O Irmão Da Minha Melhor Amiga escrita por Allask


Capítulo 14
Henry


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas! (sorry pelo nome do capítulo, mas eu to sem muita criatividade e-e
Então, eu não tenho muito o que falar aqui u-u
Boa leitura!



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Passou uma semana e nada. Nada de garotos, nada de falar com o Daron, nada de nada. Jess me empurrava pra todos os garotos que ela via pela frente. Incluindo um manobrista e um caixa de supermercado – sendo que os dois se interessaram pela Anna e pela Jessica respectivamente. Nunca tinha me sentido tão rejeitada em toda a minha vida.

— Vai ser moleza, não é Spittle? — Ironizei.

— Relaxa, Ryan. Nós só precisamos de um pouco de tempo.  — Jessica deu dois tapinhas na minha costa.

A aula ia começar. Jessica estava sentada na minha frente e Anna na fileira do lado, como de costume. Daron estava no fundo da sala do lado de ninguém mais ninguém menos que a vadia da Charlotte. Sim, isso mesmo. Ele disse a todo mundo que eles estavam juntos. Se isso me magoou? Sim. E isso vai ficar assim? Não, claro que não. Megan vai dar a volta por cima.

— Ei, Megan. — Anna cochichou. — Você não disse que o filho da Sarah está vindo pra cá?

— Disse? — Franzi a testa.

— Ah, eu me lembro. Você disse isso quinta-feira. — Jessica afirmou.

— Tá, mas o que é que tem?

— Sabe, ele poderia ajudar você. — Anna sorriu.

— É verdade… — Jessica bateu o lápis na mesa. — Se ele for bonito ajuda bastante.

— A Sarah é bem bonita. Se o filho for parecido com ela vai ser bonito. — Anna assegurou.

— É, mas ele é inglês. — Falei. — Não sei, mas eu o imagino vestido como um inglês, entendem?

— Tipo suéter xadrez e gravata? — Ann ergueu as sobrancelhas.

— Sim.

— Maggie, ele vai ficar lindo em qualquer roupa se for no mínimo simpático. — Jess riu.

O professor chamou nossa atenção e nós paramos de fofocar.

O resto do dia foi bem divertido, considerando que eu tinha que ver a Charlotte se esfregando no otário do Daron toda a hora. Mas foi divertido porque eu pude ver de camarote a Vanessa se mordendo de raiva.

No fim da aula, Sarah estava na frente da escola com o seu humilde Lincoln branco que ela carinhosamente chama de Nessie. Corri até ela e encostei-me em Nessie.

— Sarah? O que você faz aqui?

— Vim te buscar. — Ela sorriu. — Suas amigas vêm?

— Não… — Disse com uma ponta de desconfiança. Raramente ela ia me buscar na escola e sempre que acontecia, ela me dava alguma notícia bombástica.

— Entra. Vamos conversar. — Ela disse e logo em seguida entrou no banco do motorista. — Vá para o banco de trás, a Molly está ai.

Entrei no banco de trás e dei um abraço em minha irmãzinha.

— Então… Por que você foi nos buscar? — Perguntei.

— Como eu havia lhe dito antes, meu filho está vindo pra cá.  — Ela anunciou e eu parei pra pensar em quantos anos ela tinha – e em quantos anos ele tinha, diga-se de passagem. — Então, eu pensei que vocês duas poderiam mostrar a cidade pra ele. — Ela virou para nós e eu lembrei o porquê de nós irmos a pé para casa.

Sarah era a pessoa mais descuidada no trânsito que eu já conheci. Ela já bateu em um hidrante, em um poste, em uma placa de sinalização e quase atropelou uma senhora que estava atravessando a rua. Se eu tinha medo de andar de carro com ela? Nem um pouco. Só checava três vezes se o cinto de segurança estava bem preso.

— S-Sarah… Olhe pra frente. — Gaguejei.

— Ah, sim! — Ela sorriu e bateu uma das mãos na cabeça. — Então? Vocês vão?

Seria mostrar a cidade ao garoto ou deixar ele nas mãos da mãe negligente e irresponsável. Prefiro a primeira opção.

— Por mim tudo bem. — Dei de ombros.

— Eu topo. — Molly se pronunciou.

— Perfeito!

Nos fomos para o aeroporto, lanchamos e Molly fez a Sarah comprar três pacotes de marshmallow. Depois de quase uma hora o voo dele chegou e nós fomos para aquela parte onde as pessoas esperam os passageiros. Ficamos esperando tanto tempo que eu cheguei a achar que aquele não era o voo dele.

— Sarah, você tem certeza de que é esse o voo dele? — Questionei.

— Sem dúvida! Ele deve estar pegando a mala. — Havia um tom de incerteza em sua voz.

Desisti de esperar em pé e sentei em um banquinho junto com Molly.

Todas as pessoas que estavam naquele avião saíram e nem sinal do filho da Sarah. Com certeza ela errou o dia ou a hora do voo. Talvez ele já até estivesse aqui.

— Sarah… Todo mundo já saiu.

— Droga! Eu devo ter me confundido. — Ela disse. — Vamos embora.

Nós estávamos indo embora quando um garoto apareceu na nossa frente. Ele tinha o cabelo todo repicado e loiro, os olhos brilhantes eram dourados e ele tinha um sorriso bobo nos lábios. Usava um suéter vinho por cima de uma camisa branca e uma gravata, uma calça e uma bota ambas pretas. Nas mãos ele segurava uns óculos escuros e uma mala azul-marinho, e uma bolsa de couro marrom estava em seu ombro. Posso afirmar que ele tinha um ar de inglês. E era muito bonito.

— Henry! — Sarah abriu os braços e deu um abraço no garoto.

Ele desfez o sorriso e a olhou bravo.

— Eu estou aqui desde as onze horas. Você esqueceu que tinha que vir me buscar?

— Na verdade, ela achou que aquele era o seu voo. — Eu disse.

— Ah, você deve ser a filha do Gregory, não é? — Ele mostrou seus dentes perfeitamente brancos em um sorriso.  — Muito prazer, eu sou o Henry. — Ele falou com um sotaque britânico. Ele me olhou como se eu fosse uma doida já que eu fiquei sorrindo igual uma idiota pra ele. — Molly?

Poxa, não precisava errar o nome.

— Sou a Megan. — Sorri amarelo.

— Ah, desculpa. — Ele pôs a mão na nuca e sorriu sem graça.

— Tudo bem. — Você está perdoado só pela sua carinha de bebê.

— Henry, querido, você está nas mãos da Megan e da Molly, tá? Eu levo sua mala pra casa e vocês vão passear por ai. — Ela pegou a mala de forma desajeitada, nos entregou dinheiro e foi embora.

— Eu quero ir na sorveteria. — Molly fez uma carinha fofa.

— Então, vamos à sorveteria. — Henry sorriu. Até sorrindo ele parecia muito inglês.

Nem preciso dizer que a Molly sorriu de orelha a orelha.

— Não, não. Nós vamos primeiro mostrar a cidade pro Henry, depois nós vamos lá.

Ela fez biquinho e uma carinha emburrada. Henry se abaixou, olhou para Molly e a imitou. Era fofo, mas muito estranho – e inglês.

— Você sabe onde fica a sorveteria? — Ela balançou a cabeça positivamente. — Então vamos sem a menina chata, tá bom? — Ela foi desfazendo a carinha emburrada e abrindo um sorriso.

— Ei! Eu não sou chata. — Me defendi.

— Não mesmo? Eu acabei de te conhecer e já te chamei de chata. Isso quer dizer alguma não, não acha? — Ele levantou-se e assumiu uma postura ereta – e inglesa – parecendo um adulto.

— Eu estou tendo uns problemas, por isso estou chata. — Cruzei os braços.

— Mentira. Ela sempre é chata. — Molly se meteu. Eu formei um ‘cala a boca’ com os lábios, mas sem emitir som.

— Tá, tá! Vamos pra sorveteria. — Disse irritada.

Molly gritou um ‘eba’ e Henry sorriu. Eu me sentia uma mãe naquele momento. Pegamos um ônibus e fomos passeando pela cidade. Foi rápido já que a cidade é bem pequena. Compramos dois sorvetes, um para Molly e outro pro Henry.

— Então… — Ele disse quando sentamos em uma mesa.

— Então… — Repeti. — Você tem quantos anos mesmo?

— 18.

Dezoito. Esse bebê gigante tinha 18 anos?

— Não parece.

— Eu sei. — Ele sorriu. O sorvete tinha escorrido e lambuzou um pouco o seu queixo.

Ele tentou inutilmente limpar usando a língua, mas logo desistiu e usou um guardanapo. Ele terminou, lambeu os lábios, olhou para mim e deu uma piscadela. Depois voltou a sorrir igual a uma criança.

— Então, Megan você disse que estava com alguns problemas… — Olhei para ele e contorci o rosto. — Tudo bem se não quiser falar, só achei que já que sou praticamente seu irmão, poderia me ter como um ouvinte. — Ele sorriu.

Posso dizer que esse sorriso que fez com que eu contasse tudo o que aconteceu. Tudo até a parte da vingança. Ele realmente ele um bom ouvinte. Ouviu tudo, ria às vezes – não sei por que – e franzia a testa de vez em quando.

— Você não acha que está sendo um pouco infantil? — Ele perguntou.

— Vinganças são infantis.

— E por que você está fazendo isso, mesmo?

— Porque… Porque eu não quero que ele pense que pode fazer isso comigo. Ele tem que ver que eu estou melhor sem ele.

— Você é engraçada. — Ele riu. Esse garoto é muito estranho. — Eu posso te ajudar, se quiser.

— Mas você não conhece ninguém aqui.

— Eu sou homem. Homens fazem amizade fácil.

— Você está na América, lembre-se disso.

— Relaxa, eu sei me portar de maneira correta dependendo da ocasião. — Já vi que ele vai dar trabalho.

Mostrei toda a cidade pra ele – só a parte que eu conhecia – e depois voltamos para casa. Quando entramos em casa, eu pude ouvir a música alta vindo do som perto da televisão. Era uma música da Taylor Swift e Sarah estava cantando. Muito alto. Não sei como os vizinhos não reclamaram. Mas o que é mais estranho era o fato de uma mulher de quase 40 anos estar cantando Taylor Swift.

— Chegamos. — Tentei gritar mais alto que a música. — Vamos.

Eu fiz um tour com Henry pela casa. Mostrei a cozinha, a sala, o banheiro perto da sala, o quarto do meu pai, o quarto da Molly, o meu quarto e o banheiro no fim do corredor.

— Esse aqui é o quarto de hóspedes. — Abri a porta do quarto e ergui a mão. — Sinta-se em casa.

Ele sorriu igual a uma criança e disse:

— Eu acho que vou dar uma volta pela cidade.

Sério, esse garoto é problemático.

— Mas você acabou de chegar e… Tá anoitecendo, você não conhece a cidade. Não, não! Eu me sinto responsável por você e se acontecesse algo eu iria me culpar pelo resto da vida.

Ele gargalhou.

— Uau, você parece uma mãe. Chata e mandona. — Ele se jogou na cama de casal.

— Eu só pareço uma mãe porque você parece uma criancinha. — Rebati.

— Eu tenho certeza de que sou mais velho que você.

— Eu tenho 20. — Menti.

— Sério? — Ele arregalou os olhos. — Você é bem baixinha.

Ótimo, mais um pra dizer que eu sou baixinha. Revirei os olhos e cruzei os braços.

— Você vai mesmo sair? Se for, tome cuidado com os bandidos, assassinos, sequestradores, serial killers e psicopatas que estiverem nas ruas, tá bom? — Dei um sorriso falso.

— Mas que menina chata! Você não quer ajuda? Eu vou fazer umas amizades por ai… — Ele resmungou.

— Faça o que quiser, criança. — Disse me sentindo a adulta e sai do quarto.

Que ótimo, agora eu vou ter que tomar conta de duas crianças. Se bem que a minha irmã sabe se virar melhor que o senhor inglesinho. 


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Notas finais do capítulo

Então... Eu to na casa da minha madrinha e, bem, posso dizer que ela tem dois filhos lindos e-e nem estou doida pelos filhos dela, beleza? huehuehue
Acho que um deles me acha anormal '-'
enfim, eu amo o Henry, gente! jkcdvdjnv
E ai? Mereço reviews?



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