Dad And Dad? escrita por MAHximum


Capítulo 14
Capítulo 14: As Máscaras FINALMENTE caem.


Notas iniciais do capítulo

Cara, postei ontem e ja to postando hoje de novo, IMPRESSIONANTE! :O
Enfiim, isso é só porque entrarei num castigo de computador amanhã e só poderei mexer novamente dia 28, por isso resolvi dar uma adiantada :B

Capitulo mais tenso até agora, bjs -qq
E tambem o mais curto, mas whatever... e_e'

Bom proveito :D
bjs, MAH.



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Eu nunca me senti tão mulher fatal quanto agora! Não que eu seja, porque sou no máximo bonitinha, sabe? Feia arrumadinha. Mas ontem Jake se declarou para mim, largou de Sarah e me beijou a tarde inteira. E agora, Ryan terminou com Emma por minha causa! Me sinto bem e mal ao mesmo tempo, mas falando sério, o que exatamente esses garotos viram em mim?


E não sou simpática, sou mentirosa (pelo menos o Ryan sabe disso!), não sou uma gênio, geralmente uso sarcasmo e ironia como um tipo de defesa e também viajo DEMAIS na maionese. Como eles conseguem gostar de alguém assim?


Em resumo, eu fiquei completamente sem reação, pensando se aquilo era verdade ou uma brincadeira de MUITO mau gosto do Ryan. Mas o que ele fez em seguida não deixou duvidas.


Ele me segurou delicadamente pelos ombros e, num movimento rápido, me encostou no muro e me beijou. De língua.


Não vou dizer que retribui, porque não fiz isso, mas também não tentei parar por causa do choque. Simplesmente fiquei lá, contra o muro, deixando que Ryan fizesse o que bem entendesse. E não vou mentir... Ele beija bem!


Mas não chega aos pés de Jake e sabe por quê? Porque não gosto dele DESSE jeito! Essa poderia ser mais uma daquelas historia clichês adolescentes onde a principal beija seu melhor amigo e descobre que sempre esteve apaixonada por ele, mas não é. Eu ainda sou apaixonada por Jake e mesmo que eu passasse a gostar de Ryan, o que seria de Lauren e Emma? Eu jamais faria isso com elas!


Quando ele se afastou, viu, pela expressão vazia nos meus olhos, que eu não tinha o empurrado por pura falta de reação. E não porque eu queria aquilo. Então, ele abaixou o rosto para não ter que me encarar.


- Desculpa... – Ele falou com um tom baixíssimo. – É só que... Eu queria fazer isso desde a quinta série.


Desde a quinta série? Isso é desde que eu o conheci... DROGA! ME SINTO PESSIMA POR NÃO PODER CORRESPONDER!


- Ryan, - Eu sabia que era a PIOR hora para contar isso, mas ela mais do que necessário. – ontem Jake se declarou para mim e, bem, nós... – Não consegui terminar, parecia cruel demais.


- Tudo bem, já entendi. – Ele levantou o rosto e exibiu um sorriso sofrido – Você está feliz? – Bom, eu não estava NAQUELE momento. E nem um pouco feliz em relação ao que tinha rolado no orfanato, mas falando sobre Jake, eu estava sim. E muito! Assenti e ele pôs a mão sobre a minha cabeça. – Então estou feliz também!


Eu o abracei. Era o que eu podia fazer... Ele encostou a cabeça no meu ombro e eu ajeitei a minha em seu peito. Não importava o que aconteceria, sempre teríamos um ao outro. Seriamos eternos amigos! Era o que eu queria provar com aquele abraço.


O silêncio se instalou entre nós e só foi quebrado quando eu finalmente voltei a raciocinar e vi que aquilo não fazia sentido:


- Por que eu? Por que não Emma ou Lauren? – Isso era o que me intrigava.


- Por que elas não são você. – Ele disse o obvio. Esse deveria ser o motivo pelo qual ele devia ter beijado uma delas e não eu! Mas se eu dissesse isso, ele não entenderia porque quando se está apaixonado, você simplesmente fica cego.


- Desculpa. – Eu o abracei mais forte. – Eu te amo. – Era verdade, eu o amava. Mas não do jeito que ele queria. Eu o amava como um irmão mais velho que me provocava, mas estava sempre disposto a me ajudar e alisar minha cabeça como sempre faz.


- Eu te amo incondicionalmente. – Ele respondeu e colocou a mão sobre minha cabeça. – Finalmente Jake se tocou do que estava perdendo!


- Ou simplesmente pegou sua burrice! – Eu brinquei.


- Pode ser isso também... Mas nesse caso, minha “burrice” teve utilidade. – Ele meio que lamentou, mas não estava deprimido ou bravo, só um pouco triste. Ryan sabe como superar obstáculos e continuar seguindo em frente com um grande sorriso.


- Ryan, como você vai voltar para casa? – Perguntei querendo carona como se nada tivesse acontecido. Era assim que as coisas iam ser daqui para frente, como sempre foram.


- Eu não vou para casa. Vou passar o fim de semana na casa da minha avó que é aqui perto. Por quê?


- Eu ia pedir carona na cara de pau.


- Por que não liga para o seu pai?


- Por que não pede para o seu pai vir te buscar?


- Porque não vou para casa. – Não tinha como encará-los depois de saber que eles tinham mentido! Ta, só Lucius mentiu, mas Reinald ia ter que pagar o pato dessa vez.


- Ah não, Allinton! Não crie tempestade em copo d’agua! – Ele resmungou.


- Não vou fugir de casa, só vou passar a noite na casa de Lauren. – Ele suspirou e remexeu nos bolsos.


- Toma. – Ele tirou uma nota de vinte reais e outra de dez (off: decidi que agora eles moram no Brasil [?] IDHAIDISA) e pôs na minha mão. – É para o taxi. Não me importo de pagar, então não recuse! – Ele virou o rosto meio envergonhado. Não tinha como recusar!


- O que eu posso dizer? – Eu ri e guardei o dinheiro no bolso.


- Que tal: “Obrigada, ó, grande e poderoso Ryan”?


- Obrigada, ó, grande e poderoso Ryan! – Obedeci.


- Vou com você até o ponto de taxi, vem! – Ele saiu andando sem me esperar.


Eu estava certa sobre uma coisa: Ryan trata a garota que gosta de modo diferente de todas as outras.


Ele provoca só a mim e também é um pouco mais grosso e direto comigo, quero dizer, se você Lauren, por exemplo, ele diria algo do tipo: “Quer que eu te acompanhe até o ponto de taxi?” e não uma ordem tipo: “vem!”.


- Obrigada. – Eu sorri atrás dele e fomos caminhando até o ponto de taxi.


Eu entrei no taxi e fiquei acenando para Ryan até que virássemos a esquina e ele sumisse da minha vista.


O caminho era longo e, mesmo de carro, demorou bastante. Tive tempo o suficiente para rever minhas recentes descobertas, sobre Jake, Ryan, Lucius e derivados.


Sem duvida, a mais importante delas era o fato de eu não ter sido adotada. O que exatamente isso significava?


Quando cheguei na casa de Lauren, eu já tinha me tornado um vazio que ninguém poderia tapar. Mas eu não imaginava que essa terrível sensação podia aumentar.


 


- Allinton?! – Lauren exclamou surpresa ao abrir a porta para mim.


- Lauren?! – Minha expressão de surpresa não era  menor que a dela. Lauren estava LOIRA! Ta, ela não estava loira... Ela estava com mechas loiras, mas ainda assim era inesperado. O cabelo dela estava todo repicado, na altura do ombro, com a franja de lado e as pontas viradas para fora dando um ar rebelde. – Você tingiu? – Ela nunca tinha feito isso. Ela corta, faz penteado, alisa, enrola e já chegou a usar rastafári, mas nunca tingiu!


- Só fiz luzes. – Como se isso tornasse menos grave! – O que ta fazendo aqui?


- Posso dormir aqui? – Perguntei fazendo cara de choro.


- Pode sim. – Ela respondeu sem pensar, mas logo voltou a ser racional. – Eu acho. Tenho que falar com a minha mãe, mas provavelmente ela vai deixar.


- Obrigada. – Eu disse e entrei na casa dela.


- Pode ir para o meu quarto, vou falar com minha mãe. – Disse Lauren se arrastando até o quarto da mãe. Eu não tinha mais o que fazer e obedeci.


Fiquei sentada na cama dela durante um tempo, esperando que ela retornasse. Como eu iria contar para ela o que Ryan me disse? Huum, melhor não contar por enquanto, afinal, eu tinha outras novidades para falar...


Quando ela voltou, eu pulei em seus braços e fiquei abraçada. Eu precisava de alguém naquele momento, e quem melhor que minha melhor amiga?


Ficamos naquele abraço por mais ou menos meia hora... Eu só soube disso porque quando me sentei novamente na cama dela, vi o relógio.


- Quer me contar o que aconteceu? – Ela perguntou quase lendo nos meus olhos que eu estava a um passo de botar tudo para fora em um desabafo continuo e longo.


- Ele mentiu. Meu pai mentiu para mim sobre a minha adoção.


- Como assim? – Lauren tentou me consolar, mas ainda demonstrava total repulsa pelo assunto. Preconceito? Eu duvidava disso. Lauren é hippie, não tem muitos preconceitos... Então, o que poderia ser?


- Eu não fui adotada lá! Não tem registros e uma funcionaria mais antiga garantiu que nunca soube de um casal homossexual adotando uma criança... – Ela alisou minha cabeça. Não parecia surpresa com a informação, só com pena de mim. – O que isso significa, Lauren?


- Por que ta perguntando para mim? – Ela se assustou e tirou a mão do meu cabelo imediatamente. NÃO É OBVIO? Talvez porque ela era a única pessoa ali ou talvez porque ela seja minha melhor amiga! Mas minha curiosidade e preocupação em relação a Lauren falou mais alto que meu impulso de responder sarcasticamente.


- Lauren, o que ta acontecendo contigo?


- Nada. – Ela respondeu automaticamente.


- É alguma coisa! Você ta estranha... Por que ta agindo assim?


- Já disse que não é nada! Desculpa se estou sendo grossa, mas ultimamente está difícil falar com você... Não to dizendo que você ta chata nem nada assim, é só... – Ela baixou o tom. – o assunto.


- O que quer dizer? – Eu não estava entendendo nada.


- Mãe! – Ela gritou e por um momento achei que estava chamando a Sra. Shyne, mas logo entendi que esse era o assunto.


- Seja mais clara! Diga de uma vez o que ta acontecendo!


- Você fala da sua mãe o tempo todo nos últimos dias! – Lauren se estressou por completo. Eu não fazia idéia do que estava causando aquilo, mas era pesado o suficiente para fazê-la chorar. – Sua mãe isso! Sua mãe aquilo! Já deu, ok? Não quero mais saber disso! Não agüento mais!


- Desculpa. – Eu achava aquilo um exagero, mas não queria brigar com minha a pessoa que estava me acolhendo. – Não sabia que eu estava sendo tão insuportável.


- Não é isso! – Ela disse meio que aos prantos e começou a falar consigo mesmo. – Eu não consigo mais! Cheguei no meu limite! Desculpa, desculpa, mas eu já esperei demais...


- Lauren? – Eu pensei em abraçá-la, mas eu estava apreensiva com aquele comportamento dela. Nunca tinha visto nada assim antes, ela estava perturbada e eu cada vez mais horrorizada com aquela cena bizarra.


- Allinton, - Ela falou numa voz firme e levantou o rosto, olhando profundamente nos meus olhos. – Sua mãe está viva!  


 



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Notas finais do capítulo

MAAN, QUEM MORREU COM ESSE CAPITULO LEVANTA A MÃO! o/ -NN

Ok ok, desde o inicio eu queria que a Lauren desse essa noticia para que todos ficassem: WTF Lauren tem a ver com tudo isso? O_O
Maaas, eu esperava que fosse uma coisa mais tensa, sabe? A Allitnon começasse a suspeitar da Lauren e aí sim ela contaria, mas desse jeito ficou bom tambem... :]

Peninha do Ryan ÇÇ' Mas ele é fofo, não? *-*

Boom, é isso :B
Continuem lendo e mandando reviews :D

bjs, MAH.