Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 34
Capítulo 34 Um Passo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/343037/chapter/34

Carlos Daniel acorda e olha Paulina ao seu lado, ela continua num sono pesado. Ele se levanta, veste sua roupa ainda molhada, vai ate ela e beija sua testa. Se sentia mais calmo, embora ainda estivesse muito decepcionado com Paulina, sabia que não podia julgá-la, ela estava num estado de embriaguez e não tinha noção do que estava fazendo.

 

— Bom dia. – Carlos Daniel diz para Célia e Filó que já estão na sala.

— Bom dia senhor Carlos Daniel. – as duas respondem.

— E Paulina? – Filó pergunta preocupada.

— Ainda esta dormindo Filó, e deve dormir muito ainda.

— Ai... seu Carlos Daniel, me desculpa mesmo, - Célia diz envergonhada – não deveria ter levado Paulina para aquela boate.

— Tudo bem Célia, sei que fez com a melhor das intenções. – Carlos Daniel diz e pega na roupa – Bom vou para casa, preciso tirar essa roupa molhada, e vovó deve esta preocupada.

— Vai voltar pra falar com Paulina? – Filó pergunta curiosa.

— Vou sim Filó, agora mais do que nunca precisamos esclarecer tudo.

— Quando o senhor voltar acho que não estarei aqui, preciso encontrar Henrique ainda hoje em Miami.

 

Carlos Daniel se despede de Célia.

Ele esta saindo do hotel quando escuta seu nome, Carlos Daniel se vira e vê Isabel correndo em sua direção.

— Carlos Daniel, que prazer te encontrar aqui - ela diz o abraçando – sua roupa esta molhada

— Isabel, que bom te ver. – Carlos Daniel diz sorrindo – O que faz aqui?

— Eu estava com uma amiga que esta hospedada aqui. – ela diz – Mas e você?

— Paulina esta aqui, estava indo pra casa agora mesmo trocar de roupa.

— Pode me dar uma carona? – Isabel pergunta envergonhada.

— Claro Isabel, assim conversamos pelo caminho.

Eles entram no carro.

— Mas se Paulina esta aqui, - Isabel diz retomando a conversa – quer dizer que você...

— Cometi um erro muito grande fazendo isso com Paulina.

— Mas e as ameaças? – Isabel pergunta curiosa – Ainda continuam chegando?

— Depois que fiz o que as cartas diziam nunca mais chegaram, - ele diz olhando-a seriamente – estou começando a achar que era mesmo uma brincadeira de mau gosto.

— Mas você estando com Paulina assim não fica com medo delas voltarem?

— Já tem alguns dias que tento fazer Paulina me ouvir e não chegou nenhuma carta.

— Talvez esteja mesmo certo e essas cartas sejam uma brincadeira. – ela diz pensativa – Mas e Paulina? Te perdôo?

— Ela nem me ouviu. – ele diz triste.

— Me desculpe perguntar Carlos Daniel, mas essa roupa molhada há essa hora, o que estava fazendo?

Carlos Daniel olha para Isabel e conta sobre a noite anterior.

— Paulina teve coragem de lhe trair? – ela diz incrédula.

— Ela estava bêbada Isabel, - ele diz pensando no beijo – Não sabia o que estava fazendo.

— Mesmo assim Carlos Daniel, ela beijou outro homem, foi uma traição.

— A culpa é minha Isabel, Paulina esta sofrendo muito, ate ficou doente por minha causa.

— Nada justifica o que ela fez. – Isabel diz com um sorrisinho no canto da boca – Deveria dar o troco nela.

— O que esta querendo dizer? – ele pergunta nervoso.

— Deve procurar alguém e tentar esquecer Paulina, ela não vai te ouvir mesmo.

— Eu nunca trairia Paulina, a amo e nunca seria capaz de fazer isso com ela. – ele diz bravo.

— Mas ela fez com você. – Isabel fala com ironia.

— Ela estava bêbada Isabel, - ele diz alterando a voz – não sabia o que estava fazendo, e também esta muito magoada comigo, acha que eu não a amo, que só estou com ela por me lembrar Paola.

— Me desculpa Carlos Daniel, - Isabel diz com o rosto vermelho – não devia ter falado isso.

Eles seguem calados, Carlos Daniel para o carro na porta da casa de Isabel e ela desce.

— Obrigada pela carona Carlos Daniel. – ela diz – E me desculpa se te ofendi.

— Tudo bem Isabel, mas eu também estou muito nervoso com tudo o que esta acontecendo. – ele diz e a olha – Tchau Isabel.

— Tchau Carlos Daniel. – ela diz e ele sai com o carro.

 

Quando chega na mansão ele encontra vovó Piedade que esta sentada no jardim.

— Carlos Daniel, - ela diz pegando as mãos do neto – estava preocupada com você, saiu ontem e não deu mais noticias. Onde estava?

— Eu estava com Paulina vovó Piedade. – ele diz se sentando ao lado da avó.

— Quer dizer que fizeram as pazes. – ela pergunta sorrindo.

— Não vovó, - ele diz decepcionado – acredita que ontem Paulina saiu com a Célia e encheu a cara ate ficar completamente bêbada e ainda por cima a peguei beijando aquele advogado desgraçado. Estou muito chateado com Paulina.

— Mas não é pra ficar, - vovó diz brava – você causou tudo isso Carlos Daniel, tem que se preocupar em recuperar sua esposa, se ficar só se lamentando logo aparece um homem e rouba Paulina de você, pode ser esse advogado ou qualquer outro, Paulina é muito bonita e de muito bom caráter, é fácil se apaixonar por ela.

— Eu sei disso vovó, estou disposto a esquecer aquele beijo. - ele diz e se levanta – Vou tomar um banho e pedir para Pedro ir ate o hotel para trazer Filó e as crianças, quero ficar a sós com Paulina e fazê-la me ouvir.

— Isso meu filho. – vovó Piedade diz sorrindo – Agora você tomou uma atitude correta, e só volte aqui se for com Paulina.

— Não se preocupe vovó, vou trazê-la de volta. – Carlos Daniel diz sorrindo com os olhos brilhando.

— Então vai logo. – vovó diz acenando para ele ir.

Carlos Daniel beija o rosto da avó e vai correndo para casa.

 

Carlos Daniel toma banho e volta ao hotel, Pedro vai atrás com o carro.

— Filó, - ele diz assim que Filó abre a porta – Paulina ainda continua dormindo?

— Esta sim senhor. Só acordou quando Célia foi se despedir dela.

— Bom, - ele diz e sorri – você e as crianças vão voltar para casa com Pedro, hoje levo Paulina de volta pra nossa casa.

— Tem certeza senhor? – Filó pergunta espantada.

— Tenho Filó, levo Paulina pra casa nem que tenha que amarrá-la.

— Bom então vou arrumar as malas. – Filó diz alegre.

E Filó e as crianças voltam com Pedro.

 

No quarto Paulina continua dormindo, Carlos Daniel se senta na beira da cama e a observa por um bom tempo ate ela começar a acordar.

— Ai! – ela geme colocando a mão na cabeça – Que dor de cabeça, Célia eu vou te matar.

Carlos Daniel pega um comprimido e um copo de água que ele já havia deixado na mesa ao lado da cama.

— Toma Paulina, vai se sentir melhor.

— Carlos Daniel! – ela se senta assustada na cama – O que faz aqui?

— Agora não é o momento de explicações Paulina, - ele diz com a voz calma e suave – toma esse remédio e espere ate fazer efeito, depois conversamos.

— Mas... – ela começa a dizer mas sente sua cabeça latejando e passa a mão na testa.

— Anda Paulina, beba logo. – ele diz a olhando seriamente.

— Ta bom Carlos Daniel, - ela diz sussurrando com a cara fechada – mas não precisa gritar.

— Eu não estou gritando, - ele diz com um sorrisinho – você que esta com uma ressaca terrível, nunca mais vai beber desse jeito.

— Não vou mesmo Carlos Daniel, - Paulina pega o remédio e toma se deitando em seguida, sentia como se houvesse ema argola de ferro apertando sua cabeça, sua boca estava com um amargo horrível, se sentia extremamente cansada – nunca me senti tão mal.

— Então descanse minha vida, - ele diz beijando sua cabeça – eu vou comprar alguma coisa pra você comer, tem que se alimentar para curar essa anemia.

Paulina o olha sair do quarto, estava tudo tão estranho, a noite anterior vagava em sua mente como um borrão, se lembrava de ter ido na boate com Célia, depois de ter começado a beber, e muito por sinal, se lembrava de Carlos Daniel abraçando ela, ele discutia com alguém, ela tenta se lembrar e não consegue. Paulina fecha os olhos e tenta organizar sua mente, de repente se senta na cama com os olhos arregalados

— Meu Deus! – ela diz espantada – Eu beijei Edmundo Serrano.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!