Hermione acordou cedo na manhã seguinte, olhou para os lados e viu que a cama de Amanda já estava vazia. Não tiveram muito que conversar na noite anterior, mas ela parecia ser uma boa pessoa.

A jovem bruxa vestiu o uniforme do orfanato e desceu as escadas, já haviam muitas pessoas sentadas nas mesas do refeitório. Assim que entrou no salão, muitas pessoas olharam para ela curiosas, e Amanda gentilmente a chamou para sentar-se ao seu lado.

- Bom dia, Hermione. Como passou a noite? – Amanda sorriu simpática olhando para a garota ao seu lado.

- Bem na medida do possível. – deu um sorriso amarelo, pois estava novamente mentindo. Passou a noite inteira planejando como acabar com Tom Riddle, como descobriria agora onde estavam as Horcruxes?

- Deixe-me te apresentar algumas pessoas: esse é Érico Whalley e do lado dele é Carlinhos Stubbs– apontou para um garoto de cabelos negros e olhos esbugalhados que estava na sua frente e um outro bem baixinho, eles olharam pra Hermione e disseram oi- Aquele é Denis Bishop, e aquela é a Morgana Osborne – apontou para os outros dois que estavam ao meu lado. –Pessoal essa é Hermione Emrys, ela é nova aqui, chegou ontem.

- Então, o que aconteceu com você Senhorita Emrys? – perguntou Érico Whalley – por que veio parar aqui?

- Meus pais... Eles... Desculpe ainda não me sinto bem falando sobre isso – Hermione fingiu limpar uma lágrima, mas na verdade só não conseguia se sentir bem mentindo, não era assim que ela era. Mas como já havia tido para si mesma: era necessário. – e, por favor, me chame de Hermione.

- Tudo bem, me desculpe.

Eles começaram a conversar, e todos gostaram muito de Hermione, e ela também simpatizou bastante com todos. Após alguns minutos, Hermione viu que alguém entrou no refeitório, e aquele rosto lhe era familiar... Será que era quem ela estava procurando? Deu um cutucão em Amanda e apontou para o garoto pálido e muito atraente que entrava.

- Quem é aquele?

- Ah, aquele é –Amanda engoliu em seco e evitou olhar para o garoto, assim como os outros que estavam com elas na mesa, apenas Hermione o encarou bem nos olhos- aquele é Tom Riddle. – sua voz falhou ao falar o nome dele, Hermione sentiu todo medo que ela sentia por ele, assim como as pessoas no futuro tinham medo de dizer “Voldemort”. – por favor, não se envolva com ele, é perigoso.

- Isso é sério Hermione, se mantenha o mais afastada possível de Riddle, coisas ruins acontecem com quem chega perto dele, Amanda e eu somos provas vivas disso – disse Dênis.

- Está tudo bem, eu não pretendo me aproximar dele. – Hermione estava olhando fixo para Riddle, e o garoto também a encarou. – Não mesmo.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Tom Riddle já não agüentava mais aquelas férias, quando finalmente terminariam? Não agüentava mais ficar no orfanato, queria ir pro seu mundo, queria desesperadamente ir para Hogwarts.

Como sempre, acordou cedo, mas não foi diretamente para o refeitório, pegou os livros que já havia comprado para as aulas, e pôs-se a lê-los. Era o seu sétimo ano, o último. O que planejava para sua via pós-Hogwarts era grande. Ele seria reconhecido, temido, seria o maior bruxo que todos já viram. Queria se vingar de todos os trouxas, todos os imundos, como o seu pai.

Sentia-se muito especial por ser o único bruxo daquele orfanato, ele era único e superior a todos aqueles trouxas. Logo poderia finalmente sair dali e se mudar definitivamente para o mundo bruxo, pra sempre.

Levantou-se de sua cama e foi para o refeitório. Sorriu internamente quando chegou lá, todos desviavam o olhar dele, todos tinham medo e pânico estampados no rosto. Encarou a todos, e uma garota o chamou a atenção, ela estava perto da idiota da Amanda e seus amigos, ela era nova por ali. Tom a encarou e estranhamente ela não desviou o olhar, o encarou como se o desafiasse. Não gostou nada disso.

Sentou-se isolado tomando seu café, olhava de soslaio para a garota nova. Cuidaria dela mais tarde, aquela garota ia descobrir quem era Tom Riddle e que devia temê-lo. Olhou para frente, e viu que Marta vinha em sua direção. Ela ajudava a cuidar do orfanato e sempre tentava fazer com que Tom se socializasse com as outras crianças.

- Bom dia Tom! Como está hoje? – sorriu-lhe gentil.

- Olá Marta, estou muito bem. – forçou um sorriso – Ahm, Marta, quem é aquela garota? – apontou para a menina de cabelos castanhos cheios e a pele branca cheia de pequenas sardas.

- Ah, aquela é a Senhorita Emrys. Hermione Emrys. Chegou ontem a coitadinha, estava desesperada.

Então a Senhorita Emrys chegou ontem e pensa que já pode me desafiar? Pensou Tom, ele não deixaria isso barato, não mesmo.