Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 51
PPMAX-051: Marshall




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Uma baleia azul cabeceou a lateral do navio, causando um balanço extraordinário.

Stone e Simon deslizaram pelo convés. Viram piratas em suas motos voadoras pularem no navio com equipamentos e explosivos.

O rosto da baleia surgiu perante todos que estavam na proa. No topo da cabeça do pokémon apareceu o líder dos piratas Neptune. O homem era de meia-idade, bronzeado, loiro e com uma barba e bigode da mesma cor. Usava uma bandana azul que cobria toda a cabeça, jaqueta jeans azul com uma jolly roger atrás, camiseta branca, bermuda jeans e uma sandália comum. Em sua cintura havia duas pokébolas.

— Não pode ser.

— O que disse, senhor Stone? — indagou Simon.

O capitão pirata pulou do Wailord para o navio e caminhou na direção dos dois.

— Alfredo, está no meu caminho. Deixe os meus homens entrarem.

Stone se levantou e se aproximou do pirata. Simon ficou surpreso com a atitude do líder de ginásio.

— Há quanto tempo, Marshall. Lamento informar que não posso deixar seus piratas acabarem com o que resta do navio.

Marshall encarou Stone e logo fez careta. Pediu para ele parar de se meter em seu caminho. Stone cutucava a orelha.

— Por que você vive no meu caminho? Eu apenas quero algo que está na porcaria desse navio.

— Quer me enfrentar numa batalha?

O pirata desistiu de tentar convencer Stone e pegou uma pokébola.

— Não pense que eu darei trégua só por causa do nosso passado. Você fez acordos com o governo corrupto e isso não posso concordar.

— Idiota. Eu sou um arqueólogo. Não sou idealista como você. Preciso fazer acordos com o governo para o bem dos sítios. Você também é arqueólogo, mas abandonou a profissão para virar pirata. Não tem vergonha, Marshall?

O pirata gargalhou de Stone.

— Quero ver se vai me parar, Alfredo. Omastar!

O pokémon de Marshall era uma criatura ex-fóssil que parecia uma lesma azul com o corpo igual a uma estrela e com uma concha em espiral cheia de espinhos.

— Kabutops!

Kabutops e Omastar eram os pokémons fósseis de Kanto. Ambos utilizaram para a luta.

...

Os piratas colocaram Robert junto com os prisioneiros dentro de um barco de pesca que parou ao lado do navio. Os marinheiros e policiais foram todos rendidos, incluindo alguns pokémons lutadores.

— Onde está o Benny? — questionou um pirata.

— Deixa pra lá. Agora o que faremos com todos eles?

Os piratas concordaram em utilizar os prisioneiros como moeda de troca ao governo de Hokkaishin.

Bruno tentou acordar Robert, porém sem sucesso. O garotinho também foi colocado junto com os prisioneiros.

— Levem a criança para um local seguro.

— Sim.

Ainda no navio, Benny correu por todos os lugares a fim de encontrar Jason e assim se vingar pela humilhação que teve.

— Me aguarde, pirralho!

Nos fundos do navio, a água começou a bater nos pés do garoto.

Uma pessoa surgiu na frente da porta e mexeu na maçaneta. Jason e Charmander ficaram temerosos e fecharam os olhos.

— O que vocês estão fazendo aqui?

— Capitão... a gente tava atrás do senhor. Mas apareceu uns bandidos...

Noah pediu que os dois saíssem do quartinho, pois o navio estava afundando.

— Fui ver se havia pessoas para trás. O que fizeram foi muito perigoso. Nós fomos atacados por piratas muito perigosos.

Jason viu o corpo do marinheiro baleado boiar na água.

— Essa pessoa está morta...

O marinheiro fez um barulho estranho. Jason se aproximou do homem e verificou que ainda estava vivo. Noah pensou que o homem realmente estava morto.

— Precisamos cuidá-lo. Por favor, capitão.

Noah pôs a mão no rosto e assentiu. Fez um curativo com um pedaço de pano de chão que havia no quartinho e estancou o sangramento. Colocou o braço do marinheiro ao redor do seu pescoço e levou-o.

— Mas capitão, por que pensou em deixar o seu subordinado para trás? Mesmo morto, a família dele precisaria do corpo para um enterro digno.

O idoso ficou calado.

Boa parte da popa ficou submersa. Os recintos inundados colapsaram a ponto de estalos serem ouvidos desde a proa. Paredes internas quebraram por causa da pressão da água com o peso da parte dianteira do navio.

O marinheiro baleado foi colocado sobre uma cama numa cabine mais segura. Jason pediu remédio, álcool e um objeto que lembrasse um bisturi. Noah não entendeu o que Jason faria, mas pegou uma chave de fenda.

— Minha mãe era médica. Ela me ensinou muitas coisas, incluindo tirar bala de feridas.

— Espera... eu ajudo. Quantos anos tem?

— Dez.

O rosto do capitão foi de incredulidade. Uma criança tirando uma bala de um corpo humano. O quão profissional era a sua mãe?

Jason usou a chave de fenda para cutucar a ferida abaixo do peito esquerdo do homem. O menino sorriu e disse que a bala não estava profunda. Conseguiu retirar e estancar o sangramento.

O marinheiro acordou exausto e com dores. Viu Jason, Charmander e Noah.

— Capitão, o senhor...

Noah pôs a mão sobre a testa dele e pediu para ele não falar muito ou a ferida abriria.

Estalos e explosões aconteciam mais perto do local. Noah pediu para irem a um local mais seguro.

...

Omastar e Kabutops travaram uma luta intensa. Ambos eram resistentes e possuíam os mesmos tipos: água e pedra.

— Kabutops, use a sua lâmine Slash.

— Omastar, Withdraw.

O pokémon de Stone soltou uma lâmina de água, mas Omastar entrou na concha e recebeu o golpe.

Marshall sentiu o impacto. Stone era mais forte do que ele, mas jamais retrocederia.

Omastar saiu da concha e soltou um jato de água. Kabutops foi pego de surpresa.

— Kabutops!

— Saia do meu caminho, Stone. Não tenho nada contra você, mas não hesitarei em derrotá-lo.

— Eu digo o mesmo, Marshall.

Dois piratas soltaram uma bomba de gás sonífero no meio da batalha. Simon e Stone não viram de onde veio.

Marshall usou a sua máscara e colocou Omastar de volta à pokébola.

Stone, Simon e os seus pokémons foram perdendo os sentidos até desmaiarem. Kabutops e Houndour entraram automaticamente nas pokébolas.

— Senhor, pegamos a criança.

— Vamos embora.


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