Nome: Ninetales

Designação: Pokémon raposa

Número: 038

Tipo: Gelo/ Fada

Sexo: Fêmea

Grupo de ovos: campo

Peso: 25 kg

Altura: 1,20 metro

Razão de gênero: 25% masculino; 75% feminino

Estado: Velocidade

Jason lembrou de uma aula que tivera com Gary pouco antes de ir para Fuchsia acerca das formas regionais. Tal aula era um repeteco do que o Grande Bruce dissera no tempo do treinamento. Havia pokémons que se adaptaram ao ambiente de um certo local e que mudaram os seus tipos.

Ninetales de Kanto não podiam ser encontrados em Hokkaishin. Única forma era do treinador de Hokkaishin viajar para Kanto e caçá-los em locais específicos, como na Zona do Safári. Jason e os seus amigos não tiveram sorte de capturar Vulpix ou Ninetales de fogo. E a forma regional de gelo e fada era rara na região de Permafrost.

A Ninetales possuía pelos brancos, maiores e mais ondulados, olhos azuis e as nove caudas com o padrão diferente da forma original.

— Ele destruiu a minha pokébola! Aquilo foi caro pra caramba. Tá difícil comprar nesse país.

— Melhor não lamentar por um objeto, e sim para que a sua vida esteja a salvo. Aquilo é Ninetales das neves. Nunca vi um durante a minha vida toda — disse Nicolau, tomando cuidado para não irritar o pokémon.

Mas Jason não percebeu o perigo que Ninetales representava. Pediu que Breloom atacasse. No entanto, a raposa usou um flash de luz que saiu dos olhos. O pokémon havia acabado de usar Dazzling Gleam e machucado Breloom. Arcanine desviou do golpe. Nicolau, Jason e Pyro fecharam os olhos. O brilho era muito forte.

— Kyuubi, acabe com eles — falou a garota ao surgir diante deles.

— Espere. Não estamos aqui para fazer mal — Jason tentou justificar.

A garota era a filha do Pele Vermelha da Aldeia Geada. Usava um casaco felpudo branco e tinha cabelos pretos lisos. Uma moça com uns 15 anos.

— A é? E por que estavam machucando aqueles Bergmites? Eu vi o seu pokémon lançar fogo nele e depois vocês machucarem Avalugg.

Nicolau pediu que a garota ficasse calma e pedisse para Ninetales não atacá-los. Tentou explicar sobre a missão de resgate, mas a jovem não acreditou.

— Não temos tempo para isso. Pyro, evolua para Charizard.

— Não! Não ataque Ninetales nem a moça. Aquele pokémon é sagrado para essas terras. Estamos dentro dos domínios dos índios da geada. Olhe.

Nicolau apontou. Jason viu vários homens do outro lado do lago com bestas apontadas para eles. Realmente seria suicídio atacar enquanto dezenas de flechas seriam lançadas.

— O que faremos, senhor Nicolau?

— Conheço a aldeia. Na minha ida ao monte durante adolescência, visitei a aldeia e fiz amigo. O nome dele é Cheyenne.

A moça arregalou os olhos. Cheyenne era o líder da aldeia e pai dela.

Cheyenne caminhou no gelo e se aproximou de Avalugg. Deu uma berry para a pokémon recuperar as forças. Ela foi embora com os filhotes.

— Há quanto tempo, Cheyenne...

— Prendam todos eles!

Nicolau ficou confuso com a decisão do pele vermelha em dar a ordem de prendê-los. Jason olhou para o pai de Elza e perguntou se eram realmente amigos.

— Aconteceu alguma coisa. Mas não vamos resistir. Por favor, Jason.

— Tudo bem. Pyro, não ataque.

O Charmander ficou confuso, porém obedeceu. Nicolau sabia que algo ruim ocorrera para que Cheyenne agisse friamente.

Os indígenas chegaram aos montes e prenderam os braços dos dois com cordas feitas com raízes. Pyro não foi pego e apenas seguiu.

— O Pyro tá solto?

— Eles não condenam os pokémons. Mesmo sendo dos malfeitores que chegam à floresta.

— Entendi...

Cheyenne agradeceu à filha por chamar Kyuubi a fim de salvar Avalugg e os Bergmites. O homem passou a mão sobre Ninetales e agradeceu.

— Papai... ele falou do senhor.

— Dakota, não é algo que te interessa. Vamos.

O líder foi o último a sair do lago congelado.

...

Ainda no trajeto para o monte, o grupo de Lorelei pegou o outro caminho e se afastou do lago. Não puderem ver outra vez a Kyuubi que antes aparecera.

— Nada. Ninguém atende.

— Será que estamos perdidos? — indagou Luiza.

— Mas, segundo o senhor Nicolau, esse também é um caminho para o monte — respondeu Simon ao lembrar das palavras do patriarca Romanov.

— O fato é que não devíamos ter nos separado. A culpa é minha por não trazer um pokémon mais rápido — Lorelei olhou Aurorus e alisou. — Nada contra você, minha querida.

Não havia mais nada a ser feito a não ser prosseguir com o caminho. Caminho esse que era bastante dispendioso, principalmente quando a neve era mais fofa e a floresta de árvores coníferas se fechava cada vez mais.

— Não temos mais por que ficarmos parados aqui. Temos um mapa. Logo conseguiremos alcançar os outros. Vamos — Lorelei chamou os adolescentes para voltarem a subir em Aurorus.

Enquanto isso em Moscold, a polícia e os bombeiros tomaram conta do incidente no ginásio. Muitas pessoas ficaram aglomeradas no local, mas as autoridades impediram a aproximação dos transeuntes.

A mídia da cidade fazia reportagem sobre a explosão e o incêndio.

Uma repórter entrevistava algumas pessoas que viram o ocorrido dentro do ginásio. Falou com alguns que estavam na plateia e outros que trabalhavam no gym.

— Perdão? — Ela esbarrou em alguém. Olhou para cima. A pessoa tinha pelo menos mais de 2 metros de altura e longos cabelos ondulados.

A repórter tremeu na base e saiu correndo. A pessoa misteriosa tinha olhos grandes e negros. Seu rosto era parcialmente tampado pelos cabelos. Usava um sobretudo preto.

— Melhor parar de assustar os humanos, Mr. Kidd — Um outro ser desconhecido surgiu. Era bem menor, careca, com óculos redondos vermelhos e bigode cheio. Ele vestia um terno cinza.

— Humanos são frágeis. O medo é uma imperfeição que carregam desde o nascituro, Mr. Wint — As mãos do homenzarrão eram cinzentas e com unhas afiadas.

— Mesmo assim, eles sobreviveram por tanto tempo sem o jugo do nosso antigo mestre. E sempre estão um passo a nossa frente.

— Mr. Wint, fala de Suicune e Raikou?

— Sim, Mr. Kidd. Melhor matarmos a última besta antes de ser solta.

QUEM SÃO ELES?!