Acordei com um fio de luz que batia no meu olho, rolei um pouco na cama, mas perai, meti minha mão dentro dos lencóis e remexi, apalpei o travesseiro ao lado, epa...

-Jake? - abri o os olhos com dificuldade e os coçei.

  Sentei e olhei em volta.

-Jacob? - começei a ficar nervosa e olhei para todos os lados

  Me levantei e vi um papel em cima da mesinha de cabeceira.

 Estou aqui embaixo preparando o café. XX Dentinho.

  Abri um sorriso bobo, olhei pra baixo, perai, eu to nua, EU TO NUA.
  De repente cenas da noite passada passaram pela minha cabeça, ri da minha idiotice, olhei em volta atrás das minhas roupas... Será que antes de, Jacob rasgou as minhas roupas por impulso e insuficiencia de pensamento? De um sorriso bobo o meu virou malicioso e depois vi a minha calcinha jogada no canto do quarto. Estava escuro, só um pouco iluminado pelas frestas de luz que saiam da pequena parte aberta da cortina.
  Será que o Jacob tem alguma blusa pra eu pegar? Desde que voltei do Brasil recentemente só o vejo com o peito nu.
  Abri o armário, várias blusas, camisetas e alguns casacos, peguei uma blusa de botões e coloquei fechando apenas 5 por preguiça e coloquei minha calcinha, depois eu caçaria o resto das minhas roupas.
  Abri a porta para sair e pus a mão em cima das rachaduras e dos pequenos buracos que foram provocados ontem mas que para mim parece semanas.
Desci as escadas.

  Quando faltavam dois degraus eu ja consegui ver as costas de Jacob, a sala tinha apenas um balcão que a separava da cozinha.
  Ele rebolava e cantava Single Ladies, ri daquela visão, ele só de boxer preta mexendo na panela.

-Belo bumbum - falei sorrindo maliciosa, ele se virou e abriu um sorriso enorme ao me ver.
-Droga, tentei ser mas rápido para poder levar na cama - falou se virando pra mim com a panela com ovos e os pondo em um prato em cima do balcão.
-Que lindo - falei o abraçando pela cintura de costas.

  Ele se virou ficando de frente pra mim e me analisando.

-Achei que nunca fosse gostar dessa blusa - falou com uma cara séria - e que nunca a acharia sexy por nenhum motivo, mas to mudando minha perspectiva - falou agora me apertando pela cintura, pus meus braços por cima dos seus ombros.
-Você tem tanta blusa, tipo e variedade, por que...
-Não preciso usa-lás, elas sempre rasgam de qualque jeito - falou agora me dando um selinho - Bom dia meu amor - e me deu outro, e outro e outro, até escutar o barulho do meu estômago.

  Me senti no banco do balcão e ele se voltou para os bacons.

-Você não gosta disso né? - ele falou.
-Não, muito gorduroso... mas você se deixar come até pedra - falei comendo os ovos.
-Verdade, como o seu macarrão... - ele falou rindo

  Taquei um pedaço de pão nele. E ficamos rindo.
  Depois de tomarmos café da manhã fomos caçar as minhas roupas.

-Vou ter que trabalhar hoje - ele falou me abraçando por trás e pondo o queixo no meu ombro. Respirei fundo lembrando dos buracos na porta.
-Sabe que oque acontecera eu vou participar, não sabe?

  Ele se permaneceu quieto, senti seu maxilar travar.

-Sei.
-Que bom.
-Mas não vamos falar mais nisso, não quero estragar esse dia - falou ja voltando a um estado de espirito mais alegre.

  Me virou de frente pra ele e pôs uma mão em minha cintura e a outra brincando no primeiro botão fechado da "sua" blusa.

-Sabe, nem sei por que estamos catando as suas roupas, prefiro muito mais você assim - e soltou o primeiro botão e foi para o segundo.

  Passe a mão pelo seu peitoral.

-Mas eu vou ficar assim pela rua? Vou para a minha ronda assim? - perguntei enquanto alisava aquele peito liso e cmpletamente moreno e queimado de sol e frio.
-Os meus planos não era executados fora desta casa, deste quarto - ele abaixou o tom de voz e falou agora com o sorriso alargado e soltou o segundo botão. Soltei um suspiro e fechei os olhos.
-Ah não?
-Não - agora ele estava no meu pescoço, pude sentir seu halito quente no meu pescoço. Agora só dois botões haviam na altura da minha cintura e quadril. Ele segurou com as duas mãos de cada lado do meu quadril.
-Mas nós não temos ronda agora? - perguntei voltando alguma linha de raciocinio e abri os olhos.
-Eu sou o alfa, que se foda - e puxou uma coxa minha pra cima e a segurou ali. Suspirei novamente fechando os olhos.
-Tem certeza? - ele lambeu a base do meu pescoço.
-Tenho.

                                                 XxX

Soltei um sofrâgo, o telefone começou a tocar, Jacob estava no banheiro agora...

-Ámem senhor - olhei pra cima - Alô?
-Julia? É o Sam, o Jacob está? - no mesmo momento o Jake saiu do banheiro e pegou o telefone da minha mão estendida e se virou em direção a janela.

  Admirava a paisagem, concerteza, belo bumbum. Fiquei rindo e me joguei pra trás me deitando.
  Estava exausta, me levantei novamente, pus a calcinha, a calça e a blusa e me sentei na cama esperando ele terminar no telefone.

-Temos encrenca - ele tinha uma cara engraçada de quem aprontou e coçava a cabeça.
-Tomou bronca do beta? - peguntei espantada e cai de ri deitada na cama.
-Qual foi, eu sou o alfa, só que eu respeito o Sam - me sentei novamente e Jacob fazia bico.

  Me levantei segurando o riso.

-Ok amor - e lhe dei um selinho. - Então..?
- Então a minha ronda é daqui a cinco minutos e a sua daqui a duas horas, pra trocar com a Marie.
-Hmmm, então é melhor você indo mocinho - fingi uma voz de reprovação.
-Hey, eu sou o macho da relação - ele falou fingindo uma ameaçadora.
-A é? - levantei uma sombrancelha.

  Ele sorriu e me deu um beijo.

-Decidiremos isso hoje a noite - arregalei os olhos.
-Vou durmir em casa - falei rápido, ele sorriu me deu um selinho e saiu.

  Arrumei o quarto, desci e ajeitei a cozinha.
  Fechei a porta e fui caminhando até a minha casa.

  OMG, eu não sou mais virgem! Ri.
  Mas foi tudo tão premeditado porém tão... perfeito, cada movimento, cada carinho.
  Ele foi maravilhoso, tão cuidadoso e com medo de me machucar que me senti um pequeno passarinho em suas mãos.
  E o fogo...

  Subi pulando cada degrau da entrada da minha casa.

A segunda vez foi tão... também, soltei um suspiro e abri a porta de casa, tentando esvaziar a minha mente para que minha tia não perceb-se, afinal era domingo e ela provavelmente não estaria no trabalho. Abri a porta.

-Tia Charlotte?

  Ok, passei na cozinha e peguei um cookie, minha barriga era um buraco sem fundo, acho que gastei tudo hoje no "tuque-tuque". Sorri maliciosamente e subi as escadas num saltitar novamente.
  Terminei meu cookie e bati as mãos tirando o farelo, passei a mão na calça e abri minha porta do quarto.

-Tanya?