Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 15
Capítulo 15 Sem Chão




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Nos dias que se seguem Carlos Daniel faz as reuniões na fabrica, e no final conseguem a parceria com os fornecedores aumentando o lucro da Cerâmica Bracho.

Paulina decidi a aprender a dirigir, e aprende sem nenhuma dificuldade, Carlos Daniel lhe presenteia com um carro, a cada dia que passa se apaixonam mais um pelo outro, ambos compartilham a felicidade do casamento com todos, e não há ninguém que não se alegra em vê-los juntos, a felicidade reina para os Brachos. Verônica descobre que esta grávida, e ela e Osvaldo também estão muito felizes. Paulinha a cada dia aprende novas palavras, Gabo já com 8 meses é um bebê forte, saudável e muito risonho, Carlinhos e Lizete são duas crianças obedientes e felizes, Estephanie e Fernando também vivem um momento de muita felicidade com a vinda de um filho.

Um mês depois...

– Soube da ultima? – Rodrigo pergunta entrando no escritório com o irmão.

– Não, - Carlos Daniel pergunta curioso – o que aconteceu?

– Fabrício esta solto. – Rodrigo diz com revolta.

– Mas como podem deixar um criminoso solto? – Carlos Daniel pergunta com raiva .

– Parece que conseguiu responder o processo em liberdade, a justiça desse pais esta péssima.

– E agora Rodrigo? – Carlos Daniel diz preocupado sentando no sofá – Como Paulina estará segura com esse desgraçado solto?

– Bom parece que ele voltou pra Cancún, mas acho melhor alertar Paulina.

– Claro Rodrigo, não vou deixá-la andando por ai sozinha, agora que sabe dirigir ela sempre leva as crianças na escola. – ele olha o irmão – Eu vou ligar para o nosso advogado para ver se não tem como revogar essa liberdade, não posso deixar esse canalha solto depois do que ele fez.

– Faça isso Carlos Daniel, pelo o que Paulina disse esse Fabrício parece ser louco por ela, e capaz de fazer qualquer coisa para tê-la. Ela não vira a fabrica hoje?

– Não, hoje ela vai ficar com as crianças para Filó visitar alguns amigos que estão na capital. – ele se levanta – De qualquer maneira vou ligar pra Paulina e avisá-la pra ficar em casa ate eu ter certeza de esse desgraçado não esta na capital, depois eu ligo pro advogado.

Carlos Daniel liga para Paulina e conta sobre a liberdade de Fabrício, a fazendo prometer que vai ficar em casa, depois ele conversa por um longo tempo com o advogado que diz que vai rever o caso.

Nos dias seguintes Carlos Daniel não deixa Paulina sair de casa sozinha, o advogado diz que já entrou com um novo processo mas que pode demorar, Fabrício parece mesmo ter ido para Cancún, e Paulina convence Carlos Daniel que não precisa a proteger tanto, e ela volta a levar as crianças na escola.

Os dias vão passando e aos poucos vão esquecendo de Fabrício, que não da nenhum sinal, a fabrica com a nova parceria recebe ótimos lucros, tudo estava na mais perfeita paz.


Na segunda-feira, Paulina leva as crianças na escola.


– Thau mamãe. – Carlinhos e Lizete diz.

– Thau meus amores, estudem direito – ela diz abraçando os filhos.

Carlinhos e Lizete entram na escola e Paulina vai para o carro.

Paulina esta entrando no carro quando alguém pega seu braço.

– Fabrício!?

– Estava com saudades meu amor. – Fabrício diz sorrindo e colocando uma faca no pescoço de Paulina – Entra no carro se não quiser que eu fure sua garganta.

Paulina entra no carro indo pro banco do carona enquanto Fabrício se senta no motorista.

– Vai tentar me seqüestrar de novo? – ela pergunta com raiva.

– Não meu amor, - ele diz dando a partida no carro – se você não quer ser minha, então não vai ser de mais ninguém.

Fabrício sai com o carro em alta velocidade.

– Você esta tentando nos matar? – Paulina grita com Fabrício colocando o cinto de seguranças.

– Exatamente meu amor. – ele da gargalhadas, e entra numa estrada deserta – Vamos morrer juntos olha que romântico.

– Você esta louco Fabrício, pare esse carro. – Paulina grita com ele.

– Não meu amor, vamos morrer juntos, você ficara comigo pra sempre. – ele se inclina ate Paulina e a beija.

Paulina o esbofeteia com toda a forca, enquanto o carro anda descontrolado pela rua, Fabrício controla o carro com fúria nos olhos, ele olha Paulina com raiva.

– É melhor você não fazer isso, - ele diz pegando a faca e cortando o braço de Paulina na altura do ombro – posso fazer sua morte ser lenta e dolorida.

A faca rasga o braço de Paulina causando uma dor insuportável, mas maior que a dor é a raiva, o ódio que esta sentindo de Fabrício, o sangue desce quente pelo seu braço, sujando sua roupa, sua bolsa. Fabrício não a olha mais, apenas segue em alta velocidade com o carro na estrada deserta.

O braço de Paulina pulsa com a dor, as lagrimas caem pelo seu rosto, mas por mais que seu braço esteja com uma dor insuportável, ela chora de raiva, um ódio tão grande que ela nunca havia sentido, e também ela chora por ter certeza que ira morrer, nunca mais vera Carlos Daniel, seus filhos tão queridos que ela tanto ama, sua família. O celular toca na sua bolsa, e antes dela pensar em atender Fabrício diz.

– Nem pense em atender esse telefone, - ele a olha ainda com fúria – ou então ira sofrer como nunca imaginou.


Na fabrica.


– Ela não atende, - Carlos Daniel diz olhando Rodrigo – estou com uma sensação ruim Rodrigo, ainda mais sabendo que aquele desgraçado esta solto por ai.

– Calma Carlos Daniel, ela deve estar dirigindo e não quis atender, sabe como ela é responsável, deve estar chegando por aí.

Carlos Daniel liga novamente para Paulina, e ela não atende.

– Estou ficando preocupado Rodrigo, e essa sensação... – ele diz serio – eu nunca havia sentido antes, nem mesmo quando ela sofreu aquele acidente ou foi seqüestrada.

O tempo vai passando e Carlos Daniel não consegue falar com Paulina, ele liga pra mansão, para Patrícia, para todos os conhecidos e nada, seu coração fica apertado, com uma angustia enorme.

Verônica, Osvaldo e Estephanie também se preocupam com o sumiço de Paulina.

– Aconteceu alguma coisa, - Carlos Daniel diz com lagrimas nos olhos – Paulina saiu de casa as 13:00 horas, já vai dar 18:00 horas.

– Eu não queria te deixar mais nervoso Carlos Daniel, mas também estou preocupado. – Rodrigo diz indo ate Carlos Daniel e o abraçando.

O telefone da fabrica toca, e Carlos Daniel atende depressa.

– Cerâmica Bracho. – ele diz ansioso.

– É... – a voz masculina no telefone gagueja um pouco, soa triste – gostaria de falar com o senhor Carlos Daniel Bracho.

– Sou eu. – Carlos Daniel diz olhando todos na sala que também olham para ele em silencio.

– A noticia não é muito boa senhor, é sobre sua esposa, - a voz falha – Paulina Martins Bracho.

– O que aconteceu com ela? – Carlos Daniel diz chorando – Ela esta bem não esta?

– Infelizmente não senhor, - a voz fala enquanto Carlos Daniel ouve em silencio com as lagrimas escorrendo pelo seu rosto – aconteceu um acidente de carro, e ela não resistiu.

O mundo desaba para Carlos Daniel, aquela frase ecoa na sua cabeça ‘’ e ela não resistiu’’. Rodrigo vendo que Carlos Daniel ficou imóvel pega o telefone.

– Alo, aqui é o irmão de Carlos Daniel,o que aconteceu?

– Aconteceu um acidente de carro, ele explodiu, quem estava dentro dele morreu carbonizado, terá que fazer um exame de DNA para confirmar, esta irreconhecível.

– O que? – Rodrigo diz espantado – Mas como sabem que é Paulina?

– O carro era o dela senhor, e encontramos a bolsa dela com seus documentos próximo ao local do acidente.

– Meu Deus. – Rodrigo diz com os olhos cheios de lagrimas também.

Carlos Daniel continua imóvel, enquanto lagrimas caem pelo seu rosto descontroladas, a imagem de Paulina vindo ao seu encontro e a voz do homem dizendo ‘’ e ela não resistiu’’ não sai de sua cabeça, seus pés perdem o chão, sua vida o sentido, Rodrigo e Estephanie abraçam o irmão que continua no seu transe, sem se mexer, apenas com as lagrimas caindo pelo seu rosto, ele não consegue sentir os braços dos irmãos te envolvendo ou ouvir os choros das pessoas que estão na sala, sua mente só tem lugar para a imagem de Paulina, ele a vê entrando na igreja, brincando com os filhos, o amando, parecia que havia se paralisado para sempre, e a voz se mistura com as imagens de Paulina ‘’ e ela não resistiu’’ fazendo que as lagrimas caíssem pelo seu rosto como se nunca fossem acabar, Rodrigo e Estephanie falavam com ele, palavras de conforto, mas ele não ouvia, não podia ouvir, e de repente aquela angustia enorme, aquele pesadelo, e aquela frase ‘’ e ela não resistiu’’ não faziam sentido, Paulina não estava morta, ela não podia deixá-lo, prometeu que nunca o deixaria. Não, não era Paulina naquele carro, ela estava viva, VIVA.

– Não é a Paulina, - ele diz sussurrando e se afastando dos irmãos - não pode ser ela.

Rodrigo e Estephanie o olham assustados.

– Carlos Daniel, - Rodrigo diz indo ate ele e o abraçando – eu sei que é difícil de aceitar, mas é Paulina, o carro era o dela, os documentos. Tem que aceitar meu irmão.

– Não Rodrigo, - ele diz alto e as lagrimas caem mais fortes pelo seu rosto – não é ela, não é Paulina.

Rodrigo o abraça apertado, e Estephanie, Verônica e Osvaldo se aproximam o abraçando também, Carlos Daniel envolvido naqueles abraços, continua sussurrando em meio a choro e soluços.

– Não é ela, não é ela.

– Como vamos contar isso pras crianças, pra vovó Piedade. – Rodrigo diz ainda abraçado ao irmão.


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