O Amor Acima De Tudo escrita por ana_christie


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Trago hoje o penúltimo capítulo de O Amor acima de Tudo



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No dia seguinte à noite de amor com Hannah, Richard foi até o apartamento dela. Ela estava só em casa, Margareth tinha levado Caroline à escola. Ela o recebeu, cortês, mas não parecia a mesma mulher da noite anterior, calorosa. Ele estranhou. Havia poucas horas ela estivera tudo, menos fria, estivera ardente e apaixonada, mas agora parecia um bloco de gelo.

— Aconteceu algo, Hannah? — ele perguntou, sua voz hesitante. Sentia que havia algo errado, algo que ele não gostaria nem um pouco.

— Não... quer dizer, sim. Precisamos conversar.

Ele engoliu em seco. Por sua experiência, nunca a frase “precisamos conversar” pressagiava boas coisas.

— Sei disso.

Sentaram-se frente a frente.

— Richard, eu vou para Dallas — ela soltou.

O rosto dele empalideceu.

— Não... Você não pode fazer isso comigo... Não depois da noite inesquecível que tivemos! Não agora que descobri que tenho uma filha, a quem já amo mais que a vida!

— Richard, a decisão já está tomada, não adianta tentar me demover. Vou passar um tempo com meus pais. Eles já estão esperando a mim e a Caroline. Durante esse tempo você vai poder vê-la nos fins de semana.

— Na verdade, não estou tão triste por causa de Caroline! Ela é minha filha, e sei que você não iria me impedir de vê-la. O que me dói é o fato de não poder ter você comigo. Você sabe que eu te amo.

— Eu também te amo, mas preciso de um tempo para reordenar as minhas ideias. Um tempo para mim... O que aconteceu nos últimos dias realmente... me deixou péssima. Estou muito confusa. Não gostaria de ter nenhum relacionamento no momento. Você pode me dar um tempo? Juro que não estou fugindo.

— É o jeito, não é? Não posso obrigá-la a ficar, e nada a demoveria de sua ideia idiota. Quando pretende partir?

— Em uma semana.

— Tão pouco tempo...

— Estou estressada demais, Richard. Compreenda-me. A única coisa que quero é me sentir inteiramente sã novamente e ficar com você sem qualquer dúvida pairando como uma sombra sobre nosso relacionamento. Acho que um tempo na fazenda de meus pais vai devolver a paz para meu espírito.

— Está bem. Mais saiba, Hannah, que jamais desistirei de você. Sempre irei esperá-la. Eu a amo, e você é a única mulher que quero como esposa.

Os olhos dourados dele brilhavam demais, denunciando lágrimas contidas severamente.

Com as doces palavras de Richard, Hannah baixou os olhos, mordendo o lábio inferior. Não gostava de feri-lo daquele jeito mais uma vez. Richard se ajoelhou em frente a ela e, com um dedo, ergueu seu queixo. Olhava-a com uma mistura de amor e sofrimento nos traços lindos de seu rosto.

Ele se inclinou para frente e ela fechou os olhos, aspirando aquele perfume único que a embriagava, uma mistura deliciosa, doce, mas ao mesmo tempo masculina de âmbar e mel. E seu gosto era parecido.

Richard segurou o rosto de Hannah entre as mãos e o trouxe para baixo, até que seus lábios trêmulos roçaram os dele. Memorizou o contorno, a textura, a temperatura dos lábios femininos primeiro com os próprios lábios, tão suavemente como se o toque fosse feito pelas pétalas de uma flor. Então sua língua úmida deslizou por eles, agora memorizando seu sabor doce e picante. Então, com um gemido abafado, os dedos penetrando nos cabelos loiros dela, Richard começou o beijo. Era um beijo tórrido, um beijo já cheio de saudades.

Ele se ajoelhou em frente ao sofá em que ela se sentava e a puxou pelos ombros, e ela precisou abrir as coxas para que eles pudessem ter contato e estar à mesma altura.

Hannah enlaçou os dedos nos cabelos castanhos e macios dele, os dedos afagando com desejo a nuca e todo o couro cabeludo, despertando longos arrepios sobre as costas de Richard. Então ela enlaçou a cintura dele com as pernas, prendendo-o entre as coxas. O membro dele estava pressionado diretamente sobre seu sexo quente, embora estivessem ambos cobertos por suas roupas.

Richard a abraçou muito apertado. Estava embriagado com o cheiro, o gosto dela, a sensação de seu corpo colado ao dele, a sensação das formas dela que suas mãos famintas memorizavam. Tinha que tê-la ao menos uma vez mais!

Richard inclinou as costas dela no sofá, para logo erguer seu vestido até os ombros. Seus olhos se deleitaram com as formas femininas macias e voluptuosas. Seus lábios desceram, vorazes, contra seus seios, sugando-os com desejo e ânsia. Sugava os mamilos rijos e os mordiscava, suas mãos segurando os seios por baixo e os erguendo mais ao encontro de seu rosto. Jamais fora tão ardente, tão voluptuoso e violento como estava sendo, mas não podia se conter. E pelos gemidos de Hannah, ela estava aprovando.

Ainda ajoelhado, Richard rasgou sua calcinha. Aspirou o cheiro de excitação de Hannah e foi como se uma explosão acontecesse em sua mente. Essa girou loucamente enquanto uma explosão de sensações percorreu seu corpo. Richard, agora, era apenas instinto do mais básico. Ele pôs as pernas de Hannah sobre seus ombros e atacou seu sexo com a boca com uma fome avassaladora. Sugava-a e usava sua língua para excitá-la, recebendo toda a umidade que o prazer de Hannah gerava. Mordiscava a carne trêmula do interior das coxas macias e cor de creme, que se arrepiavam com o toque ardente.

Hannah gemia e suspirava de prazer. Jamais Richard agira com aquele desespero todo, e ela estava se sentindo mais excitada do que nunca em sua vida. Suas unhas se cravavam no sofá.

Sem conseguir pensar, apenas agir e sentir, Richard tirou as pernas dela de sobre seus ombros e abriu suas calças. A fez envolver novamente sua cintura com as pernas e, mostrando uma grande força e equilíbrio, ficou de pé. Encostou Hannah contra um grande espelho da sala. Ela, que estava com a pele muito quente, sentiu um choque de temperatura que a fez se arrepiar. Então ele a penetrou numa voraz investida que o fez completá-la de uma vez. Hannah se arqueou contra ele, tomada por um profundo orgasmo, e agarrou seus cabelos cor de chocolate com força. Os olhos de Richard estavam de um dourado escuro, brilhantes e meio vidrados, como se ele estivesse sob o domínio de uma potente droga.

Os embates, então, começaram. Richard investia com movimentos rápidos, fortes e profundos. A sensação de tê-lo dentro dela era a mais perfeita que Hannah podia se lembrar. Ela investia contra ele a cada recuo de seus quadris estreitos e musculosos.

Foi uma relação intensa e rápida. Com poucos movimentos, ambos alcançaram o mais potente orgasmo de suas vidas. Gritaram de prazer, sem conseguir se conter. Richard se arqueou contra Hannah, apertando-a fortemente contra seu corpo, retesando-se inteiramente. Hannah cravou as unhas com força nos ombros musculosos dele, e só não as arranhou até sair sangue por causa da camisa que ele ainda vestia.

Ambos relaxaram aos poucos, ainda de pé. Richard foi o primeiro a “despertar”. Acariciou a face de Hannah, suada e corada pela paixão e o esforço. Os olhos dela estavam fechados.

— Acha mesmo que, depois dessa demonstração de paixão e desejo, deixarei você livre para outros homens? — ele perguntou com voz rouca e profunda, ainda respirando arfantemente. Seu tom era possessivo.

— Jamais eu vou querer outros homens... — ela sussurrou contra a orelha dele.

— Você é minha, Hannah. Nunca se esqueça disso. E de que te amo.

Ela suspirou de emoção e encostou a testa na dele.

— Como eu te amo.

Lentamente Richard a fez ficar de pé. Pegou seu lenço, ajoelhou-se e, cuidadosa e ternamente, limpou-a dos restos do prazer de ambos, descendo, após isso, seu vestido. Então fechou suas próprias calças.

Durante isso tudo, ela permanecera com os olhos fechados encostada ao espelho, meio grogue. Richard queria ver seus olhos pela última vez antes da viagem dela. Já pensava que não teria aquele presente quando ela os abriu. Os olhos verdes o miravam com tanto amor que ele quase sucumbiu e implorou ali, de joelhos, que ela reconsiderasse sua decisão. Mas se manteve calado. Já se humilhara demais.

Ele se levantou devagar. Com o polegar, acariciou suavemente o carnudo, trêmulo e rosado lábio inferior de Hannah, inchado pelos beijos e mordiscadas. Sem falar mais nada, ele foi embora.

Hannah, com as pernas trêmulas, cambaleou até o banheiro de sua suíte. Apertando as bordas da pia, ela se olhou no espelho. Jamais estivera com uma aparência como aquela. Parecia uma mulher satisfeita, bem amada e sensual. Sentou-se na borda da banheira e ficou ali, só e quieta, passando e repassando cada cena sensual em que tinham acabado de atuar. Sabia, o homem de sua vida era Rick, e também nunca desistiria dele. 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, e último capítulo! Reviews, por favor!

Bjs da Ana