Ajuda-me a Viver escrita por Vitoria Bastos


Capítulo 17
Surpresas e um ponto final


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, desculpem a demora.
Não vou falar muito, o capitulo ja vai falar por si.
Nos vemos lá embaixo



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Acordei com alguém me ligando. Olhei para a janela, e o sol estava batendo forte no meu rosto. Olhei para o visor do meu celular. Exatamente 06h00min da manhã, e eu só tenho fisioterapia daqui a 3 horas. Pensei duas vezes se eu atendia ou não o celular.

– Alô? – Falei, com a voz embolada de sono.

– Bom dia, dorminhoca! – Ouvi a voz de Edward do outro lado da linha. Ninguém merece ser chamada de dorminhoca praticamente de madrugada. O que esse homem quer comigo esta hora? – Isso são horas de está dormindo? – perguntou.

– Edward, eu acho que você deve ter se confundido com o horário... – falei com a maior calma do mundo. – São 06h00min da matina. – lembrei a ele.

– Bom, eu vim te convidar para darmos uma caminhada e apreciar esse lindo ar puro. – disse ele.

Pela sua voz, dava para perceber que ele estava sorrindo.

– Sério, Edward? – perguntei, sem acreditar muito que ele estava falando sério. – Se você desligar agora, dá tempo de eu e você voltarmos a dormir. E ainda sobra bastante tempo até a hora da fisioterapia... – sugeri.

Deitei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos.

– Não dá para eu voltar a dormir. Eu estou, neste momento, em frente da sua casa.

– O que? – perguntei perplexa, despertando totalmente.

Levantei da cama e fui em direção à janela. Quando olhei para baixo, lá estava ele. Com uma roupa toda atlética, e o sorriso mais lindo do mundo.

– Então, vamos? – perguntou ele. Agora eu podia ver o seu rosto, e, sim, ele estava sorrindo.

Ah, Edward Cullen, o que eu faço com você?

Fui à procura de uma roupa para poder caminhar. Nem sei se eu trouxe roupa para isso... Mas não precisa de muita coisa. Achei um top e um short que iriam servir totalmente. Comecei a me arrumar sem tomar banho mesmo. Aposto que o Edward não iria esperar eu tomar uma ducha... Ou esperaria? Tirei a roupa e corri para o banheiro para tomar um banho ligeiro. Eu não sei o que esperar desse homem, ele é cheio de surpresas, é melhor me precaver...

Peguei novamente o short e vesti o top que deixava a minha barriga lisa em evidência. Ok! Está em evidência demais, você não precisa mostrá-la deste jeito, pensei comigo mesma. Achei um casaco jogado no sofá – provavelmente do Jasper. Vai ser esse mesmo! Procurei um tênis para calçar, e achei um com detalhes rosa nas minhas coisas. Eu não comprei isso. Ah, já sei, Alice...

(...)

– Demorei? – perguntei ao Edward.

Seus cabelos estavam totalmente brilhosos e bagunçados. Ele estava usando um óculos escuros que o deixava muito... Charmoso. Sua camisa estava totalmente em contraste com o seu short, ressaltando ainda mais seu abdômen musculoso – que neste momento estava em bastante evidência. Deveria ser pecado ver uma coisa dessa logo de manhã cedo... Ai meu Deus estou falando igual à Alice; deve ser convivência.

– Só um pouquinho. – Disse ele, e por um momento esqueci completamente o que eu tinha perguntado. – Desculpa te acordar tão cedo. Espero que você não seja mal humorada quando acorda. – deu o tal sorriso torto.

– Só às vezes – admiti. – Mas até que hoje eu não estou, deve ser a sua companhia.

– Esse é o efeito que eu tenho sobre as mulheres – brincou, apontando para o corpo e dando uma volta.

– Eu mereço uma coisa dessas... – disse eu, abafando o riso. – É melhor irmos andando. – sugeri.

– Claro – concordou ele.

Começamos a andar em um ritmo mais rápido que uma caminhada e mais devagar que uma corrida. Eu queria correr. Ah, sei lá, correr até não ter mais fôlego. Mais é claro que eu não tenho condições para isso, apesar de me sentir muito bem. Se o meu psicológico não está bem, tudo ao redor influencia a ficar ruim também. E, no momento, eu finalmente posso dizer que eu estou bem. Mas eu tenho medo de isso ser passageiro... Talvez o meu psicológico nunca mais fique igual a antes, mas o que interessa é que eu estou bem. É isso que importa.

– Então você mora por aqui? – perguntei, tentando manter o foco na nossa conversa.

– Não. É mais ou menos uns 40 minutos daqui... – disse ele, como se estivesse de desculpando – Eu vim de carro.

– Ah, mas assim não vale! Você tinha que ir e voltar andando...

– É verdade – concordou rindo. – Porém, eu teria chegado muito tarde aqui, e eu iria me atrasar para o centro de fisioterapia. Mas, leve em consideração que nós vamos e voltamos a pé até a sua casa, e assim eu pego o meu carro. Tenho que deixar a senhorita em casa, entregá-la da mesma forma que eu encontrei.

– Claro, senhor cavalheiro...

Como de costume, a nossa conversa tinha que se iniciar com algo engraçado vindo da parte do Edward, junto com as suas palavras de galanteador.

– Agora eu fiquei curiosa: Todo dia você caminha por aqui? – Perguntei

– Sim, e isso já faz um tempo. É como se fosse uma terapia... Apesar de tudo, não a nada que faça o meu dia ficar melhor vendo isso. – disse ele, apontando para o sol todo radiante. – Sentindo esse ar puro. A vida viraria uma droga sem essas coisas...

– É verdade.

– Vem aqui. – ele puxou a minha mão, indo na direção oposta, onde tinha um parque de lazer.

– Nós não íamos caminhar? Isso também não vale... – falei parecendo uma criança mimada. E é vem ele me surpreender de novo...

– Vamos quebrar a regra, pelo menos uma vez Bella – disse ele.

É vem ele me surpreender novamente...

Sentei em um banco, e ele foi a um quiosque comprar ao que parece, água para nós dois.

– Toma. – ele me ofereceu a água. – Aqui é lindo, não é? – perguntou

Olhei ao redor. Estávamos em um parque de lazer, cheios de jardins com flores, cercados de pessoas se exercitando e conversando.

– É lindo mesmo... Você sempre vem aqui? – perguntei

– Sim, e já faz bastante tempo. É como se fosse uma terapia... Apesar de tudo, não a nada que me faça ficar triste, se eu vim aqui e ver esta paisagem, e sentir este ar puro .

– Eu nunca tinha vindo aqui, deve ser um lugar legal para crianças também. – falei, imaginando os brinquedos que tem aqui, cheio de crianças correndo, e segurando em tudo que ver.

– Pra quem tem crianças, deve ser mesmo. – disse ele meio triste. – Está vendo aquele senhor ali? – disse ele mudando de assunto.

Olhei para o senhor que ele disse. Ele aparentava ter os seus 70 a 80 anos de idade, mas está em forma. Esbanjado sorrisos, ele carregava uma cesta cheia de flores, entregando uma flor a todas as mulheres e crianças que passava no local.

– Ele me parece bastante feliz, e ativo! – disse rindo.

– Sim ele é. – assumiu ele. – Eu o acho uma figura ilustre deste lugar. Todas as vezes que eu venho aqui, ele está neste mesmo horário, cheio de alegria e palavras de incentivo para todos.

– Isso é admirável. Muito bonito mesmo.

– Espera um pouco aqui. – disse ele se levantando do lugar, e indo em direção ao senhor.

Eles começaram a conversar, e o Edward falou alguma coisa com ele, que o senhor olhou para mim e sorriu. Oh, será que eles estão falando de mim? O senhor lhe entregou uma flor, e ele está vindo em minha direção com um olhar sedutor e um sorriso torto nos lábios. Não, não! Ele não está vindo fazer o que eu estou pensando... Não, Por favor, não!

– Uma flor, para outra flor. – ele falou gentilmente beijando a minha mão, antes de me entregar.

Sim, ele fez o que eu imaginava!

– Obrigada. – agradeci timidamente, sentindo as minhas bochechas queimarem, e eu juro se eu pudesse me ver no espelho neste momento, estaria da cor de um tomate.

(...)


– Bom, chegamos. – disse ele, quando chegamos à porta do apartamento de Alice.

Ficamos olhando um para outro durante alguns intermináveis segundos. Porque ele não falava nada? Porque eu me sentia tão tímida? Fiquei na dúvida de convidar ou não ele para entrar.

– Você quer entrar? – perguntei, lembrando-me das boas maneiras.

– Não, eu tenho que ir trabalhar. – Os seus lábios disseram isso, mas os seus olhos diziam outra coisa. Ele continuou me olhando. Não é falta de educação ficar olhando tão fixamente para alguém?

– Eu amei o passeio – disse-lhe.

– Eu também. – Parece que o nosso dialogo não vai passar de três silabas. – Bella, eu...

– Edward, eu tenho que entrar – o interrompi.

– Claro. Então, eu estou indo – disse ele, se aproximando de mim, depositando um beijo na minha testa demoradamente, como ele sempre faz. – Então tchau.

– Tchau, até mais tarde – me despedi.

E então, ele se foi.

Fiquei incontáveis segundos tentando assimilar o que tinha acontecido. O que será que o Edward ia me dizer? Talvez eu não devesse ter o interrompido.

Meu Deus, o que foi isso? Coração, por favor, se comporte.

Entrei na casa de Alice. A encontrei aos berros no celular, e Jasper tomando café.

Como assim? Isso não é justo! Ela não poderia esperar até o meu casamento para pegar fogo? – Ela fez uma pausa – 6 meses? Não, eu não posso!

– Ela está surtando? – perguntei ao Jasper. Sentei no sofá um pouco para descansar.

– Acho que sim. Parece que a igreja pegou fogo. – Disse ele rindo.

– Oh, meu Deus! Coitada da minha amiga... Jasper, não ria! O Casamento também é seu.

– Eu sei, Bella, mas é que a Alice transforma tudo em uma catástrofe. – disse ele, me olhando de baixo para cima. – Uau! Desde quando você caminha pela manhã? E... belo casaco.

– O Edward me chamou, e eu fui com ele – assumi. – O casaco foi o único que eu achei... – desculpei-me.

– Tudo bem – disse rindo. – Então está explicado essas bochechas coradas e esses olhinhos brilhando. – Jasper, como sempre, muito observador. – Bella, você está gostando do Edward?

– Não. Claro que não! – gritei comigo mesma, tentando convencer a minha parte interior de que isso era verdade.

– Uhum. Então está certo – respondeu ele. Uma das coisas boas do Jasper é que ele não faz o tipo que fica indagando sobre as coisas. Mas a parte ruim era que eu não precisava dizer nada para ele perceber o que estava acontecendo. – Até quando você vai mentir para si mesma, Bella? – perguntou.

– Ai, Belinha, Jazz... O que eu faço agora? – questionou Alice, encerrando totalmente a nossa conversa. Salva pela santa Alice! – O padre falou que a data mais próxima em outra igreja é para daqui a 6 meses. 6 meses!

Alice estava realmente transtornada. A última vez que eu a vi deste jeito foi quando os pais dela cortaram todos os seus cartões de crédito... E isso já faz tempo.

– Alie, não é tão ruim assim... De repente da até tempo para você fazer mais coisas – sugeri.

– É, meu amor, a Bella tem razão. O que são 6 meses comparados ao nosso amor? – disse o Jasper amorosamente.

– Não, gente, não dá. 6 meses é muito tempo, é quase uma vida! – exagerou a Alice.

– Que tal casarmos em Las Vegas? – sugeriu o Jasper. Coloquei a mão na boca para não rir. Las Vegas!

Las Vegas? – repetiu a Alice, provavelmente pensando na possibilidade. – Não, amor. Eu quero algo mais sério, apesar de Las Vegas não ser tão ruim assim...

– Vocês poderiam casar na praia – sugeri, logo em seguida me arrependendo de ter falado. Alice gosta de coisas impactantes, cheios de brilhos e glamour. Talvez a praia seja muito comum para ela. Talvez Vegas seja melhor...

– Oh, meu Deus, Belinha! Que ideia genial! – comemorou, dando pulos de alegria e batendo palma. E não é que ela gostou? Ai, Alice... – Mas, Belinha, não tem praia em Londres.

– Em Londres, não, mas em Brighton*, sim. Fica a 1 hora de carro.

– O que você acha, amor? – perguntou a Alice ao Jasper.

– Eu acho que vai ficar lindo, nós selarmos o nosso amor em uma praia. – disse ele, cheio de amor.

Ai, meu Deus, que casal meloso!

– Oh, querido, eu te amo tanto... – declarou Alice, indo em direção a ele. Oh, meu Deus, eu não mereço ver isso.

Ei, eu estou aqui. Por favor, não esqueçam que eu estou aqui, pensei.

– Bom, eu vou tomar banho – avisei a eles, sabendo perfeitamente que ninguém prestou atenção.

Fui à procura de alguma roupa para ir à fisioterapia. Eu ainda tinha tempo de sobra até a hora de sair, então deu para me arrumar com calma.

Vesti uma blusa soltinha, uma calça jeans e uma blusa de linho por cima. Bom, eu acho que eu estou bem.

Meu Deus, eu vou ver ele de novo. Porque eu estou tão ansiosa? Calma, Bella, você só vai à fisioterapia. O que está acontecendo com você, coração?

Tentei me lembrar das palavras do Jasper: “Bella, você está gostando do Edward?”.

Não, não, eu não estou!

“Até quando você vai mentir para si mesma?”.

Por mais que eu não quisesse, a pergunta ia e voltava novamente.

Bella, você está gostando do Edward?”

Não, não eu não estou! Sim, sim, sim, eu estou!

Bella, você está gostando Edward, assumi para mim mesma.


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Notas finais do capítulo

Brighton: http://blog.mundi.com.br/wp-content/uploads/2012/08/Brighton_shutterstock_535020881.jpg
http://www.depoisdosquinze.com/wp-content/uploads/2012/08/praia-brighton.jpg

Roupa da Bella, caminhada: http://www.polyvore.com/cap_17_bella_corrida/set?id=87118854
Roupa da Bella, Fisioterapia: http://www.polyvore.com/cap.17_fisioterapia/set?id=90224736

Gostaram do final? Fui um pouquinho má por terminando nessa parte..
Beijos, até o próximo



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