A colisão entre Faisal e o carrinho obrigou o homem a soltar a pasta com os documentos. Charmander deu um pulo e ficou fazendo pose ao lado do seu treinador.

— Finalmente eu te achei, capitão Noah. Chegou o momento do nosso acerto de contas.

— Que acerto de contas? Não seja presunçoso. Você não passa de uma criança que merece levar umas boas palmadas.

Jason mostrou a língua ao capitão e falou categoricamente que não tinha medo de um traidor.

— Não vai sequestrar o Bruno novamente. Eu vou impedir.

O capitão Noah perdeu a paciência com Jason e ordenou que ele não amolasse a sua paciência.

— Isso é o que veremos. Pyro, ataque ele!

Charmander soltou uma bola de fogo. Contudo, Rhyperior conseguiu defender o capitão.

— Terá que fazer melhor para me atingir, moleque atrevido.

Faisal acordou do susto. Olhou ao redor, viu a sua pasta alguns metros de distância. Arrastando-se até a pasta, o árabe foi surpreendido por uma espada fincada no objeto.

— O quê?!!

— Parece que aqui há algo muito importante, não é? — Questionou Luiza, segurando a pasta.

— Largue isso, garota!

— Por quê? O que pretende fazer comigo?

— Posso ser muito cruel com crianças. Você não será a exceção. Largue isso.

— Ui que meda. Até parece que eu vou te obedecer. Sou uma ladra, sacou? O meu trabalho é roubar gente otária como você. Agora vejamos o que há nessa pasta.

— Espere...

Luiza abriu a pasta com os papéis com as senhas dos compradores. Ela não encontrou nada de valor como dinheiro ou joia.

— Isso aqui é lixo — ela jogou a pasta para o alto, espalhando os papéis.

Faisal ficou incrédulo. Tentou juntar tudo de volta, mas Mime Jr. controlou os papéis.

— Seu inseto. Onde está a minha arma.

Quando ele tentou pegar a arma, Mime Jr. lançou uma pedra que caiu sobre o objeto, destruindo-o. Isso deixou o Faisal ainda mais louco.

Nesse ínterim, Dusknoir tentou se aproximar de Jason a fim de atacá-lo. O menino caiu ao chão e pediu socorro. Sua pokébola se mexeu sozinha. Era Tyrantrum.

— Tyrantrum?

A pokémon tiranossauro olhou feliz para o garoto. Depois se virou e deu uma cabeçada em Dusknoir.

— Ei, psiu! — Khan chamou a Luiza.

— Não acredito que ele me traiu! — bradou Noah.

A garota foi até o homem e perguntou. Khan apontou para um gigaremo verde ali perto e pediu a ajuda de um pokémon com técnicas de fogo. Tanto ela quanto Khan pegaram Pyro e levaram até a máquina. Jason ficou confuso.

— Aonde pensam que vão com Pyro!

— Calma. Precisamos dele para destruir a máquina. — Respondeu Khan.

Tyrantrum enfrentava Dusknoir e agora o Rhyperior.

Charmander entendeu o recado e soltou uma baforada flamejante. O gigaremo explodiu.

— Como você sabia que um ataque de fogo destruía? — Perguntou Luiza.

— Essas máquinas são gigaremos. A fraqueza depende da cor. Verde é fraco contra fogo, azul é fraco contra elétrico, vermelho é fraco contra água, amarelo é fraco contra golpes terrestres. Não se esqueça que também sou um blacker.

— Legal.

Dusknoir parou de atacar Jason e Tyrantrum. A manipulação acabou. Ele simplesmente saiu dali.
Rhyperior lançou várias pedras da palma das suas mãos, atingindo a pokémon de Jason.

— Tyrantrum, aguenta firme.

Os dois monstros se agarraram. Eram dois colossos causando estrondos onde pisavam.

— Eu já disse. Eles vão roubar os meus tesouros! Faz alguma coisa.

— Cala a boca! Se não calar, eu te mato. Não dou a mínima para os seus tesouros.

A insolência de Noah pegou Faisal de surpresa. Enquanto tentava juntar os papéis, viu Charmander ao longe. Pela primeira vez, notou o pokémon mais raro que havia comprado. Olhou para Jason e viu que o garoto estava focado na luta.

— Então esse é o garoto que me roubou. Mas aquele Charmander é meu. — Murmurou. — A Equipe Black fracassou em Celestial somente para pegar o Charmander? Talvez seja a minha vez de botar a mão na massa.

Rhyperior e Tyrantrum continuaram a trocacão de golpes.

...

No segundo andar, Graveler encurralou os aliados. Mesmo que Swampert fosse mais forte, Stone não quis atacar o pokémon manipulado. Não era a culpa dele ficar assim.

— O que faremos, senhor Stone? — Perguntou Robert.

— Droga. Se Swampert atacar mais forte, capaz do Graveler sair muito machucado. Mas se não fizermos nada, nós que sairemos feridos.

Antes de Stone tomar uma decisão mais séria, Graveler voltou a si e parou de atacar. O efeito do gigaremo passou.

No primeiro andar, Sandslash parou o ataque assim que a manipulação cessou.

— Tá vendo? Conseguimos destruir a máquina — falou Simon.

— Isso não vai ficar assim. Vai ter retorno.

Dixie fugiu antes de Simon fazer qualquer coisa. O rapaz ficou por ali para ajudar as pessoas.

O blacker entrou no elevador e subiu à entrada da mina. Quando a porta abriu, foi atacado por Bastiodon.

— Espera... Argh!

O pokémon deu uma cabeçada em Dixie, que bateu as costas contra a parede e desmaiou.

— Chegamos a tempo, querido. Pegamos ele?

— Pegamos sim, querida. Esse era o cara que o nosso filho Alfredo falou. O que manipulava os pokémons. Valeu, Bastiodon.

E assim Dixie foi completamente derrotado.

Batalha no primeiro andar. Perdedor: Dixie, o manipulador.

— Mas estou preocupada com aqueles que estão lutando lá atrás. — Sophia se referiu aos piratas.

— Não se preocupe. O reforço está chegando.

...

Na parte de trás da mina, os piratas foram encurralados pelos vários blackers que furaram a barreira do Bastiodon. Veículos quatro por quatro estacionaram com vários inimigos armados com porretes, bastões e armas brancas.

— Mantenham a calma, rapazes. A nossa sorte é que não estão usando armas de fogo — disse Marshall.

Os neptuners foram rodeados pelos blackers. Parecia tudo perdido até que um caminhão militar surgiu. Dele saíram os marinheiros mais Machoke e Machop. Eram os homens que os neptuners prenderam em Isla de la Luna. Agora estavam do mesmo lado.

Os piratas neptuners não acreditaram. Os marinheiros apareceram para ajudá-los. Inacreditável.

— Agradeçam ao Jason. Antes da invasão, ele pediu ao senhor Stone para nos contatar. — Falou um marinheiro.

Marshall sorriu. Admitiu: Jason era foda.