Sex, Drugs And Problems - IV escrita por Julya Com Z
Notas iniciais do capítulo
Capítulo novo pra vocês!
Eu ia gritar, mas ouvi a porta abrindo.
Lolita: Que você tá fazendo? - sussurrou.
Eu: Eu ia gritar pra acordar eles. - falei baixinho. Eles nem se mexeram.
Lolita: Vem cá.
Saí do quarto e fui com ela lá pra baixo. Minha mãe e o Jéan não estavam mais. Ela disse que eles tiveram que sair porque aconteceu alguma coisa que ela não quis saber o que era. Fomos pra cozinha e ela abriu o armário e pegou duas panelas de aço, ferro sei lá que porra era aquela. Mas era daquelas panelas que só de olhar pra ela já faz um barulho do inferno. Comecei a rir quando vi que ela pegou duas colheres e me deu uma junto com uma panela. Eu já sabia o que era pra fazer e tava adorando a ideia…
Subimos devagar até o quarto do Pierre e entramos batendo as colheres nas panelas e gritando.
Lolita: NINGUÉM MANDOU DEIXAR A PORTA DESTRANCADA! HAHAHA
Eu: HAHAHAH ACORDEM SEUS PUTOS!
Os dois acordaram pulando. O Pierre tomou um susto tão grande que caiu da cama e puxou o cobertor da Paloma, deixando ela “exposta”.
Ela se cobriu com o lençol.
Eu e a Lolita quase enfartamos de tanto rir enquanto os dois xingavam a gente, mas riam junto.
Paloma: Filhas da puta.
Eu: HAHAHAHAHAHAHA
O Pierre ficou extremamente sem graça. Se enrolou no cobertor e entrou no banheiro.
Eu: Lolita, sai daqui. Paloma, se veste e sai que eu vou falar com ele. - ainda rindo
Elas saíram e eu entrei no banheiro. O Pierre tava vermelho pra caralho, com a cabeça baixa sentado na pia.
Eu: Ei, foi só uma brincadeira.
Pierre: Eu sei. Mas fiquei constrangido.
Eu: Pierre, sendo da família você vai ter que se acostumar com isso. Ou aprender a trancar a porta do quarto.
Ele sorriu pra mim.
Eu: Tá tudo bem?
Pierre: Sim, tudo bem.
Eu: Então vai se vestir porque você é muito… - parei de falar. Sim, eu ia chamar ele de gostoso.
Pierre: Muito o quê?
Eu: Muito doido de ficar enrolado no cobertor.
Ele riu e saiu do banheiro junto comigo. Saí do quarto dele e fui pro meu.
Paloma: Mano. Ele é muito. Gostoso.
Eu: Eu sei. Muito.
Paloma: E tão bom de cama…
Eu: Me poupe dos detalhes, por favor. - ela riu alto. - Tá com fome?
Paloma: Querida, eu posso dizer que tô alimentada pra uma semana.
Eu: QUE NOJO MANO. SAI DAQUI, VAI.
Ela riu e foi tomar banho.
Liguei pra Camila.
Eu: Você ainda fala com o Victor?
Camila: Falo por mensagem quase todo dia. Por quê?
Falei pra ela o que aconteceu ontem e perguntei se ia ou não.
Camila: Se vocês não forem brigar, vai. Mas pensa bem antes de decidir.
*
Depois do almoço meu celular tocou. Era o Victor. Aquilo ia dar merda. Eu, Victor e Pedro juntos numa casa. É, ia dar merda. Mas eu aceitei ir.
Toquei a campainha e o Pedro abriu a porta segurando um copo de uísque.
Pedro: Vem, entra. - beijou minha testa.
Ultimamente o clima entre nós dois estava pesado.
O Victor estava sentado no sofá bebendo uísque também.
Victor: Desculpa por ontem. A Isabela é maluca.
Eu: Não tem problema.
Sentei do lado dele e o Pedro na mesa de centro, na minha frente.
Pedro: Bom, acho que a gente tem que resolver tudo aqui e agora.
Victor: Cara, eu acho que preciso falar primeiro. Eu peguei pesado, assumo. E esse tempinho que eu passei no Sonem foi bom, me fez pensar. Naty, eu acho que estamos quites né? O lance das fotos foi bem vingado. Por mim tá tudo bem.
Pedro: E a gente? - perguntou pro Victor
Victor: Você é meu melhor amigo. É claro que tá tudo bem.
Eu: Não precisei falar nada. Tipo. Nada.
Pedro: Ah, sei lá. Pelo menos tá tudo bem.
Ficou um silencio constrangedor.
Victor: A Camila tá em casa?
Eu: Deve tá. Sei lá.
Ele nem deu tchau. Simplesmente saiu da casa do Pedro.
Pedro: Saudade é foda.
Eu: Nem me fale.
Saudade é muito foda. Não dá pra pensar em mais nada além da pessoa.
Cara, sabe aquela frase que as pessoas dizem: “Dê valor enquanto tem”? Eu confesso que sempre achei isso a maior bobagem. Mas recentemente descobri que é a mais pura verdade. Sempre valorize as pessoas que ama. Pode ser que um dia você não as tenha mais.
Eu: Cadê seus pais e a Lígia?
Pedro: A Lígia tá de folga. Meus pais foram pegar o resultado. Eles disseram que iam chamar o Daniel pra vir pra cá depois que eles pegassem. Eles sabem que você tá aqui.
Eu: O que você acha? - ele olhou pra mim - acha que sou filha do Olavo?
Pedro: Acredito que sim. Mas confesso que não queria que fosse assim.
Eu: Por quê?
Pedro: Porque eu tô com uma vontade louca de te beijar.
Eu: E o que tá te impedindo?
Ele sorriu e chegou mais perto. Puxei ele pela camiseta e nos beijamos. Cara, eu não me importo nem um pouco de estar beijando meu possível irmão. Ele é gostoso. E pelo o que eu vejo ele gosta de mim. E eu gosto dele.
Uma vez eu disse que o que eu sinto pelo Pedro é algo que nem pelo Binho eu sinto. E agora eu sei o que é: Fraternidade. É aquele sentimento de irmão. Sei lá, acho que eu sentia que ele era meu irmão e pensava outra coisa.
Ele mordeu meu lábio e me puxou.
Pedro: Acho melhor a gente subir.
Concordei com ele e subimos pro quarto dele. Eu fui direto pro banheiro e sentei na pia. Ele chegou perto de mim e eu puxei ele com as pernas e meio que o prendi entre elas e nos beijamos já tirando a roupa um do outro, entre um beijo feroz e sedento. Nossas roupas já estavam espalhadas pelo banheiro. Senti ele passando a mão pela lateral do meu corpo e ouvi abrir uma gaveta. Mas ele demorou demais pra pegar a camisinha. Parei de beijá-lo.
Eu: Cadê?
Pedro: Não sei. Você tem?
Eu: Eu não ando com camisinha no bolso.
Pedro: Calma. - ele saiu do banheiro e voltou um pouco depois com uma camisinha na mão. - Sabia que ainda tinha.
Sorri e ele voltou pra perto de mim, mas eu levantei e saí do banheiro segurando a mão dele e o levei até a cama. Ele deitou e eu fui deitando em cima dele enquanto beijava sua barriga, peito, pescoço, queixo até a boca. Desci a mão do peito dele até a coxa e dei uns arranhões ali. Quando coloquei a mão no pênis dele ele me segurou.
Pedro: Direto ao ponto, lembra?
Não precisei falar nada, só deixei que ele me pegasse pela cintura e nos trocasse de posição, ficando por cima. Ele rasgou a embalagem da camisinha com os dentes e a vestiu, me penetrando fundo logo em seguida. Minha respiração perdeu o ritmo e eu agarrei o lençol da cama.
Ele investia fundo e me levava à loucura. Eu tava quase gozando.
?: Pedroooo - uma voz feminina cantarolou.
Maggie. Fodeu.
Levantei rápido e fui pro banheiro com ele. Nos vestimos e eu conseguia ouvir os saltos da Maggie batendo no piso da escada de mármore.
Pedro: Entra no clima - sussurrou pra mim - Achou, Naty? - perguntou pra ela ouvir.
Eu: Não! - o que ele tava procurando?
Pedro: Achei! Teu fone tá aqui!
Maggie: Oi Natallie. - deu um sorriso falso.
Eu: Oi.
Maggie: O Daniel e o Olavo estão lá embaixo com o resultado do exame.
Descemos as escadas e lá estavam Daniel e Olavo lado a lado, travando uma guerra de olhares.
Eu: Vamo acabar logo com isso. - peguei o envelope branco da mão do Olavo e o abri, indo direto pra parte que interessa.
“As amostras de DNA enviadas por Olavo Riviera Gonzales são compatíveis às amostras de Natallie Fernandes Mendes. Conclui-se que Olavo Riviera Gonzales é o pai biológico de Natallie Fernandes Mendes.”
Pra que ficar repetindo os nomes? Seria mais fácil falar “O Olavo é pai da Natallie”. Ponto. Todo mundo ia entender e já era.
Olavo: Então…?
Eu: O Olavo é meu pai.
Ele sorriu e o Daniel fechou a cara.
Olavo: Eu sabia!
Ele veio me abraçar, mas eu me afastei.
Eu: Isso não muda absolutamente nada. Pra mim meu pai continua sendo o Daniel.
Maggie: Ótimo. Assim você não vem na minha casa com tanta frequência.
Olavo: Depois eu vou falar com você, Margarett.
Ui.
Então minha vida seria assim: Eu sei que o Olavo é meu verdadeiro pai, mas pra mim ele ainda vai ser só o pai do Pedro. Não vou chamá-lo de pai ou de nenhum nome “carinhoso”. Pra mim, o Binho ainda é meu irmão, mas agora eu posso ficar com ele sem culpa. Bom, poderei quando ele acordar. Mas ele vai voltar logo e minha vida finalmente vai entrar nos eixos.
Eu acho.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Com 10 reviews eu continuo (torturando de novo muahaha)