Sex, Drugs And Problems - IV escrita por Julya Com Z


Capítulo 6
Capítulo 71 - Happy Birthday?!


Notas iniciais do capítulo

VOCÊS SÃO PESSOAS MUITO MÁS!

Eu sou toda boazinha com vocês, sempre posto quando falo, cumpro o que prometo e aí quando digo que só vou postar com 10 reviews vocês me deixam tisti.

Claro, com exceção das lindas e maravilhosas Dal, Ingridi tdr, Leidyane e CatGominho. Agradeço muito a vocês, meninas!

Bom, eu vou mostrar que sou MUITO boazinha mesmo e vou postar mesmo assim, porque eu disse que ia postar de terça e quinta e como é quinta, já deu pra sacar.

Mas ainda assim eu A-M-O vocês, porque a tia Jubs tem amor de mãe no coração :3



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O domingo passou daquele jeito super legal que todo domingo passa: Tédio, programas chatos, família chata… tudo chato.

Eu odeio domingo. E qualquer outro dia que não seja sábado.

Quando saí da casa do Pedro no sábado, fui com meu pai - não vou chamá-lo de Daniel - pro hospital ver o Binho e ficamos lá um tempão, até escurecer. Ele ficou falando de alguma coisa sobre presentes, mas eu tava tão distraída que não ouvi nem metade das palavras dele. Foda-se.

Meu despertador tocou e eu vi no calendário que era diz doze de abril. Duas coisas: Primeira, os dias têm passado rápido pra caralho. Segunda, tinha alguma coisa dia doze de abril. Alguma coisa que eu acho que era importante, mas se eu não tava lembrando então… bom, não era importante. Fiquei um tempo na cama, pensando seriamente em não ir à escola. Mas uma voz na minha cabeça (provavelmente a da idiotice) me disse pra ir, então eu levantei e fui tomar banho.

Eu: Tô vazando. - só passei na cozinha pra pegar uma maçã e saí de casa. Minha mãe falou alguma coisa tipo “parabéns” mas acho que entendi errado.

Fiquei boiando no skate e ouvindo umas músicas meio melancólicas. Ok, eram totalmente melancólicas. Até que começou a que me fez parar e sentar num ponto de ônibus: Don’t speak.

You and me Você e eu
We used to be together Nós costumávamos estar juntos
Everyday together always Todo dia juntos, sempre
I really feel Eu realmente sinto
That I’m losing my best friend Que estou perdendo o meu melhor amigo
I can’t believe this could be the end Eu não posso acreditar que esse pode ser o fim
It looks as though you’re letting go Parece, no entanto, que você está deixando acontecer
And if it’s real E se isso for real
Well I don’t want to know Bem, eu não quero saber

E aquela foi uma das poucas músicas que me fez chorar. Então imagine minha situação: sozinha com um skate, uma mochila e fones de ouvido, sentada num ponto de ônibus chorando quando eu devia estar chegando na escola. Pois é… welcome to my life.

*

Eu: Me deixa entrar, tia. Tá no horário.

Eu tava na porta da escola quase ajoelhando pra merda da tia me deixar entrar.

Tia: Vai ter que deixar teu nome na secretaria. Vem comigo.

Essas porras de tias arrombadas que insistem em deixar o nome na secretaria… FALTA DE PICA.

Tia da secretaria: Nome e turma.

Eu: Natallie Mendes. Terceiro ano.

Tia: Do médio?

Eu: Não, tia. Do fundamental. - vai se foder mano.

Tia: Me respeita, garota. - Revirei os olhos enquanto ela pegava a ficha da minha sala. - Aqui. Natallie, terceiro A. Assina aqui e vai pro pátio esperar o sinal pra segunda aula.

Assinei o papel maldito e fui pro pátio. Só eu lá. Que vontade de ir pra casa…

Resolvi apagar aquela música do No Doubt, porque toda hora ela começava a tocar. Porra, tá no aleatório, não no replay.

E então tocou o sinal pra segunda aula e eu subi pra sala me arrastando pelos corredores.

Abri a porta da sala e o Gustavo sorriu.

Gustavo: Parabéns, Naty! - veio me abraçar.

Mas por que ele tava me dando parab… PUTA QUE PARIU! EU CONSEGUI ESQUECER MEU PRÓPRIO ANIVERSÁRIO!

Eu: Valeu haha - completamente sem graça.

O Léo me abraçou quando passei por ele e ele disse que depois me daria meu presente e me empurrou pro fundo da sala, onde tavam a Camila e a Olivia. A Olivia me deu uma caixa bem pequena e disse pra eu abrir no intervalo. Se eu conheço bem a minha amiga, na hora que eu abrir vai sair um monte de confete na minha cara. Ou coisa pior.

Camila: O seu eu dou no intervalo. Vou te deixar curiosa.

Eu: Nem, tá de boa. - De boa o caralho, eu ia explodir de curiosidade.

Gustavo: Ok, vamos à aula. E é assunto novo. Para a alegria de vocês, vamos falar de sexo.

A sala inteira comemorou. Bando de crianças virgens.

A aula passou rápido, mesmo sendo duas seguidas. E quando o sinal tocou a Olívia olhou pra mim e pra caixa. Eu ia ter que abrir aquela porra. Vish.

Olívia: Abre logo, mano.

Abri a caixa e tinha um… batom. Tirei a tampa e vi que era vermelho.

Eu: Valeu Liv, mas eu não uso batom vermelho. – nem batom eu uso.

Olívia: Isso não é um batom. - Hein?

Eu: Como não? É o que então? Uma arma?

Ela riu e pegou o batom da minha mão, girando a parte de baixo e me
deu. O Bagulho tava tremendo.

Eu: Ah não. Isso é um…

Olívia: Vibrador.

Camila: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHA PUTA QUE PARIU!

Léo: Velho que merda HAHAHAHAHAHAHA

Eu: Valeu Liv. - quase engasgando de tanto rir.

Olívia: Guarda e usa com carinho tá? Só não precisa contar se é bom ou não.

Guardei o “batom” na minha mochila. Era só girar em baixo que o bagulho começava a tremer. Tem que ser a Olivia pra me dar um bagulho desses…

A Camila foi na mesa dela e pegou algo na mochila.

Camila: Esse é seu presente. - me deu um envelope azul claro com meu nome escrito em letras redondinhas e um monte de estrelinhas em volta. Bem coisa da Camila mesmo. - Abre aí. - Abri o envelope e tirei um cartão presente de uma loja legal de dentro dele. - Eu não sabia o que comprar, então comprei um cartão presente.

Eu: Valeu, Cá!

Léo: Bom, teu presente não é lá essas coisas e não chega nem perto do que a Olívia te deu - ela riu - Mas tá aqui. - ele me deu um moletom do pikachu.

Eu: Brigaaaaada Leo! - abracei ele.

?: Pro pátio agora, os quatro. - uma tia arrombada apareceu na porta da sala.

Depois da aula a gente foi almoçar no restaurante japa da Roma e como todo mundo lá conhecia a gente eu ganhei um cupcake de chocolate com uma vela acesa nele. Fazia tempo que eu não saía com meus amigos sem beber.

Cheguei em casa e não tinha ninguém. Estranhei, porque àquela hora na casa da minha mãe sempre tava todo mundo. Ah, não. Se vierem com festinha surpresa eu juro que finjo que não é pra mim. Eu acho ridícula essa coisa de festa surpresa, porque sempre dá alguma merda. Merda do tipo: quem organiza a festa sempre chama pessoas que você deixaria “cair” em um abismo.

Eu: CHEGUEI! - Nada. - Se vocês tiverem escondidos podem sair porque eu tô de mau humor! - mentira, eu tava até muito bem humorada.

O silêncio continuou então eu presumi que realmente não tivesse ninguém e fui tomar banho. Em cima da minha cama tinha duas caixinhas: uma roxa com “Naty” escrito em cima e outra rosa com um laço na tampa. Vish.

Abri primeiro a roxa e tinha uma corrente e um pingente de coruja muito lindo. E eu adoro corujas. Dentro da caixa também tinha um bilhete.

“Nem pergunte como foi que isso chegou aqui, é uma longa história. Faz um tempo que o Fabito deixou comigo, ele ficou com medo de você achar. Então você agora sabe que esse presente é dele e não meu.
Feliz aniversário.
Gabriel.”

Gabriel… Gabriel… Porra, Gabriel é o nome do Bola!

E calma, esse pingente quem me deu foi o Binho, não o Bola. É isso mesmo? Quando eu digo que amo o Binho e vocês não acreditam…

Coloquei o colar e fiquei mexendo nele. Cara, foi o Binho que me deu!

Tinha até esquecido da outra caixa. Peguei ela e abri. Tinha um chaveiro de panda. Era bonitinho, mas eu não entendi muito bem. Pra que um chaveiro? Bom, foda-se. Ganhei um chaveiro pra colocar na minha mochila.

Depois de tomar banho ouvi um barulho lá embaixo e desci pra ver o que era. Minha mãe tava no sofá com o Mick.

Mãe: Parabéns! - depois de toda a melação de mãe ela me soltou. - Tenho um presente pra você. Você viu o chaveiro?

Eu: Vi.

Ela me fez pegar o chaveiro que já tava no zíper da minha mochila e levar lá pra baixo. Fui pra cozinha e minha mãe pegou o chaveiro e colocou na chave de um carro.

Mãe: Vai lá fora. - me deu a chave.

Tinha uma Land Rover Freelander 2 prata estacionada na frente de casa.

Eu: De quem é…

Mãe: Feliz aniversário!

Puta que pariu.

Eu: É sério isso? - ela fez que sim com a cabeça.

MINHA MÃE ME DEU UM CARRO!

Teve aquela melação de “valeu”, “te amo”, “você é a melhor mãe do mundo!”. Até ela falar:

Mãe: Você vai fazer o exame de carta na quarta-feira. Enquanto não tiver a carteira de motorista não dirige. Ok?

Revirei os olhos, mas concordei. Cara, eu ganhei um carro!

À noite fomos num restaurante e ficamos lá de boa comendo e conversando. Meu celular tocou e eu fui atender no banheiro. Era o Pedro.

Eu: Oi Pê.

Pedro: Desculpa não ter ido te falar feliz aniversário. Eu acordei tarde hoje e não deu pra ir pra escola.

Eu: Tudo bem, não tem problema.

Pedro: tá em casa?

Eu: Não.

Pedro: quando tiver me liga. Qualquer hora. Eu vou te dar seu presente hoje.

Desliguei e voltei pra mesa. Eles já tavam pegando as coisas pra ir embora.

Voltamos pra casa e eu liguei pro Pedro, que disse que tava indo. E então ele chegou.

Pedro: Parabéns! - me abraçou e beijou meu ombro.

Eu: Valeu. Vamo lá pra cima.

Entramos no meu quarto e eu fechei a porta.

Pedro: Então… Eu… Senta aí. - Sentei na cama. Ele tava nervoso pra caralho. - Quando a minha, ou melhor, nossa vó ficou doente, ela me chamou pra conversar e disse que ela tinha um anel de diamante que ganhou de noivado no nosso avô. E ela me deu aquele anel. Ela disse que era pra eu guardar e colocar no dedo da mulher que eu queria pro resto da vida.

Eu não tava entendendo nada. Quer dizer, eu não queria entender.

Eu: E o que eu tenho a ver com isso?

Ele enfiou a mão no bolso e tirou uma caixinha de veludo. Que a propósito eu já vi antes. Ele me deu a caixa e eu a abri, ficando de queixo caído ao ver o anel lá dentro. Ele tirou o anel da caixa olhando nos meus olhos e o colocou no meu anelar direito, ajoelhando enquanto isso.

Pedro: Namora comigo?

Puta. Que. Pariu.

Eu: Você sabe que eu não posso aceitar.

Pedro: Por que não?

Eu: Nós somos irmãos.

Pedro: Quando você achava que era irmã do Fabrício você tava pouco se fodendo.

Eu: Não coloca o Binho no meio, por favor.

Pedro: Mas é verdade. A gente pode pelo menos tentar?

Eu: Pedro, é melhor não.

Pedro: Por que, Naty?

Eu: O que eu sinto por você é diferente do que eu sinto por ele.

Pedro: Então sua resposta é não. - Fiquei olhando nos olhos dele, sem nem precisar responder. Tirei o anel do dedo e estendi pra ele, mas ele fechou minha mão com o anel dentro. - Fica com ele. Você ainda é a mulher que eu quero pro resto da vida.

Ele tava triste, mas deu um sorrisinho.

Eu: Pedro, eu não posso ficar com o anel.

Pedro: Pode e vai. Promete pra mim que você não vai tirar esse anel. - ele colocou o anel no meu dedo médio

Eu: Pedro…

Pedro: Se eu te ver sem esse anel no dedo você pode esquecer que eu existo. Promete que não vai tirar. Pra me deixar pelo menos um pouco feliz.

Eu: Prometo. - falei com os olhos grudados nos dele, que transmitiam uma tristeza que cortava meu coração.

Pedro: Valeu. Feliz aniversário. - beijou minha testa e foi embora.

Mas que droga.


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Notas finais do capítulo

#TiaJubsXatiada :'(