O Irmão Da Minha Melhor Amiga escrita por Allask


Capítulo 15
Aulas de direção com Megan Ryan


Notas iniciais do capítulo

Hello abóboras!!
Vocês são lindas =3 (vish, sou muito puxa-saco u-u)
Eu demorei né?! Sorry, mas é que eu não estava com nem um pingo de criatividade pra escrever esse capítulo (então vocês imaginam o cocô que ele está, né?!)
Enfim, o próximo vai ser mais legal, eu prometo =3 (prometo tentar fazer melhor u-u)
Boa leitura!



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Eu estava andando pelo parque, segurando um balão cor-de-rosa e usando um lindo vestido vermelho. Daron estava com a Vanessa, mas quando me viu, ele sorriu para mim e a empurrou. Eu tive muita vontade de rir naquele momento, mas eu me contive, cobri a boca e dei um risinho. Olhei para cima e vi as folhas de outono caindo. Já estávamos no outono? Não me lembrava de nada.

Daron vinha na minha direção com aquele sorriso idiota no rosto. Aquele mesmo sorriso que me fazia suspirar. Sim, eu era uma garota apaixonada. E o sentimento era recíproco, eu tinha certeza. Ele chegou bem perto de mim e moveu os lábios. Eu não escutava o que ele dizia, apenas sorria. Eis que chega uma vadia, vulgo Charlotte, que puxou o Daron de perto de mim e – com uma força supersônica, diga-se de passagem – o empurrou para longe. Ela me encarou e começou a me sacudir. O meu balão soltou-se de minha mão e eu tentei pular para alcança-lo, mas não consegui. Enquanto isso, Charlotte me sacudia cada vez mais forte e eu estava começando a cair. E então tudo ficou preto.

— Megan. — Ouvi uma voz me chamar bem longe, mas sentia duas mãos sacudindo os meus ombros.

— Não. — Sacudi os braços.

— Megan! — Dessa vez eu escutava a voz bem próxima e ainda continuava me sacudindo.

— Para! — Resmunguei.

— Você vai se atrasar…

— Hum. — Virei de costas e coloquei as cobertas em cima da cabeça.

Não sentia mais ninguém me sacudindo e voltei a dormir.


~●~


Acordei em um sobressalto e olhei para o relógio. Dez e quarenta e cinco. Pus minha mão na cabeça e respirei fundo. Olhei para o celular em cima da estante. Cinco chamadas não atendidas de Jess e três de Ann. É, eu faltei aula. Se a Sarah descobre isso ela conta para o meu pai e se o meu pai descobre… É o fim de Megan Ryan. Podem comprar as flores pro meu enterro.

O dia estava frio, então tive que colocar uma pantufa para não congelar os pés. Esfreguei os olhos, fiz minha higiene matinal, depois sai do quarto e fui para a cozinha onde eu vi um ser loiro perto de uma senhora de uns cinquenta e poucos anos. Ela estava fazendo o que parecia ser o almoço e ele estava conversando com ela.

— Ah, bom dia! — Ele sorriu.

— Oi. — Disse arrastando os pés. — Vem cá um instante. — Chamei-o com um dedo. — Quem é essa senhora?

— A mamãe a contratou. Hoje é seu primeiro dia e eu estava dando umas dicas, sabe? — Ele piscou.

— Sei…

— E você? Não faz faculdade?

— Hã? — Fiz uma careta.

— Ué, você tem 20 né?

Ah é… O loirinho pensa que eu tenho 20 anos… Pobre coitado.

— Ah… Eu não…

— Henry? — A senhora o chamou e ele virou. — Será que você pode ir comprar umas coisinhas para mim?

— Claro! — Ele se virou para mim. — Você quer vir comigo?

Eu tinha duas opções: deixar o loirinho se perder na cidade, morrer de solidão e me sentir culpada por isso pelo resto da vida OU poderia ir com ele e evitar uma tragédia. Voto na segunda opção.

— Tá. Espera só eu me arrumar.

Subi correndo e coloquei a primeira roupa que eu vi no armário. Calcei uma sandália e pequei o meu celular. Parei para olhar na janela apenas um minutinho e percebi que as folhas estavam começando a cair. O outono estava chegando e isso me deixava feliz, pois eu amo o outono. Desci tropeçando nos degraus e consecutivamente me apoiando no corrimão. Henry pegou umas chaves na mesinha da sala e eu o segui até a garagem. Tinha um carro lá. Ai você se pergunta: mas não é isso que deve ter numa garagem? E eu te respondo: sim, mas na minha garagem não tem carro. Nunca colocaram um carro sequer naquela garagem. Lá ficam umas caixas velhas com coisas velhas e – de acordo com o meu pai – sem importância nenhuma.

— De quem é esse carro?

— Mamãe alugou. — Ele disse simplesmente. — Ela disse que eu vou ficar com ele até ela comprar um pra mim.

Claro, pro filhinho loirinho, bonitinho e com carinha de bebê ela vai comprar um carro.

— Você sabe dirigir? — A minha voz saiu mais fina que o normal.

Admito, eu estava com medo. Esse garoto poderia ser um louco, pirado que dirige igual a um fugitivo. Ou ele era um motorista responsável e prudente que não poria em risco a minha vida preciosa. Prefiro acreditar na segunda opção.

— Claro que sei. — Ele riu. Percebi que ele gosta muito de rir.

Entrei no carro e sentei no banco do carona. Ele apertou o botãozinho que abria o portão e nós saímos. Ele dirigia meio estranho. Muito estranho, na verdade. Eu estava ficando com um pouquinho de medo. Não, eu estava ficando com muito medo.

— Henry, tem uma placa de pare. — Alertei.

— Eu sei. — Ele respondeu entediado.

— Ai meu Deus, Henry! O sinal tá vermelho! — Eu estendi a mão na direção do sinal.

— Relaxa! Eu sei o que eu estou fazendo. — Ele se zangou.

— Henry! Tem uma velhinha atravessando! — Gritei e tapei os olhos. Senti o carro frear e abri os olhos devagar. Henry estava com os braços cruzados e estava parecendo uma criança quando está fazendo birra. Eu o encarei e perguntei:

— O que foi?

— Você está me irritando.

Tá, agora ele parece uma mulher de TPM.

— Você não parou na placa de pare, passou um sinal vermelho e quase atropelou uma velhinha. Você queria que eu sorrisse e dissesse: “nossa, Henry! Você dirige muito bem”? — Fiz uma voz fina ridícula.

— Eu não me lembro de nenhuma placa de pare, o sinal estava amarelo e a senhora já tinha passado do carro.

Revirei os olhos.

— Você quase nos matou! — É, eu estava exagerando, mas ele tem que saber a gravidade de não saber dirigir de forma prudente.

Ele bufou e virou para mim.

— Quer dirigir?

— Eu vou dirigir. Sai daí.

Nós trocamos de lugar e eu realmente me senti mais velha do que ele. Sentia-me confiante, madura e bem responsável.

— Até a minha avó dirige mais rápido que você. — Ele debochou.

— Sua avó dirige?

Ele riu sem humor.

— Acho que a dona menina não vai terminar o almoço hoje… — Dona menina? Ele nem se deu o trabalho de perguntar o nome da senhora.

— Vai pastar, loirinho. Pelo menos eu não dirijo feito uma fugitiva.

— Eu dirijo normal. Como todas as pessoas normais dirigem. Você que é louca e acha que eu estou tentando te matar.

Opa, opa, opa. Nunca chame uma mulher louca de louca. Ai é que ela fica louca mesmo.

Juro que não sei de onde arranjei coragem pra dirigir da forma como eu dirigi. Rápido, cortando todo mundo e passando os sinais vermelhos. Henry começou a emitir um som que eu não sei direito o que era, mas parecia uma mistura de risos e gritos. Não sei como eu consegui me manter viva dirigindo daquele jeito.

Quando finalmente entramos no supermercado, Henry foi direto pra parte onde ficam os biscoitos.

— Ei loiro! Fica junto! — Gritei.

Ele voltou com uma cara de decepcionado e com a cabeça baixa. Eu me sentia uma mãe.

— Nós vamos primeiro comprar o que a dona menina disse. — Eu disse com um ar de responsável. Só o ar mesmo. — Ela fez uma lista?

— Ahn… Ah, fez. — Ele me entregou um pedacinho de papel.

— Então, vamos começar. — Prendi o meu cabelo e peguei um carrinho.

Henry sorriu e bagunçou a minha franjinha.

— Você fica engraçada com o cabelo preso.

— Cala a boca. — Passei a mão no cabelo pra tentar arrumá-lo. — Vamos logo que eu não quero demorar.

Eu peguei um carrinho e fui dizendo para ele o que deveria pegar. O garoto reclamou um pouco porque queria levar o carrinho, mas eu o mandei parar de frescura e voltar a pegar as coisas. Depois fomos para a área das besteiras e compramos o que ele queria. Quando chegamos ao estacionamento ficamos discutindo sobre quem dirigiria e eu acabei me estressando e tirei a chave da mão dele.

Quando chegamos em casa, a dona menina (que na verdade se chama Agnes) disse que nós demoramos um pouco e acabou improvisando alguns ingredientes.

Agnes é legal. Ela cozinha bem e isso a faz ser legal, ponto final.

Eu passei uma parte da minha tarde no quarto até a Agnes me chamar para dizer que tinha gente na porta querendo falar comigo. Quando desci, encontrei um par de olhos azuis me encarando. De quem eram esses olhos? Isso mesmo! Daron Spittle. O mané teve a ousadia de vir até a minha casa.

— O que você quer aqui?

— Conversar.

— Saia daqui. — Apontei para a porta.

— Me escute. — Ele pediu.

— Eu não quero. — Exaltei-me. — Agora, faça o favor de sair da minha casa.

Ele continuou parado no meio da sala.

— Saia. — Eu disse bem devagar.

Felizmente – ou infelizmente – o ser loiro apareceu na sala naquele momento.

— Er… Estou atrapalhando alguma coisa? — Ele perguntou inocentemente.

— Não… Daron já estava indo, não é? — Dei um olhar sugestivo para Daron e ele desistiu.

— Claro, eu…

— Daron? — Henry arregalou os olhos. — Quanto tempo, dude!

Espera um minuto.

Henry? Daron? Quanto tempo? Dude? Eu perdi alguma coisa?

— Vocês… Se conhecem? — Ergui a sobrancelha.

— Claro! Eu te conheci onde mesmo? — Henry disse a Daron.

— Nova York. — Daron olhou para ele e logo em seguida para mim.

— Mas você não estava na Inglaterra? — Perguntei pro loirinho.

— Estava, mas eu já havia passado um tempo aqui na América.

Tudo bem, vamos recapitular. Henry e Daron se conhecem. Henry fala “dude”. Daron é um vadio. Tá isso não é novidade.

Mas eu sempre pensei que Henry chamasse seus amigos de “coleguinhas” ou “amiguinhos”.

Antes que o loirinho dissesse algo mais eu expulsei Daron de lá e tranquei a porta. Henry me olhou confuso e perguntou o que havia acontecido.

Isso ia ser uma longa conversa então eu o mandei preparar a pipoca.


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Notas finais do capítulo

Eu queria dar um obrigado especial pra minha querida Ayel que fez uma recomendação *--*
Beijinhos sua lindja! (Sério, você não tem ideia do quanto eu sorri quando vi a sua recomendação *u*)
E eu queria agradecer a todas as outras leitoras que comentam, que favoritam ou que só leem mesmo essa coisa u-u
~Vocês alegram a minha vida *-*~
Sim, eu estou muito dramática u-u
Ah, eu vou contar direitinho no próximo capítulo como o Daron e o Henry se conheceram e xkjfnkldfjldfivj (< ignorem o meu surto) huehuehuehuehue eu não vou contar o que vai acontecer no próximo porque não u-u isso estraga a emoção huehue
Enfim"!çodivfvkj mereço reviews?? hiehiehie



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