O Amor Acima De Tudo escrita por ana_christie


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Mais um pessoal!
Espero que gostem!



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Pela manhã, como Edward dissera, veio um envelope com um mapa na correspondência. Mesmo com uma investigação nos correios, não se conseguiu determinar a procedência real dele. Raymonds era escorregadio demais.

O plano dos policiais já estava armado. Richard, devidamente armado para o caso de uma eventualidade — ele tinha posse de arma — iria ao local marcado, com uma maleta com falsos chips dotada de rastreador. Ele seria acompanhado, de longe, por policiais disfarçados. A troca de Caroline pelos falsos chips seria efetuada e os policiais perseguiriam Edward após isso.

***

A cada hora que passava, todos iam ficando mais nervosos, mais tensos. A vida de Caroline corria perigo. A de Richard também, mas ele não tinha medo por si próprio. Se conseguisse salvar sua filha das garras malditas de Edward Raymonds, ele não se importaria se tivesse de morrer.

Às oito horas da noite, Richard e os policiais disfarçados se prepararam. Hannah, para sua própria segurança e o perfeito cumprimento do plano, foi obrigada a não ir, sendo vigiada em casa para que não tentasse nada louco. Os carros partiram, seguindo o mapa. A viagem era longa, Edward marcara um lugar fora da cidade. Os policiais pararam entre as árvores do bosque, escondendo-se entre as sombras dos gigantescos pinheiros.

Richard levou seu carro para mais perto do local marcado, uma clareira. Saiu do carro e caminhou até campo aberto. A luz clara da lua cheia se derramava sobre tudo, iluminava Richard totalmente. Ele sabia que, sob a luz, como estava, era um alvo fácil se Edward tivesse armado uma emboscada, mas precisava se arriscar. A vida de Caroline valia qualquer sacrifício.

Das sombras das árvores do outro lado da clareira Edward Raymonds surgiu, apontando uma pistola automática para a cabeça de Caroline. A garotinha estava muito assustada e nervosa, dava para se ver o pânico nos grandes olhos arregalados.

— Caroline!

— Papai, “tô” com medo! “Tá” escuro!

Richard, louco com o desespero na voz e nos olhos de sua filha, deu três passos à frente.

— Se der mais um passo sem minha permissão, estouro os miolos dela — disse Edward, frio, o que era mais preocupante.

Ao ver o pânico nos olhos da filha, Richard foi obrigado a obedecer e parar.

— Trouxe os chips, Howzard?

— Sim, eu trouxe. Estão na maleta que tenho comigo.

Uma lanterna voou das mãos de Edward, indo parar perto de Richard. Apesar da lua cheia, ainda estava bastante escuro, e Edward não queria ser enganado.

— Aproxime-se lentamente, sem fazer movimentos bruscos, com a maleta aberta, e ilumine seu interior.

Após abrir a maleta, Richard apanhou a lanterna e, iluminando os falsos chips, idênticos aos originais, aproximou-se lentamente de seu inimigo.

— Ótimo! Você é cumpridor de sua palavra — Edward disse em tom sarcástico dando uma breve, mais penetrante olhada, na maleta aberta.

— E você? Vai cumprir com sua palavra?

— Claro. Para que quero uma garota chorona agora que tenho os chips? Está preparado para a troca?

— Desde sempre.

Richard fechou a maleta. Ao mesmo tempo fizeram a troca. Caroline se abraçou às pernas do pai, chorando. Richard se abaixou e a abraçou. Ao mesmo tempo, discretamente, tirou a pistola do coldre da perna. Não era aconselhável confiar nem um pouco em sujeitos da laia de Edward.

O miserável, quando se viu de posse dos chips, apontou a arma para Richard. Queria matar a ele e a Caroline e, assim, se vingar. Entretanto se surpreendeu ao ver uma arma na mão do oponente. Logo percebeu que o melhor a fazer era se mandar, vender os chips a Mark Travis por milhões de dólares e ir para um paraíso fiscal como as Bahamas, onde adotaria outro nome e viveria como um milionário pelo resto da vida.

Edward saiu correndo, entrou no seu carro, escondido entre as árvores, e partiu rápido. Enquanto policiais o perseguiam, numa corrida louca com troca de tiros, outros foram até Richard e Caroline e os levaram para o departamento de polícia.

Após uma longa perseguição, os policiais conseguiram estourar dois dos pneus do carro de Edward. Ele tentou desesperadamente controlar o carro, mas não conseguiu. Após várias voltas em torno de si mesmo, o carro capotou e Edward morreu. Entretanto, no carro, deixou provas suficientes para mandar Mark Travis para trás das grades e mantê-lo lá por muitos anos.

***

No departamento de polícia, Richard, Hannah e Caroline, essa acompanhado por uma psicóloga infantil, deram seus depoimentos, e foi pouco depois disso, ainda lá, que receberam a notícia da morte de Edward.

— Estamos livres, Hannah. Nunca mais ele vai nos perturbar... — disse Richard abraçando sua amada e sua filha.

— Sim, Rick... Te agradeço muito... Você foi muito corajoso e o melhor pai do mundo.

— Só fiz o que tinha de ser feito. Amo Caroline. Ela é a coisa mais importante na vida para mim.

***

Quando foram liberados no DP, Richard levou todos para casa. Caroline adormecera no colo da mãe. No apartamento, Margareth os recebeu. Como estava muito cansada, tanto física quanto emocionalmente, ela foi dormir com Caroline no quarto da menina. Hannah e Richard ficaram a sós, na sala.

— Gostaria de beber algo, Richard?

— Um chá cairia bem.

— Qual?

— Tanto faz, o que você quiser fazer.

— Está bem.

Pouco depois ambos saboreavam um delicioso chá com creme. Estavam sentados lado a lado no sofá, e uma tensão sexual muito forte exacerbada pela adrenalina que explodira em seus corpos naquele dia os rondava.

Quando o chá acabou, Richard se levantou, embaraçado.

— Bem, tchau, Hannah. Você deve estar cansada. Vou embora. Boa noite.

Hannah não queria que ele se fosse. Precisava urgentemente dele, ao menos naquela noite. Queria levá-lo para sua cama.

— Não vá, Richard... — ela murmurou, num fio de voz.

Ele, antes de chegar à porta, parou. Lentamente se virou, o coração tão rápido que o sentia bater contra as costelas e a pulsação frenética nas têmporas.

— Por quê?

— Não quero ficar sozinha essa noite.

Richard foi até ela e a abraçou.

— Tem certeza? — perguntou, rouco.

— Sim, eu te quero muito... Venha comigo, Rick.

Ela se soltou, estendeu a mão a ele e a segurou firme, enlaçando os dedos nos dela. Hannah, então, solenemente, levou-o ao seu quarto e trancou a porta. Virou-se para ele.

— Preciso muito de você...

Como resposta, recebeu uma terna e prazerosa carícia no pescoço. Foi até ele e lhe acariciou o peito musculoso. Abraçou-o com ternura e desejo, as palmas deslizando pelas costas fortes e largas.

— Me ame... — sussurrou, sedutora.

— Para sempre, meu amor.

Delicadamente Richard desabotoou a blusa que ela usava. Como Hannah não estivesse vestindo sutiã, logo recebeu as carícias ardentes e maravilhosas nos seios intumescidos e excitados. Levou as mãos ao traseiro rijo dele e o trouxe para mais perto de si. Sentiu o membro enrijecido dele e começou a ondular seus quadris, numa prazerosa e erótica paródia do ato sexual.

Logo ambos estavam nus, colados um ao outro.

— Leve-me para a cama, Rick...

Richard a pegou nos braços e a pôs sobre o leito. Ajoelhou-se na cama e, com os lábios, a língua e os dentes, explorou todo o corpo belo e voluptuoso de Hannah, que se contorcia de desejo e prazer sobre a cama. Quando ele ia se inclinando sobre ela, Hannah delicadamente o empurrou até deixá-lo de costas. Nos olhos dele havia uma expressão de curiosidade.

— Agora é minha vez... — ela disse, ousada e eroticamente.

Excitou-o profundamente, usando os mesmos recursos que ele usara com ela. Richard ficou de tal modo louco de prazer e desejo que a trouxe para cima de si, penetrando-a profunda e rapidamente. Hannah se moveu num ritmo cadenciado, gemendo de prazer com a sensação de tê-lo dentro dela, de poder montá-lo. Aos poucos ela aumentou o ritmo de sua cavalgada até chegarem a um violento orgasmo.

Ele ergueu seu tronco até se sentar enquanto se esvaía em fogo líquido e murmurava roucamente seu nome:

— Hannah...

— Richard... — ela sussurrou, relaxando as coxas tensas pelo esforço.

Apesar do cansaço, os dois, entre intervalos para dormir, amaram-se mais duas vezes essa noite.

Perto do nascer do sol, Hannah, enquanto acariciava o peito dele, disse:

— Acho melhor você ir embora, Richard. Eu morreria de vergonha caso Margareth o visse aqui, de manhã, saindo de meu quarto.

— Não quero denegrir sua reputação, querida — ele disse num tom debochado e alegre. — Vou embora agora mesmo.

Richard se vestiu, beijou-a e foi embora.

— Agora posso ir para Dallas, pensar sossegada sobre minha vida e tomar minhas decisões — Hannah disse, entre amarga e triste. — Agora que me despedi formalmente.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!

Por favor, me agradem e mandem um review!

Bjs da Ana