Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 14
Capítulo 14 Saudades




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Na segunda-feira Carlos Daniel e Paulina se levantam bem cedo, Paulina vai acompanhá-lo ate o aeroporto e depois Pedro à deixara na fabrica.

No aeroporto.

– Tenho que ir minha vida. – Carlos Daniel diz olhando Paulina.

Paulina puxa seu pescoço e o beija, um beijo apaixonado e demorado.

– Vou sentir sua falta. – ela diz com a testa colada na dele.

– Acho que eu sentirei mais, - ele diz e a abraça apertado – nunca nos separamos por tanto tempo desde que nos casamos.

– É meu amor. – Paulina diz e as lagrimas caem pelo seu rosto.

Carlos Daniel segura o rosto de Paulina e limpa seus olhos e depois beija seus lábios.

– Não se meta em encrenca longe de mim, e se alimente direito. – ele diz a abraçando.

– Você também. – ela diz sorrindo.

Carlos Daniel pega a mala do chão e beija Paulina mais uma vez.

– Vou te ligar todos os dias. – ele diz a beijando de novo.

– Vou ficar esperando. – Paulina diz sorrindo e o abraça – Agora vá antes que perca o vôo.

Carlos Daniel vai para o embarque, Paulina fica o olhando e acenando ate ele sumir de vista, depois ela vai para a fabrica.


Durante o dia a falta de Carlos Daniel não era tanta, Paulina se enchia de trabalho na fabrica para não pensar no esposo e quando chegava em casa ficava com os filhos, as crianças também era uma ótima distração, Carlos Daniel ligava todos os dias pontualmente as 21:00, mas quando as crianças dormiam e Paulina entrava no quarto sem Carlos Daniel a falta era imensa, a cama se tornou grande, fria e vazia. Paulina já havia se acostumado a dormir com a cabeça no peito do marido, sentindo seu coração bater, sua respiração, seu calor e seus braços envolvendo seu corpo, a noite se tornou longa e triste. Para Carlos Daniel a noite também era um tormento, ele sentia a falta da cabeça da esposa sobre seu peito, do cheiro do seu cabelo e seus braços ficaram vazios sem ter Paulina para envolver.


Aquelas duas semanas pareciam que nunca acabaria, na fabrica quando não se tinha muito que fazer, Paulina ficava pensativa e distante pensando em Carlos Daniel, Rodrigo sentia ate um pouco de culpa de ver a cunhada assim.

Para Carlos Daniel a distancia também ficava cada dia mais insuportável, a falta de Paulina era imensa e não adiantava nada ele pensar nas inúmeras reuniões que fazia por dia, a noite se tornava uma imensa solidão, e nenhum dos dois conseguiam dormir direito. Se passa uma semana e ainda faltava sete dias para Carlos Daniel voltar.

Na terça-feira, faltando ainda 4 dias para voltar, Carlos Daniel não agüenta a saudade de Paulina, e consegue convencer os fornecedores a irem ate a fabrica terminarem as reuniões la com tudo pago durante os dias que vão ficar na capital. Ele consegue o vôo para casa só as 02:00 horas, chegaria em casa de madrugada de surpresa.

Quando chega na mansão são 4:30 horas da madrugada, todos estão dormindo, Carlos Daniel coloca a mala no chão e sobe as escadas. Ao entrar no quarto Paulina esta dormindo, tão suave e serena, que por mais que a vontade de abraçá-la e beijá-la seja enorme, Carlos Daniel não tem coragem de desperta-la, ele tira sua camisa e seus sapatos e deita com cuidado ao lado da esposa, a puxando delicadamente para seu peito, quase que automaticamente, os braços de Paulina o envolve. Ele sente o calor do corpo de Paulina contra o seu, o seu cheiro, sua respiração. Paulina sentindo o coração de Carlos Daniel, e o movimento de sua respiração acorda, e ao ver que esta deitada sobre o peito do amado esposo o abraça forte.

– Você voltou? – ela pergunta sonolenta sem coragem de se mexer e tudo não passar de um sonho.

Carlos Daniel puxa delicadamente o queixo de Paulina para olhá-la, Paulina fecha os olhos com medo de acordar.

– Minha vida, - ele diz e beija seus lábios suavemente e pergunta sorrindo – não quer olhar pra mim?

– Tenho medo de acordar. – Paulina diz ainda com os olhos fechados – Sinto tanto sua falta.

Carlos Daniel a beija novamente, mas dessa vez um beijo demorado cheio de paixão e desejo, quando se afasta Paulina abre os olhos.

– Não é um sonho. - ela diz com lagrimas nos olhos o abraçando forte.

– Claro que não minha vida, - Carlos Daniel sorri enquanto beija cada cantinho do rosto de Paulina – não suporto ficar longe de você.

– Nunca mais deixo você sair perto de mim. – ela diz e o beija.

Carlos Daniel se vira na cama ficando por cima de Paulina.

– Não sabe como foi difícil ficar longe de você durante esses dias minha vida. – ele diz a olhando com ternura.

– Não consigo mais viver sem você Carlos Daniel, - Paulina diz com as mãos em volta do pescoço do esposo – você me deixou mal acostumada.

Carlos Daniel sorri e beija seus lábios, pescoço, seus olhos, enquanto Paulina o abraça forte puxando seu corpo para o dela.

– Não imaginei que seria tão difícil ficar longe de você, - ele diz sentindo o cheiro de seus cabelos – eu te amo demais minha vida.

Paulina o olha sorrindo.

– Ainda acho que é só um sonho, você vai voltar só no sábado.

– Acho que em um sonho não da pra fazer isso. – ele diz a beijando apaixonadamente.


Quando os empregados acordam ficam sem saber de quem é a mala no meio da sala.


– Será que não é do fantasma da D. Paola? – Adélia pergunta com medo fazendo o sinal da cruz.

– Minha nossa, - Lalinha diz com medo – se ela voltar vai querer puxar meu pé.

As duas se abraçam com medo.

– Vocês duas são muito bobas, - Cacilda fala – fantasma não existem.

– O que vocês estão discutindo a essa hora da manha? – vovó Piedade pergunta descendo as escadas.

– Vovó Piedade, - Cacilda diz – é essa mala que apareceu aqui no meio da sala e essas duas tão achando que é do fantasma da D. Paola.

– Essa historia de fantasma não existe, deixe os mortos descansarem em paz. – vovó diz e olha a mala sorrindo – Essa mala é do Carlos Daniel.

– Mas ele não iria voltar só no sábado? – Cacilda pergunta seria.

– Se conheço bem o meu neto, não agüentou de saudades de Paulina e voltou antes, - ela diz sorrindo – isso explica porque Paulina ainda não levantou, com certeza tão matando as saudades.

Cacilda, Adélia e Lalinha sorriem da vovó Piedade.

– E não é pra ninguém ir incomodá-los, deixe eles matarem a saudades o tempo que quiserem.


Algum tempo depois no quarto do casal.


Paulina esta deitada sobre o peito de Carlos Daniel abraçados um ao outro.

– Não sabe como senti falta de ter você assim, - Carlos Daniel diz e acariciando o braço da esposa – deitada sobre meu peito.

– Eu também senti muita falta. – ela diz e o olha – Mas você não iria voltar no sábado?

– Convenci os fornecedores a virem fazer a reunião na fabrica, vou pagar a hospedagem deles.

– E qual foi o motivo pra fazer isso? – Paulina pergunta sorrindo já sabendo a resposta.

– Você, - ele a beija – não iria conseguir ficar ate sábado.

– Agora tenho que ir pra fabrica. – Paulina diz o beijando e se levantando.

– Nada disso, - ele segura seus braços a puxando de volta pro seu peito – vai ficar assim comigo, convenci cinco homens engravatados pra poder ficar com você e já quer me abandonar?

– Claro que não meu amor, - ela diz o abraçando sorrindo – mas Rodrigo já deve estar preocupado e vovó Piedade também, não fico na cama ate essa hora.

– Rodrigo consegue cuidar da fabrica por algumas horas sozinho – ele diz acariciando seu rosto – e se ninguém veio saber como você esta é porque sabe que estou aqui.

– Tem razão meu amor, vamos continuar assim.


Rodrigo na fabrica se preocupa com a demora de Paulina e liga pra mansão.


– Vovó, Paulina ainda esta ai?

– Esta meu filho, - ela diz sorrindo – e acho que talvez não vai a fabrica hoje, e se for é só a tarde.

– Ela esta doente vovó?

– Não meu filho, Carlos Daniel que voltou, deve ter chegado de madrugada porque ninguém viu, - ela sorri alto – e ate agora não saíram do quarto.

– Ah mas é claro, - Rodrigo diz sorrindo muito – devem estar matando as saudades.

– É sim Rodrigo, conhecendo Carlos Daniel como conheço deve que estava quase louco de saudade de Paulina.

– É sim vovó, - Rodrigo sorri – vou desligar agora, um beijo vovó.

– Outro meu filho.


As 10:00 horas os dois descem as escadas de mãos dadas, vovó esta sentada no sofá lendo um livro e sorri ao ver os dois.


– Pensei que fossem ficar no quarto o dia inteiro. – ela diz se levantando e abraçando o neto – Nem vou perguntar como você esta, da pra ver que esta ótimo.

– Estou sim vovó. – ele diz sorrindo.

– Paizinho, - Lizete vem correndo as escadas e correndo para os braços do pai – que bom que já voltou, estava com saudades.

– Eu também Lizete. - ele diz a abraçando e beijando seu rosto – estava com muita saudade de você, minha princesa.

Carlinhos desce trazendo Paulinha e Filó com Gabo.

– Papa, - Paulinha diz sorrindo vendo o pai.

– Minha princesinha, - ele diz colocando Lizete no chão, que vai pro colo da mãe, e pegando Paulinha – vem com o papai.

– Papai, senti sua falta. – Carlinhos diz abraçando o pai.

– Eu também meu filho, estava morrendo de saudades de todos vocês. – ele abraca Carlinhos.

Filó chega com Gabo e entrega para Carlos Daniel que fica com Paulinha em um braço e Gabo no outro.

– Você chegou agora papai? – Carlinhos pergunta.

– Não, - ele diz sorrindo – já faz algum tempo.

– E onde você e a mamãe estavam?

– Estávamos no quarto conversando Carlinhos. – ele responde sorrindo pra esposa.

– Sei bem o que vocês estavam conversando. – vovó Piedade diz sorrindo – Me de Paulinha aqui Carlos Daniel.

Filó cumprimenta Carlos Daniel e vai ate a cozinha preparar a mamadeira pra Paulinha

Carlos Daniel entrega Paulinha pra avo e senta ao lado de Paulina com Gabo.

– Que horas você chegou Carlos Daniel? – vovó pergunta sorrindo.

– As 5:00 vovó. – ele sorri.

– Pelo visto vocês tinham muito o que conversarem. – ela diz sorrindo.

– Tinha mesmo vovó. – Carlos Daniel diz olhando Paulina que fica meio sem graça.

– Rodrigo ligou Paulina, - vovó diz olhando-a – estava preocupado com sua demora, mas eu disse que o Carlos Daniel tinha chegado e que talvez você não fosse trabalhar hoje.

– Depois do almoço nós vamos vovó, Carlos Daniel tem que organizar as reuniões com os fornecedores.

– Você não iria ficar ate sábado exatamente por causa dessas reuniões?

– Iria vovó, - ele sorri e olha Paulina – mas não consigo ficar longe de Paulina por tanto tempo. Convenci os fornecedores a virem fazer a reunião aqui, vou pagar a hospedagem deles.

– Fez muito bem Carlos Daniel, era bem capaz de um dos dois ficarem doentes. – vovó diz sorrindo.

Paulinha começa a chorar no braço da bisavó.

– O que foi meu amor? – vovó pergunta olhando Paulinha.

– Mama. – ela responde chorando.

Paulina coloca Lizete no chão e pega Paulinha.

– Eu vou ver se a mamadeira dela esta pronta, - ela diz e olha pra Lizete – você vem comigo Lizete?

– Vou mamãe.

– Eu também vou com vocês. – Carlinhos diz se levantando.

Carlos Daniel brinca com Gabo fazendo caretas e o bebe sorri do pai.

– Acho que você nunca havia amado alguém do jeito que ama Paulina, - vovó diz – é bonito de ver como vocês se olham.

– É verdade vovó, - ele diz com os olhos brilhando – Paulina despertou em mim um sentimento que eu nem sabia que existia. É puro, simples e intenso. A amo de todo o meu ser.

– E ela também te ama assim, - vovó sorri – da pra ver nos olhos dos dois o amor que sentem um pelo outro.

– E esse amor só vai crescer mais vovó.


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