Garota Estranha escrita por Tasha Reis
Notas iniciais do capítulo
CONSEGUI INTERNET, graças a Deua a minha família resolveu me ignorar e me deixar em paz, então além de conseguir internet, consegui ter paz para escrever =D A minha única companhia é o meu primo de quatro anos que é completamente maluco e fica me olhando da soleira da porta, sabe aqueles filmes de terror? Então.... kkkkkkk
- O que você ta fazendo aqui, Niel?- Eu perguntei surpresa, mas devo ter soado meio grossa, porque ele fez uma careta e me olhou sério.
- Me sentando no meu lugar, não posso?- Ele respondeu mal educado.
- Nossa, desculpa se ofendi você, só fiquei surpresa.- Eu disse levantando as mãos em um sinal de rendição.
- Pode ter certeza que eu também fiquei surpreso quando vi vocês aqui.- Ele disse sentando no banco ao meu lado.
- O que vocês vão fazer em Bariloche?- Eu perguntei tentando iniciar uma conversa descente.
- Meu pai vai trabalhar, minha mãe vai fazer compras e eu vo fica longe deles, mas ainda tenho que cuidar do meu irmão e vocês?- Ele perguntou me olhando.
- Meu pai deve ir a trabalho também, acho que a minha mãe vai fazer companhia para a sua, eu e o Carlos vamos fazer qualquer coisa relacionado a esportes.- Eu respondi enquanto as aeromoças davam as instruções.
Depois da decolagem começamos a planejar o que fazer, Carlos queria aprender snowboard, nem sei o que é isso, mas prometi que o acompanharia e os outros dois garotos se animaram, eu os convenci a ir no teleférico e no parque nacional, depois de combinarmos tudo falamos com os nossos pais, as mulheres iam para o Duty Free Shop e no Shopping Patagônia, enquanto os homens trabalhavam o dia inteiro, mas a noite ninguém escapava de jantar no Rincón Patagónico ou no El Boliche de Alberto, depois Carlos e Thiago dormiram, nossos pais falavam de negócios, nossa mães de moda e nós estávamos em silêncio, era um pouco chato, então resolvi puxar assunto.
- Então, já foi para Bariloche antes?- Eu perguntei para ele.
- Não e você?- Ele perguntou claramente entediado.
- Nunca, mas adoro lugares frios, então acho que vou adorar.- Eu afirmei animada e ele sorriu.
- Al, posso te perguntar uma coisa?- Ele perguntou temeroso.
- Claro, o que você quer saber?- Eu perguntei juntando as mãos e levantando as sobrancelhas, ele fez uma careta e depois riu.
- Você já gosto de alguém?- Ele perguntou sem me olhar e brincando com as mãos, suspirei.
- Sim, na verdade eu gosto de outra pessoa agora, mas antes eu já gostei bastante de outro garoto, por que pergunta?- Eu respondi olhando para fora pela janela.
- Como você sabe que gosta desse garoto?- Ele continuava muito interessado nas próprias mãos e ignorou a minha pergunta.
- Sei lá, acho que é como eu me sinto quando ele ta perto, também como eu me sinto quando tem outra garota perto dele.- Eu disse sorrindo de canto e lembrando de algumas coisas.
- Você quer fazer de tudo para que ele saiba que pensa nele? Sempre que você vê ele, quer abraçar e falar coisas que não diria pra qualquer um? O que você sente exatamente?- Ele perguntou tudo meio nervoso.
- Se você sente isso que me pergunto, você gosta dessa garota e muito.- Eu disse pensando na ruiva que sempre está com ele e me senti meio mal, porque acho que gosto dele.
- Como eu digo isso pra ela?- Ele perguntou com a voz fraca e me olhou de canto, desviei o olhar.
- Depende da garota, se for uma vagabunda, pode ser de qualquer jeito, mas se ela for diferente, acho que vai gosta de uma coisa romântica.- Eu disse sem animação.
- Acho que vo pedi pro Carlos me ajudar.- Ele pensou alto e eu comecei a rir.
- Sério mesmo, vai pedi ajuda pro meu irmão? Ele que nunca se apaixono vai mesmo te ajuda?- Perguntei irônica.
- Tenho certeza que vai, amigo é pra essas coisas e quem disse que ele nunca se apaixono?- Ele disse sorrindo e piscou para mim.
Eu sorri, mas fiquei quieta.
" Como assim? A minha irmã gosta de alguém?"
Fiquei pensando nisso o resto da viajem, na parte do Carlos estar apaixonado e no do Niel também estar, o Niel eu já sabia que era a ruiva, mas o meu irmão? Eu não tinha nem ideia, então resolvi dormir um pouco para esquecer aquela conversa. Um pouco mais tarde acordei com o Niel me chamando.
- Al, o avião já vai pousar, acorda.- Ele dizia baixinho perto de mim, o que me fez ficar arrepiada, abri os olhos e vi que estava apoiada no ombro dele, me afastei e pedi desculpa sem olhar na direção dele, mas ele só sorriu.
O avião pousou normalmente e em pouco tempo já estávamos saindo de lá, cumprimentei os pais do Niel e o Thiago que ficou muito feliz em saber que ia passar o fim de semana com nós, também descobrimos ter ficado no mesmo hotel, então pegamos as malas e fomos alugar um carro, alugamos dois, um Ford Ka e um Ford Ecosport, os carros eram bons e fomos tranquilamente até o hotel, fui conversando com o Carlos e meus pais conversavam, chegamos no hotel e descarregamos os carros, entramos na recepção e meu pai foi pegar as chaves, depois de uma meia hora ele volta com quatro chaves, dois quartos eram para os casais e os outros para os irmãos, mas Thiago começou a chorar e dizer que queria dormir com o Carlos.
- Mãe, eu quero dormir no quarto dele.- Ele dizia apontando para o Carlos que não sabia o que dizer diante da situação.
- Mas, filho, você precisa deixar a Alana dormir com o irmão dela, eles não dormem separados.- Ela disse arranjando uma desculpa.
- Mas ela pode durmi com o meu irmão.- Ele disse quase chorando.
- Não pode, Thiago, ela só pode dormir com o irmão dela.- Ela disse calmamente.
- Deixa o garoto dormir com o Carlos, a Al dorme no quarto com o Niel e o Thiago fica feliz, todos são amigos, não tem porque de fazer drama.- Eu olhei arregalando os olhos e olhando para o meu pai, SIM PARA O MEU PAI, se você não entendeu, ele disse para mim dormir em um quarto com um garoto.
- Tudo bem pra vocês?- A mãe do Niel perguntou olhando para nós três.
- Tanto faz.- Carlos respondeu levantando os ombros.
- Tudo bem pra mim.- Niel disse indiferente.
- Sem problemas, o Thiago pode dormir com o meu gêmeo, mas ele tem que devolver depois.- Eu disse me agarrando no braço do Carlos que fez uma careta e todos riram.
- Nossa, como você me ama, em?- Ele disse irônico.
- Claro que sim gêmeo.- Eu disse sorrindo e dei um beijo na bochecha dele.- Mas acho que eu não vo aceitar a devolução.- Eu disse de brincadeira e ele me abraçou apertado, enquanto eu ria.
Subimos para os quartos cada um levando a sua mala, meus pais me entregaram a chave do nosso quarto, nossos pais ficaram em um andar diferente do nosso, então desceram do elevador antes, mas já dizendo para descermos em meia hora, porque íamos sair, concordamos e fomos para o nossos quartos, Thiago e Carlos estavam bem no início do corredor, mas eu e Niel estávamos mais para o meio, entramos no quarto e eu achei simplesmente INCRÍVEL.
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