UMA REUNIÃO PODEROSA!!

— Tenho certeza que eu os deixei para morrerem. Como foram capazes de sobreviver? — Indagou Noah.

— Meu... Meu pokémon!! Preciso recuperá-lo agora mesmo.

— Ei, ei... porque está tão obcecado num simples Charmander? Sei que é uma espécie rara, mas não é pra tanto. — Falou Gordon.

Dark Ling discordou do prefeito. Havia algo especial no Charmander. Algo que fez com que blackers arriscassem as suas vidas para buscar um ovo.

— Contei ao Faisal na nossa reunião anterior. Aquele Charmander é...

...

Jason chegou à praça de alimentação. Muitos reféns estavam deitados. Nikky e Robert apareceram em seguida.

— Senhor e senhora Stone. Estão todos bem?

— Sim, Nikky. O que houve? Cadê o nosso filho? — Perguntou a sogra.

— Numa batalha séria. E a minha irmã?

— Ela foi levada pelos bandidos. Estão juntando os pokémons numa carreta baú e vão transportá-los para longe — revelou Joe.

A arqueóloga saiu correndo e pediu a Jason para ajudar os reféns. Por ora o seu objetivo era impedir os bandidos levarem os pokémons do parque e a sua irmã.

O menino quis seguir a mulher, no entanto cerca de dez blackers que ficaram para trás apareceram.

— Estão desarmados? — Questionou Robert.

O blacker sorriu e respondeu que eram treinadores.

Eles colocaram para o campo de batalha os seus pokémons.

Nikky correu com tudo. Havia uma saída aos fundos do shopping, mas levava algum tempo para chegar. Torceu para que desse tempo para chegar antes da partida deles.

Do lado de fora, num estacionamento externo, os blackers levaram a irmã mais jovem de Nikky, Dora. A moça estava dopada e levada no braço até uma van preta. A morena de cabelos cacheados se debateu quando colocada nos assentos traseiros.

— Vamos embora!!

Antes de Nikky chegar, levaram a sua irmã. A mulher lamentou.

Dentro da van, os blackers comemoraram. Largariam a refém em algum lugar da estrada. Porém, o plano foi frustrado por um tapede de pregos na pista.

— Vamos colidir.

— Desvia! Desvia!

O motorista saiu da estrada e bateu numa placa.

— Que porra foi essa? Tá todo mundo bem?

Os outros responderam positivamente.

A van estava na região rochosa.

— Merda. Colocaram um tapete de pregos na pista.

— Mas quem foi? Saímos antes deles nos pegarem.

— E parece que a pessoa que fez isso agiu depois que os caminhões passaram.

Alguém num binóculo observava os seis blackers fora da van. Olhou para o veículo e notou a presença de mais uma pessoa dentro do automóvel. Talvez um refém?

— Hora de roubar. Kukuku.

A pessoa estava uns duzentos metros de distância e no topo de um morro rochoso.

...

Kabutops mais uma vez acertou as suas lâminas contra a Tyrantrum. Dessa vez fez com que o dinossauro se desequilibrasse. Contudo, rapidamente ela girou e deu uma rabada fortíssima.

— Como é que pode? Ela não cai por nada nesse mundo?

— Hehehe... agora quero ver essa pose. O que fala acerca de ser líder de ginásio? Pare de ser arrogante e veja que há mais um tipo de dominância sobre os pokémons!!

— O que disse?

— Ser treinador? Coisa do passado. Essas criaturas foram feitas para o combate, para serem objetos e peças de um jogo perigoso.

— Maldito. Os pokémons são treinados para com amor e carinho. Eles são inteligentes o suficiente para compreenderem que há seus parceiros humanos para protegerem. Uma batalha visando apenas questões superficiais, vencer e perder, não existe. Apenas treinando com respeito fará com que o seu pokémon suba de nível.

Dixie aplaudiu Stone pelas belas palavras. O blacker desdenhou. Afirmou que havia outro jeito de treinar os pokémons sem demonstrar as emoções.

— Eu não precisei desse papo de ser legal e tal. Nem precisei treinar a Tyrantrum para ela ser o que é. Hahaha.

— O que disse?

— Logo entenderá?

O dinossauro correu na direção de Stone com a finalidade de acertá-lo. Soltou fogo pela boca.

— Isso mesmo. Mate esse careca ingênuo!

Mas Kabutops se meteu no meio e recebeu toda a rajada flamejante. Aquilo deixou Stone perplexo, pois era a primeira vez que o seu parceiro arriscava tanto a vida por ele.

— Kabutops!

Com um golpe, o companheiro do líder afastou Tyrantrum. Desmaiou.

— Kabutops!! Aguente firme. — Colocou o pokémon de volta à bola.

Dixie riu do rosto de Stone. Perguntou se ele iria chorar.

— Não tenho outra alternativa. Queria usar esse outro no duelo contra o Jason, mas não posso permitir que use essa pobre criatura como se fosse uma arma. Prepare-se!

— Esse é o espírito. Quero ver do que você é capaz contra a minha manipulação. Hehehe.

Na estrada, Nikky pilotava a sua moto quando viu a van parada no acostamento. Percebeu que seis indivíduos foram nocauteados.

— Nikky?

— Dora! Você tá bem?

— Estou.

— Que houve aqui?

— Uma pessoa fez tudo isso. Não vi direito quem era, mas usava um capuz que cobria o rosto.

Nikky deu uma olhada mais de perto e viu dardos nos pescoços dos blackers. Então a pessoa que atacou o segurança não fora um blacker.

...

Jason enfrentou uma dezena de inimigos. Mas os vilões não puderam fazer nada, mesmo com dez pokémons. Pyro, Volty e Eevee eram fortes demais.

— Aquele pivete acabou com dez pokémons sem nenhuma dificuldade. E é somente uma criança — disse Joe.

Galvantula conseguiu imobilizar todos com o seu Thunder Wave, uma corrente elétrica sem poder destrutivo, mas com a finalidade apenas de incapacitar o oponente.

— Pyro, Volty e Eevee. Precisamos destruir aquela máquina. Eu conto com vocês.

De repente, uma bomba de fumaça foi lançada. A visibilidade ficou péssima.

— Filho!

Mas Robert não viu mais o Jason nem o Charmander. Desapareceram! Apenas Galvantula e Eevee continuaram no local.

— JASON?!!

Dois blackers ninjas conseguiram capturar tanto Jason quanto Pyro em instantes. Usaram clorofórmio para capturar. Tudo isso em menos de trinta segundos.

— O chefe tinha razão. A criança com o Charmander estava por aqui.

— Precisamos agir rápido.

Eles colocaram os dois num carro e partiram para fora do parque pelo mesmo caminho que a van. O intuito era levar os dois para as minas e apresentar Charmander a Faisal, seu comprador original.