Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 52
PPMAX-052: Isla de la Luna




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Anoitecia.

O navio submergiu mais um pouco. A popa ficou pela metade sob a água. Toda a superfície da embarcação inclinou.

Havia lugares afundando vagarosamente. A água invadiu cabines, escritórios, corredores e outros recintos.

A água bateu acima dos joelhos de Jason. Charmander se refugiou no seu ombro, causando um peso extra ao garoto.

A missão do rapaz não era simples. O capitão Noah quis fazer o serviço, porém o garoto se ofereceu para ir no lugar. Infelizmente Jason não previu as consequências.

— Droga. Essa água não ajuda. E o pior que não tenho pokémon aquático. Bem que o senhor Windsor avisou pra eu capturar um.

A missão era chegar até o depósito da tripulação e pegar um bote inflável.

O depósito também estava submerso, mas com menos água, pois era mais espaçoso. Jason retirou os tênis e guardou na mochila. Retirou uma lanterna para enxergar melhor.

— Vê algo parecido com um bote?

Charmander ficou confuso.

— Às vezes me esqueço que é um pokémon.

Ele caminhou entre as caixas de papelão e as prateleiras. Havia fardas, equipamentos e toda a sorte de objetos para a tripulação. Por fim encontrou o bote inflável dentro de um plástico. O rapaz puxou.

— Temos que voltar.

O navio balançou mais uma vez. Barulhos de estalos ficaram cada vez mais fortes.

 — Isso é mal. É pesado. — Puxou o bote ainda dentro do plástico. Mas, apesar do peso, o bote boiou na água, que chegava até a cintura do garoto.

As luzes de emergência do corredor desligaram. Agora os dois dependiam da luz da lanterna para enxergarem.

...

Os piratas Neptune se retiraram do navio sem fazer mais estragos.

Os prisioneiros ficaram amontoados num barco pesqueiro e levados logo atrás dos jetskis.

Wailord nadava ao lado.

Marshall foi informado que o capitão do navio não foi encontrado, deduzindo estar morto.

— Onde ele está?

— Num quartinho, senhor.

Ele entrou no local e viu Bruno dormir na cama. O homem se sentou na beirada e fez carinho nos cabelos do rapaz.

— E aí?

O menino abriu os olhos e ficou sentado na cama. Observou o homem à sua frente e logo abraçou.

— Como vai, filho?

— Ahh... papá.

— Sim, filhinho. Eu pensei que nunca mais te veria depois daquele dia. Papai finalmente conseguiu te resgatar.

Sim, Bruno era o filho de Marshall. Algo num passado recente fez com que a criança se separasse do seu pai.

Um pirata apareceu e disse que estavam se aproximando do quartel general.

 — Ótimo. Vem, filho.

— Senhor, o Benny não veio conosco.

— Infelizmente ele só cria problemas. Ele que arranje um jeito de voltar.

Ao longe havia uma ilha pequena que servia como base principal dos neptuners.

 

Isla de la Luna

Uma ilha em formato de lua crescente, com uma área estimada em cinco quarteirões. Era uma fortaleza natural com apenas uma passagem. Havia casas construídas com alvenaria e aço, além de outras construções que serviam de base para os neptuners se reunirem.

O lago semi-fechado estava cheio de barcos e jetskis dos piratas. Wailord descansou na parte interna da ilha lua.

— Chefe, chegamos.

Marshall viu os seus subordinados na praia retirando equipamentos roubados e objetos de valor de dentro do barco pesqueiro.

— Coloquem todos os prisioneiros na cela.

Os marinheiros caminharam em fila até uma gruta no meio da ilha. Havia uma grade que fechava e causava choque a quem tentasse segurar.

— Acorda, idiota. — disse um pirata batendo no rosto de Robert.  Ele e Stone acordaram do desmaio e caminharam para a cela. Simon foi o único carregado por ser ainda criança.

No quartel general da Neptune, Marshall se reuniu com os seus imediatos em uma sala escura com uma mesa metálica. Eram dois: uma mulher negra com cabelos curtos e vestindo um uniforme militar camuflado; e um homem de meia-idade, careca e bigodudo que vestia uma camiseta listrada azul e branca e uma calça azul com chinelos.

— Pegamos as pokébolas, Marshall — disse o homem chamado Flint.

— Vai realmente usar esse tanto de prisioneiros para forçar a renúncia do governador? — A mulher era Bonney.

— Flint, Bonney, entrem em contato com o governo. Façam uma transmissão. Tenho que me comunicar com o governo de Rock'atown primeiro.

Os dois saíram da sala, abrindo a escotilha.

— Tenho que conseguir...

— Capitão? — Um pirata surgiu.

— Que foi?

— Seu filho está te chamando. Bom, ele não fala, mas suponho que seja isso.

Marshall saiu da sala, passou por um corredor metálico e de aspecto enferrujado. Saiu do Q.G. por uma passarela que ligava ao dormitórios.

Bruno foi impedido de sair do quarto por um pirata até que o homem chegou e mandou o seu subordinado sair.

— Que foi, filho?

— Papa... — Ele falou em sinais. O homem entendeu que havia um amigo no navio.

— Não entendo, filho. Você fez amizade quando ficou no navio? — O menino afirmou. — Mas filho... uma hora dessa esse amigo saiu de lá nos botes.

Bruno ficou triste. Marshall nunca vira o seu filho assim antes.

...

Jason e Pyro conseguiram sair da parte inundada e passaram pelo restaurante. Os pratos caíam um por um.

— Estamos quase lá... arf... arf...

A inclinação aumentou. Era demasiado perigoso fazer uma pausa de descanso.

Passando pelas mesas e cadeiras, ambos foram impedidos de prosseguir por Benny.

— Você!

— Hehehehe... moleque. Olha só de novo. A gente se reencontrou depois do ocorrido mais cedo. Mas eu juro que a partir de agora será diferente.

— Como se eu tivesse medo de um bandido como você. Olha aqui a minha língua!

— Maldição. Você é realmente irritante. E não pense que só porque está com esse Charmander que vai poder me vencer de novo — Retirou uma pokébola do bolso. — Eu tenho uma surpresinha para vocês.

Um pokémon saiu da pokébola. Um desafio naquelas circunstâncias era muito arriscado.

...

Na gruta, os marinheiros murmuravam entre si. Um Machoke e um Machop da tripulação do Aquamarine foram acorrentados com grilhões elétricos por segurança.

Simon abriu os olhos aos poucos. Viu o teto rochoso sobre si. Levantou-se. Sem entender nada, viu Robert, Stone e os demais prisioneiros.


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