Dad And Dad? escrita por MAHximum


Capítulo 13
Capítulo 13: NÃO sou a unica mentirosa.


Notas iniciais do capítulo

OOOI, DEMOREI NÉ? NÃO ME MATEM! Ç_Ç"
Enfim, to sem criatividade pra escrever aqui hoje D:
Gastei ela toda escrevendo um capitulo da outra fic :x (não, ainda não postei!)

Well, bom proveito :D
bjs, MAH.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/34072/chapter/13

Eles estão atrasados! NÃO ACREDITO QUE EM UM DIA TÃO ESPECIAL E IMPORTANTE COMO ESSE, ELES ATRASAM!
Cadê a ultra responsabilidade de empresário que o Ryan tanto exibe? E Emma? Ela tem uma baita cara de santa responsável nerd que é SEMPRE pontual.
Coitada,  acabei com ela agora... MAS NÃO TENHO NADA CONTRA NERDS, OK?
Alias, eu sou meio totalmente nerd. Não porque eu gosto, mas porque se eu for bem nas provas, fizer todas as lições, for pontual, não arranjar encrenca e tudo mais, não tem motivo para os meus pais serem chamados para irem no colégio e, sabe, expor toda a verdade! Mas agora que eu sei que Reinald vai ao meu colégio de qualquer jeito, eu posso relaxar um pouco.
Eles ainda não chegaram...
AAAH, DESSE JEITO VAMOS CHEGAR AO ORFANATO DE NOITE! . Quero dizer, ainda tínhamos que andar mais alguns quarteirões porque eu tinha marcado para a gente se encontrar na frente de um shopping... Afinal eu não cheguei voando até aqui! Tive que dizer para Reinald que eu ia ao shopping com uns amigos para que ele me trouxesse para o outro lado da cidade.
- Adivinha quem é! – Duas mãos MASCULINAS taparam meus olhos, enquanto uma voz MASCULINA já conhecida soou atrás de mim. E levando em conta que eu só chamei Ryan e Emma para irem comigo ao orfanato, QUEM PODERIA SER?
- Papai Noel? É VOCÊ? – Perguntei brincando. Ele riu e tirou as mãos do meu rosto.
- Nem fala isso! Não sou o homem do saco... – Ryan desde sempre acha o Papai Noel o homem do saco versão pedófila. Acho que é culpa do irmão mais velho dele que sempre ficava contando historias absurdas para ele. Até hoje ele conta... E o pior é que Ryan ainda acredita e fica com medo. São dois imbecis...
- Ta, chega de devaneios por enquanto! – Na verdade eu poderia ficar naquele papo sobre o Papai Noel do saco sem pé nem cabeça por um longo tempo... Mas no momento eu estava mais interessada em saber onde a Emma tinha se enfiado e ir logo para o orfanato. – Cadê a desgraçada da Emma? – Eu gritei esquecendo completamente que eu ainda não tinha dito a Ryan (nem ninguém) que Emma seria minha prima.
- Emma? – Ele perguntou com uma expressão de extrema surpresa. – A minha namorada? – Não, o Papai Noel!, pensei em dizer sarcasticamente. Cara, qual é dessa minha fixação pelo bom velhinho pedófilo?
- Sim. – Respondi calmamente. E antes que ele pudesse dizer alguma coisa, completei: E também minha prima.
- Mas o que...? – Ryan foi incapaz de terminar a frase. Ele estava claramente perplexo.

- Ainda não é oficial, mas quando minha tia se casar com o pai dela, ela será minha prima. – Ele me olhou por algum tempo tentando associar todas as informações que tinha acabado de receber.
- Meu Deus! Por que não me disse isso antes? – Eu também me perguntei isso. Acho que foi por medo da reação dele, mas isso poderia ser considerado mentira e eu não queria me passar por uma pessoa sem palavra que quebra uma promessa dias depois de ter a feito, então me fingi de sonsa e disse:

- Achei que tivesse te contado. Desculpa. – Me esforcei para fazer uma cara inocente, mas ele percebeu a verdade mesmo assim.
- Mentirosa! – Ele acusou com o rosto meio vermelho de raiva. Depois de alguns segundo, ele se acalmou se suspirou como alguém cansado da vida. – Você não muda mesmo... Tem sorte de eu te amar incondicionalmente. – Eu abri um largo sorriso e assenti com a cabeça. Eu tinha mesmo sorte. – Agradeça a Deus por ter a honra de ser amada por um ser divino como eu. – Disse ele rindo enquanto bagunçava meus cabelos com a mão.

- Bem modesto você... – Ironizei com um sorriso que persistia em se manter no meu rosto.
- Modéstia não é uma das minhas varias qualidades. – Frase digna de Lucius! Ryan é bem parecido com meu pai, só percebi isso depois que ele foi lá em casa e pude compará-los lado a lado.
- Desculpe-me pelo atraso! – Ou vi a voz de Emma por trás de mim. Por que as pessoas gostam de chegar por trás de mim? NÃO! Não responda, por favor! – Ryan? – Ela perguntou meio surpresa e ajeitou as mechas ruivas que caiam sobre seus ombros. Eu fiquei esperando a reação de Ryan, afinal, eu não tinha chamado a Emma à toa! Eu queria ver como Ryan a tratava para comparar com o modo como ele trata Lauren e ver qual delas tem mais chances com ele.
- Oi! – Ele se forçou a parecer animado. Ryan foi até ela meio desnorteado, quase cambaleando, e lhe deu um selinho. – Sabia que acabo de descobrir que vocês vão virar primas? – Ele fez uma cara séria. – Por que não me contou nada? – Acho que ele não percebeu, mas Emma se sentiu pressionada e demorou a recuperar a fala.
- Eu só achei que a Allinton tinha contado. – Ela me olhou com uma cara que claramente dizia: “Socorro! Pode intervir agora!”
- É, eu fiquei encarregada disso, mas esqueci. Desculpa... – Ryan sabia que isso não passava de mais uma de minhas mentiras, mas Emma não. E nem precisava! A ultima coisa que eu preciso é ser conhecida como mentirosa por mais uma pessoa!
- Certo, foi mais ou menos isso que aconteceu. – Emma quis tirar uma parcela de culpa dos meus ombros.
- Ah, okay. – Ryan deu de ombros e sorriu fingindo acreditar. – A Lauren não vem mesmo?

- Não, ela inventou umas desculpas aí, então nem sei por que ela se recusou a vir.
Lauren estava estranha. MUITO estranha... Desde... Acho que é desde que eu falei sobre a hipótese de Rose ser minha... progenitora!
Lauren, apesar de ser uma hippie bonitinha e meiga, pode ter um lado bem mais obscuro do que se imagina. Mas acho que isso é só efeito da personalidade dela. Tipo, se Sarah, Jake, Reinald, Rose ou até mesmo eu, ficar estranho do nada e se tornar meio sério e frio, não vai ser tão medonho assim. Agora, se Lauren, Ryan, Emma ou Lucius dão ataque e ficam sérios do nada, é MUITO tenso!
É que eles são tão saltitantes e bonzinhos! Bom, Emma não é saltitante, mas vocês entenderam o que eu quis dizer...
- Bom, então vamos logo pro tal do orfanato, né? – Ryan envolveu a cintura de Emma com o braço. Certo, um à zero pra Emma!
- São uns três quarteirões daqui. Vamos! – Eu sai andando e ouvi os passos no meu encalço. Durante um bom tempo eles permaneceram atrás de mim, diferente de quando andamos quando é a Lauren que está com a gente. Nós geralmente andamos um ao lado do outro, ocupando a calçada inteira e atrapalhando o fluxo. Mas acho que eles perceberam que eu estava meio isolada, porque aceleraram o passo para me acompanhar e Ryan começou a metralhar um monte de informações sobre um programa que ele tinha visto na noite anterior.
Tenho que admitir que Emma combina bem mais com Ryan do que Lauren. Em quesito personalidade. Tipo, ela ri das piadas dele, tem o mesmo gosto musical, assistem aos mesmos programas e , bom, ela não é hippie... Mas ainda assim ele a olho de um jeito diferente. Não é um olhar apaixonado. É algo que não consegui identificar de imediato, mas eu sentia que não era bom.
Até que chegamos ao orfanato rápido, ou simplesmente não vi o tempo passar enquanto conversávamos.
Quando entramos, fomos recebidos por um pequeno grupo de crianças que corriam alegres por ver gente diferente.

- Bem vindos. – Falou uma moça jovem, atravessando aquele mar de coisinhas saltitantes que insistimos de chamar de crianças. – Meu nome é Alice Swarth, em que posso ajudá-los? – O sorriso dela era meigo e caridoso. Típico de alguém que trabalha ajudando as pessoas.
- Meu nome é Allinton Hanckson. – Comecei o discurso ensaiado. – Eu vim com a intenção de olhar alguns registros, se me permitirem, é claro. Porque, se não me engano, fui adotada neste orfanato quando eu era bebê e tem algumas coisas que eu gostaria de saber.

Emma ficou perplexa diante da minha confiança, mas é claro que ela não sabia que por dentro eu estava morrendo. Ryan também teria se assustado se não estivesse brincando com as crianças.
- Me acompanhe, por favor. – Alice respondeu as perguntas que algumas crianças fizeram e Ryan se ofereceu para entretê-las junto com Emma enquanto Alice me atendia.

Eu a segui até uma sala cheia de armários de arquivos.

- Aqui ficam os registros mais antigos. Alias, quando você foi adotada mesmo?
- Há mais ou menos 14 anos atrás. – Essa era a versão que eu conhecia.
- Desculpe, mas qual seu nome mesmo?
- Allinton. Allinton Hanckson.- Eu achava. Quero dizer, Hanckson é o sobrenome de Reinald, portanto, esse não é o meu sobrenome...
- Certo. – Ela abriu uma das gavetas e retirou algumas pastas. – Pode me ajudar a procurar?
- Claro! E muito obrigada! – Eu sorri ansiosa e animada. Dentro de alguma daquelas pastas poderia estar a chave do meu passado. O nome dos meus pais, o que aconteceu com eles e de onde eu vim.

Olhei ficha por ficha enquanto Alice fazia o mesmo. Eu me sentia mais decepcionada e ansiosa a cada ficha que eu olhava e não era a minha.
Não demorou muito para que as fichas de minha mão acabassem, e em seguida as de Alice também.
- Tem mais?- Uma ultima gota de esperança restava em mim quando perguntei. Meus olhos estavam lacrimejando, Alice balançou a cabeça negativamente e eu senti um enorme vazio dentro de mim.
Ele tinha mentido. Lucius tinha mentido. Meu PAI tinha mentido.

Eu estava realmente disposta a não voltar para casa. Eu queria simplesmente sumir do mapa.
Mas a esperança surgiu novamente quando Alice disse:

- Sabe se seu nome antes de ser adotada era o mesmo?

Não, eu não sabia. Não fazia idéia!

Allinton é um nome incomum demais e por isso eu sempre acreditei que Lucius é quem tinha me chamado assim, mas nunca tive nenhuma prova disso. Mas e se Lucius tivesse mesmo mudado meu nome? Qual era o original? O que a minha MÃE deu...
Eu nunca estive tão longe de saber quem sou quanto neste momento.

- Não. – Respondi sem forças para dizer algo mais.

- Bem, procurar pelos nomes dos seus pais adotivos vai demorar muito. O que quer fazer? Quer tentar achar? – Fiquei durante um tempo, que pareceu a eternidade, olhando para ela e tentando organizar meus pensamentos e sentimentos. E aí fez um “plim” na minha cabeça...
- Tem alguém aqui que trabalhe há mais de 14 anos? – Minha ultima esperança!
- Hum... Sim! – Disse Alice radiante. – A senhora Newston! Ela trabalha aqui há quase 20 anos, eu acho.

Eu, literalmente, saltei de alegria. Eu tinha mais uma chance de descobrir quem eu era de verdade e provar para mim mesma que Lucius não era um mentiroso. Quero dizer, não é todo dia que um casal gay aparece querendo adotar uma criança, então, essa tal de senhora Newston deve se lembrar dos meus pais. Principalmente porque Lucius é uma pessoa memorável.

- Posso conversar com ela?

- Acho que sim. – Ela guardou algumas pastas e eu a ajudei. – Vamos! Vou te levar até o escritório. Ela deve estar lá cuidando da papelada.

Logo que sai da sala de arquivos, topei com uma senhora de cabelos brancos e olhos verdes.

- Senhora Newston! – Alice exclamou atrás de mim. – Estava falando da senhora agora mesmo. Não morre mais. – A senhora baixou o olhar para mim e sorriu de forma carinhosa.

- Alice, o que temos aqui? – A voz dela era rouca e exalava bondade – Qual seu nome garotinha?

- Me chamo Allinton Hanckson. – Eu estava tão inquieta que nem fiz questão de explicar a Senhora Newston o que estava acontecendo antes de perguntar: - Esse nome lhe parece familiar?

- Hum... – Ela pensou um pouco e depois balançou a cabeça negativamente.

- Reinald Hanckson! – gritei sentindo uma lagrima escorrer pelo meu rosto. – Lucius Hanckson! – Não dava para acreditar! Simplesmente não dava! Eu estava, num momento, a um passo de saber quem eu era e no outro segundo, eu tinha voltado a estaca zero... Não, eu estava na estaca “-1”, porque agora eu não sabia nem meu verdadeiro nome!

- Não lembro. Desculpe-me! – Sra. Newston percebeu minha tristeza e provavelmente por isso não reparou no meu comportamento ruim.

- Um casal homossexual que me adotou nesse orfanato! – Nunca senti tamanha dor no coração. Ele estava sendo despedaçado em milhares de pedacinhos.

- Me desculpe, queria, mas juro que nunca nenhum casal homossexual adotou uma criança aqui. – Comecei a chorar como um bebe.

- Obrigada. – Disse por educação. Eu estava incapacitada de falar, reagir e pensar. Então, tudo que eu sabia sobre mim era mentira? Não é todo dia que você descobre que não tem família, identidade nem um local de origem. Eu não ia voltar para casa! Sem chances! Lucius mentiu para mim! Sobre uma das coisas mais importantes da minha vida! Imaginem como eu me sentia, mas não poderão saber o quando é horrível até passar por isso.

Alice me guiou até o banheiro onde fiquei trancada por quase uma hora. Tentando inutilmente superar o choque inicial, mas depois de gastar um rolo inteiro de papel higiênico assoando nariz, eu lembrei de Emma e Ryan que estavam me esperando e decidi engolir o choro.

Quando sai do banheiro, fui recebida por um abraço reconfortante de Ryan e Emma.

- Você ta bem? – Ryan perguntou tentando me animar. E o pior é que conseguiu.

- Que pergunta idiota! – Eu resmunguei conseguindo abrir um minúsculo sorriso. – Tinha que ser você...

- Então, nada? – Perguntou Emma um pouco mais interessada na missão do que Ryan.

- Nada. – Respondi segurando o choro.

- Ah, sinto muito! – Emma acariciou meus cabelos e se calou. Ficamos os três quietos compartilhando a minha dor. Mas o silencio só aumentava minha tristeza e decepção, então resolvi dar um basta.

- E aí titio Ryan? Está se divertindo com gente da sua idade mental? – me referia as crianças, claro.

- Muito! – Ele riu ao ver minha melhora repentina. - Podemos ficar mais?

- Claro. – Eu quase ri. – Vai brincar com seus amiguinhos.

Ryan pôs a mão sobre minha cabeça como sempre faz e falou sorrindo:

- Força, Allinton! – Eu aia precisar...

- Valeu, Ryan. – Ele tirou a mão e olhou para Emma. Novamente com aquele olhar negativamente estranho.

- Você vem, Emma?

- Agora não. – Ela sorriu – Alguém tem que cuidar da Allinton, certo? – ERRADO! Posso me cuidar sozinha mesmo quando estou mais deprimida do que uma legião de emos! Mas o que me parecia era que Emma queria ficar longe de Ryan... é, o tempo estava fechado no mundo de Emma-e-Ryanlandia. E só podia piorar quando reconheci o olhar que Ryan lançava para Emma 90% do tempo. Era igual ao que ele lançava para as crianças órfãs. Um olhar de pena.

- Emma, - Eu ia contar! Alguém tinha que fazer Emma cair na realidade antes que fosse tarde demais. Então, assim que Ryan se afastou, eu falei: - Detesto tem que te dizer isso, mas... Você não tem chances. – Mordi o lábio inferior. Acho que fui direta demais, mas o que eu podia fazer? Enrolar só ia tornar as coisas mais difíceis e eu já tinha me segurado demais para não me meter nessa história.

- Eu sei. – Emma falou em tom calmo e melancólico com um sorriso forçado no rosto. – Ele terminou comigo hoje.

Ta, por essa eu não esperava!

- Emma... – Eu a abracei. Ótimo, agora éramos duas pessoas deprimidas!

- Eu estou be. – Era obviamente uma mentira. – Isso ia acontecer uma hora. – Ia mesmo, eu sabia... Mas não precisava ser tão cedo! Namoro relâmpago!

Eu estava morrendo de vontade de socar Ryan até a cara dele ficar deformada. Até hoje eu tenho essa vontade quando me lembro da cara de Emma enquanto ela me dava essa noticia. Se bem que a culpa não é exatamente de Ryan... Quero dizer, foi Emma que o quis como namorado mesmo depois de ele dizer que gostava de outra! O fim desse namoro era inevitável, mas podia ter durado um pouco mais, né? Eles namoraram por quanto tempo? Uma semana? É, por aí...

- Ryan vai apanhar! – Eu bradei com raiva e larguei Emma.

- NÃO! – Emma pareceu mesmo acreditar naquilo. Eu nunca bateria nele. Principalmente porque ele é BEM mais alto e forte que eu.

- Eu só vou conversar com ele, ta? – Tentei acalmá-la. Eu estava em um estado de espírito tão deplorável que dependendo da merda que saísse da boca de Ryan, eu ia chutar o saco dele e sair correndo antes que ele pudesse revidar. É golpe baixo, eu sei. Mas como já disse antes, eu estava num estado de espírito deplorável por causa de tudo que eu tinha descoberto e não descoberto.

- Você se importa se eu for embora? Não quero ficar nesse clima. – Claramente Emma estava se contendo tanto para não chorar quanto eu.

- Pode ir. E se acalme, não é porque o namoro não deu certo que Ryan vai deixar de gostar de você. Conheço bem esse garoto e se ele aceitou ficar com você apesar de tudo, é porque ele te considera muito como amiga e, como você mesma disse, ele vai fazer de tudo para continuar ao seu lado. Assim como eu farei! – Eu tinha dito as coisas certas. E também verdadeiras. Conhecia bem o Ryan e tinha certeza de que se eles se encontrassem novamente, ele ia ser o mesmo de sempre.

E eu também falei a verdade quando disse que faria de tudo para continuar ao lado de Emma. Ela tinha se tornado uma pessoa especial para mim em tão pouco tempo e eu podia notar que esse sentimento era recíproco, afinal, ela tinha se permitido envolver comigo.

- Falou tudo que eu queria ouvir. – Emma disse emocionada. – Obrigada mesmo!

- Eu só disse a verdade. – Sem dizer mais nenhuma palavra, ela acenou e foi embora. As vezes eu acerto mesmo sem mentir...

Mas bem que esses acertos podiam ser mais freqüentes. Talvez se eu começasse a falar mais a verdade... Ta, eu penso nisso depois! No momento eu tinha um Ryan para caçar!

Foi bem fácil achá-lo. Ele estava no centro de uma roda de crianças enquanto lia um livro infantil. Achei melhor não interromper em consideração as crianças que pareciam estar se divertindo.

Ele leu mais uns dois livros inventando finais estranhos para as historias. Tipo, chapeuzinho vermelho adotou o lobo como bicho de estimação, ou a branca de neve decidiu nunca mais comer maçã e transformou todas em algodão doce... Eu gostei bastante dessa versão!

Mas enfim, quando Ryan finalmente terminou, nos despedimos de todos, incluindo Alice e a senhora Newston. Saímos do orfanato e começamos andar pela rua vazia sem exatamente um rumo. Ele não demorou muito a perguntar:

- Cadê a Emma? – Ele não parecia alguém que tinha acabado de terminar um namoro.

- Ela já foi. – Esperei que ele tivesse alguma reação, mas ele ficou parado me olhando. Então resolvi falar de uma vez: - Ela me contou sobre o rompimento.

- Antes que você me espanque, tenho que te explicar umas coisas. – Ele colocou as mãos na cabeça como se um policial tivesse dito: “Larga a arma e mãos ao alto!”.

- Sobre você gostar de outra e só ter aceitado namorar ela porque ela insistiu? Ah, eu já sei. – O que eu queria saber mesmo era se essa garota que ele gosta tem cabelo liso, castanho claro, olhos esverdeados e se chama Lauren.

- Isso facilita muito para mim. – Ele abaixou as mãos e se se encostou a um muro no meio da rua. – Bom, tem um pouco mais do que você falou. Sobre os motivos de eu ter aceitado a proposta de Emma. O primeiro é esse que você sabe, ela insistiu e tudo mais. O segundo é um pouco mais egoísta... Eu meio que a usei para tentar esquecer a garota que eu gosto. – Ele olhou para o chão e aprofundou as mãos nos bolsos. – Mas eu venho comparando as duas há um tempo e não tem nem disputa. Ela dá de dez a zero na Emma. Ela me deixa feliz e tonto. E eu vejo uma luz dourada a iluminando... Essas coisas bobas de apaixonado, sabe?

- Sei. – E como sabia! Depois de beijar Jake, eu comecei a ouvir a marcha nupcial ao fundo toda vez que pensava nele.

- Eu me senti culpado por alimentar as esperanças vazias dela e por isso eu terminei. – Qualquer sermão que eu tinha preparado, foi totalmente descartado depois disso. – Não que eu tenha chances, mas...

- Ela te rejeitou? – Cara, preciso dar um jeito nessa minha personalidade.

- Não exatamente. Ela não sabe disso, eu acho.

- Caramba, Ryan! Agora sim faz sentido! – Nenhuma garota solteira e da nossa idade dispensaria o Ryan. – Se ela não sabe, talvez seja por isso que ela dê a entender que não quer nada! – Falei pensando em Lauren, mas tem umas mil garotas que se encaixam nesse perfil.

- Mas ele não gosta de mim! Eu acho... – Ele pareceu confuso diante do que eu dizia. Acho que ele nunca pensou nessa possibilidade. – Ela gosta de outro! – Eu estranhei. Não sei exatamente que tipo de conversa ele e Lauren andam tendo, mas tratei de remendar.

- As vezes é para fazer ciúmes! – Eu disse antes de me tocar que podia estar empurrando Ryan nos braços de outra garota. Então finalizei com algo simples e infalível. -  Olha, você só vai saber se ela gosta de você quando chegar e dizer: “Hey, fulana! Você gosta de mim?”

- Achei uma boa idéia. – Ele se desencostou da parede e sorriu. – Valeu!

- De nada! – Eu tava tão curiosa sobre isso que já tinha me esquecido do orfanato e perguntei animada: - Não vai me dizer quem é?

- Allinton, - Disse ele.

- Hum? – Olhei para ele na expectativa

- Você gosta de mim?

TA... POR ESSA EU TAMBEM NÃO ESPERAVA!

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Só para constar, o tio cats aí de cima é o Reinald *----*
ASDUIHISUADHUASH eu disse que ele era lindo!

MAAN, EU AMEEI O FINAL *--* ACHEI LINDO! -qq
o que vocês acharam?! ein? ein? :B

Lucius ta me saindo pior que a encomenda. Agora além de gay, ninfomaniaco, desbocado, é mentiroso :x'

Whatever, quero reviews ook? :B //chata

bjs, MAH.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dad And Dad?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.