Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 27
Capítulo 27 Ameaças




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Os dias vão passando, os Brachos se encontravam em paz e felizes, o amor de Paulina e Carlos Daniel só aumentava, a cada dia se tornava mais forte. Isabel não voltou mais a fabrica o que deixou Paulina muito feliz, havia se passado duas semanas desde o dia em que ela fora ate a fabrica, Paulina pensou que ela fosse ligar pra saber de Carlos Daniel, mas não, Isabel havia desaparecido, e isso a deixava muito mais tranqüila, pois não sabia o porquê, mas não confiava nela, talvez pelo ciúme descontrolado que ela lhe causava.

- Senhor Carlos Daniel, - Lalinha diz trazendo um envelope na mão – chegou essa carta hoje pro senhor, não tem remetente.

Carlos Daniel que havia começado a subir as escadas para e a desce novamente pegando o envelope e o analisando.

- Que estranho, - ele diz e olha para Lalinha – Paulina esta em casa?

- Esta sim, ela acabou de subir com Paulinha para dar banho nela, ela estava comendo uma sopinha e fez a maior lambança.

Carlos Daniel sorri e diz.

- Vou abrir a carta na biblioteca, e por favor Lalinha não conte nada para Paulina, pode ser alguma brincadeira da Leda.

- Tudo bem senhor. – Lalinha diz assentindo com a cabeça.

Carlos Daniel vai ate a biblioteca, ele abre o envelope com cuidado, e tira uma foto de dentro dele, ele olha atento a fotografia e sorri.

- Paulina, - ele diz olhando a fotografia de Paulina e ele se beijando em frente a Fabrica Bracho – como ela tirou essa foto sem eu perceber?

Ele se pergunta ainda sorrindo e nota que há outro papel no envelope.

Ao pegar o papel e começar a ler seu sorriso se desfaz, era um papel com letras cortadas de revistas formando a seguinte frase:

“- AFASTE-SE DE PAULINA.”

Ele amassa o papel na mão com ódio e fala entre dentes.

- Leda.

Lalinha entra na biblioteca.

- Senhor, a dona Paulina esta lhe esperando no jardim com as crianças. – ela diz e pergunta vendo a cara de Carlos Daniel – Aconteceu alguma senhor?

- Era o envelope Lalinha, é mesmo da Leda com uma brincadeira de mau gosto – ele diz mostrando a carta para Lalinha – Por favor não conte nada pra ninguém Lalinha, ninguém.

- Claro que não senhor. – Lalinha diz fazendo beicinho – Sabe que não sou fofoqueira.

- Sei muito bem Lalinha. E também fique atenta a essas cartas, não quero que ninguém veja, se chegar mais entregue somente a mim. – ele diz e vai encontrar Paulina no jardim.

Durante uma semana, todos os dias, as cartas anônimas chegavam, e o pior, a cada nova carta vinha fotografias diferentes de Paulina, dela deixando as crianças na escola, fazendo compras com Patrícia, no domingo na missa, Carlos Daniel se perguntava perplexo como não vira Leda na missa, pois tinha absoluta certeza de que era ela quem mandava as cartas, as fotografias seguiam todos os passos de Paulina, ate dela no jardim da mansão brincando com as crianças. E à medida que chegavam novas fotos, chegavam também as ameaças, ou se separa de Paulina ou a verá sofrer, a ultima viera como um aviso, “ JÁ TE DEI UMA SEMANA PARA VOCÊ ABANDONAR PAULINA, MAS PARECE QUE NÃO TEME O QUE PODE ACONTECER A ELA, VOU LHE DAR SOMENTE UM SINAL DE QUE FALO SERIAMENTE, FIQUE ATENTO AO QUE PODE ACONTECER A SUA AMADA ESPOSA.”

Carlos Daniel estava atordoado com aquilo, e escondia de Paulina e dos demais tudo o que se passava. Paulina notava a angustia nos olhos do esposo, mas sempre que o interrogava ele mudava de assunto, Carlos Daniel a proibiu de levar as crianças na escola temendo que pudesse acontecer algo, e quando Paulina o perguntou o porquê ele simplesmente disse que ela estava se cansando demais e que queria passar mais tempo com ela, Paulina estranhava a atitude de Carlos Daniel controlando novamente seus passos.

Na segunda-feira logo que chegaram a fabrica, Paulina e Estephanie foram ate a ala de produção para acompanharem o processo de embalagem das cerâmicas.

Elas anotavam tudo, e trocavam idéias de como melhorar o procedimento de embalagem.

Paulina e Estephanie estavam descendo as escadas quando Paulina pisou no degrau que estava completamente escorregadio e desceu rolando escada abaixo.

Paulina parou desacordada, Estephanie e alguns operários se juntaram ao seu lado.

- Por favor, me ajudem a levá-la para a diretoria. – Estephanie disse desesperada.

Um operário a pegou nos braços e foram para a diretoria, quando chegaram Carlos Daniel se assustou ao ver Paulina desacordada.

- Paulina! - ele diz indo ate o sofá onde o operário a colocou e passando a mão no seu rosto – o que aconteceu Estephanie?

- Ela escorregou na escada, o degrau estava completamente escorregadio, alguém fez de propósito Carlos Daniel. – Estephanie fala chorando.

Carlos Daniel chama Paulina desesperadamente tentando fazê-la acordar, mas é em vão, Osvaldo liga para a ambulância e a levam para o Hospital Central, depois de a examinarem o medico fala com Carlos Daniel.

- Sua esposa deve ter um anjo muito poderoso, essa queda de uma escada tão alta poderia ter causado alguma fratura na coluna, ou ate a... morte, mas ela esta bem, não sofreu nada. Só terá que ficar de repouso alguns dias.

Carlos Daniel e Rodrigo ficaram muito preocupados pensando em quem poderia ter deixado o degrau da escada tão escorregadio, embora Carlos Daniel tivesse a certeza de que fora alguém a mando de Leda ele não disse nada para Rodrigo, temia que acontecesse algo pior a Paulina.

Rodrigo convocou uma reunião com todos os funcionários da fabrica para tentar descobrir quem havia deixado a escada escorregadia, pois tudo indicava ter sido de propósito.

Carlos Daniel fica muito preocupado com Paulina, pois nem na fabrica ela estava segura.

Depois desce acidente com Paulina se passou uma semana e uma nova carta chegou a Carlos Daniel.

“PAULINA TEVE MUITA SORTE DESSA VEZ, MAS DA PRÓXIMA NÃO VOU FRACASSAR, TE DOU UM PRAZO DE 24 HORAS PARA ABANDONÁ-LA PARA SEMPRE, AQUI ESTA EXATAMENTE COMO TERÁ QUE FAZER. SE TENTAR DAR UMA DE ESPERTO QUEM VAI SOFRER SERÁ SUA ESPOSA”

Carlos Daniel não sabia o que fazer, não havia contado pra ninguém sobre a carta, estava desesperado, sua amada Paulina estava sofrendo ameaças terríveis e a única forma de protegê-la era abandonando-a, sem ter o que fazer ele pega seu carro e sai sem rumo, dirigia tentando clarear sua mente, tentando encontrar algum meio de ficar com Paulina sem que ela sofra com aquelas ameaças, o carro para numa praça e Carlos Daniel nota aquela pequena capela no meio dela, ele desce do carro e entra, ali conseguiria encontrar um meio de resolver tudo.

Carlos Daniel implora a Deus para que lhe mostre o caminho que deve seguir, ele fica alguns minutos tentando encontrar uma solução ate que sente uma mão sobre seu ombro.

- Isabel! – ele diz surpreso – O que faz aqui?

- Eu moro aqui perto Carlos Daniel, sempre entro aqui para agradecer à virgem.

Carlos Daniel olha para imagem da virgem de Guadalupe, Isabel nota seus olhos com lagrimas.

- O que aconteceu Carlos Daniel?

- Não estou mais suportando Isabel, não ter com quem desabafar, sinto que vou sufocar.

- Carlos Daniel, aconteceu algo com você e Paulina? Vocês brigaram?

- Não Isabel, eu e Paulina nunca brigamos, nos amamos mas...

- Mas o que Carlos Daniel? Não quer desabafar comigo? Sabe que sou uma ótima conselheira, se não fosse não tinha te ajudado a lutar por Paulina.

- Você é uma grande amiga Isabel, mas não sei se devo te contar.

- Ficar guardando pra si é muito pior, quando compartilhamos um problema fica mais fácil de resolver.

Carlos Daniel olha Isabel, queria muito poder contar a alguém e viu nela uma confidente, precisava colocar pra fora tudo o que sentia.

- Tudo bem Isabel, - ele diz se levantando – vamos conversar em um café que tem aqui próximo.

- Vamos Carlos Daniel, tenho certeza que se sentira melhor.

Quando chegam no café Carlos Daniel começa a lhe contar tudo o que vem acontecendo, as ameaças que Paulina vem sofrendo, tudo. Isabel ouvia tudo atentamente e muito surpresa com o que ele estava passando.

- E então Isabel, o que eu faço? – ele perguntou ansioso esperando que ela lhe ajudasse.

- Bom Carlos Daniel, diante dos fatos vejo que não tem escolha senão fazer exatamente o que a carta diz.

- Não consigo viver sem ela Isabel. – ele fala com lagrimas nos olhos.

- Mas vai conseguir viver se algo acontecer a ela? Como vai se sentir se essas ameaças se tornarem reais?

- Eu sei Isabel, não tenho escolha, vou ter que me separar de Paulina. – Carlos Daniel e as lagrimas descem pelo seu rosto.


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Notas finais do capítulo

by @KarinaCelia