O Começo De Uma Era 2 escrita por Moça aleatoria, Undertaker


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é meio pequeno por que, inicialmente, era pra ser o começo do próximo, mas eu acabei me empolgando e deu em um capítulo extra!
Eu acho que atrasei um pouco com esse capítulo, estava estudando muito pra uma prova de matemática. Mas agora, eu finalmente posso dizer que fiz minha última prova! Agora só me resta esperar, rezar e torcer muito para que isso me salve da recuperação!
Ok então uma promessa aqui, se eu não ficar de recuperação em matemática em em português eu postarei um na sexta, que é quando recebo as notas!
Bem, que a sorte esteja ao meu favor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/337918/chapter/28

Simila havia saído com Delly á tempos, e eu, bem, por puro milagre e para a minha surpresa eu direi, me atrasei por que dormi demais! Quem diria que um dia eu falaria isso... A questão é que demorei um pouco para pegar no sono noite passada e dormi pela noite toda, não tendo acordado pela madrugada ou algo do tipo como era meu costume.

Bem, acabo de acordar e vejo um bilhete de Simila, ele dizia ter saído mais cedo do habitual e preferiu não me acordar. Bem, Simila também sabe como noites completas de sono são raras, deve ser hesitado um pouco em me acordar.

Bem, eu não estava com pressa, o sol brilharia ainda por um longo tempo mesmo que não pudesse vê-lo. Para que eu teria pressa? O café da manhã ainda seria servido por um bom tempo, e tem mais, hoje, eu pretendia chamar Katniss para toma-lo comigo.

Finalmente eu e Katniss estamos bem, tão bem quanto podemos estar com a pouca memória dela, mas bem. E eu também gostaria de apresenta-la, quero dizer, reapresenta-la melhor Simila, Delly e talvez até Finnick. Não sabia até onde de cada um ela se lembrava, gostaria de passar algumas coisas a limpo hoje, deixar tudo claro. Além de, é claro, de eu estar muito afim de passar um tempo com ela.

Eu já saia do meu banho e já trocava de roupa, ainda com o cabelo meio molhado, e sai do quarto. Felizmente, Katniss não morava muito longe de mim, no mesmo andar até, e mesmo que um andar fosse gigante, eu conhecia bem cada corredor.

Já estava na porta de seu quarto, e me perguntava, para ser sincero, torcia para que Johanna não estivesse lá. Sinceramente Johanna tinha um jeito sarcástico e arrogante de ser, mas sei que ela se importa com Katniss, sei que Johanna não é nem de longe uma má pessoa. Mas as vezes, era bom manter uma distância aconselhável dela, também não era muito simpática ou amistosa.

Bati na porta com os nós dos dedos, ninguém respondeu.

–Katniss? –eu chamo, sem resposta. –Johanna, voce está ai? É o Peeta!

Nada.

–Katniss? –eu chamo novamente.

Então ouço um barulho no quarto, uma pessoa, mas ela não responde. Levo meus dedos a maçaneta, será que... Sim, estava aberta! No entanto, antes de abrir a porta, tento mais uma vez.

–Katniss? Eu estou entrando...

Ao entrar no quarto, me deparo com uma cena que pertencia a meu cotidiano, mas ao mesmo tempo, que me deixa instantaneamente preocupado, como sempre.

No quarto há duas camas, como de costume, uma vazia, e a outra ocupada por Katniss, que tremia, se debatia, e soluçava enquanto mergulhada em um sonho profundo que não conseguia acordar.

Eu entro no quarto e com um salto me aproximo de Katniss. Sem dúvida, ela estava tendo um pesadelo, e um dos terríveis, pelo seu rosto contraído e pelo suor que escorria dele.

Eu me ajoelho na cama a seu lado.

–Katniss. -eu sussurro, primeiramente tentando acalma-la, a segurando pelos antebraços que lutavam, tensos, contra as cobertas. –Katniss, é um pesadelo, está tudo bem.

Ela continua a se debater e a murmurar coisas sem sentindo. Resolvo acorda-la de vez.

–Katniss! –eu balanço seus ombros levemente, tentando acorda-la de um jeito doce, mas que a faça despertar, como costumava fazer. –Katniss é um pesadelo! Não é real! Acorde!

Nesse momento suas íris cinza surgem e seus olho abrem arregalados com espanto. Seus olhos correm o quarto e param em mim, que estou à sua frente.

Para a minha surpresa, a primeira coisa que Katniss faz em seguida é se sentar na cama com um pulo e jogar os braços ao redor do meu pescoço, me abraçando forte e deixando escapar um soluço.

Katniss costumava fazer isso antes, sempre que tinha um pesadelo esse era sua primeiro movimento. Mas o que me espantou, foi ela ter repetido como sempre, como um dejavu para mim, sem antes se perguntar o que eu fazia ali ou como entrei, apenas me abraçou forte. É claro que fiz o mesmo.

–Está tudo bem. –eu tento acalma-la, correndo os dedos sobre seu cabelo. –foi só um pesadelo, não era real, Kat.

Ela nega com a cabeça.

–Era sim. –ela diz com a voz levemente roca. –eu me lembro desse dia.

–Dia? –eu pergunto. –Kat, com o que você sonhou?

–Eu estava na Capital, e-ele... eu não...- ela soluçava, eu notei que ela não conseguiria nem se manter calma, quanto mais contar ou explicar nada naquele estado.

–Faz o seguinte, vai pro banheiro, toma um banho, lava o rosto e se acalme. –eu digo com a voz calma, doce e controlada, tentando tranquiliza-la. –então, se quiser, me conta o que sonhou, tudo bem?

Ela se soltou de mim, se recuperando um pouco do pesadelo.

–Tudo bem. –sua voz saio fraca, as ela pegou uma roupa qualquer que estava em cima de uma prateleira e entrou no banheiro.

Eu me sentei em sua cama enquanto ouvia o som do chuveiro sendo ligado, e de alguns últimos soluços de Katniss junto deles, pelo som, podia jurar que a ouvi reprimindo-os, mas ainda aterrorizada. Passou-se cinco ou dez minutos no máximo e Katniss apareceu vestida e com os cabelos soltos molhados pingando, como se os tivesse simplesmente jogado pra frente e depois esfregado a toalha neles. Ela não aprecia de importar, afinal, e ela também já parecia mais calma.

–Melhor? –eu pergunto, ela acena com a cabeça.

–Como entrou aqui? –ela pergunta, se sentando ao meu lado, após um tempo.

Por um momento, fico confuso sobre o que ela fala, só então me lembro que entrei no quarto de Katniss sem ser convidado.

–Ah, sinto muito. –eu começo. –eu vim chamar por você, bati na porta mas ninguém abriu, ouvi você de fora e a porta estava aberta então resolvi entrar.

Ela não parecia nem de longe brava ou chateada, acenou com a cabeça tranquilamente.

–Obrigada. –ela disse.

–Por nada. –eu digo, fazendo uma pausa por alguns segundos. –quer me contar com o que sonhou?

Ela hesita por um momento, me encarando com os grandes e no momento inchados olhos cinza, mas sem desvia-los, nem mesmo por um momento.

–Sonhei com a lembrança de um dos dias de tortura na Capital. –ela fala, por um momento, temi que fosse recomeçar a chorar. –acontece ás vezes comigo.

Percebi que ela mexia nervosamente as mãos nos punhos. Eu toco seu pulso.

–Posso? –ela larga os próprios pulsos e eu estico sua manga comprida, e vejo os resultados de alguma tortura. –foi com esse dia que você sonhou?

–Aham. –ela responde, provavelmente nervosa ainda para formar uma frase completa, apenas produzindo o som de confirmação sem nem ao menos abrir a boca.

Ela tinha várias cicatrizes de cortes nos pulsos e ao longo do braço esquerdo que eu segurava, assim como olhando melhor, tinha em vários outros pontos que eu conseguia ver. Várias cicatrizes, uma diferente da outra, mas haviam algumas similares, deduzi que algumas foram feitas em uma mesma sessão.

Erram marcas de cortes, como se alguém tivesse cortado várias vezes sua pele, em diferentes lugares. Eu havia achado cortes no rosto e alguns se espalhavam pelos braços e pescoço, e isso era apenas o que eu conseguia ver.

Suspiro, sua mão treme e está gelada, suponho que não seja devido ao banho.

Penso em algo criativo, inspirador ou tranquilizante para dizer a Katniss, mas após um tempo olhando em seus olhos noto que não há nada que eu possa dizer agora que amenize o que ela já passou por lá.

Então simplesmente pego uma mecha molhada e embaraçada de seu cabelo que continua solto e coloco atrás da orelha de Katniss.

–Bem, eu vim aqui para te chamar para um café da manhã. –eu digo, forçando um pequeno sorriso de lado. –quer ir comigo?

Ela também forca um sorriso e acena, então só a vejo voltando no banheiro, e torcendo levemente o cabelo que pingava na pia, em seguida, fazia uma trança meio mal feita.

Quando ela saio, com o cabelo trançado molhado e de qualquer jeito e uma expressão séria combinada com olhos inchados e ao mesmo tempo atentos e belos, vi o reflexo da mesma garota que foi comigo na 74 edição dos Jogos Vorazes.

Poderia estar mais frágil no momento, mas sabia que ainda era a mesma garota durona e corajosa que eu vi enfrentar duas arenas ao meu lado. Ainda era a Katniss Everdeen que me apaixonei ao 5 anos, que acompanhei a duas arenas, que casei a pouco tempo, e que agora me acompanhava até o refeitório. Era a Katniss Everdeen que eu tanto amo e amei por toda a vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam gente? Amaram, odiaram, mais ou menos?
E no 28 nos temos mais uma surpresa!
Comentem, recomendem, favoritem, elogiem, critiquem, de sua opinião, ameassem, e principalmente torçam pelo meu boletim (brincadeira)!
E se acharem algum erro de gramática ou simplesmente de digitação, me avisem! Afinal se fosse boa nisso não estaria preocupada com notas de português!
Até sexta feria, ou sei lá quando! Sinceramente, eu não tenho ideia de quando irei postar se não na sexta.