CAPÍTULO 20

O inseto robótico havia sido descoberto por Kou quando ele e os outros capturaram Excadrill no pico dos Spearows. Um objeto que fazia um controle mental nos pokémons, dando à Team White o poder de ordenar o que quisesse ao monstrinho. E da mesma forma que Excadrill virou vítima do mini-robô, Snorlax não tinha mais uma consciência. O problema era como um objeto daquele foi parar dentro da escola. Kou-chan pensou até num possível membro da White infiltrado.

— O que há contido, Kou? Vamos capturá-lo imediatamente — falou Keith, despertando o protagonista do devaneio. 

— Desculpe. Agora mesmo usarei o poder do meu styler.

Os dois se uniram para amarrar Snorlax no laço dos stylers. Os dois seguravam com tudo.

— Ele tá resistindo...! 

— Calma, Keith. Vamos precisar de uma outra ajuda. Vice-capitão! Por favor, veja na nuca do Snorlax.

Goro não entendeu o que Kou-chan disse, mas aceitou ir atrás do pokémon. Reconheceu a joaninha. Aquilo fazia uma lavagem cerebral.

— Machop, consegue lutar? — Machop assentiu. — Então pode destruir aquilo?

Machop correu e preparou um soco muito forte. O impacto não feriu Snorlax, mas foi suficiente para destruir o objeto.

— Agora! — Kou e Keith disseram em uníssono. Ambos conseguiram capturar Snorlax.

Nome: Snorlax

Número: 143

Tipo: Normal

Habilidade: Escavação

Nível: 5

Por fim, Snorlax dormiu dentro do buraco.

Todos comemoraram a vitória dos rangers e puderam prosseguir a formatura. Sorte que o pokémon não destruiu o palco e os diplomas.

°•°•°

Foi preciso chamar um guindaste para tirar Snorlax do buraco. Enquanto isso, ocorria uma festinha para convidados, pais e alunos.

— Como assim? Você não vai servir onde vou?

— Não, Kou. Minha família vai se mudar para o país natal dos meus avós. Sabia que eles moram no arquipélago de Oblivia?

— Nunca ouvi falar.

— A sede ranger de lá precisa de rangers novos, e também foram detectados presenças dos membros da Team White. E também os meus pais têm medo que aquele vereador retalie. Enfim, tenho que ir.

Keith ir embora não fazia parte dos planos de Kou. Pensava que tanto ele quanto o amigo fariam uma dupla.

— Entendo. Obrigado por ser o meu amigo.

— Eu também agradeço.

Os dois deram as mãos e se cumprimentaram. Mas ali não era uma despedida definitiva. Tudo poderia ocorrer quando se trata dos rangers. Keith, por enquanto, teria uma missão a cumprir.

Após a festa, Seiji se aproximou de Kou e parabenizou uma última vez.

— Peço desculpa por não revelar a verdade. Não queria que pensassem que eu beneficiava um aluno em detrimento dos outros. A verdade é que eu fundei a União Ranger com Lamont e Erma, que gerencia a sede mundial. E eu saio por aí atrás de pessoas que queiram ingressar na escola. Sou o professor de todos os rangers até agora.

Kou, Nobunaga e Soga ficaram impressionados com as palavras do idoso.

— Pensávamos que era algum tipo de gerente ou algo assim — falou Nobunaga, nervoso.

— Mas é claro que um simples gerente não mexeria os pauzinhos para matricular Kou-chan. Tinha que ser algo maior — revelou Soga.

— Por favor, senhor. Juro que não decepcionarei. Serei o melhor ranger do mundo.

— É isso que espero, ranger. Agora você é um colega de todos nós. Mais do que nunca, precisamos de jovens com a sua determinação. Kou, o styler que te dei tá guardado?

— Sim. Na minha casa...

— No dia que você for se apresentar à sua base, dê o aparelho para um mecânico consertar. Aquilo só precisa de alguns ajustes.

Kou deu um abraço em Seiji e, mais uma vez, agradeceu.

A despedida dos colegas foi emocionante. Kou-chan e V-chan deixaram a escola e entraram no carro de Nobu e Soga. O garoto já não era mais estudante.

— Férias!

Os pais do garoto sorriram. Umas férias seria bom. Levaria ainda um mês para formalizar Kou como ranger na mesma base que trabalhava o capitão Rickie.

°•°•°

Um mês depois...

— Kou-chan! Kou-chan acorda! — gritou dona Soga, abrindo as cortinas e mexendo o garoto.

— Que dia é hoje?

— Parece até que perdeu a memória. Hoje é dia 15. Já se esqueceu que precisa se apresentar à sede ranger?

Kou imediatamente se levantou e foi ao banheiro.

— E V-chan?

— Deixa ele dormir um pouco mais. Ah... e nada de pedidos à enfermeira Joy. Não posso me atrasar.

— Claro que não. Dessa vez chegaremos cedo para o seu trabalho. Mas não vá demorar no banho.

Enquanto isso, Nobunaga preparava o carro antes do café da manhã. Todos se preparavam.

Durante o trajeto para Cerejeira, Kou-chan ficou ansioso, sem ao menos falar com os pais.

A filial ranger da cidade Cerejeira era uma das principais de toda o país de Sallada. Junto com ela, existiam mais 4 filiais nas 4 principais cidades. Os locais ficavam em: Cerejeira, Mangueira, Oliveira, Macieira e Videira. O país tinha um pouco mais de 20 mil quilômetros quadrados.

— Chegamos — falou Nobunaga ao estacionar numa calçada próxima.

A filial ranger de cerejeira receberia apenas dois novos recrutas. 

Kou-chan foi o primeiro a chegar. O garoto respirou fundo e agradeceu os pais.

Filial Ranger - Cerejeira

O garoto entrou no local e viu pessoas trabalhando. Parecia um tipo de departamento. Havia clientes que solicitavam serviços dos rangers, marcando horário para o trabalho. Kou-chan não precisava esperar, pois era um futuro ranger.

— Aqui os meus documentos — falou para atendente.

Ele aguardou alguns minutos até que o seu nome e dados fossem preenchidos no formulário online. A mulher deu aval para que ele subisse, pois o 2° andar ficava o centro de operações.

— Fale com a Elisa. Suba a escada.

O rapaz olhou para o segurança, que permitiu a passagem, e subiu.

O centro de operações estava cheio de pokémons capturados pelos rangers, mas os próprios estavam ausentes.

— Olá?

— Oi — Elisa tinha o cabelo curto (tomboy) castanho e usava roupa de mecânico. — Sou Mina Elisa.

— Sou Kou-chan... Machiko Kou.

— Sim, sim. O recruta. Fica à vontade, sem nervosismo. Aguarda um pouco aqui.

Elisa correu até uma porta. Pouco tempo depois, o Capitão Rickie apareceu diante dele. Deu boas-vindas ao seu novo ranger.

Continua...