Estávamos todos na rodoviaria, na verdade apenas eu e os meninos, o pessoal que morava comigo estava em casa mesmo, eu voltaria sozinha.

–Vocês avisaram que estão chegando?- perguntei pela vigésima vez.

–Avisamos- disse Matheus me dando um selinho em seguida- fica tranquila tá não precisa se preocupar com a gente, cinco garotos a gente se vira.

–A gente ta preocupado com a hora que você vai voltar pra casa- disse Alberto me olhando- já ta escuro e não é muito legal você ficar andando na rua sozinha uma hora dessas.

–Eu ligo pro Mark vir me buscar- eu disse pra eles- não se preocupem aqui eu me viro.

–Bom acho melhor a gente ir- disse Fred olhando o celular- o ônibus já ta ai e daqui a pouco a gente perde a viagem.

–Verdade- disse Luan, beijando minha testa- fica bem linda.

–Eu vou ficar- disse a ele sorrindo- boa viagem gordo, da um beijo na sua mãe por mim.

–Dou até dois- disse ele rindo e beijando a minha bochecha.

–E eu ganho um abraço?- perguntou Breno

–Claro- disse pulando nos braços do loiro e beijando sua bochecha- meu loiro.

–Princess- disse ele beijando minha bochecha- se cuida.

–Sempre- disse- juízo hein?

–Minha vez- disse Alberto me puxando pela cintura e me apertando- baixinha.

–Japa- disse, já sentindo algumas lágrimas escaparem- juízo você também.

–Para de chorar- disse ele rindo e beijando minha testa- eu sempre tenho juízo.- nós nos separamos, e olhei pra Fred, correndo em sua direção logo em seguida.

–Vem cá cunhada- disse ele beijando minha testa e me tirando do chão- vou sentir sua falta.

–Eu também- disse a ele- mas a gente não vai demorar pra se ver então sem problemas.

–Verdade- disse ele me colocando no chão- vamos ir levando nossas coisas pro ônibus?

–Vamos- disseram os outros saindo, olhei pra Matheus que esticou a mão pra mim.

–Eu não quero que você vá- eu disse já chorando novamente, ele limpou algumas de minhas lágrimas e me beijou.- você não pode ficar?

–Eu tenho cursinho você sabe disso- respondeu ele, me olhando com uma cara triste e me abraçando- eu amo você não esquece disso.

–Amo você- eu disse ainda chorando, e me apertando mais contra seu corpo.

–Eu venho te ver logo- disse ele me beijando- não faz essa cara por favor, desse jeito eu desisto de voltar pra casa.- ele disse pegando meu rosto entre suas mãos.

–Promete que não demora pra voltar?- perguntei a ele.

–Prometo- me respondeu me dando um selinho- eu tenho que ir agora.

–Ta bom- eu disse secando meus olhos e já pegando meu celular e discando o número de Mark- Alô Mark?

–Fala Lisa- disse ele ao reconhecer minha voz.

–Pode vir me buscar na rodoviária?- perguntei.

–Agora- disse ele- em menos de cinco minutos eu to ai.

Observei os meninos entrarem no ônibus, e observei o ônibus partir, uma senhorinha parou do meu lado.

–Seu namorado?- perguntou se referindo a Matheus provavelmente.

–É- eu respondi, embora não estivéssemos oficialmente namorando, a gente tava junto- eu to morando aqui por causa da faculdade e ele ta em São Paulo.

–Não fique assim menina- disse ela sorrindo- ele vira novamente.

–Espero que não demore- eu respondi e em seguida vi Mari e Mark abraçados me procurando- eu tenho que ir minha carona chegou.

–Tchau- disse a senhora simpática, corri até os dois, e sem falar nada fomos pro carro, embora já não chorasse de soluçar, algumas lágrimas ainda rolavam pelo meu rosto.

Entrei em casa sem dizer nada e subi pro meu quarto me jogando na cama e cheirando meu travesseiro, acabei adormecendo ali.