Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
Uma baleia azul cabeceou a lateral do navio, causando um balanço extraordinário.
Stone e Simon deslizaram pelo convés. Viram piratas em suas motos voadoras pularem no navio com equipamentos e explosivos.
O rosto da baleia surgiu perante todos que estavam na proa. No topo da cabeça do pokémon apareceu o líder dos piratas Neptune. O homem era de meia-idade, bronzeado, loiro e com uma barba e bigode da mesma cor. Usava uma bandana azul que cobria toda a cabeça, jaqueta jeans azul com uma jolly roger atrás, camiseta branca, bermuda jeans e uma sandália comum. Em sua cintura havia duas pokébolas.
— Não pode ser.
— O que disse, senhor Stone? — indagou Simon.
O capitão pirata pulou do Wailord para o navio e caminhou na direção dos dois.
— Alfredo, está no meu caminho. Deixe os meus homens entrarem.
Stone se levantou e se aproximou do pirata. Simon ficou surpreso com a atitude do líder de ginásio.
— Há quanto tempo, Marshall. Lamento informar que não posso deixar seus piratas acabarem com o que resta do navio.
Marshall encarou Stone e logo fez careta. Pediu para ele parar de se meter em seu caminho. Stone cutucava a orelha.
— Por que você vive no meu caminho? Eu apenas quero algo que está na porcaria desse navio.
— Quer me enfrentar numa batalha?
O pirata desistiu de tentar convencer Stone e pegou uma pokébola.
— Não pense que eu darei trégua só por causa do nosso passado. Você fez acordos com o governo corrupto e isso não posso concordar.
— Idiota. Eu sou um arqueólogo. Não sou idealista como você. Preciso fazer acordos com o governo para o bem dos sítios. Você também é arqueólogo, mas abandonou a profissão para virar pirata. Não tem vergonha, Marshall?
O pirata gargalhou de Stone.
— Quero ver se vai me parar, Alfredo. Omastar!
O pokémon de Marshall era uma criatura ex-fóssil que parecia uma lesma azul com o corpo igual a uma estrela e com uma concha em espiral cheia de espinhos.
— Kabutops!
Kabutops e Omastar eram os pokémons fósseis de Kanto. Ambos utilizaram para a luta.
...
Os piratas colocaram Robert junto com os prisioneiros dentro de um barco de pesca que parou ao lado do navio. Os marinheiros e policiais foram todos rendidos, incluindo alguns pokémons lutadores.
— Onde está o Benny? — questionou um pirata.
— Deixa pra lá. Agora o que faremos com todos eles?
Os piratas concordaram em utilizar os prisioneiros como moeda de troca ao governo de Hokkaishin.
Bruno tentou acordar Robert, porém sem sucesso. O garotinho também foi colocado junto com os prisioneiros.
— Levem a criança para um local seguro.
— Sim.
Ainda no navio, Benny correu por todos os lugares a fim de encontrar Jason e assim se vingar pela humilhação que teve.
— Me aguarde, pirralho!
Nos fundos do navio, a água começou a bater nos pés do garoto.
Uma pessoa surgiu na frente da porta e mexeu na maçaneta. Jason e Charmander ficaram temerosos e fecharam os olhos.
— O que vocês estão fazendo aqui?
— Capitão... a gente tava atrás do senhor. Mas apareceu uns bandidos...
Noah pediu que os dois saíssem do quartinho, pois o navio estava afundando.
— Fui ver se havia pessoas para trás. O que fizeram foi muito perigoso. Nós fomos atacados por piratas muito perigosos.
Jason viu o corpo do marinheiro baleado boiar na água.
— Essa pessoa está morta...
O marinheiro fez um barulho estranho. Jason se aproximou do homem e verificou que ainda estava vivo. Noah pensou que o homem realmente estava morto.
— Precisamos cuidá-lo. Por favor, capitão.
Noah pôs a mão no rosto e assentiu. Fez um curativo com um pedaço de pano de chão que havia no quartinho e estancou o sangramento. Colocou o braço do marinheiro ao redor do seu pescoço e levou-o.
— Mas capitão, por que pensou em deixar o seu subordinado para trás? Mesmo morto, a família dele precisaria do corpo para um enterro digno.
O idoso ficou calado.
Boa parte da popa ficou submersa. Os recintos inundados colapsaram a ponto de estalos serem ouvidos desde a proa. Paredes internas quebraram por causa da pressão da água com o peso da parte dianteira do navio.
O marinheiro baleado foi colocado sobre uma cama numa cabine mais segura. Jason pediu remédio, álcool e um objeto que lembrasse um bisturi. Noah não entendeu o que Jason faria, mas pegou uma chave de fenda.
— Minha mãe era médica. Ela me ensinou muitas coisas, incluindo tirar bala de feridas.
— Espera... eu ajudo. Quantos anos tem?
— Dez.
O rosto do capitão foi de incredulidade. Uma criança tirando uma bala de um corpo humano. O quão profissional era a sua mãe?
Jason usou a chave de fenda para cutucar a ferida abaixo do peito esquerdo do homem. O menino sorriu e disse que a bala não estava profunda. Conseguiu retirar e estancar o sangramento.
O marinheiro acordou exausto e com dores. Viu Jason, Charmander e Noah.
— Capitão, o senhor...
Noah pôs a mão sobre a testa dele e pediu para ele não falar muito ou a ferida abriria.
Estalos e explosões aconteciam mais perto do local. Noah pediu para irem a um local mais seguro.
...
Omastar e Kabutops travaram uma luta intensa. Ambos eram resistentes e possuíam os mesmos tipos: água e pedra.
— Kabutops, use a sua lâmine Slash.
— Omastar, Withdraw.
O pokémon de Stone soltou uma lâmina de água, mas Omastar entrou na concha e recebeu o golpe.
Marshall sentiu o impacto. Stone era mais forte do que ele, mas jamais retrocederia.
Omastar saiu da concha e soltou um jato de água. Kabutops foi pego de surpresa.
— Kabutops!
— Saia do meu caminho, Stone. Não tenho nada contra você, mas não hesitarei em derrotá-lo.
— Eu digo o mesmo, Marshall.
Dois piratas soltaram uma bomba de gás sonífero no meio da batalha. Simon e Stone não viram de onde veio.
Marshall usou a sua máscara e colocou Omastar de volta à pokébola.
Stone, Simon e os seus pokémons foram perdendo os sentidos até desmaiarem. Kabutops e Houndour entraram automaticamente nas pokébolas.
— Senhor, pegamos a criança.
— Vamos embora.
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