Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 33
Capítulo 33 Perdida e Salva




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No sábado de manha Paulina vai atender a porta e tem uma grande surpresa.

— Célia! – ela diz abraçando a amiga.

— Paulina que saudades. – Célia fala apertando Paulina no abraço.

Célia, Filó e Paulina conversam muito, ela diz que havia ido ate a mansão dos Brachos e já sabia de tudo. Célia estava na capital sozinha, seu marido havia viajado a negócios para Miami, e ela resolveu ficar na capital para visitar suas velhas amigas.

— Paulina, hoje vamos sair para você se divertir. Amanha eu tenho que ir embora e quero sair com minha amiga.

— Não quero sair Célia.

— Nem adianta discutir Paulina, você vai comigo. – Célia diz pegando um vestido preto e sorri – Esse aqui vai ficar lindo em você... Com esse corpinho que você tem.

Paulina olha Célia com desanimo.

— Anda Paulina, - Célia fala puxando ela da cama – vai tomar um banho que hoje você sai desse quarto, olha como esta branca.

— Ai Célia você é muito insistente, - Paulina diz indo para o banheiro – mas não vou ser boa companhia.

Célia e Paulina pegam um taxi e vão ate uma boate no centro da cidade.

— Você me trouxe numa boate? – Paulina pergunta desapontada.

— Onde achou que eu iria te levar Paulina? – Célia pergunta com um sorriso.

— Achei que fossemos num shopping, cinema, sei lá.

— Vamos entrar Paulina, você precisa ver gente e se distrair. Era aqui que eu trabalhava.

Célia e Paulina entram na boate, Paulina logo se senta, não se sentia bem ali e não tinha animo para conversar com ninguém. Célia conversa com alguns amigos da época em que trabalhava na boate, e volta a fazer companhia a amiga.

Célia logo começa a beber, sempre oferecendo a Paulina que no começo se recusa, mas depois pela insistência de Célia ela acaba bebendo também, no começo moderadamente, mas depois Paulina vê na bebida uma forma de afogar as magoas do seu coração.

— Paulina, - Célia fala preocupada – você não esta acostumada a beber, melhor irmos para casa.

— Não Célia, – Paulina fala sorrindo - agora eu quero ficar e me divertir.

— Ai meu Deus, a Filó e o gostosão vão me matar quando te ver assim.

— Eu não to nem aí pro que Carlos Daniel vai achar, quero que ele se lasque. – Paulina diz séria dando mais um gole na bebida.

— Acho que não foi boa idéia te trazer aqui Paulina. – Célia diz enquanto Paulina bebia mais – Eu vou ligar pro Carlos Daniel, não posso deixar você beber desse jeito.

— Pode ligar, - Paulina diz enchendo mais um copo – não to nem aí mesmo. Aquele idiota.

Célia se levanta da mesa e vai em busca de um lugar mais tranqüilo para falar com Carlos Daniel.

Paulina esta virando mais um copo quando sente uma mão no seu ombro.

— Paulina! – Edmundo Serrano diz sorrindo – Que prazer te encontrar aqui.

Paulina sorri e se levanta meio tonta se equilibrando em Edmundo.

— O prazer é todo meu senhor. – ela diz rindo muito.

— Paulina você esta bêbada. - Edmundo diz fazendo-a se sentar.

— Eu acho que bebi demais. – Paulina fala ficando séria.

— Esta tudo bem Paulina? – ele pergunta puxando seu queixo – Esta sozinha aqui?

— Eu vim com uma amiga, mas ela E-V-A-P-O-R-O-U – Paulina diz caindo na gargalhada.

— Vamos Paulina, eu vou te levar em casa. – Edmundo diz se levantando.

— Não senhor, - ela diz negando com a cabeça – eu vou esperar a Célia.

— E cada o seu marido Paulina? – ele pergunta confuso – Ele não esta com você?

— Eu não tenho mais marido. – ela diz dando um gole na bebida – Ele não me ama, e eu vou esquecê-lo.

— Como assim Paulina? – Edmundo diz encarando Paulina – Vocês brigaram?

— Não... – ela diz com os olhos arregalados - Carlos Daniel disse que nunca me amou, se casou comigo por que lembro a Paola, – Paulina sussurra e chora - ele só ama a Paola que vê em mim.

— Como aquele canalha teve coragem de falar isso pra você? – Edmundo diz passando a mão pelo rosto de Paulina – Se tivesse se casado comigo não estaria sofrendo assim.

— Eu me caso com você Edmundo. – Paulina diz séria e o encarando – Mas tem que prometer que vai me fazer esquecer Carlos Daniel.

— Paulina, - ele diz sorrindo com ternura – agora não é o momento pra falar disso, você esta bêbada e nem sabe o que esta falando.

— Eu sei sim, - ela diz se levantando e caindo sobre Edmundo que a ampara segurando sua cintura – sei que vai me fazer esquecer aquele idiota do Carlos Daniel.

— Paulina eu acho melhor te levar pra casa. – ele diz preocupado.

Enquanto isso Célia liga para Carlos Daniel ele diz que esta em frente a boate, pois os seguranças já havia lhe ligado e Célia espera por Carlos Daniel na entrada.

— Me desculpa senhor, mas eu só queria que Paulina se divertisse um pouco e distraísse. – Célia diz séria.

— Sei que fez com a melhor das intenções Célia, - Carlos Daniel diz segurando o ombro dela - mas me leve ate Paulina, ela não é acostumada a beber.

Dentro da boate.

Paulina chega o rosto bem próximo de Edmundo Serrano.

— Por favor Edmundo, - ela diz com seus olhos lacrimejando – tira Carlos Daniel do meu coração.

Os dois se olham por um tempo, as mãos de Edmundo em volta da cintura de Paulina, ela passa os braços pelo pescoço dele e seus rostos vão se aproximando e se encontram num beijo ardente, para Paulina era um forma de descarregar seu sofrimento, para Edmundo era o que ele tanto quis, desde o dia em que a viu ele sempre sonhou com aqueles lábios nos seus.

Carlos Daniel chega puxando Paulina pra trás e dando um soco em Edmundo.

— Tira as mãos dela seu desgraçado. – ele diz segurando a cintura de Paulina já que ela estava muito bêbada e não conseguia se equilibrar sozinha.

— Acho que quem deve tirar as mãos dela é você. – Edmundo diz colocando a mão na boca que esta sangrando pelo soco.

— PAULINA É MINHA MULHER, NÃO ADMITO QUE SE APROVEITE DELA ENQUANTO ELA ESTA BÊBADA E NÃO SABE O QUE FAZ. – Carlos Daniel diz nervoso abraçando Paulina.

— NÃO SOU MAIS SUA MULHER CARLOS DANIEL. – Paulina diz se soltando dos seus braços – VOU ME DIVORCIAR DE VOCÊ E ME CASAR COM EDMUNDO SERRANO.

— VAMOS PRA CASA PAULINA. - Carlos Daniel diz bravo segurando-a pelo braço.

— Não vai levá-la a lugar nenhum contra sua vontade. – Edmundo diz puxando Paulina pelo outro braço – Ela não quer mais te ver.

— SOLTE ELA SEU CRETINO. – Carlos Daniel diz puxando Paulina para seu corpo e a abraçando novamente.

— NÃO PODE BRINCAR COM PAULINA DESSE JEITO – Edmundo grita.

Algumas pessoas observam a discussão, Célia ampara Paulina que tenta se equilibrar.

— Me ajude a levá-la pra casa Célia, - Carlos Daniel diz lançando um olhar furioso para Edmundo – E VOCÊ FIQUE LONGE DELA, ELA É MINHA ENTEDEU? MINHA.

Carlos Daniel e Célia vão para o carro, ele coloca Paulina no banco de trás.

— Eu não quero ir pra casa, - Paulina diz emburrada – quero ficar e me divertir.

Carlos Daniel não responde nada, apenas a prende no cinto e fecha a porta com força, Célia entra no carro e olha para Carlos Daniel que sai em alta velocidade.

— Me desculpe senhor, - ela diz notando o quanto ele esta nervoso – não devia ter deixado Paulina sozinha.

— Não devia mesmo Célia. - ele diz e seus olhos lacrimejam.

— Mas eu tentei convencê-la a irmos embora e ela não quis, e como estava muito barulho tive que me afastar dela pra poder te ligar. – Célia diz se sentindo culpada.

— Tudo bem Célia, - Carlos Daniel diz ainda nervoso – não teve culpa do que aconteceu, a única culpada é Paulina que estava aos beijos com aquele advogado desgraçado.

Célia olha para Paulina que já estava dormindo no banco detrás.

— Não fique com raiva dela senhor, - Célia fala olhando para ele – Paulina esta bêbada e não deve levar em conta aquele beijo, amanha quando o efeito do álcool passar ela nem vai se lembrar.

— Mas eu vou Célia, - Carlos Daniel diz e olha para Célia, seus olhos estão cheios de água – nunca vou me esquecer do que vi dentro daquela boate.

Célia o olha calada enquanto ele dirige em alta velocidade, algum tempo depois eles já estão no hotel, Carlos Daniel pega Paulina ainda dormindo e sobem ate o quarto.

— Meu Deus! – Filó diz abrindo a porta e se assustando ao ver Carlos Daniel com Paulina nos braços – O que aconteceu com Paulina?

— Bebeu demais Filó. – Carlos Daniel diz com raiva – Eu vou levá-la para tomar um banho gelado.

— Mas ela esta dormindo, e esta muito tarde senhor. – Filó diz preocupada.

— Ela não pensou nisso quando encheu a cara. – Carlos Daniel diz indo para quarto com Paulina.

— Vai me explicar o que aconteceu Célia. – Filó diz olhando seriamente para Célia.

Carlos Daniel vai direto com Paulina ate o banheiro, está cego de ciúmes, a imagem de Paulina beijando Edmundo Serrano não sai de sua cabeça, ainda com Paulina nos braços ele liga o chuveiro na água fria, a água molha os dois, Paulina acorda assustada.

— PARA COM ISSO CARLOS DANIEL, - ela diz brava se debatendo contra ele – EU TE ODEIO, TE ODEIO.

— VAI FICAR QUIETA AQUI. – ele diz nervoso a colocando no chão e segurando seus pulsos.

— Essa água esta gelada, - ela diz tremendo – ME SOLTA CARLOS DANIEL.

— Não vou te soltar Paulina, - ele diz segurando-a com mais força – como pode fazer isso comigo? Me traiu com aquele advogado.

Paulina o olha sem reação, ate que sente um forte enjôo e coloca a mão na boca, Carlos Daniel solta seus braços e ela corre para vomitar, ele continua parado embaixo da água fria por um tempo, Paulina se deita na cama completamente molhada, ainda estava muito embriagada e logo adormece, Carlos Daniel vai ate ela e a observa dormindo.

— E esse vestido tão colado ao corpo. – ele diz com raiva e cheio de ciúmes.

Carlos Daniel tira toda a roupa de Paulina e veste outra seca e quente nela, ela reclama enquanto ele a veste, Carlos Daniel a cobre bem para que ela fique bem quente, depois ele tira sua roupa que também esta muito molhada e como não tem outra pega uma toalha e envolve na sua cintura, ele se deita ao lado de Paulina e a olha com raiva, se sentia traído, olhava Paulina e a via beijando o advogado.

— Não acredito que fez isso comigo, - ele diz inconformado com agua nos olhos – não acredito.


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