O Amor Acima De Tudo escrita por ana_christie


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar, quero agradecer a todos que leram e que permaneceram comigo, sempre me animando com um review, especialmente Lismary, Nair, Kah, Sharon e Laira.
Fico feliz de mais uma vez completar uma história. Escrever faz parte de mim, e sempre fará!
Até a próxima!



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Hannah, como disse, mudou-se com Caroline para a fazenda de seus pais, em Dallas. Os pais dela cuidavam da fazenda com a ajuda de funcionários. Mariah era dona de casa, e Peter, além de fazendeiro, era chefe de polícia em Dallas. Eles sentiam muita falta de ter sua filha e sua neta por perto. Hannah não morava com eles desde a faculdade, pois ela cursara Harvard.

Após alguns dias, ela estava sofrendo mais do que imaginara. Pensara que relaxaria no calmo ambiente da fazenda, mas na verdade, ficou super tensa. Quanto mais tempo passava longe de Richard, mais sofria. E tudo piorou quando soube que estava grávida. O que faria, Deus?! Deveria omitir o fato de Richard? Novamente? Era melhor não; entretanto, os dias passavam e ela não conseguia arranjar coragem de telefonar para avisá-lo.

Em Austin, Richard estava desesperado com a falta de notícias de Hannah e Caroline. Ela partira havia um mês e nem sequer lhe telefonara. Ele estava sofrendo como um condenado. Sentia tantas saudades da sua Hannah e de Caroline... Como a queria perto de si! Então, num momento crítico, decidiu-se. Iria a Dallas e exigiria uma resposta dela. Era melhor receber logo um não que ficar naquela eterna expectativa, sempre tenso, nervoso.

No mesmo dia em que ele decidiu se descartar do orgulho próprio e ir atrás dela, largou os negócios, cancelando todos os compromissos, por mais importantes ou inadiáveis que fossem, e partiu para Dallas. Do aeroporto partiu direto para a fazenda dos pais de Hannah.

***

Mariah Scharf estava passeando na cidade com Caroline enquanto esperava que Peter terminasse seu dia de trabalho na delegacia de polícia. Hannah ficou sozinha na fazenda, apenas com os funcionários.

Naquele momento ela se encontrava mordendo um pedaço de limão para que os enjoos passassem. Estava terrivelmente pálida, com profundas olheiras. Não sabia por que estava tão mal, pois na gravidez de Caroline ela não sentira nada. Essa estava horrível. Nada parava em seu estômago. Sua obstetra dizia que cada gravidez era única, mas que mesmo assim achava que o estresse e a ansiedade estavam piorando os sintomas que Hannah sentia.

A campainha tocou. Ela foi atender e, quando abriu a porta, deu de frente com seu amado.

— Rick!

Ela percebeu na mesma hora que alguma melhora se dava em seu organismo. Era como se apenas ver Richard fizesse com que sua ansiedade sumisse.

— Oi, Hannah. Eu não consegui ficar mais tempo longe de você. Eu te amo.

— Também te amo. Entre.

Ele entrou. Olhou-a minuciosamente.

— Você está com aspecto terrível.

Ela sorriu.

— Eu sei. É o normal no meu estado.

— Está doente? — ele perguntou, preocupado, pondo a mão na testa dela e testando sua temperatura.

— Não. Estou grávida de outro filho seu.

Richard ficou paralisado, mudo, parecendo uma estátua viva. Logo lágrimas escorreram de seus olhos.

— Você... você está esperando um filho meu?

— Sim, Rick. Estou com um mês de gravidez.

— Por que não me telefonou?!

— Eu soube há apenas uma semana. E também não tinha coragem... O que você veio fazer aqui?

— O que vim fazer aqui?! Ora, Hannah! Você desapareceu, não me deu notícias. Bem, eu vim pedir, não, exigir sua mão em casamento. Se você estiver sofrendo longe de mim um décimo do que estou longe de você, sugiro que aceite meu pedido. Essa dor não vai passar com o tempo, falo por experiência própria. Preciso muito do seu amor, de sua companhia e de meus filhos — ele a olhou firme, as mãos em punhos cerrados nos quadris estreitos. Parecia desafiá-la. — O que me diz? Quer mais uma semana para pensar e fugir de novo, de mim e de você mesma?

Hannah suspirou, admirando-o naquela posição desafiante e tão bonita. Ele parecia um deus grego parado ali, empertigado, queixo erguido, olhos dourados cintilantes e provocativos. Tinha que se casar com ele. Se não o fizesse, ela sofreria pelo resto de sua vida, além de condicionar seu bebezinho a crescer sem a presença constante do pai, como fizera com Caroline.

— Sim, Rick. Quero me casar com você.

Richard ficou tão feliz que deu um pulo, socando o ar num gesto de vitória e gritando:

— Aeh!

Chorando de alegria, ele se ajoelhou diante Hannah e beijou ternamente o ventre dela, ainda esbelto, mas carregando um tesouro inestimável.

Hannah estava chorando de felicidade. Finalmente teria uma parcela de paz e felicidade na vida. Por sua própria culpa sofrera.

Richard se ergueu. Hannah parecia outra. Parecia que uma luz iluminava seus olhos e cabelos. A palidez de sua pele fora substituída pela cor de creme suave. Olhando-a de forma maliciosa, ele perguntou:

— Há mais alguém em casa?

— Não. Meu pai está trabalhando, e minha mãe levou Caroline para passear pela cidade e esperá-lo.

Richard sorriu com malícia. Hannah se esqueceu de qualquer das péssimas sensações que sentira antes da chegada dele. Era outra, agora, principalmente quando via aquele ar maroto nos traços perfeitos e nos lindos olhos cor de ouro, aquele sorriso malicioso que era só dela. Richard a beijou suavemente, então a pegou nos braços e, seguindo as indicações de Hannah, levou-a para o andar de cima da casa, onde ela lhe indicou seu quarto, onde se olharam com bastante ternura.

Richard fez Hannah se sentar na cama. Ajoelhou-se ante ela e ergueu delicadamente cada um de seus pés pequenos, tirando suas sandálias, logo erguendo cada pé e baixando a cabeça, beijando o tornozelo delicado. As mãos e os lábios foram seguindo pelos contornos proporcionados das pernas e, quando chegaram às coxas, Hannah tremia tanto que mal conseguia se manter sentada ereta.

Lentamente Richard a despiu, lambendo, provocando cada porção de pele que encontrava e despia. Ele foi delicado e paciente como jamais fora; já não era preciso pressa. Antes, cada momento dos dois tinha sido roubado, principalmente por ele, que aproveitara cada momento em que Hannah estivera de guarda baixa, que tinham sido poucos. Agora, ele já tinha a certeza de que ela era totalmente dele.

─ Minha Hannah... Sabia que não vivo sem você? ─ ele perguntou mordendo o pescoço dela e logo lambendo a pequena marca, fazendo-a arfar de prazer e se agarrar aos seus ombros.

─ Eu amo você... amo você... ─ pouco mais que aquilo era o que ela conseguia falar, a emoção a tomava inteiramente.

A luz dourada e linda da tarde atingiu a grande porta francesa de vidro transparente do quarto dela, banhando os corpos dos dois. Iluminado como um deus, Richard se ergueu, os raios de sol acariciando-o enquanto ele se despia ante os fascinados e famintos olhos verdes de Hannah. Contra o sol, os cabelos dele eram de um mogno riquíssimo, brilhante, e sua pele morena brilhava. Os olhos tinham um tom que era a mais bela mistura de ouro, âmbar, topázio e mel que ela já vira. Na verdade, jamais ela vira olhos com um tom tão incomum. E o seu cheiro de mel e âmbar, ao mesmo tempo doce e masculino a atingia tanto no corpo quanto na alma.

Em posição de lótus, Richard se sentou na cama, cujos lençóis brancos brilhavam contra a luz do sol, e chamou Hannah com um dedo, seu sorriso malicioso deixando-a levemente zonza. Ele estava lindo ali, iluminado, excitado completamente. Como que hipnotizada, ela o seguiu, subindo na cama e engatinhando até ele. Richard a fez baixar e sentar no colo dele, suas pernas envolvendo-o.

Por um momento, ele apenas a abraçou. Os dois ficaram ali, ela com a cabeça aconchegada no peito amplo e firme, as grandes mãos dele subindo e descendo por suas costas delicadas, apenas se aquecendo com a luz do sol e a luz do amor e do desejo.

Segurando seu queixo, ele lhe levantou o rosto, para logo beijá-la com suavidade, sua língua de mel deslizando por seus lábios. Hannah, ousada, estendeu a própria língua, acariciando a dele, seus olhos de esmeralda jamais se afastando dos dele.

E, sem aviso, Richard a ergueu pela cintura e a baixou, trazendo-a contra seu membro faminto e rijo de excitação. Penetrou-a totalmente, mantendo-a colada a ele. Hannah gemeu alto e lutou rapidamente para se acomodar ao tamanho dele. Então, num espasmo de prazer que o apertou dentro dela, ela agarrou seus cabelos castanhos, puxando-os, então deslizou as unhas pelos seus ombros largos, marcando-os.

─ Aqui é meu lugar, Hannah ─ ele disse ao seu ouvido, a voz áspera, um pouco de possessividade a tingindo. ─ Aqui, com você, dentro de você.

─ E o meu lugar é te agasalhando, Rick... Eu te amo...

─ O que sinto por você é mais que amor. É algo que vai durar por toda eternidade, por quantas vidas eu tiver. Você faz parte de minha alma. Não existe Richard sem Hannah.

─ Assim como não existe Hannah sem Richard. Tentei lutar contra isso, mas já sei que não posso. Estar sem você é como se eu ficasse em pedaços. Só quando estou com você eu realmente me sinto inteira.

As palavras já não eram necessárias. E, contra o sol que agora ia se escondendo numa explosão de cor, num crepúsculo magnífico, Richard e Hannah se amaram, vivendo o amanhecer de sua atribulada, mas emocionante paixão.

******************************************************************************

Quando Caroline, Peter e Mariah chegaram, Richard já estava devidamente instalado num quarto de hóspedes — apesar de tudo, Hannah sabia que eles jamais aceitariam a presença de um homem no quarto de sua filha.

— Papai! — gritou a garotinha quando o viu, logo correu para os braços abertos e ansiosos de Richard, que a abraçou com força e muito amor. A saudade de Richard era tão grande que nem se ligou na presença dos pais de Hannah.

— Meu amor! Estava com tanta saudades... Eu e a mamãe temos uma ótima notícia para dar.

— Antes, Richard — disse Hannah — quero apresentar umas pessoas para você — Mariah e Peter, um casal que estava na faixa dos cinquenta anos de idade, aproximaram-se. — Esses são meus pais, Mariah e Peter Scharf.

— É um prazer conhecê-los. A senhora é muito parecida com Hannah, Sra. Scharf.

— Só Mariah. E o prazer é meu, meu filho.

Os três se cumprimentaram e se sentaram no sofá da sala, conversando para se conheceram melhor.

— Papai, qual a notícia que “cê” queria dar? — Caroline perguntou após algum tempo.

— Eu e a mamãe vamos nos casar e morarmos juntos, Caroline! E você vai ter um irmãozinho, ou irmãzinha.

Caroline ficou muito feliz. Seus sonhos, as coisas que ela pedia a cada noite a “Papai do Céu”, se realizariam. Teria uma família unida e um irmãozinho para brincar.

***

O casamento se realizaria em Dallas. A família de Richard em peso viajara para lá para prestigiar o acontecimento. No dia, a Igreja estava toda ornamentada, com uma profusão de arranjos de flores, muito cetim e seda, laços e velas. Impaciente, Richard esperava por Hannah no altar. Mariah não o deixara ver a noiva vestida por causa da velha tradição.

Quando o coral começou a cantar a Marcha Nupcial e Hannah entrou na Igreja, com um vestido de noiva, véu e grinalda brancos que pareciam ter sido feitos por fadas, lágrimas alagaram os olhos de Richard, deixando-os ainda mais ambarinos. Ela estava tão linda, seus quentes olhos verdes sorriam. Ele esperara por aquele momento por seis longos anos, o momento em que ela se tornaria a Sra. Howzard. Caroline, sorridente e linda vestida num lindo vestido que era uma miniatura do da mãe, vinha na frente, carregando as alianças.

Hannah olhou para o seu noivo. Ele parecia tão lindo parado lá em cima, esperando-a, olhando-a com amor e adoração... Olhos dourados brilhantes, cabelos castanhos meio despenteados de maneira charmosa, vestido num fraque preto perfeito. Ela mal podia esperar para começar uma vida nova com ele. Agora esperava que sua sorte fosse eterna. Não se esquecera nem mesmo de se prevenir segunda a tradição, usando algo novo, algo usado, algo emprestado e algo azul!

A cerimônia foi muito bonita e emocionante. O pesadelo, enfim, terminara para eles. O amor prevalecera. O que mais Richard e Hannah poderiam querer da vida?

Diante o altar, olhando um para o outro, ambos sorriram.

─ Pela eternidade ─ disse Richard, trazendo Caroline para perto dos dois, num abraço coletivo, a outra mão descansando contra o ventre ainda esbelto de Hannah. Pondo uma mão sobre a dele, ela disse:

─ Sim, pela eternidade. 


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem, me deixem saber suas opiniões pela última vez nessa história!

Até a próxima história, e espero que sempre permaneçam comigo e me apoiem! Tenho um monte de ideias para futuros projetos!

Bja da Ana