Suspiro, e volto a caminhar, olhando para a minha frente, com as bolinhas da luz ainda em minha visão.

Havia, no final da sala, um vidro. Era dali que vinha as luzes dos raios da noite que houve as lutas. Me aproximo do vidro, e vejo o meu reflexo embaçado. O vidro era grosso. E o que eu via depois dele, era o que mais me impressionou. Além da floresta que havia ao redor da academia, vi que havia por mais diversos quilômetros as mesmas árvores, o mesmo verde, mas no final, via a cidade.

Era linda. Disante, silenciosa. Os prédios pareciam riscos no horizonte. As pessoas, pareciam não existir. Quase nem parecia ser uma cidade. Quase nem parecia existir de tão perfeita que parecia ser.

Suspiro e cruzo meus braços por cima da regata preta. E encarei meus olhos pelo vidro. Algo dentro de mim pareceu ter ganhado vida. Não. Ganhado vida não, só despertado. Eu sei o que é. Foi desde o momento que eu vi a academia.

Era perfeitademais. Os quartos, os professores, a Sala de Treinamento... Absolutamente tudo. Era perfeito demais, tanto que chegava a incomodar. A Deadly era quase isso, mas a diferença era que não poderia haver algum interesse nos alunos sem aqueles que eles nos falavam. Eles não nos teriam nos treinado para nada além dos interesses de segurança ou outras academias. Mas aqui, parece ser diferente. Parece que eles querem nos colocar em nosso limite, e passar dele, para que possamos ser os melhores.Tinha que ter algo por trás, algum plano, algum interesse, qualquer coisa. Mas tinha que ter.

A porta rangeu. Olhei para trás, e vi um vulto negro.

– Não sabia que a Sala tinha sido reservada.

Eu sabia quem era. Era Nico, o irmão da garota morta, Bianca.

– Não foi reservada. Ares que me mandou aqui. – digo virada para ele, de braços ainda cruzados.

Nico sorriu ao fechar a porta.

– Você foi a garota que Ares mandou limpar a academia? – era possível ouvir o tom de diversão.

– Por impedir que a amiga fosse morta, isso é algo que se merece receber? – pergunto e Nico caminha em minha direção. Havia uma toalha branca ao redor de seu pescoço. Ele vestia uma regata preta, calça de combate preta, e estava descalço. Seu cabelo negro caia rebeldemente sobre seus olhos. Uma parte de minha consciência sussurrou baixinho até que ele é bonito.

– Não te avisaram para nunca intrometer em uma luta? Especialmente quando é na aula do Ares? – ele pergunto me olhando intensamente.

– Não. Ninguém é humilde o suficiente para falar nada.

Ele ri. Sua risada é contagiante, e contém algo atraente. Sua voz é grossa, mas não tanto. E ele tem um jeito que em deixa inquieta.

– Nem a garota Piper? – ele pergunta, estando a meio caminho de mim.

E eu sinto um peso em meu corpo ao falar:

– Não.

Ele sorri de lado.

– Como foi ser acolhida por ela? Digo, ela foi a primeira que acolheu você e Thalia. – ele diz segurando a toalha pelos dois lados.

Decido ficar parada em meu lugar.

– Ela é uma grande amiga. Pena que muitos não veem isso.

Ele assenti com a cabeça, ainda caminhando. – Cuidado Chase. Sabia que você está tendo influência aqui na Force? O Jackson, Apollo, Ares, Piper e agora quem mais?

Ao ouvir aquilo, franço as sobrancelhas. O que ele queria dizer com isso?

– O quê quer dizer com isso?

Ele ri levemente debochado. Estava chegando perto demais.

– Você sabe o que eu quero dizer. As garotas daqui acham que tem o Jackson e o Apollo na mão. Acham que você desafia Ares, o que foi comprovado quando se meteu entre o Jackson e a Piper. – ele fala me olhando, e eu sinto uma vontade de recuar, mais por instinto do que qualquer outra coisa. – E é amiga da garota menos popular da academia. Sabe o que isso leva? Os Designers acham que você quer colocar um novo plano aqui na Force. Acham que você quer tirar o que é deles por “direito”. – ele faz as aspas enquanto falou, e antes de continuar, tirou um pouco os cabelos dos olhos. – E o pior é que eles acham que você possa ser a próxima puta do Jackson. A Drew e a Calypso já tem esse mérito. E elas odiariam perder a fama delas, e a populariedade, ainda mais quando o final do trismestre está chegando.

– Não me importa o que elas achamque iram perder. Eu não tenho essa intenção. Já fui julgada pelas minhas escolhas, e pelo meu jeito de ser. E não vai ser agora que vou dar atenção á boatos de garotas mimadas e patricinhas que não sei quais razões acabaram aqui, nesta academia. – dou um passo em direção a Nico, e ele pára, me analisando com os olhos negros intensos. – Não vai ser agora que vou deixar de viver minha vida porque não agradei certas pessoas.

– Sábias palavras para uma pessoa que age por emoções. – uma terceira voz aparece e eu vejo que atrás de Nico, Ares permanecia parado, com roupas sociais me analisando como se quisesse que eu queimasse.

– Ares, não era seu dia de folga? – Nico pergunta se virando para ele.

– Não me quer em minha própria área? Quanta audácia, Di Angelo. – ele se aproxima – Pena que não é totalmente meu aluno, te mandaria fazer 150 flexões agora.

– Acho que deveria questionar Poseidon sobre isso. – disse Nico. Obviamente, ambos se odiavam. Analiso os dois. Nico estava leve, mas Ares parecia tenso por alguma razão.

– Chase! – seu grito me disperta. – Ainda vejo poeira neste lugar. Por que a demora para começar?!

Arquejo minha coluna, colocando meus braços para trás, ajeitando meus ombros, separando meus joelhos.

– Já estou indo, professor. – falo com minha voz grave e alta. Era assim que Quíron nos ensinou á falar com alguém que era maior de nós.

– Acho bom, Chase. – Ares falou, e seus óculos brilharam contra a luz. – Tenha cuidado, Di Angelo.

Ares saiu da Sala de Treinamento sério, com seus passos ecoando pelas paredes. Quando fechou a porta, Nico olhou para mim.

– Agora não é uma boa hora para você desobeder uma ordem dele. Ele estará vijiando pelas câmeras de Vigilância secreta. – ele disse e se virou, segurando a toalha. E só agora que eu percebi que ele estava á passos de distância de meu corpo.

Isso me deu um arrepio indesejável.

POV. Percy Jackson.

Drew saí do meu quarto com parte da blusa amassada e virada ao avesso. Seu sutiã rosa fica aparecendo pela blusa transparente, assim como a sua calcinha que aparece um pouco acima do cóz da calça do pijama roxo. A noite foi o que eu precisava, mas não foi tudo aquilo... Eu precisava retirar meus pensamentos da cabeça, e por isso pedi a ajuda de Drew. E como ela estava disposta a me ajudar, a noite foi intensa, o que me ajudou um pouco a esquecer dos meus pensamentos que não deixavam minha cabeça. Fazia umas duas semanas que que eu não tinha sexo assim, foi bom ter pegado de jeito ela pra relaxar.

Saio da cama e me espreguiço. Estava vestido somente com a calça do pijama, uma azul marinho. Me arrepio quando desligo o ar condicionado, e o ar do quarto fica rapidamente frio. Não era que eu não gostasse do inverno, na verdade, sou friolento, mas meu corpo é quente, então, consigo manter o calor de meu corpo.

Vou para o banheiro e me vejo no espelho. Sou muito parecido com meu pai. Pelas fotos que ele tem lá em casa, sou como um clone dele. Os mesmo cabelos pretos rebeldes, os olhos azuis/verde mar, e o sorriso largo e sedutor que ajuda no meu charme. As únicas coisas que diferenciam meu pai comigo é que eu não tenho cabelos brancos, e nem o seu jeito de pensar. Sou mais pra único, nesse sentido. Ele não me intende, e nem finge se importar que tenta. Para ele, sou mais um fardo, como um negócio que ele fez que não deu certo.

Mas eu sei que ele ama a minha mãe. E eu sei que ela ama ele. Se não, sou somente uma criança gerada de um ato sexual entre duas pessoas. Só isso. E ás vezes, penso que sou só isso mesmo.

[...]

O refeitório está quase vazio. Já está perto das 11:00hs da manha, mas mesmo assim eu tenho que comer algo. Pego uma panqueca e um suco. O de sempre quase. E quando eu ia dar uma mordida, Ares entra com Jason discutindo baixo sobre alguma coisa.

Dou uma mordida e tento prestar atenção no que eles dizem. Como estou no canto mais afastado do refeitório, parece que eles não me notaram.

– Ela sabe lutar, mas tem um pequeno problema em deixar a esquiva lenta demais. - fala Jason pegando uma garrafa de água e a abrindo com força. Usava um moletom azul da Vans e uma calça clara.Seus cabelos estão sobre seus olhos, precisando do corte militar que ele sempre usa. - O único defeito dela é esse. O resto, só aprimorar...

– Poseidon pediu para que eu as treinasse duro. Ele quer que elas estejam prontas... - Ares se vira para pegar um prato com um hambúrguer com aparência fria e eu não consigo ouvir as suas palavras. - ... A morena será um problema. Eu lembro de um campeonato dela que ela saiu ferida por causa da guarda. Ela sabe atacar, menos se defender.

– E a outra loira sabe ambos, mas só porque sabe como estudar o inimigo. - Jason fala e Ares assente.

Morena? Loira? Eles estão falando de Thalia e Annabeth? Dou uma mordida minúscula na minha panqueca, sem interesse em comer.

– Gostei muito do golpe que ela deu no Di Angelo para finalizar. - duvido que Ares esteja sorrindo, mas seu tom indica que ele está de bom humor. - Mas o que não gostei foi que ela deixou o outro braço dele livre. Se o lutador tivesse uma faca escondida na base da cintura ou na calça, ela estaria morta antes de quebrar seu braço e te enforcas com as pernas.

– Verdade. Ela ainda tem que ser treinada, não completou o nível de lutas. Apesar de que seu karate, assim como o combate em armas estar bom.

– A morena não vai sobreviver. - Ares fala depois de um certo tempo. - Ela é fraca psicologicamente. E tem erros na defesa. Na luta eu consigo concertar, mas na mente, é ela ou a Sendy que irá concertar.

– As duas tem capacidade, Ares. Acredito que se a treinarmos bem, estaremos prontos caso decidam atacar. - Nico fala mais baixo, e se senta na mesa de costas para mim. Ares se vira, e me vê. Desvio o olhar rapidamente e coço o olho, para fingir que estou meio que dormindo.

– Pelo jeito o Jackson teve uma noite feliz. - diz debochado enquanto se sentava ao lado de Jason.

Jason não se virou, mas se levantou e seguiu para a saída, sem olhar para trás. Achei seu comportamento estranho, mas não tive tempo para pensar sobre isso.

– Então Jackson. - fala Ares antes de comer o hambúrguer

– Foi a morena ou a loira que você festejou ontem? Não me diga que foi as duas. Você não é homem o bastante para pegar duas ao mesmo tempo.

Bufo e me levanto, com vontade de socar o sorriso debochado de Ares.

POV. Piper McLean

– Hey! Piper! Espera! - o grito de Jason me parou no exato momento que meu coração pulou umas dez batidas.

"Eu ainda vou morrer por esse Superman." sorrio fraco ao ver ele se aproximando.

– Hey... - falo, e passo a mão em meus cabelos. Hoje foi o único dia que eu decido lavar eles de manhã, e é nesse exato dia que ele tem que ficar pior ainda. E é o dia em que Jason me para no corredor.

Ironia do destino? Talvez.

– Está ocupada? - pergunto com as mãos no bolso do moletom.

– Ahn, na verdade não. Por que? - pergunto interessada encarando seus olhos.

"Não babe" minha mente me alertou.

Ele passa os dedos no cabelo comprido e fica inquieto por um instante.

– Eu precisava de ajuda com o dever de casa de Física... Queria saber se poderia me ajudar.

"Não pira" segundo alerta.

Ahn, claro. Que horas você pode? - pergunto mexendo distraidamente na barra do meu suéter vermelho comprido demais para mim.

– Pode ser agora, se não tiver problema para você. - ele sorri um pouco.

– Claro, não tem problema nenhum. Na biblioteca?

– Na verdade, pode ser no meu quarto? A maioria do povo está na biblioteca estudando para as provas, e eu acho que seria mais adequado um local quieto pra estudarmos.

"Não morre" mas a parte irracional do meu cérebro começa á apitar em minha mente, gritando " HOLY FUCKING SHIT, DANGER, DANGER, DANGER, DANGER, UIU UIU UIU "

Sorrio e sinto minhas bochechas ficarem levemente quentes, como se não ouve-se uma guerra dentro de minha cabeça.

– Okay, só vou no meu quarto pegar minha mochila que eu te encontro lá.

Ele sorri quase de orelha á orelha, revelando os dentes brancos perfeitos.

– Perfeito, te encontro daquia pouco.

Sorrio, e Jason sai, olhando para trás, antes de entrar no refeitório.

" DIE, DIE, DIE, DIE, DIE, DIE NOW BITCH "

POV. Annabeth Chase.

– Já vai passar, só esperar o efeito do remédio e logo a dor vai acabar.

Coloco o gelo bem em cima do ponto de dor em minha bochecha. Olho agradecida pra Angélica, que se afastava agora. Ela fecha o pote onde contém os remédios e o coloca de volta na prateleira. Olho em volta, tentando não me concentrar na dor de meu corpo.

– Foi feia a luta, hein? - ela pergunta e eu assinto com a cabeça, tentando não fechar meus olhos para não ficar mais tonta.

– Nico é um ótimo lutador, tenho que admitir.

– Mas você também é. - disse ela voltando á ficar na minha frente, mas agora, se sentando na maca. - Não entendo como foi que você perdeu para ele.

– Ele foi mais rápido, só isso. - falo, colocando e tirando o gelo, para ver se eu ainda sinto algo além de dor em minha bochecha.

– Eu vi a luta Annabeth. - ela fala e eu levo como se fosse um choque. - E não perdeu porque ele foi "mais rápido". O quê aconteceu?

– Como viu a luta? - pergunto.

Ela sorrio quase como se fosse uma brincadeira o que eu disse.

– Naquela coisa que está pregada em cima de você, a coisa preta, que dá pra fazer brilhar apertando um botão. - ela faz uma brincadeira e ri, mas eu só consigo fazer um pequeno sorriso, quase inexistente. - Jura que nunca viu o monitor aqui na enfermagem?

– Tudo o que acontece na Sala de Treinamento está conectado ás câmeras de vigilância da Force Academy. E como eu sou a que socorre os feridos, tenho que saber onde, como e qual a gravidade que atingem aos feridos. - ela falou. - Agora me diga: qual foi o problema que te fez desacelerar?

Olho para o chão e depois para ela.

FLASHBACK ON

Ofego, me afastando de Nico.

– Vamos Annabeth, você consegue fazer mais do que isso. Você é mais do que isso.

Sinto o sangue escorrer pela minha sobrancelha. O Flashback volta. São os mesmos passos, mesmos golpes, mesma força e o mesmo sangue. Mas não a mesma crueldade, e nem o mesmo inimigo. O tempo passou. O ambiente morreu. Por que eu ainda sim não consigo me mover?

FLASHBACK OFF

– Eu estava cansada. - minto, e Angélica levanta as sobrancelhas ao ouvir minha resposta. - Eu já tinha limpado quase a academia inteira, e ainda mais a luta... esgotou as minhas energias.

Angélica me analisa. Ela sabe que estou mentindo.

– Está bem.

Foi só o que ela disse até a hora que Angélica me liberou para ir embora.

POV. Strangers in Paradise

Thalia dormiu ouvindo música no celular. Grover estava assistindo filme agarrado com Júniper. Calipso estava com Drew, que não se atreveu a falar a amiga sobre a noite quente com o Jackson. Octavian estava jogando video-game em seu quarto, enquanto Nico se encarava no espelho, vendo como seu corpo havia mudado drasticamente desde a morte de Bianca. Estava mais magro, apesar dos músculos ainda estarem muito presentes. O vermelho em sua costela foi por causa do chute de Annabeth, e a dor em sua mandíbula foi a queda que ela fez nele. Poseidon analisava os emails, procurando pela ameaça que havia recebido na noite anterior. Zeus estava caminhando de um lado para o outro na sala, nervoso, esperando a entrada do Agente de Segurança entrar na sua sala. Sally Jackson esperava ansiosamente seu bebê tomar sozinho a mamadeira, esperando que ele consiga segurar a mamadeira com suas mãos pequenas. Apollo estava no seu novo apartamento, á espera de Angélica. Luke estava com Will. Paul estava no hotel.

Eles não sabiam que a vida de todos estavam entrelaçadas.


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Notas finais do capítulo

TROOOOOOLLING IN THE DEEEEEEEEEEP
:3